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História 10 Motivos Para Continuar a Viver - Jimin - Especial – 10 anos atrás


Escrita por: Shenshin

Notas do Autor


Desculpa essa demora, a escola está exigindo muito. Mas continuarei postando, mesmo que seja um pouco devagar. Boa leitura! 😁 😁😁

Capítulo 7 - Especial – 10 anos atrás


Fanfic / Fanfiction 10 Motivos Para Continuar a Viver - Jimin - Especial – 10 anos atrás

P.O.V. Jimin

"Em um pequeno parque em um dia frio de inverno tudo começou. Foi ali onde nos conhecemos. Eu estava sozinho naquela época, foi por isso que eu consegui encontrá-la."

Meus pais costumavam viajar muito, e em umas  desses lugares havia um parque onde vinha brincar com os meus pais. Porém naquele dia fui sozinho, pois não estava fazendo muito frio e os meus pais permitiram.

Enquanto eu passeava pelo o parque vi uma menina correndo em direção a umas árvores que lá existia, e se escondia atrás destas.

Me aproximei um pouco e a vi. Ela estava toda encolhida abraçando suas próprias pernas, estava segurando em uma das mãos um ursinho de pelúcia. A atmosfera em sua volta era completamente diferente a de uma criança normal era uma atmosfera pesada. Ela parecia completamente triste, parecia que ela ia chorar, porém ela não derramava nenhuma lágrima se quer. Pois a melancolia tomava conta daquele ambiente fazendo-me ficar perdido sem alguma reação.

Sem me aproximar dela perguntei:

— Você está triste?

Ela continuava calada parecia está perdida em seus pensamentos. Nem ao menos me olhava enquanto eu falava. Decidi perguntar novamente:

— Por quanto tempo está assim?

— A muito tempo... — a sua voz era tão suave e calma parecendo um sussurro.

— E quanto tempo é isso? — buscava mais informações sobre o que poderia ter deixado ela triste.

— Quem sabe... — ela ainda continuava triste.

Me aproximei dela e com um jeito gentil perguntei enquanto apoiava as minhas mãos em meus joelhos permitindo-me vê-la nitidamente.

— Quer brincar comigo? — perguntei.

Ela ficou um pouco surpresa com minha pergunta, contudo logo a tristeza  tomou conta do seu ser.

—  Não posso brincar  agora, pois estou esperando a minha mãe. — ela respondeu voltando o seu olhar ao horizonte.

Percebi que ela estava com um pouco de frio, então coloquei o meu cachecol sobre o seu pescoço o dividido com ela. Ficamos assim por alguns minutos até que resolvi tentar mais uma vez falar com ela.

— Vamos comê-la juntos? — mostrei a maçã que trazia comigo, ela voltou o olhar para mim. Tudo o que eu queria era tentar trazer um sorriso para aquele rosto melancólico.

— Não quero. — logo o seu olhar voltava aquela melancolia terrível em que se encontrava. 

Fiquei muito surpreso com a sua resposta, pois ela conseguiu cortar a nossa conversa só com apenas duas palavras. Peguei a maçã e voltei a guarda-la em meu bolso. Comecei também a olhar o horizonte como ela estava fazendo e perguntei:

— Ei, você conhece a história do primeiro homem e da primeira mulher da terra?

— Não conheço. — ela respondeu sem ao menos demostra nenhuma emoção.

— Sabe, ele dividiram um fruto do destino.

— Minha vida nunca dará frutos para serem divididos com alguém.

Ao dizer aquilo ela saiu correndo, deixando-me sozinho naquele local.

No outro dia voltei para aquele mesmo lugar, com o intuito de vê-la novamente. Porém não a encontrei. Ela não estava lá, logo quando eu tinha trazido umas caixas de leite para que possamos toma-las juntos.

Continuei andando por aquele parque, pois ainda tinha a esperança de podê-la a encontrar. Inesperadamente a vi abaixada ao lado de uma caixa, um pouco longe do meu campo de visão. Não conseguia ver o que tinha naquela caixa.

— O que você está fazendo? — perguntei um pouco curioso.

— Um gato. — respondeu ainda olhando para a caixa.

— Ele é seu? — o gatinho estava dentro da caixa que tinha algumas cobertas, deixando aquele lugar um pouco confortável para ele.

— Não, ele não é meu.

— Por que ele foi deixado aqui? — me abaixei para pode vê-lo melhor — É tão fofinho. Venha aqui. — comecei a fazer caricias.

— Porque ele é uma existência desnecessária. — surpreendi ao ouvir aquela resposta — Ele provavelmente tinha alguém no começo, mas a sua fofura não foi o suficiente... Por isso que ele foi jogado fora.

Fiquei muito abismado com sua resposta. "Será que ela está se referindo a ela mesma?" Na tentativa de quebrar a atmosfera pesada que era transmitido no lugar.

— É mesmo! Tenho um pouco de leite... — quase gaguejava ao falar, até que ela me interrompeu.

— Pare. Você não vai poder ficar com ele, certo? — já estava boquiaberto — Ser rejeitado significa morrer.

Mesmo assim resolvemos dar um pouco de leite para o pobre gatinho. Graças a minha grande insistência.

— Ele está bebendo. — ela ficou perplexa ao vê o gatinho todo feliz enquanto bebia o leite.

— Vamos tomar conta dele até que ele seja adotado por alguém. — estava animado com a ideia.

— ...Ok...  — estava admirada com o meu otimismo. 

Todos as tardes íamos lá para visitá-lo. Preferi não comentar ao meus pais sobre aqueles encontros.

Aquelas tardes foram maravilhosas, nunca me diverti tanto. Pouco a pouco a menina abandonava a tristeza e criava-se um pequeno porém lindo sorriso.

Em uma dessas tardes o clima estava aconchegante mesmo com aquele frio. Decidimos descansar de baixo de umas árvores, aproveitando aquele clima reconfortante. Durante o tempo que estávamos deitados compartilhamos o mesmo cachecol.

— Temos que dar um nome para o gatinho. — falava quase como um sussurro ao mesmo tempo à observava. Ele estava descansando em seu peitoral ao passo que ela o acariciava.

— Como ele é quentinho. — continuava a acaricia-lo com os olhos fechados.

A sua voz era tão suava que tranquilizava todo meu ser, querendo que aquele momento durasse para sempre. Fazendo-me querer conhece-la mais.

— Qual é o seu nome?

— Alice, pois quando eu nasci era um dia ensolarado e muito lindo. Igual ao País das Maravilhas.

— Oh, que nome legal. Então vamos dar um nome quentinho como o seu. Ou talvez não. — fiquei sem graça com a besteria que acabei de dizer e me levantei.

— Que tal Sun?

— Sol em inglês não é? Boa ideia! Agora ele irá se chamar Sun.

—  Seu nome será Sun a parti de hoje. — disse ela se levantando também demostrando aquele pequenino sorriso. — A propósito qual é o seu nome?

— Me chamo Jimin. — expressei um pequeno sorriso. — Alice, se você tivesse mil vidas o que você faria?

— Não sei o que faria, talvez as viveria. — nós rimos um pouco com a lógica da sua resposta. Até que ela continuou — Também farei uma pergunta.

— Qual? Tenho certeza que tentarei responder. — estou muito animado porque ela já está começando a confiar em mim.

— Você poderia me dizer o que eu estou pensando neste momento?

— Uhum... No Sun?

— Não. — ela riu achando engraçado a minha resposta. Passamos a tarde toda fazendo perguntas um ao outro. Foi uma tarde maravilhosa.

Entretanto um dia quando fomos ver o Sun ele não estava mais lá. Corremos a sua procura até que vimos a caixa em que ele estava dentro de um carro de lixo. Ela ficou paralisada com a cena, ao passo em que eu corria desesperado atrás do carro de lixo. Todavia não consegui o acalçar. desesperançado fui em direção a Alice totalmente revoltado pelo meu fracasso.

— Desculpa. — nem ao menos conseguia encará-la.

— Não foi sua culpa, Jimin.

— Mas... 

— Ele não foi escolhido. — me interrompeu — Esse mundo está dividido entre os Escolhidos e os Rejeitados. 

Fiquei chocado com a frieza e calmaria em que ela ressoava cada palavra. Ela continuou:

— Ser rejeitado significa morrer.

"Nunca mais vi a Alice naquele parque de novo depois aquele dia."

Alguns dias depois retornei a aquele local com a esperança de poder encontrá-la novamente. Entretanto ao chegar no local onde sempre nos encontrávamos estava o ursinho que ela sempre carregava consigo, e junto dele estava um bilhete. Que estava escrito:

"Para o Jimin, adeus. Estou indo para o orfanato"

Não entendendo o que era um orfanato decidi perguntar imediatamente para o meu pai. Fui correndo em direção a minha casa. Por sorte o meu pai estava em casa.

— Papai o que um orfanato?

Ele olhou para mim de uma maneira séria enquanto falava.

— É o destino de todas as crianças abandonadas pela sociedade. Não podemos fazer nada quanto a isso, não podemos salvá-las. É mesmo muito triste isso. — aquelas palavras me deixaram boquiaberta de tão surpreso que estava.

— O que acontece com as crianças que vão parar lá? — já estava hesitante perante a resposta que podia ouvir.

— Elas se tornam invisíveis.

— O que você quer dizer com isso?

— Elas nunca serão alguém importante.

— Quer dizer que elas irão desaparecer?

— ......

— Não pode ser...

— Neste exato momento, várias crianças estão se tornando invisíveis. Esse mundo está corrompido por permitir que isso aconteça. 

Não podia acreditar que a Alice poderia desaparecer, logo ela que estava começando a sorrir. Saí de casa totalmente desesperado indo a sua procura, pude escutar o meu pai me chamando porém não o escutei. Deixei o seu ursinho jogado no chão. Enquanto corria me lembrava da carta de despedida que a Alice tinha escrevido para mim:

"Para o Jimin. Adeus. Estou indo para um orfanato, obrigado por tudo que fez por mim. Confesso que fiquei muito feliz desde a primeira vez que você falou comigo, e desde então, passei a esperar você naquele lugar. A minha mãe parece que nunca irá voltar, mas... Como eu podia esperar por você... Eu não estava me sentindo solitária. Foi a primeira vez que eu senti que esperar não precisava ser doloroso. O Jimin, o Sun e eu, nós eramos como uma família e era muito divertido. Por isso estou levando o seu cachecol comigo, nunca vou te esquecer não importa o que aconteça. Nosso encontro será o meu tesouro, para sempre, Jimin. Por isso eu não tenho medo de mais nada."

Depois de muito tempo consegui chegar lá, já estava ofegante não conseguia respirar direito. Só conseguia pensar como poderia está Alice. Depois de procurar na multidão a encontrei.

 — Alice! — gritei o seu nome enquanto a chamava.

"Mesmo que eu me torne invisível, ninguém poderá tirar esse tesouro de mim. Como se eu fosse um soldadinho de chumbo derretendo para virar uma forma de coração, por isso estou feliz. Porque existe alguém... Que vai lembrar da minha existência nesse mundo."

   Não importava o quanto eu a chamasse ela não me ouvia, parecia que ela estava em outro lugar, distante do meu alcance. 

"Na verdade eu já conhecia a história do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. Os dois aceitaram a sua punição, e a vida na Terra foi a própria punição. Mas... Mesmo sendo uma punição... Eu gostaria de passar o resto da minha vida com você... Jimin. Por isso, eu queria ser escolhida."

 Não importava o quanto eu gritasse ela não escutava. Quando eu estava perdendo as esperanças de conseguir te alcançar, você se virou e me olhou. Ela aparentava muita surpresa diate a minha presença os seus olhos estavam cheios de lagrimais. Ela caminhou em minha direção, eu peguei em sua mão e disse:

 Vamos dividir o fruto do destino.

— Obrigada por me escolher.

Perguntei o porquê ela queria fugir de casa, ela um pouco hesitante disse que a mãe dela tinha feito uma viagem e a deixou na casa de sua avó. Porém a sua avó a maltratava e brigava com ela por tudo que ela fazia. Ela odiava ficar em casa, o único lugar onde ela se sentia bem era quando ia para aquele parque e me encontrava. Eu ofereci a ela que ela podia ficar na minha casa até a sua mãe voltar. Ela ficou muito feliz, com o que eu disse.

Ao levá-la para minha casa me surpreendi por encontrar a polícia em minha casa, era os meus pais e a mãe de Alice. Eles estavam muito preocupados com o nosso desaparecimento repentino.

Alice quando viu a sua mãe correu para os seus braços e a abraçou fortemente, fiz o mesmo com os meus pais.

"No outro dia Alice e sua mãe foram embora daquela cidade. Porém me esqueci de devolver o seu urso de pelúcia ao passo que ela também se esqueceu de devolver o meu cachecol. Dia após dia a sua lembrança ia desaparecendo em minha mente, até que um dia eu me esqueci dela completamente."


P.O.V. Alice

"Quando se está sozinha na escuridão, o frio é tão congelante que você não sente nada, mas se ele derretesse, ele começaria a doer. Mesmo assim acredito que sairemos dessa floresta sombria, e chegará o dia em que aqueceremos nossos corpos congelados sob a luz do sol."

 Quando a minha mãe descobriu o que minha avó fazia ela me trouxe imediatamente para casa. Porém comecei a saí de casa procurando aquele garoto. Todas as tardes eu saia, dia após dia, o procurando, contudo chegou um tempo que eu não me lembrava mais a razão de eu sair de casa. Já não me lembrava o que eu estava procurando mas sabia que era algo importante, e que deveria encontrar não importava o preço que pagaria." 

"Bem, era isso o que eu pensava."



















Notas Finais


No próximo capítulo voltarei a história original. Espero que vocês tenham prestado muito atenção em cada diálogo, pois esse capítulo será de suma importância para o desenrolar da história. Até a próxima!! 😊😊


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