História But it's as they say, hatred leads to love - A nova convidada

 " O fácil nunca é bom, e o bom nunca é fácil" 

ㅡ Como consegues dormir em um momento como este? Onde todos estão em risco, a beira da morte, tudo por causa de uma coisa; você simplesmente existir...ㅡ A garota de cabelos curtos e negros se aproximava de Tord, calmamente soltando cada palavra juntamente com seu pequeno desejo de vingança quanto de alívio.ㅡ Sabe pequenino, eu te amava tanto, você foi o melhor amigo que eu poderia ter tido, e finalmente o vendo pela primeira vez, eu me arrependo de não ter te matado quando pude.ㅡ Ela retirou a faca de trás de si e finalmente, olhando para Tord deitado na cama, a ergueu na altura de sua clavícula, preparou-se para finalizar a última respiração daquele pequeno garoto a sua frente, daquele na qual carregava um ódio...

"As vezes simplesmente precisamos parar para pensar nas possíveis soluções dos nossos problemas que chegam em turbilhões, e sem exitar em tentar entender o que há de errado para que não aconteça o inesperado."

ㅡ Mas talvez ainda não seja sua hora.ㅡ Ela deixou um mínimo sorriso escapar de seus lábios, guardou a faca dentro de suas vestes, sentindo o que poderia ser facilmente descrito como lágrimas de decepção banharem seu rosto acompanhado com uma forte sensação de arrependimento surgir no seu peito.ㅡ P-Porque eu não consigo fazer isso?ㅡ Seu corpo tremeu, fazendo-a sentar-se de joelhos, acordando Tord a sua frente...

(...)

ㅡ Não se preocupe Ume, você não tem culpa,  só estava se deixando levar!ㅡ Ele sorriu calmamente entregando o chá quente para a ômega que tentou recusar mas o menor insistiu.ㅡ Eu quem te devo desculpas! Por tudo que te fiz passar e bom... Por Tom quase ter te atacado agora pouco.ㅡ Ele fez uma expressão de irritação mesclado com um sorriso travesso para o meio monstro ali encolhido no canto da sala, atento a qualquer movimento inesperado de Ume.

ㅡ Você é realmente um anjo Tord, só peço desculpas pela forma que lhe tratei e falei para ti, só não lhe conhecia bem, ainda acho que eu quem devo pedir milhões de vezes desculpa, não você. ㅡ Ela deixou escapar uma pequena risada calma, como se antes não estivesse cometendo seu primeiro assassinato, tomando um gole do chá, sentindo a sensação do líquido quente descer pela sua garganta, a fazendo relaxar e soltar um suspiro a após.ㅡ Então, aquele é o Alfa Lúpus? Me lembra um cachorro! 

ㅡ Pode até não ser, mas está com a mentalidade de um agora.ㅡ Finalizou, ao se deparar com Tom choramingando para chamar a atenção do menor. 

ㅡ Mas porque ele está assim... Nessa forma? Ele não consegue voltar ao normal? 

ㅡ Na verdade eu não sei, deve ser porque estou no cio ou algo relacionado.ㅡ Ele falou um pouco desconfortável, não é tão bom falar sobre esse tipo de assunto para qualquer um, mesmo que Ume não seja uma qualquer. 

ㅡ Bom, é melhor eu partir, já passei tempo demais fora daquele lugar.ㅡ Ela se levantou colocando a xícara com o líquido inacabado e frio em cima da pequena mesa e sorriu para Tom, como se fosse uma maneira de dizer "Já pode ficar com Tord pra você".

ㅡ Mas você não pode ir! Não pode voltar para aquele lugar!ㅡ Ele a interrompeu, segurando em seu pulso, e podendo-se ouvir um pequeno ranger de dentes vindo da parte de Thomas.

ㅡ Mas do que adianta ficar aqui? Não quero incomoda-los. 

ㅡ Incomodar? Só se for em deixar o Tom com ciúmes!

ㅡ Você está no cio, então... Você sabe.ㅡ Ela riu deixando o garoto constrangido e corado.ㅡ Eu não atrapalhando-te está de bom tamanho!ㅡ Sorriu minimamente e perguntou a Tord se poderia fazer algo para ajuda-los, e assim foi....

Tord contou tudo sobre si, principalmente o que aconteceu depois que fugiu do laboratório, como a sua vida mudou depois de tudo que passou e Ume não exitou em contar um pouco de sua história também,  afinal era contagiante. Tord resolveu ㅡ com ajuda  e insistência de Ume ㅡ ligar para Edd e Matt informando-os sobre o ocorrido após o repentino término da conversa anterior, e obviamente Edd o encheu mais uma vez de perguntas, parecia até uma máquina a procura de conhecimento.

(...)

ㅡ Aparentemente você terá de encurtar seu prazo a procura daquele verme traidor Nicole.ㅡ O homem dizia, sentado em sua cadeira, em uma parte totalmente escura da sala, mal podia-se ver o rosto do indivíduo, e a sua frente, Nicole encolhida.ㅡ Tem grandes possibilidades de que Ume nos traiu também, aquela hipócrita ingrata.ㅡ Nicole encolheu-se mais ainda quando o homem terminou a frase e o que tinha para falar com um soco sobre a mesa, quase que a quebrando pela sua força abundante. 

 ㅡ Quer que eu chame alguma criada papai?ㅡ Ela falou em um tom seco e a contragosto, sempre a desviar o olhar daquele a sua frente, o tratamento de seu pai sobre as criadas e criados quando estava com a "cabeça quente" era inconfundível, seu pai só pensava em aliviar o stress, nem que isso custasse a vida de um dos seus.

ㅡ Hoje não minha querida, estou ocupado demais para dar atenção a eles.ㅡ Ele levantou-se de sua cadeira e foi em direção a Nicole, depositando um beijo rápido sobre sua testa.ㅡCuide daqui para mim okay? Preciso ir para a reunião na sala de reuniões, obviamente. 

ㅡ Sim, papai.ㅡ Ela se levantou e o acompanhou até a porta, se despedindo apropriadamente, é claro que sem o famoso e contagiante sorriso no seu rosto, mesmo que amasse seu pai, também havia um ódio dentro de seu peito sobre ele, mas o amor dela acaba por cega-la na maioria do tempo fazendo-a tomar decisões erradas e até mesmo decisões que põem em risco, suas amizades e piora suas inimizades, pois mesmo que o processo seja lento, a cada dia...

Nicole se parece ainda mais com seu pai.