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História 18 Horas - Conto de Fadas


Escrita por: Tany_Yashi

Notas do Autor


Eu juro solenemente que não postarei mais fanfic que não estejam terminadas.

Eai, meus queridos leitores, tudo bom com vocês? Comigo está tudo ótimo e eu estou muito feliz em estar aqui finalmente!
A todos que me esperaram... Obrigada!
E agora vamos ler! O último e finalmente último capítulo!!!!

Capítulo 10 - Conto de Fadas


Fanfic / Fanfiction 18 Horas - Conto de Fadas

Quando voltou da faculdade, Jong In encontrou KyungSoo sentado em frente a bancada da cozinha, e com os dedos frenéticos no computador. A maior deixou suas coisas em cima no sofá, e mesmo assim, KyungSoo pareceu não ter notado sua chegada, ainda. Jong In participava daquela cena com uma careta um pouco revoltada no rosto, afinal, o que teria de tão interessante naquele computador para que o menor não percebesse que ele chegara em casa?

Em silêncio, Jong In andou até a bancada, e mesmo que se aproximasse, ele continuava sem ter a atenção de KyungSoo, até que se sentou em um outro banco bem a sua frente.

– Eu poderia ser um maníaco invadindo a sua casa, sabia? – Jong In falou com um tom de voz um pouco diferente e que assustou KyungSoo, fazendo-o pular da cadeira.

O menor o olhou irritado e prendeu a respiração por um segundo, mas logo suspirou, parecendo aliviado e sorriu.

– Um maníaco não teria a chave da minha casa, Jong In – ele disse voltando sua atenção para o computador e começando a digitar mais uma vez.

Jong In bufou dando a volta na bancada e se sentando ao lado do menor.

– O que está fazendo para não perceber que o seu namorado chegou em casa? Está escrevendo mais um livro?

– Não. É o meu currículo – KyungSoo disse com um sorriso, sem desviar os olhos do computador.

Até aquele momento, Jong In não chegara a pensar seriamente na ideia de KyungSoo querer fazer alguma coisa além de ser escritor, sair de casa, trabalhar com alguma coisa mais divertida. Agora que estavam tendo aquela conversa de novo, Jong In realmente percebia a disposição de KyungSoo, e de repente, Jong In sentiu algo estranho dentro de si, algo parecido com ansiedade, ele pensou. O maior se sentia orgulhoso e, mesmo que não admitisse, também um pouco apreensivo.

– O que foi? – perguntou KyungSoo tirando Jong In de seus devaneios – Por que continua me olhando com essa cara?

Jong In não percebera até então, mas seus olhos estavam fixos no rosto do menor enquanto os pensamentos confrontavam em sua cabeça.

– Não... Quer dizer... – disse Jong In tentando organizar bem as palavras – O que está pensando em fazer?

KyungSoo parou de digitar e olhou para o maior.

– Eu pensei um pouco enquanto estive em Goyang, depois que você voltou para Seoul, e acho que posso me dar bem como professor. Eu poderia ensinar gramática ou literatura. Não acha que pode dar certo?

Jong In sentiu o coração esquentar, alegre ao ouvir aquilo de KyungSoo; pensou que ele poderia se sair muito bem se tentasse, mas também temeu que o menor estivesse querendo fazer as coisas rápido demais.

– Eu quero começar o mais rápido possível – disse KyungSoo se animando mais ainda.

– KyungSoo, isso é uma boa ideia, mas você não acha que é um pouco cedo? Seu livro já está prestes a ser lançado. Imagine o trabalho que vai ser... E aquela amostra que eles te mandaram? Você já deu uma olhada?

– Vou enviar para a editora, amanhã – disse com uma expressão pensativa – Mas, Jong In... eu não vou conseguir suportar a ideia de ficar dentro de casa. Agora que eu sei que posso sair sem ter preocupações, mesmo que se torne cansativo num primeiro momento, eu não quero mais ter que ficar aqui.

Olhando para aqueles olhos grandes, Jong In pôde notar uma euforia dentro de KyungSoo. Era o mesmo que observar um pássaro voando de um lado para o outro dentro de uma gaiola, esperando ansioso o momento que estaria livre para sair dali. KyungSoo mudara e Jong In percebeu isso. Ele não era mais arisco e assustado, mas animado e curioso.

– Faça o que achar certo – Jong In disse com um sorriso sincero – Só não se esgote demais. Meus braços não vão aguentar se eu tiver que te carregar para a cama todo o dia.

KyungSoo riu, porém, se sentia agradecido.

– Já almoçou? – o menor perguntou.

– Não, por quê?

– Vamos sair, então.

Jong In arregalou um pouco os olhos, surpreso por tal proposta repentina.

– Por que isso de repente? – ele perguntou rindo fraco.

– Eu combinei de encontrar alguém em um restaurante aqui perto – KyungSoo disse fechando o computador – Já está quase na hora.

– Quem...? – de repente, Jong In parou de rir e pensou um pouco, se lembrando do dia em que eles encontraram o tal Junmyeon, antigo amigo de KyungSoo, no colégio Haru-man – É aquele professor? – perguntou com certo desgosto.

– Tire essa expressão do rosto – disse KyungSoo.

Jong In estava com cara de quem foi obrigado a fazer alguma coisa e não gostou. Ele realmente não simpatizava muito com Junmyeon e, com certeza, não lhe agradava muito saber que KyungSoo estava saindo para encontrá-lo, mesmo que também tivesse sido convido para ir junto.

– Por isso você está tão frenético hoje? Isso é tudo para encontrar com aquele Jun-não-sei-quem?

– Junmyeon. Nós só marcamos de nos encontrarmos para almoçar, e você pode vir junto se quiser. Não precisa ficar com ciúmes.

Jong In bufou, indignado.

– Quem disse que estou com ciúmes? Só estou irritado por ele me achar um delinquente.

– Se não se sente confortável, eu posso ir sozinho...

– Esqueça. Quando nós vamos?

KyungSoo riu. Era sempre bom ver o lado infantil de Jong In, muito diferente de quando ele estava preocupado.

 

Depois de se arrumarem, eles foram com o carro de Jong In até o restaurante marcado. Quando entraram, Junmyeon ainda não dava qualquer sinal de que teria chegado, por isso, os dois ficaram esperando em uma mesa.

– Parece que ele desistiu. Podemos comer – disse Jong In parecendo nem um pouco decepcionado, logo levando uma cotovelada de KyungSoo.

Foram mais quinze minutos até que Junmyeon chegasse ás pressas com pastas e maleta quase caindo das mãos. Depois de se sentar à mesa, ele ainda permaneceu afobado por um tempo até que recuperasse o fôlego e cumprimentasse KyungSoo decentemente.

– Desculpe o atraso – ele disse com um sorriso envergonhado, sua voz saindo um pouco estranha por ele estar tentando falar e respirar ao mesmo tempo.

– Não faz tanto tempo assim que chegamos. Está tudo bem – disse KyungSoo ouvindo Jong In resmungar baixo “Eu quase morri de fome”, mas ignorou.

– Ah, KyungSoo, você não me disse que traria companhia – ele disse olhando para Jong In – Devo dizer que estou surpreso mais uma vez.

O menor viu Jong In se ajeitar na cadeira. Ele certamente diria alguma coisa, mas KyungSoo conseguiu ser mais rápido.

– Você ainda se lembra do Jong In, não é?

– Claro – disse o professor – Mas vendo ele aqui agora... com você mais uma vez... eu estou confuso. Vocês dois... Qual o relacionamento de vocês? – perguntou Junmyeon, estreitando um pouco os olhos.

– Nós somos... – Jong In começou a dizer, mas KyungSoo logo o interrompeu.

– Já faz um tempo que descobrimos sermos vizinhos – explicou KyungSoo – E nos tornamos amigos. Jong In tem me ajudado muito desde que esteve comigo.

– Amigos? – Junmyeon não estava indignado ou inconformado, apenas muito surpreso. Talvez bastante – O que aconteceu nesse tempo todo para que vocês dois estejam assim? Eu lembro muito bem que no fundamental vocês eram como um lobo atrás de um coelho. O Jong In te maltratava, eu me lembro disso!

Nesse instante, Jong In olhou para KyungSoo ao seu lado, que parecia estar tão surpreso quando Junmyeon, encarando-o com os olhos arregalados. Então isso queria dizer que ele sabia de tudo. Ele sempre soube o que acontecia com KyungSoo.

– Você sabia? – KyungSoo perguntou se sentindo um pouco envergonhado, porém, ele não sabia o motivo de tal desconforto.

– Claro! Quer dizer... Não até você ir embora... – Junmyeon explicou – Naquela época, eu havia ficado muito irritado, mas não adiantaria bater neles por isso, não é? Eu queria ter falado com você, mas eu não consegui. Então eu só desejei que você estivesse bem, longe dali. Imagino que tenha ficado traumatizado com tudo que aconteceu.

– Sim, até alguns meses atrás era difícil para mim.

O professor remexia as mãos como se estivesse fazendo uma lista de perguntas dentro de sua cabeça, mas antes que Junmyeon pudesse interrogá-lo, KyungSoo se pronunciou contando toda a história; desde o momento em que foi abordado por Jong In pela primeira vez, incluindo o detalhe de que eles não haviam se reconhecido, até o dia em que os três se encontraram na antiga escola. Sobre ChanYeol, BaekHyun e Xiumin, KyungSoo contara tudo, sem deixar de explicar melhor sobre a “amizade” que tinha com Jong In.

– Então vocês dois...

– Somos namorados – Jong In completou se sentindo muito mais aliviado.

Quando viu a mão de KyungSoo encima da mesa, ele sentiu vontade de entrelaçar seus dedos a ela, mas se conteve com um sorriso.

Com a expressão tão imóvel como a de uma estátua, Junmyeon olhava ora para um, ora para outro, como se tivesse acabado de descobrir que o presidente declarou publicamente ser um extraterrestre e quisesse uma explicação de um dos dois.

– O destino tem alguma coisa com vocês? – disse o professor se ajeitando melhor na cadeira, perdendo a pose de estátua – É quase impossível... Se não estivessem agora na minha frente, eu não acreditaria, e mesmo que estejam ainda é difícil de levar a sério tudo o que você me contou...

O garçom passou, e mesmo que ainda estivesse meio incrédulo, Junmyeon concordou em já fazerem seus pedidos. Durante todo o tempo em que o garçom anotou o que queriam, Junmyeon ficou a observar os dois rapares a sua frente, talvez querendo entender os sentimentos dentro de ambos para que chegassem a esse relacionamento de serem namorados. Era como acreditar que a Chapéuzinho Vermelho se deu bem com o lobo mau, ou que João e Maria encontraram uma boa velhinha e não uma bruxa devoradora de crianças. Uma história totalmente diferente, e com um final ainda mais surpreendente.

Enquanto faziam seus pedidos, Junmyeon notou os olhares de Jong In para KyungSoo. Ele sorria o tempo todo.

Seria verdade, então? Jong In poderia ter de transformado em um “príncipe”?

– Como Jong In pôde ter mudado de sapo feio para príncipe encantado? – Junmyeon perguntou depois que o garçom se retirou, recebendo como resposta um Jong In o olhando de cara feia.

– Sapo?

KyungSoo riu e o maior o olhou meio desacreditado. Até seu próprio namorado parecia estar contra si. Jong In riu soprado, sem achar aquilo realmente engraçado.

– Desculpe, Jong In – disse Junmyeon sorrindo tranquilo, finalmente – Até cinco minutos atrás, minha opinião era de que você continuava com o mesmo personagem de garoto mau. É bom saber como mudamos depois de tantos anos.

– E você? – KyungSoo perguntou – O que aconteceu com você depois de todos esses anos?

– Eu? Eu me casei.

KyungSoo voltou a arregalar os olhos. Ao seu lado, Jong In estava igualmente surpreso.

– Verdade? – o menor perguntou.

– Sim, já faz dois anos – explicou – Se tivéssemos nos encontrado antes, teria convidado vocês para o meu casamento.

– Então é uma pena não ter ido.

– Eu posso considerar um pedido de desculpas se me convidar para ir ao seu – ouvir Junmyeon simplesmente soltando aquilo deixou a coração de KyungSoo disparado e, mesmo sem olhar para Jong In, imaginou que ele estivesse igualmente envergonhado.

O menor ouviu uma risada baixa; provavelmente, Jong In estaria olhando para as suas bochechas coradas e rindo.

– Sim, vamos ser os próximos a casar – disse Jong In – Já pode se considerar convidado.

Ao dizer isso, o maior levou uma cotovelada fraca de KyungSoo enquanto o ouvia murmurar “O que você está falando?”, porém, ele apenas riu e Junmyeon o acompanhou, deixando KyungSoo ainda mais envergonhado.

– Vou esperar ansioso por isso – disse o professor.

Depois que a comida foi servida, KyungSoo ainda ficou emburrado por alguns poucos minutos enquanto Junmyeon conversava animadamente. Quando o almoço acabou, foi a vez de Jong In ficar imerso em seus pensamentos enquanto ele e KyungSoo voltavam para casa. Um assunto em particular estava fervilhando em seu estômago ao mesmo tempo em que acelerava seu coração, afinal, qual foi a última vez que o mocinho teve seu final feliz com o vilão?

 

° ° °

 

Em um mês o livro foi lançado. No dia de lançamento, a editora preparou uma sessão de autógrafos em uma das livrarias. A notícia de que o escritor Do KyungSoo apareceria, publicamente, deixou os fãs eufóricos. Aquela seria a primeira vez em um evento e o escritor estava nervoso.

Mesmo antes de KyungSoo chegar, o local já se encontrava lotado. Havia exemplares de seus livros para todos os lados. Antes de começar, o escritor fez um breve discurso, agradecendo todos os que estavam ali e também se desculpando por ter sido tão ausente durante todo esse tempo. Quando se sentou na mesa de autógrafos, logo uma fila se formou a sua frente.

KyungSoo se sentia extremamente feliz em estar ali. Enquanto assinava os livros, o menor receberia várias cartas de seus fãs. Mesmo que já estivesse ali há horas, suas mãos não doíam e ele não abandonou o sorriso em nenhum momento.

Mais cedo, naquele mesmo dia, KyungSoo recebeu uma ligação de BaekHyun, ChanYeol e Xiumin que o parabenizaram pelo lançamento do livro. Ouvir isso nem foi o que deixou o escritor mais feliz, mas sim, saber que ChanYeol conseguira voltar para os amigos.

– Qual será o meu tratamento especial como o seu fã número um? – KyungSoo ouviu alguém dizendo, e quando levantou o rosto, encontrou Jong In com seu último livro em mãos. Riu.

– O que está fazendo aqui?

– Vim te parabenizar – disse e logo se aproximou mais de KyungSoo, abaixando a voz – Eu me sinto extremamente feliz em saber que namoro um escritor famoso, mas pensar nisso também me deixa um pouco preocupado. Não sei se consigo dividir você com todas essas pessoas.

KyungSoo voltou a rir.

– Está dizendo bobagens.

– Estou, não é?

– Não congestione a fila ou as pessoas vão querer te chutar daqui – disse KyungSoo escrevendo algo rápido no livro e entregando-o para Jong In que saiu dali apressado antes que começasse a ser xingados pelas outras pessoas que ainda estavam na fila. Agora que estava próximo a uma das estantes mais ao fundo, Jong In pôde abrir o livro onde estava escrito na contracapa:

“Para o meu fã n°1 e sempre melhor companhia.”

Eu te amo. Com carinho, Do KyungSoo.

 

Seis meses depois.

Jong In acabara de sair do hospital para se encontrar com KyungSoo.

Fazia pouco tempo que o maior começara seu estágio em um hospital psiquiátrico. Antes disso, pouco tempo após o lançamento do livro, KyungSoo pôde se preocupar inteiramente com o seu currículo, logo conseguindo um trabalho na escola Haru-man para ser professor de literatura por indicação do próprio Junmyeon. KyungSoo estava muito animado para repassar todo o seu conhecimento nessa área, ainda mais em um lugar que estudou quando mais novo.

Agora, já se passaram dois meses desde que entrara para o cargo de professor. Era simplesmente incrível.

Naquele momento, Jong In estava dirigindo o carro até a escola para pegar KyungSoo, e quando parou em frente ao prédio, o menor já estava o esperando enquanto conversava com alguns alunos. Quando viu que o carro de Jong In estava ali, ele logo se despediu dos estudantes e caminhou apressado até o carro, entrando no lado do passageiro.

– Você mal chegou e já está querendo reprovar os alunos? – disse Jong In assim que o menor se sentou no banco.

– O que?

– Não há muito em uma conversa entre aluno e professor que não seja reclamar de nota baixa.

KyungSoo riu baixo batendo levemente no ombro de Jong In.

– Vários dos meus alunos querem ser escritores no futuro. Estavam me pedindo conselhos. Na verdade, nós temos uma relação bem saudável.

– Então as suas aulas devem ser as mais interessantes para eles.

– É bom se pensar dessa maneira.

Através da janela do carro, de noite, a cidade estava completamente iluminada e enfeitada para o Natal que já se aproximava. As árvores se transformaram em grandes luminárias, em cada loja se escutava uma música natalina diferente, as ruas e calçadas pareciam forradas de algodão. Tudo aquilo gerava certa harmonia, mas ao mesmo tempo nostalgia em quem passava.

KyungSoo observava todas aquelas luzes quando Jong In chamou sua atenção.

– Você está com pressa de voltar para casa? – ele perguntou.

– Por que pergunta? – o menor tirou sua atenção das luzes da cidade e olhou para Jong In.

– De repente eu pensei que deveríamos ir a um lugar.

KyungSoo riu baixo.

– Tudo bem, a cama pode esperar.

Jong In acelerou um pouco mais e logo os dois pararam em uma ponte que atravessava o rio Han. Suas mãos estavam sobre o parapeito da ponte, e dali, as luzes pareciam minúsculos pontos ou milhões de vagalumes coloridos que refletiam nas águas do rio. Um barco branco e muito brilhante passava por ali, tocando uma música animada, anunciando a festa que estavam fazendo.

– Parece divertido – disse KyungSoo olhando para o barco brilhante onde várias pessoas dançavam em pares.

Jong In sorriu e começou a mexer no bolso do casaco, chamando a atenção de KyungSoo que o viu tirando dali um pequeno envelope branco.

– Aqui – ele disse entregando-lhe para KyungSoo.

O menor o apanhou com uma expressão confusa no rosto.

– O que é isso?

– Depois de tanto ver seus fãs lhe entregando cartas e mais cartas, acho que acabei ficando com ciúmes. E como eu também sou seu fã, achei que deveria te dar uma também.

– Está um pouco atrasado, não acha? – o menor disse achando aquilo divertido.

– Eu sei – sorriu.

KyungSoo deu uma risada anasalada, murmurando um “Não precisava ter feito isso” e segurou um dos lados do envelope, pronto para abri-lo, quando a mão de Jong In, de repente, o impediu.

– Enquanto eu estava no hospital, me lembrei de uma conversa que tivemos com o Junmyeon... Quando eu disse que seriamos os próximos a nos casar – Jong In disse sentindo todo o seu corpo esquentar e formigar, apesar do frio.

A cada segundo que KyungSoo permanecia em silêncio, era um ritmo novo, porém eufórico, que tomava seu coração.

– Por que está falando disso de repente? Você estava brincando quando disse aquilo – KyungSoo disse notavelmente nervoso, no entanto, conseguiu dar um sorriso, ainda que um pouco torto.

– Não – Jong In se virou para que olhasse nos olhos de KyungSoo – Quando eu disse aquilo, no mesmo instante imaginei que chegaria um dia em que eu pediria a sua mão, e quando penso sobre isso... – por poucos segundos, Jong In ficou em silêncio apenas observando a expressão indescritível no rosto do menor – Eu realmente desejo isso para nós... Por mais dez, vinte, trinta anos, eu quero poder estar com você o resto da minha vida.

KyungSoo sentia seus olhos arregalarem enquanto encarava a maior a sua frente. Ele não tinha ideia do que dizer tamanha a sua surpresa.

Ver aquilo fez Jong In pensar o quanto ele parecia adorável com a expressão completamente perdida. Em seus livros, KyungSoo chegou a escrever sobre declarações e momentos surpreendentes, mas o que estava sentindo não se comparava a nada do que criara.

– Jong In... – ao dizer isso, KyungSoo sentiu as palavras presas em sua garganta, e de repente, seu coração estava completamente descontrolado dentro do peito. Logo, seus olhos começaram a arder.

– Não vai abrir o envelope? – Jong In perguntou com um sorriso brincalhão – Você precisa dar atenção para os seus fãs, principalmente para o seu fã número um.

KyungSoo rasgou cuidadosamente a parte de cima do envelope e tirou de lá duas alianças de prata que tremiam em sua palma. Ele ergueu o rosto com os olhos marejados para Jong In que o olhava profundamente.

– Do KyungSoo, você aceita se casar comigo?

Ao ouvir aquilo, o menor não se preocupou em conter as lágrimas, deixou com que elas rodassem pelo rosto enquanto ele assentia com o corpo ainda trêmulo.

Segurando uma das alianças, Jong In pegou a mão direita de KyungSoo colocando o anel de prata em seu anelar, beijando sua mão em seguida e sorrindo abertamente. Na vez de KyungSoo, o menor parou antes de colocar o anel no dedo de Jong In e levantou seu rosto para poder encará-lo.

– Há dez anos, nós nos encontramos da pior maneira possível. Naquele tempo, eu desejava não precisar te ver todos os dias, eu não podia esperar mais nada além de tudo o que já estava acontecendo. Mas agora eu percebo como aquele mesmo garoto parece tão bonito quando olho para ele, e de repente, eu quis poder estar com ele o tempo todo. Desejei que ele pudesse ser alguém que estaria me esperando sempre que eu voltasse para casa, do mesmo jeito que eu o esperaria também. Então... eu saberia que não estaria sozinho.

Jong In olhava o menor com os olhos transbordando em surpresa. Ele não esperava uma declaração como aquela.

Apenas quando sentiu KyungSoo apertando sua mão e colocando o anel de prata em seu anelar, foi que Jong In voltou para o mundo real, e quando ele o abraçou, o maior pôde sentir um calor aconchegante subir por seu corpo, separaram-se apenas para que  dissesse:

– Eu te amo... Muito mesmo – Jong In disse com as mãos acariciando o rosto pálido.

Em resposta, KyungSoo o beijou enquanto ouviam a barco passando debaixo da ponte, com a música invadindo seus ouvidos e o vendo soprando em suas costas. Quando se afastaram, o corpo do menor tremeu por causa do frio. Jong In logo apanhou suas mãos e as colocaram dentro dos bolsos do próprio casaco.

– Eu me esqueci de trazer alguns aquecedores de mãos, mas acho que isso basta.

Os dois riram.

– Ah, por que ainda morados em casas diferentes? – Jong In questionou – Não faz sentindo, nossas casas são uma de frente para a outra. Precisamos nos mudar.

– Ou você pode se mudar para a minha casa. Por enquanto isso parece justo.

– Muito justo – Jong In assentiu com um sorriso.

 

 

 

“Quando jovens, nós éramos tão diferentes... E ainda assim, nós nos encontramos depois de muito tempo para superar tudo o que passamos. Já ouvi dizerem que o tempo cura as pessoas. Jong In curou o meu coração.”

 

“Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas.”


Notas Finais


Acabo, meu povo! Realmente esse é o final! Nem tô acreditando kkkk
Foi muito bom ter feito essa história e espero que tenham gostado desse "encerramento" :D

Agora vou compartilhar umas coisas legais com vocês (ou não).
= Eu sei que psiquiatria é uma especialização na medicina, mas como eu sou ruim pulei esses cinco anos direto kkkkk Não queria colocar o Jong In com 30 anos, mas também não queria que ele fizesse psicologia (mesmo sendo uma área igualmente maravilhosa *u*)

= "Por que o Kyung não conheceu os pais do Jong In?" Na verdade, ele conheceu, mas isso não acrescentaria nada na história e eu já enrolei vocês demais kkkkk Mas talvez seja interessante saber que a mãe do Jong In é muito fã também do Kyung!

= A frase que o Kyung diz quase no final desse capítulo: "A cama pode esperar", foi uma brincadeirinha de duplo sentido minha kkk se vc entendeu assim, também, sua mente está muito pervertida ¬u¬

Agora só um agradecimento.
Além de todos vocês que fizeram parte dessa história, eu fiquei muito feliz em conhecer uma das leitoras: Thainá, vc é uma pessoa extremamente fofa :3 E meu grande incentivo para me animar, o mesmo vale para a minha linda e querida Semiramis <3 Falei que ia terminar, não falei? u-u

= Se essa fanfic fosse ter uma música, seria Sorrow do Park Hyo Shin >>> https://www.youtube.com/watch?v=qFDVNfhX0ys

Com isso, para quem estiver afim de me xingar no twitter, o meu é @Tany_Yashi.

Um beijo para quem quiser, e até a próxima fanfic o/


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