História ::: Capa Vermelha ::: - Em troca do meu silêncio...

Os dois, soltaram-se do abraço, sendo encarados, por dois pares grandes de olhos acastanhados. Mirai, possuía alguns arranhões, e havia gotas de sangue, nas penas de suas asas, já suas patas possuíam sangue da cor negra, ao que tudo indica, dos demônios alados, que a atacaram.

Ao analisar melhor Jongin, D.O percebeu um pequeno corte, na lateral esquerda, dos lábios fartos, do maior. O corte, possuía aproximadamente, um centímetro e meio, de onde um filete de sangue escorria. Kyungsoo, levou a mão direita, até o machucado, limpando-o, com o polegar, o pequeno rastro de sangue, que havia se formado no queixo alheio.

- Obrigado por tudo, mas eu preciso seguir caminho. Logo, logo chega a meia-noite, e é possível, que eu não chegue ao instituto a tempo. Já que as avaliações, começarão daqui a mais ou menos, três dias. - Comentou o Kim, arrancando um suspiro, de Mirai. Kyungsoo, teve medo. Teve medo, de o maior, se machucar. Mas o que aconteceria de mal, se ele fosse junto para esse tal Instituto? Talvez, nada acontecesse. Mas talvez, fosse melhor continuar sua jornada, junto de Mirai, para qualquer lugar, que fosse seguro. - Você já pensou, em ir para o Instituto, Do Kyungsoo? É possível, que te aceitassem lá, e seria muito legal ter alguém que eu conheço, para compartilhar o que aprenderia. - Continuou, fazendo essa proposta, mesmo sabendo que poderia ir, o Do decidiu recusar.

Pois, Kyungsoo, sabia que poderia estar pondo em risco, a vida de Kim Jongin. Provavelmente, viriam mais e mais, demônios, à sua procura. E tudo que o Do, menos queria, era ver alguém se machucando, por sua causa. Sua linha de pensamento, logo foi cortada, por um outro abraço, distribuído pelo jovem Kim. Desta vez, o Do retribuiu, mesmo que meio desengonçado, por não costumar dar e receber carinho.

E assim, o jovem Kim, saiu na direção que levaria para o Instituto. A noite, parecia ainda mais fria e mais escura, para Kyungsoo, ao ver o menino amorenado, partindo. Sem a certeza de que chegaria vivo, até o destino. E por um momento, D.O, cogitou a ideia, de acompanhar o outro. Mas logo, se pôs a pensar que não seria necessário.

"O garoto, salva a tua vida duas vezes, e você, ainda pensa que acompanha-lo, seria uma bobagem?" Questionou Mirai, com um tom de irritação presente na voz. O ser mágico olhava, sem entender a linha de pensamento, do outro a sua frente. "Poxa Soo, você deveria ir, quem sabe a Krystal, te deixasse em paz, quando souber que você se tornará um exorcista? Tu, deverias pensar pelo lado bom, criatura. Você, já teria um amigo!"

- Do que adiantaria, ter um amigo, e pôr a vida dele em risco? Porque é isso, que pode acontecer, caso eu vá pra esse tal Instituto, junto dele. - Kyungsoo admitia, que as vezes, ter Mirai recebendo seu pensamento, era meio chato, principalmente, porque ele, não poderia saber os pensamentos dela. - Poxa Mirai, você sabe o quanto eu já sofri, eu nem conto as vezes, que desabafei contigo, e você deveria saber, que eu não quero que se machuquem, por minha causa-... - O D.O, iria continuar sua frase, caso ela não fosse cortada por um grifo-coruja.

"Então proteja-o, me proteja e proteja outras pessoas. Faça valer a pena, todos os arranhões, que você ganhou lutando e treinando com demônios. E tudo isso pra quê? Pra ficar que nem um covarde, tentando fugir da realidade? Enfrente os seus medos, os meus medos e os medos dos outros. Mostre pra puta, daquela Krystal, que as palavras que ela te disse, durante todo o tempo, em que você a conhece, não valeram nada." O jovem Do, odiava admitir, mas Mirai estava certa em relação, ao que Kyungsoo, estava fazendo. Estava fugindo, e ele, não havia aprendido a fugir. Havia aprendido a lutar e enfrentar, qualquer que fosse o oponente.

Mirai, continuaria com o seu sermão, se não sentisse uma aura maligna, a mais ou menos, 20 metros de onde estavam. "Parece, que alguns demônios, estão cercando algo. Mas tem poucos animais, fora de suas tocas nesse momento, e os que estão, não parecem ser grandes suficientes, pra um grupo de demônios, se alimentar. O que acha, que estão caçando?" Indagou Mirai, sem preocupação, pois isso sempre acontecia. Mas ao olhar para Kyungsoo, deparou-se com os olhos negros arregalados, e um D.O estático.

Na cabeça de Kyungsoo, só havia um pensamento. E Mirai recebeu esse pensamento arregalando os olhos junto ao dono.

Jongin

O jovem Kim, poderia ser a refeição dos demônios. Rapidamente, Mirai, aumentou de tamanho. E Kyungsoo, pulou em suas costas, com a espada em mãos e o capuz vermelho, sobre a cabeça. Mirai, se dirigiu a concentração de demônios, e as suspeitas foram confirmadas. Havia um grupo de nove demônios, nível um, tentando pegar Jongin. Mas quando o encurralavam, ele mudava de posição, como se fosse muito rápido, ou como se ele pudesse se teletransportar. Fato, que chamou a atenção, de D.O.

Em uma altura, de mais ou menos cinco metros, Kyungsoo, decidiu pular das costas da leal companheira. Esta, que ao não sentir mais o peso nas costas, diminuiu de tamanho, e pousou em um galho de uma árvore, para apenas observar a briga.

- Precisa de ajuda, Kim? - Indagou Kyungsoo, obtendo a atenção do outro, que sorriu ao ver o menor ali. Um demônio, pulou na direção de Kyungsoo, que desviou, cortando o braço, do ser do inferno. - Ei Kim, eu te fiz uma pergunta, não vai me responder? - Brincou Kyungsoo, indo calmamente, ao encontro do outro.

- Caso esteja disposto, mas eu não quero ser um fardo-...

- Você salvou minha vida, estou apenas agradecendo. - Interrompeu Kyungsoo, recebendo um outro sorriso. - Ei Jongin, quer ver uma coisa legal? - Indagou, recebendo um olhar confuso do amorenado. Lançou um sorrisinho, aos demônios, e começou a invocar suas espadas.

Logo, as duas "monstrinhas" - apelido criado por Mirai -, estavam ao alcance de D.O. O menino, segurava uma em cada mão, e as juntou. Criando, assim, rajadas de ventos flamejantes, na direção de cada um dos demônios. Risadas puderam ser ouvidas, do alto de uma das árvores. Mirai, ria descontroladamente.

"Ah! Kyungsoo, você viu a cara de medo, daquele que perdeu o braço?" Perguntou, quase chorando de tanto rir, ela se contorcia sobre o galho, como se estivesse recebendo cócegas. Kyungsoo, revirou os olhos, era quase sempre assim, quando ele matava demônios, Mirai, ria até se acabar, da reação de uns.

- Por que veio? - Indagou o Kim. - Não precisava ter se preocupado.

- Sabia que, eu, me pergunto, o mesmo? Eu sempre fui frio, e nunca me importava com ninguém. Mas com você, é diferente. - Respondeu o Do. Mirai se pôs a descer da árvore, e dar um pequeno rasante, na direção dos dois garotos.

"Ei Jongin, quer uma carona? Posso te levar, ao Instituto. Comigo você chegaria em talvez um dia, mas eu só te levo, se você conseguir convencer o Kyungsoo, a ir com você." A proposta, pegou o garoto de surpresa, ela esperava uma cena de chilique, da parte de Kyungsoo, mas foi ao contrário.

- Eu aceito, ir estudar, nesse tal de Instituto. - Respondeu Kyungsoo, ao ver o bico de Mirai, abrir, quase que, por inteiro. Jongin, abriu um largo sorriso. Sorriso este, que pareceu radiante, aos olhos do D.O. - Muito bem, Kim Jongin, suba nas costas da Mirai. E Mirai, me conte tudo o que sabe, sobre este Instituto.

E assim, fez o amorenado, com um certo receio, devido à última experiência nas alturas, que não foi lá das melhores. Kyungsoo, subiu logo após Jongin, ficando na região do pescoço, da criatura amaldiçoada. Logo, Mirai, estava alçando voo. O Kim por instinto, agarrou a capa-vermelha, do Do. Ato esse, que fez o menor, dar uma risadinha de deboche, do medo do outro.

"Bom, esse Instituto, é especializado, no treinamento de exorcistas. É como um reino, do qual os seus moradores: ou são exorcistas formados, ou são estudantes de exorcismo, ou são familiares desses exorcistas. Até onde, eu sei, ele começou a ser construído, hm... Acho que, a partir do início, do século XVII, por volta de 1601. Por isso, ele tem um aspecto de um reino. Acho que a Catedral, que é a sede principal do 'reino', como se fosse o castelo, terminou de ser construída em 1643. Se você olhar bem, ela é cheia de detalhes, com enormes pilares e um grande sino, que é usado apenas em datas comemorativas." Virou a cabeça 180°, para fitar seu dono. Ela, queria saber se ele, já estava satisfeito, com as informações, pois ela ainda tinha mais, para contar.

- Certo, se esse Instituto, é como um reino, quem seria o rei? - Indagou Kyungsoo, vendo um brilho, nos olhos da criatura. Ele sabia, o quanto ela gostava de mostrar sua inteligência, dando informações sobre tudo. A coruja-grifo, sempre estava à procura de mais, e mais sabedoria, para satisfazer as dúvidas alheias.

"Pelo que ouvi falar, o 'Rei', é um arcebispo. Ele nasceu na Itália, mas era órfão. Atualmente deve estar com uns 70 anos, ou mais. Foi adotado, aos 13 anos, por um casal rico, de asiáticos, que morreram, quando ele tinha uns 25 ou 26 anos, no massacre da 'Noite Sangrenta'. Eu te falei dessa história, não falei?" Indagou, por já havia tirado tantas dúvidas do menino, que não lembrava, se já havia ou não, falado de certas coisas.

- Não, você só me disse que foi uma noite horrível, para as famílias de uns exorcistas. - Respondeu Kyungsoo, estranhando a quietude, do outro atrás de si. Deu uma espiada, pois achava que ele estaria dormindo. Ledo engano. O Kim, estava prestando mais atenção, nas explicações de Mirai, que o próprio D.O. A coruja-grifo, começaria uma nova explicação, caso não fosse interrompida.

- Meu pai, já havia me falado dessa "Noite Sangrenta". - Pela primeira vez, o Kim, se pronunciou, enquanto estava nas costas, de Mirai. Desde que subira, não havia dado uma palavra sequer. Até agora. - Ele me disse, que foi um ataque de vingança. Os pais dele, eram associados ao Instituto, assim como muitas outras famílias, que prezam pela segurança espiritual, de outras pessoas. O Arcebispo, estava estudando exorcismo na época. Mas quando os pais dele, estavam em uma espécie de conferência dos associados, houve um ataque. E foi planejado, pelo Pecado da Ira. Mas meu pai, não me falou o motivo, do Pecado Capital, fazer tal coisa. - Explicou Jongin, o amorenado nem mesmo havia percebido, o olhar curioso de Kyungsoo sobre si, mas ao perceber corou. E se sentiu um tolo por ter corado.

" Isso eu também não sei direito. Só sei que o Arcebispo, herdou toda a herança dos pais, que morreram no massacre. Então ele, doou praticamente toda a herança, para os retoques do Instituto. Já que a conferência foi no Instituto, e ele teve várias partes destruídas. O Arcebispo assumiu a liderança desse 'Reino', quando tinha 50 anos. Ele enriqueceu muito, matando demônios altamente fortes."

- Jongin, você já esteve alguma vez lá? - Perguntou Kyungsoo, querendo saber mais sobre o mais alto.

- Não. Meu pai, sempre me disse que o Instituto, é um lugar apenas para os fortes. - respondeu abaixando a cabeça. - Não sou forte, e também não sei lutar direito, mas eu sempre quis matar demônios. Seria uma maneira de mostrar para minha mãe, que eu cresci. Mas não tenho a certeza se vou passar nos testes. - Que testes? Indagou Kyungsoo, a si mesmo em pensamento. E sua amiga, logo se dispôs a acabar com a dúvida do outro

"Os testes, são avaliações, que todos devem fazer, caso queiram ser exorcistas. Eles são realizados no Instituto. Nesses testes, eles avaliam: a força física, os poderes, a mente e a coragem. Depois desses testes, é feito uma rápida avaliação, com perguntas voltadas para a vida pessoal, do candidato." Pontuou, Mirai.

- Como ela consegue saber isso tudo? - Sussurrou Jongin, ao pé do ouvido do outro, arrancando arrepios da pele pálida e imaculada, do Do. Que estava mais pálida que o normal.

- Ela ganhou poderes, depois que foi amaldiçoada. - Explicou D.O. Mas o outro ficou ainda mais confuso. - Ah! Desculpe, você não sabia que ela era um ser amaldiçoado. - Logo começou a contar a história de Mirai, ocultando a parte de como se conheceram, já que não sabia qual seria a reação do outro, diante do fato de ter sido treinado por Pecados Capitais. Até que veio uma pergunta, na mente do menor. - Jongin, se eu tivesse sido treinado pelos Pecados Capitais, você ainda me veria como uma boa pessoa? - Indagou. Admitia que odiava mentir, sua mãe sempre lhe ensinara que mentira tem perna curta, tendo como exemplo o real motivo da morte do pai. E caso Jongin descobrisse de outra forma, a reação poderia ser inusitada. Por isso, Kyungsoo, resolveu fazer essa pergunta, que deixou o amorenado estático, pelos cinco segundos seguintes.

- Olha, eu não seria ninguém para te julgar. Mas caso você, estivesse pretendendo me matar, aí seria outra história. Mas se você teve apenas as suas habilidades influenciadas, e não o coração, eu te consideraria um amigo. - O de pele mais escura, respondeu, para a surpresa de D.O. Essa reposta, mostrava o quão multisciente* o garoto era.

O D.O, estava com a intenção de revelar seu passado, ao mais alto. Não queria esconder a verdade, de um "amigo", não queria trair a confiança de uma pessoa tão boa, como Jongin. Ele virou-se para o amorenado, chegou até a abrir a boca para falar, mas antes disso, a exaustão tomou conta de si.

Kyungsoo, acabou por quase cair do pescoço de Mirai, devido a um súbito desmaio - que já era esperado, afinal fazia três dias que não comia, nem bebia -, mas o moreno atrás de si foi mais rápido, segurando sua cintura. Jongin, ajeitou a posição do outro, usando o próprio corpo como suporte, para o corpo miúdo do outro, sustentar-se. Até mesmo posicionou a cabeça alheia, em seu ombro.

"Ele queria te falar algo muito importante. Kyungsoo odeia mentiras, e acho que você deveria ser bem compreensível, sobre a história que vou te contar." Alertou a coruja-grifo, obtendo total atenção, do menino Kim, em si.

"Kyungsoo, cresceu sem saber como é ter um pai por perto, a mãe dele sempre cuidou sozinha do mesmo, que cresceu com a mentira de que o pai, foi morto por um lobisomem." Começou a explicação, relembrando como o Do, havia contado sobre sua vida, para a si. "Mas na verdade, o pai tinha sido apenas atacado por um. Ele chegou na aldeia em que vivia, todo ensanguentado, e com uma enorme mordida. E isso, foi o motivo dos aldeões o matarem, por medo dele se transformar em um lobo, e trazer perigo a aldeia. O Soo, descobriu isso por acidente. A mãe dele falava com animais, e isso foi motivo para a chamarem de bruxa. Então puseram-na em uma fogueira no meio da floresta, e obrigaram Kyungsoo, a ver a mãe sendo queimada. E olha, que ele só tinha 10 anos."

- Como ele ficou, depois de ver a morte da mãe? - Perguntou, o Kim. Não imaginava, que o garoto deitado sobre si, teria passado por tal coisa.

"Ele chorou muito, e prometeu a si mesmo, que nunca mais choraria. Ele leva promessas a sério, tanto é que nunca o vi chorar." Comentou dando uma pequena risada, do jeito durão de ser, do melhor amigo. "Na noite da morte da mãe, ele conheceu um demônio. Kyungsoo, até deu nome ao mesmo, se tornaram amigos e após seis meses o demônio resolveu, que daria uma espada demoníaca ao Soo. Era um demônio nível um, eles fizeram a invocação com o próprio sangue. O Kyung, sempre a invoca quando vê que o oponente é mais forte que si. E ele a usou, naquele momento em que matou todos os demônios, juntando as duas espadas." Fez uma pausa para se lembrar, do que mais o garoto havia lhe contado. "Quando deu uma semana, Kyungsoo já manuseava perfeitamente, a espada, e nessa 'uma semana' ele não havia visto mais o amigo demônio. Naquela noite o Soo, matou um ancião de sua aldeia-... "

- O que? - Jongin, praticamente gritou, não imaginava que Kyungsoo, havia feito tal ato. - Como assim, matou?

"Calma. Ele estava cego pelo ódio, e aposto que você, também não aceitaria ser entregue como oferenda, ao lobo que assombra sua aldeia. Quando o Kyung me contou isso, eu também me assustei, mas ele disse que nem mesmo sabia como havia matado uma pessoa, só se deu conta quando viu o velho, caindo no chão, cuspindo sangue." Falou olhando para o garoto, vendo um olhar de pena, direcionado a Kyungsoo. "Kyungsoo, chegou a ser até acorrentado, em uma espécie de altar, mas quando o Grande Lobo o viu, não o matou. Acontece que esse Grande Lobo, era um feiticeiro, que servia ao Pecado da Ira. E esse feiticeiro, disse que tinha que proteger o Kyung. Daí, o Soo foi levado para ficar sobre a proteção do Pecado da Luxúria." Pausou e ouviu um suspiro, virou a cabeça novamente e Jongin, fazia um leve afago na cabeça do menino Do. "Kyungsoo viveu sob os cuidados do Pecado da Luxúria, durante dois anos. E nesses dois anos, recebeu treinamento de quase todos os pecados, menos o Pecado da Ira. Mas desse Pecado, ele recebeu essa capa vermelha. Nesse tempo que o Kyung, viveu na casa da Luxúria, ele não podia sair. E hoje, ele conseguiu fugir. Ele também me conheceu lá, foi o único a me entender, por isso eu o tenho como dono. Bom, essa é a história de Do Kyungsoo."

- O que quer, em troca do meu silêncio? - Perguntou o Kim, ainda fazendo afagos nos cabelos alheios.

"Quero sua lealdade." Informou, e Jongin franziu o cenho em completa confusão. "Quero que nunca abandone o Kyungsoo, nunca o deixe. Me prometa. Senão... Eu te arremesso das minhas costas, seu moreno bonitão." Comentou rindo, mas deixando um Jongin, completamente corado.

- Eu prometo! - Confirmou rindo, da audácia da criatura em lhe apelidar com esse nome, mas parou repentinamente, após Kyungsoo, se aninhar mais em si.

"Muito bem, pode contar comigo, se precisar de alguma informação." Pontuou, Mirai.

- Na verdade, eu tenho. - Disse o Kim, meio acanhado. - Me fale mais, sobre ele. Me conte tudo que preciso saber, sobre Do Kyungsoo. - Completou sorrindo.

"Com prazer. Primeiro fato: quando ele gosta muito, ou odeia muito uma pessoa, dá apelidos a ela. Aposto que ele vai te dar um fofo. Mesmo sem te conhecer direito, ele sente uma enorme vontade de te proteger."

E assim, eles passaram o resto da noite inteirinha, falando sobre Kyungsoo. Com Mirai, pontuando os gostos e manias do dono. E um Jongin, completamente atento a tudo dito, guardando cada informação, como se fosse o maior segredo do mundo.