História × My Angel × Park Jimin - × Capítulo 5 ×

*POV Jimin*

Pouco tempo depois de Eliana sair da cozinha terminei o pequeno-almoço. Ajudei a minha mãe a levantar a mesa e dirigi-me às escadas para ir para o meu quarto. Já no andar de cima, ouvi um choro vindo da porta semi-aberta do quarto de Eliana. Encostei-me à parede, tentando perceber o que a tinha deixado naquele estado, mas só a ouvi fungar e respirar com dificuldade. A situação começava a preocupar-me, e eu não sabia o que fazer para a ajudar ou amenizar aquela dor que ela com certeza estava a sentir. E foi então que, de um momento para o outro, o choro parou. Todo aquele silêncio só me preocupava mais. Decidi então espreitar pela porta, e a visão que tive aterrorizou-me. Eliana estava no chão toda encolhida, sem expressão no rosto, apenas os seus olhos vermelhos e inchados (provavelmente do choro) se destacavam e tremia sem parar. Sem pensar duas vezes, corri ao seu encontro.

- Eliana? Eli? Fala comigo, por favor. O que se passou? - Falei desesperado.

- Os com...comprimidos! - Ela falou com dificuldade, apontando para a sua cómoda, onde se encontravam alguns medicamentos. Entre eles destacavam-se vários tipos de antidepressivos. Calculei que o seu problema fosse um ataque de ansiedade, devido aos sintomas, então peguei num comprimido e na garrafa de água que se encontrava ao lado e fui mais uma vez ao encontro dela, ajudando-a a tomar o medicamento.

Passados alguns minutos, Eliana parou de tremer e quando estava mais calma olhou-me com os olhos cheios de lágrimas.

- Obrigado Jimin. - E uma lágrima desceu pelo seu rosto.

Não me controle e, por impulso, abracei-a levemente, visto que ainda lhe custava respirar.

- Não me agradeças Eli. Eu sei que não estás bem, pude perceber isso desde o inicio. E mesmo não me conhecendo, quero que saibas que podes contar comigo para tudo. Eu nunca te irei abandonar.

E aquelas tinham sido as palavras mais sinceras que já dissera. Eu iria ajudá-la. Mesmo não sabendo ainda o que se passava com ela. Mas eu sentia que tinha de protegê-la. E era isso que eu ia fazer.