História But it's as they say, hatred leads to love - Chuva de Culpa

ㅡ Tord! Acorde Tord! ㅡ A albina sacudia o menor tentando acorda-lo e quando feito se levantou suspirando.ㅡ Vá se equipar ou se arrumar, tanto faz! Precisamos ir resgatar o Thomas!

Tord se levantou no mesmo instante que ouviu as palavras 'resgatar' e 'Thomas' na mesma frase. Sua visão ficou embaçada por alguns segundos por ter levantando tão rápido e também porque a única iluminação branca no lugar era a lâmpada da sala e aquilo fazia seus olhos arderem.

  ㅡ Espera... Ainda está de noite? Que horas são? ㅡ O garoto perguntou ainda sonolento esfregando um dos olhos.

  ㅡ São cinco da manhã Tord, o que foi? Não dormiu o suficiente? ㅡ A albina arrumava os últimos preparativos para a saída de todos, alguns já esperavam lá fora.

  ㅡ Digamos que eu tive uma leve insônia, bem pequena...

  ㅡ Ah que ótimo! Por que você acha que mandei todos dormirem antes das onze?? Aqui, toma isso.ㅡ A garota tirou uma pequena cápsula da bolsa e dentro do pequeno objeto retirou uma pílula azulada e entregou o menor.ㅡ Precisa de  um copo d'agua ou algo assim?

  ㅡ Não,  obrigado.ㅡ O menor observou por mais alguns segundos a pílula, mas depois a engoliu a seco.ㅡ O que é isso?

ㅡ Considere isso um tipo de café extra forte sem açúcar, demora cerca de 30 a 40 minutos para surgir efeito, a viagem de carro daqui a base vermelha demora 1 uma hora e 23 minutos, então pode ficar relaxado.

Tord suspirou aliviado, ainda estava sonolento e meio lento mas isso não o impediu de arrumar tudo, todo o armamento e todas as coisas úteis. Patryk chamou os dois paras se apressarem para irem logo e assim foi feito. Paul e Patryk ficaram nos bancos da frente enquanto Tord, Luke e Agatha iam atrás, Edd dirigia seu carro logo atrás com Matt e Eduardo, Mark havia ficado para cuidar de Jon. Tudo estava indo bem, todos estavam determinados e com muita coragem, todos achavam que daria certo. E irá dar certo!

Mas não para Tord. Ele sentia um mal pressentimento, talvez por ser realista e extremamente pessimista as vezes? Ele não sabia. Só sabia e sentia que algo grave iria acontecer.

Algumas horas depois e lá estavam eles, de frente para o que seria um lugar de dor e loucura, onde o que é considerado líder e comandante era um psicopata possessivo e ganancioso. 

Com as roupas adequadas ao do Exército Vermelho, Agatha e Luke entraram, já avistando Igor na frente com uma expressão séria e teatral e o mesmo, se encarregou de levar os dois instrusos até seus devidos postos, mas foram barrados logo antes da entrada da base principal. 

ㅡ Apresentem-se.

ㅡ Igor Ferreira.

ㅡ Agatha Ferreira.

ㅡ Luke Sampaio Dias.

ㅡ Classes.

ㅡ Alfa com genes ômega.

ㅡ Beta puro.

ㅡ Ô-Ômega com genes beta.

ㅡ HAHA! São gêmeos semelhantes? Mesmo sendo homem e mulher? Ah me perdoe, esqueci que o garotão aí é um ômega.ㅡ O segundo soldado riu debochado zombando do albino que se mantinha de cabeça baixa e calado.ㅡ Me pergunto o que você faz aqui, só pode estar na área de medicina,  já que não se passa de um inútil. 

ㅡ Por favor parcei-

ㅡ HEY! ㅡ A albina gritou alto segurando o soldado pela roupa o erguendo.ㅡ Se você ousar simplesmente em pensar em inferiorizar o meu irmão desse jeito outra vez, eu arranco sua cabeça e sirvo para a porra dos selvagens do subterrâneo.ㅡ Ela disse séria e ameaçadora, logo colocando o soldado no chão novamente, Luke e Igor entraram enquanto ela ficou fora encarando o soldado.ㅡ Eu só não faço isso agora porque não quero sujar as minhas mãos com lixo. 

 Agatha rangeu os dentes e, totalmente extressada, foi até a sala central de comando de tecnologia onde Luke e Igor estavam e com a ajuda dos garotos eles abateram os vigilantes que ficavam dentro e ao redor do lugar. 

ㅡ O que foi aquilo? Você demonstrando afeto para com seu irmão? Não é a toa que esses dias o impossível vem acontecido.

ㅡ Cala a boca e vai logo apagar os soldados próximos.ㅡ A albina sorriu de lado desajeitada e jogou os tranquilizantes para o mais alto. Um  estranho silêncio se estabeleceu pelo lugar mas Agatha não se importava; ela se sentou na cadeira alheia e começou a teclar rapidamente,  hackeando o sistema principal de todas as câmeras da base desativando uma por uma.

  ㅡ E-Ei Agatha, eu só... Q-Queria agradecer por mais cedo, tipo, a dois minutos atrás, você não precisava ter feito aquilo. 

ㅡ Por nada, e sim, eu precisava, não é só porque vocês são ômegas que vocês são fracos! Tord é um belo de um exemplo! ㅡ Igor riu ao lembrar que o menor foi até mesmo confundido com um alfa alguns tempos atrás. Os dois começaram a conversar em um conversa longa e divertida.ㅡ É melhor começar com isso logo, espero que tudo dê certo....

Enquanto isso....

O restante da equipe se mantinha do lado de fora, Paul esperava pelo sinal enquanto Patryk e os garotos organizavam melhor o que cada um iria fazer, já que a distração tinha de ser uma perfeita armadilha para os soldados.

Igor: Soldados! Há intrusos ao norte da base! São transformados!

A voz de Igor ecoou por toda a base, podia se ouvir de fora soldados marchando como um verdadeiro exército para a fora da base. Edd e Eduardo se prepararam, seus olhos e cabelos ganharam tonalidades verdes fortes, como se estivessem no auge do seus poderes. 

ㅡ Boa sorte lá dentro...ㅡ Edd sorriu fraco para os amigos que retribuiram o sorriso, Paul e Patryk foram na frente e quando Tord deu seu primeiro passo, Edd o segurou pelo ombro.ㅡ Tord... Eu... Me prometa que terá cuidado? 

ㅡ Tá tudo bem Edd... Tom ficará bem.

Foram as últimas palavras do menor antes dele sair correndo em direção aos soldados e junto a eles dois entrarem na base pelos dutos de ventilação, Edd, Matt e Eduardo foram as suas posições, começando a chamar a atenção dos soldados o quanto podiam. Os três indivíduos rastejavam dentro das pequenas aberturas evitando o máximo de barulho que pudessem, Tord sussurrou algo como "É aqui" e retirou uma das aberturas e caindo sobre ela, ajudou os outros dois a fazerem o mesmo e quando perceberam, estavam em um corredor escuro que dava acesso a ala onde Thomas estava. 

ㅡ Agora.ㅡ O menor pronunciou repentino fazendo os dois soldados atrás de si ficarem confusos.ㅡ Perdão, mas eu precisava fazer isso.ㅡ O único barulho que soou por todo o corredor foram os corpos de Patryk e Paul caírem no chão.ㅡ Você seguiu direitinho o plano, Klara.

ㅡ Sinceramente, eu estou ficando arrependida de ter te ajudado nessa Tord, você poderia ter feito tudo isso se-

ㅡ Leve-os. Os deixe em um lugar seguro e longe daqui, eu não quero ver nem um mínimo arranhão neles. Faça a sua ultima parte do plano, não me decepcione. Entendeu  bem?

ㅡ S-Sim senhor! ㅡ A garota curvou-se e assim, pegou os dois inconscientes com uma força sobrenatural e os levou para fora da base em segurança, pelo menos era o que Tord esperava.

Tord suspirou sentindo todo o seu corpo pesar, andou lentamente até onde Thomas estava, não exitando de checar se tinha algo ou alguém por perto. 

ㅡ Tom... Olha tudo isso... O que fizeram com você...? ㅡ O menor se ajoelhou sobre o chão de frente para o meio monstro, suas mãos deslizaram cuidadosamente pelo rosto do maior que se mantinha desacordado, aquele belo rosto sereno era um calmamente para Tord.ㅡ Você vai ficar tão irritado comigo quando acordar...Não se preocupe, você vai ficar bem...

ㅡ T...T-Tord? ㅡ A voz grave e rouca causou arrepios na espinha de Tord, há tempos não ouvia a voz de seu amado.ㅡ Tord... Tord.ㅡ Ele repetia o nome do menor diversas vezes, lágrimas escorriam pelos seus olhos não existentes ainda que fechados. Tord abriu um pequeno sorriso de lado abraçando com dificuldade o maior.ㅡ Tord... P-Por favor...

ㅡ Sim Thomas? ㅡ O menor se abaixou o suficiente para ouvir melhor as palavras do outro, já que sua voz estava fraca.

ㅡ Você pode... C-Cantar? ㅡ O pedido inusitado fez Tord ficar confuso e desajeitado, achava até mesmo fofo; em uma situação deprimente e perigosa o maior pedir, nem que for por segundos, para ouvir a voz suave de Tord. O menor deixou escapar um sorriso bobo, começou a fazer um cafuné na cabeça de Tom enquanto pensava em qual música iria cantar...

Ó, meu querido, olhe bem pros meus olhinhos

Tão rasos d’água de emoção por te encontrar

A cada passo que perdi pelas estradas

De solidão estou cansado de chorar

Mesmo distante não saiu do pensamento

Aquele doce do teu mel, do teu beijar

Lembro do tempo em que amávamos baixinho

Pra não deixar nenhum lençol nos invejar

Desde o momento em que nós nos separamos

Eu viajei no céu vermelho do penar

Agora peço o teu perdão, o teu colinho

Pra que a gente possa então recomeçar...

ㅡ Você sempre teve uma voz encantadora, meu querido ômega ㅡ O homem finalmente saía das sombras andando calmamente em direção ao casal.ㅡ Então, o que você queria falar comigo de tão importante que mandou aquela alfa impura a minha procura? ㅡ O homem parou a uma certa distância dos dois enquanto esperava a resposta do menor que acalmava Tom, que diante da situação rangia tentando defender o menor em vão. 

ㅡ O que eu queria dizer é...ㅡ Tord prendeu sua respiração,  soltando-a logo após, depositou um pequeno beijo na testa de Tom e se levantou, deu alguns passos a frente e suspirou.ㅡ Eu tenho uma proposta para você. 

ㅡ Sou todo ouvidos.ㅡ Sorriu agora, demonstrando certo interesse no assunto.

ㅡ Você libertará o Tom e não machucará nenhum deles nunca mais, e em troca você... Você me terá.ㅡ Tom arregalou os olhos dizendo não várias vezes, palavras que foram totalmente ignoradas pelo menor que andou em direção aos braços daquele psicopata, sendo abraçado pelo mesmo.

ㅡ Eu aceito.