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História Gravity - Prólogo: um breve olhar do feiticeiro


Escrita por: ChaeKy

Notas do Autor


Me inspiraram a escrever fantasia depois de um looongo tempo: As Crônicas de Gelo e Fogo (George R.R. Martin), Os Instrumentos Mortais (Cassandra Clare), Corte de Espinhos e Rosas (Sarah J. Maas) e A Rainha Vermelha (Victoria Aveyard), além da minha imaginação que gosta de me fazer viajar por aí...

Capítulo 1 - Prólogo: um breve olhar do feiticeiro


Fanfic / Fanfiction Gravity - Prólogo: um breve olhar do feiticeiro



“Feiticeiros, são uma raça imortal de Seres do Submundo. Descendem da união de Demônios e Mundanos.”



⊱⋅ ────── ❴ ⋈ ❵ ────── ⋅⊰

A Corte dos Feéricos – em algum momento do século passado (XX);



jovem Chae Hyungwon, corria por entre as enormes escadas do castelo prateado — o grande símbolo de poder do temeroso Rei Morgarath.

Tinha noção do quão atrasado estava para sua primeira aula de feitiçaria com o grande mago do Reino Seelie, Lorde Merty.

Sabia que quando entrasse pela porta do aposento do homem, poderia virar um esquilo ou um rato. Ou pelos menos era isso que achava, já que todos do reino pareciam ter medo do gênio difícil do mago.

Chae Hyungwon. — E lá estava ele, no topo da espiralada escada de pedras. Barbudo e com uma túnica esvoaçante de azul celeste. Assustador. – Está atrasado.

O garoto de apenas 15 anos, engole em seco, sentindo medo de virar um rato feio ou qualquer outro animal ou coisa. Com toda certeza sentia, ao ponto de suas pernas tremerem.

— D-desculpe Lorde Merty…. Eu… e-eu… — as palavras morriam antes de serem proferidas, o fazendo balbuciar coisas desconexas.

— Garoto, se acalme. Não é como se eu fosse te transformar em um rato por isso — responde simpático e com um sorriso que era para ser gentil, mas que aos olhos do garoto era diabólico.

Ele lia pensamentos? Era o que o jovem aprendiz se perguntava.

— Certo — murmurou, ainda sentindo o coração batendo rápido de medo, mas se acalmando para não parecer patético.

— Vai querer começar a aula logo ou não? — pergunta apontando a sala no topo da escada, com um quê de impaciência na voz.

Hyungwon rápido e tropeçando nos próprios pés, entra no grande cômodo. Não queria testar o grande Merty.

A primeira coisa que viu, foram os grandes potes de vidro com garras, olhos e outras diversas coisas que Hyungwon preferiu não saber, de criaturas que também preferia não ter conhecimento. A segunda coisa que viu, foram os diversos livros que Merty colecionava sobre magia e feitiços. Estantes que preenchiam as paredes do chão ao teto.

— Diferente de mim, você não precisa da energia da natureza e anos de prática para ter poderes….. — Lorde Merty senta-se em sua poltrona à sua mesa, e começa a analisar o jovem. – Os poderes nasceram com você e só basta você aprender a controlá-los...

Hyungwon achou que deveria se sentar à frente do homem e assim fez, interessado nas palavras do mais velho.

— Energia da natureza? Anos de prática? — questionou com à clara confusão de um novato.

— Se você se concentrar vai perceber esse magnetismo que a natureza e o cosmos transmite... — Aponta para uma rosa negra que havia em sua mesa. — A natureza nos dá poder, só basta sabermos absorver esta magia. — E com um simples estalar de dedos, Lorde Merty faz outras quatro rosas negras aparecerem em cima da mesa. — Para isso, há diversos truques e trabalho árduo para conseguir chegar ao nível de realizar coisas expecionais, como por exemplo, manter o reino com uma plantação em abundância. — Volta os olhos para os campos do lado de fora da janela.

Hyungwon não conseguia conter sua surpresa. Encarava Lorde Merty com admiração.

— Você faz isso?

— Sim, caro jovem. — Sorri contente com a expressão do garoto. — Eu ajudo a natureza e ela me agradece com os poderes.

Isso é incrível! — exclama maravilhado.

Oh não, não! – O Lorde ajeita seus óculos na ponte do nariz e volta a falar sério. — Incrível é sua capacidade. Você não precisa dar nada em troca à natureza, pois, seus poderes estão dentro de você, em sua alma. Você só precisa aprender a controlar eles e vai conseguir fazer coisas que até eu não consigo. Diferente de mim, você é um feiticeiro.

Lorde Merty se sentia feliz com seu novo pupilo, algo lhe dizia que Chae estava predestinado a fazer grandes coisas.



Hyungwon caminhava rápido pelas escadas e novamente estava atrasado e dessa vez não tinha desculpas para seu mentor. Já havia dado às desculpas mais sórdidas e seu estoque havia acabado.

O jovem, de agora 16 anos, tropeçava nos próprios pés com a falta de coordenação motora e com o nervosismo de ser transformado em uma tartaruga. Este medo, pela ameaça do mestre no último atraso.

Merty havia descoberto o medo bobo de Hyungwon de ser transformado em animais e agora usava isso para tentar fazer o pupilo ser pontual. Coisa que não adiantava de nada. 

— Novamente atrasado, Chae. — Em um rápido clarão, Lorde Merty estava na ponta espiral da escada de pedras negras. Balançava a cabeça em negação com a incrível falta de pontualidade do jovem. — Será que precisarei criar um feitiço para você ser pontual? Os Deuses tenham piedade de mim... — suspirou. 

O susto de Hyungwon foi tão grande, que caiu sentado na escada que havia acabado de subir, dessa forma,  acabando por esbarrar em alguém.

 

— Olhe por onde anda! — uma voz melodiosa fala irritada. 

Hyungwon não sabia se pedia desculpas para seu mentor ou para a pessoa atrás de si. Ele era um verdadeiro desastrado.

— Desculpe — fala para nenhum dos dois em particular, enquanto suas bochechas se tornam rubras. 

Além de um completo desastre, ele era um completo tímido bobo. Oh céus.

A pessoa atrás de si bufa e fala:

— Onde está seus modos com o príncipe?

Hyungwon engasga e, enfim olha para trás.

— P-príncipe? — a vergonha o fez gaguejar bobamente.

— Sim, príncipe Lee Minhyuk. — um garoto de cabelos vermelhos como fogo, fala em um tom arrogante.

Hyungwon sentia de princípio uma súbita raiva da petulância do rapaz, porém ao o observar melhor, sentiu algo diferente. Algo quente no peito.

O tal príncipe era incrívelmente belo, ainda mais do que um feérico normal. Seus olhos eram de um castanho que lembravam chocolate e sua pele tão branca que parecia a luz da lua e seus lábios, estes eram vermelhos como sangue e faziam um perfeito constrante com sua palidez.

Belo parecia ser pouco para o definir.

Hyungwon engoliu em seco, tendo noção do quão estranho estava sendo ao encarar sua alteza daquela forma. Mas ninguém podia o culpar. Ele ainda era um adolescente cheio de hormônios que não conhecia muitas pessoas da sua idade.

— Foi um prazer, vossa alteza. — Agora sim estava embasbacado, enquanto tentava ser gracioso ao fazer uma reverência.

Minhyuk o encarou surpreso com a súbita educação.

— Ahn … claro, quem é você mesmo? — pergunta confuso ao não saber o nome do feiticeiro.

— Chae Hyungwon.

— Wonnie.

— O quê?

—  Wonnie, combina com você. — E com isso o príncipe sai em meio a pequenos pulos, para algum lugar do Castelo. Mais tarde, Hyungwon descobriria que ele andava daquela forma quando estava contente. 

— Não tenho o tempo todo. — Merty cantarola, o lembrando que ainda tinha compromissos importantes.

Hyungwon suspira e ainda com um sentimento estranho, entra no aposento do outro e começa sua rotina de sempre.


Alguns anos depois;


Minnie, você não vai aceitar isso não é? — Hyungwon, agora um homem de 21 anos, encara seu amado com amargura. — Você não vai aceitar isso. Você não pode aceitar isso. Se casar com um filho da Lua, isso é...

—  Você não entende. Eu vou aceitar. Eu sou o príncipe herdeiro, é meu dever! — Minhyuk insistia ao maior que parecia desolado.

Hyungwon bufa indignado.

— Depois de tantos anos juntos você vai escolher alguém que nem conhece? — O coração começava a se partir.

— A gente nunca chegou a oficializar isso que temos. Aos olhos de todos, eu sempre fui solteiro. — Minhyuk sabia que não estava sendo justo, mas para si, o dever com seu povo vinha em primeiro lugar e nem a paixão que sentia pelo feiticeiro iria atrapalhar isso. 

Nunca chegou a oficializar isso? —  Chae sentia seus olhos arderem e uma raiva súbita o invandir. 

Os dois nem perceberam, mas as flores ao redor começaram a murchar; efeito do poder descomunal do feiticeiro.

Minhyuk não queria continuar aquela conversa, contudo não queria abandonar Hyungwon sem alguma explicação.

— Eu tenho que me casar com Hyunwoo. — Se encolhe, sentindo dó de Chae. — A família Son vem ameaçando o reino a tempos e a única solução disso parar é uma união entre os povos.

Hyungwon sabia que Minhyuk só queria se casar com o Alfa por conta da estabilidade do reino, entretanto, ainda assim doía a ideia de rejeição e de se ver separado da pessoa que mais amava. 

— Minnie…—  Acaricia a bochecha macia do outro e respirando fundo, enfim tira do bolso a pequena caixa de veludo azul escuro.— Você quer … Você sabe ... — Abre a caixa revelando seu delicado conteúdo. – casar comigo? Eu estava pensando em te pedir a tanto tempo, e agora eu...

Minhyuk não respondeu e atrapalhou a continuação do outro, ele não queria responder aquilo que iria machucar Hyungwon, então simplesmente agarrou o pescoço do maior e o beijou. 

Hyungwon sorriu, estava iludido com a ideia de que Minhyuk iria aceitar por conta da intensidade do beijo.

O beijo era afoito e cheio de desejo, as línguas se enroscavam em uma sincronia perfeita e agradável.

O que diabos está acontecendo aqui? – O rei Morgarath, encarava a cena incrédulo e estático na entrada do jardim. 

Minhyuk em um ato desesperado se debate nos braços de Hyungwon e grita:

— Ele me agarrou! —  com uma voz chorosa, fala para o pai ouvir. 

Hyungwon encrava o outro com tanta dor, que até a pessoa mais fria sentiria pena de si. 

Minhyuk, seu amado, falando mentiras sobre si em sua frente, justo após o beijar com ternura. Como alguém podia ser tão falso?

Hyungwon aperta a caixa de veludo em sua mão e sente seus olhos marejarem; Lágrimas de dor e ódio insistindo em cair, mas ele não as derramou. Não deu aquele prazer para Lee Minhyuk.

— Minhyuk, conte a verdade —  pediu com certo desespero ao olhar para os lados e ver os guardas surgindo.

Minhyuk o encarava choroso e falava sem emitir sons, diversos perdões.

—  Chae Hyungwon, você está preso por violar nossa Graça — anuncia um dos cavalariços da Guarda Real.

Hyungwon encarava a cena enojado. Minhyuk abraçado ao pai, como se fosse a verdadeira vítima ali.

Sentia seu coração se quebrando em diversos pedaços irrecuperáveis.

— Você mentiu para mim — fala afiado como uma lâmina para o Seelie. — Você nunca me amou, não é? — Balançou a cabeça em sinal de ironia e abriu um sorriso transtornado. —  Eu sou um idiota.

E naquele momento uma escuridão cresceu dentro do feiticeiro e em um ato automático, em um passe de mágica, some do aposento. Mas não sem antes deixar seu recado:

Eu vou voltar Minnie.


E naquele dia Hyungwon perdeu todas as coisas de bom que haviam em si, foi exatamente naquele dia que Hyungwon foi traído por quem mais amava.



Notas Finais


E eu voltei com essa fanfic...
Eu estava dando uma olhadinha nas fics que eu exclui e essa voltou a chamar minha atenção e minha cabeça encheu de ideias para a história e estamos em quarentena e pensei “ pq não voltar a escrever? ”... E cá estou.

Aqueles que já tinham favoritado a fanfic, desculpem pela exclusão e continuem acompanhando. Aos novos leitores, bem-vindos e espero que gostem!

Qualquer dúvida, crítica construtiva... Estou aberta a suas opiniões.


~Até breve (espero eu).


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