História ••• Os Mortos ••• - ••• 2 •••

Após pegar tudo o que precisava, saio da loja calmamente com arma em mãos e atenta a qualquer movimento na rua, vou andando calmamente pela mesma

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Depois de algum tempo andando, percebo que minhas buscas foram completamente falhas, não achei um sinal sequer de que alguém passou por ali.

Resolvo dar uma pausa e me sento na calçada, tiro minha mochila das costas, abrindo-a e pegando a garrafa de água que tinha colocado ali hoje mais cedo.

A rua está aparentemente tranquila, há alguns comércios e um mercado, acho que o lugar costumava ser o centro da cidade, os prédios são modernos e me lembram cidade grande, bem diferente de onde vim.

Passei por muitos lugares desde o começo do apocalipse, e nem sabia o porquê. Quando ficava parada em um lugar acabava me sentindo vazia, precisava me distrair e me concentrar em algo, decidimos por fim passar por várias cidades procurando por pessoas para aumentar o número de pessoas . No começo tinham um número considerável de pessoas, 15 aproximadamente, elas foram indo uma por uma, cada uma por um motivo diferente, e entre essas pessoas estavam os meus irmãos que acabaram indo, sobreviveram umas 5 pessoas mas em uma fuga acabamos nos separando e eu nem sei se estão vivos...

Suspirei e olhei em volta tentando afastar as lembranças que me assombravam desde a morte da minha família. Tampei a garrafa de água com o líquido pela metade e guardei-a, logo colocando a mochila novamente nas costas e pegando a arma, parecia tudo tão certo e de uma certa forma um "ritual" como se eu fizesse a mesma coisa todos os dias, sair atrás de pessoas e quando estivesse escurecendo encontrar um novo abrigo. Já estou exausta disso.

Estava tão perdida nos meus pensamentos, que nem reparei na sombra atrás de mim saindo do estabelecimento atrás de mim.

- Olá ser da calçada -- Quando escutei a voz dei um pulo, me levantando da calçada com pressa e apontando minha arma para o dono da mesma.

-Olá humano - Respondo séria escondendo minha felicidade por ter achado alguém naquele fim de mundo.

O menino segurava um cajado, que por acaso estava apontado pra mim. Não aparentava ter mais de 16 anos, tinha um físico magro, em condições normais, digo, em outros tempos provavelmente seria um daqueles meninos viciados em games, quadrinhos e super heróis.

Nos encaramos por algum tempo e como se fosse sincronizado abaixamos as armas, e paramos de "intimidar" um ao outro.