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História 18 Horas - Broto de Rosas


Escrita por: Tany_Yashi

Notas do Autor


OLÁÁÁÁÁÁ OVELHINHAS O/
NÃO VIM NA SEXTA PQ SE NÃO MINHA AMIGA ME MATARIA ENTÃO ESTOU AQUI NA QUINTA.

Capítulo 8 - Broto de Rosas


Fanfic / Fanfiction 18 Horas - Broto de Rosas

_________________

Eu quero contar as estrelas.

Quero ver tudo o que eu esqueci, e ainda brilha, mais uma vez.

 

Jong In seguia o menor com os olhos enquanto ele andava de um lado para o outro pegando algumas coisas e colocando dentro de uma mala, que já estava aberta sobre a cama. O maior não via KyungSoo daquele jeito já fazia um tempo; suas mãos pálidas tremiam pegando os objetos, quase deixando que caíssem no chão coberto com carpete.

– KyungSoo... – Jong In chamou se levantando da cama e seguindo o garoto que andava apreçado para todo o canto.

O menor continuou a fazer a mala, ignorando o namorado naquele momento. Ele não mostrava seu rosto, deixando seus olhos baixos e aparentemente tristes.

– Não vai pegar algumas roupas para você? – perguntou KyungSoo com a voz trêmula, sem olhar para o maior.

Jong In suspirou, ele estava começando a ficar preocupado com essa reação do menor e o fato do mesmo não dizer nada do que estava acontecendo o afligia mais ainda.

– Onde está o meu cachecol vermelho? – perguntou o menor com a voz embaçada, sem necessariamente esperar uma resposta.

De repente Jong In se levantou assim que KyungSoo encontrou o cachecol na gaveta da cômoda. O menor tentou passar por ele, a fim de colocar o objeto vermelho na mala junto com as outras coisas, mas Jong In segurou seu pulso fazendo-o parar onde estava. Com delicadeza, ele fez KyungSoo encostar na parede no quarto, o menor estava com os olhos fixos no chão e Jong In percebeu o brilho intenso que havia neles.

– KyungSoo... – Jong In disse calmo, com as mãos nos ombros do menor, escutando-o fungar baixinho – Olhe para mim...

KyungSoo pareceu hesitar, e foi nesse momento que Jong In pode ver as lágrimas caírem, molhando o rosto do garoto a sua frente, fazendo seu corpo tremer com os soluços baixos. Ele encostou a testa no peito de Jong In, tentando esconder sua tristeza.

Sem perder mais tempo, o maior abraçou KyungSoo, forçando o corpo dos dois para baixo até que estivessem sentados no chão. O garoto ainda chorava enquanto Jong In fazia um carinho em seus cabelos.

– O que aconteceu em Goyang? – ele perguntou, deduzindo aquilo. Não poderia haver mais algum motivo para que KyungSoo estivesse daquela maneira.

– Eles deveriam ter me dito antes... – disse KyungSoo em meio aos soluços.

– O que?

KyungSoo levantou o rosto, com os olhos um pouco inchados pelo choro, encarando Jong In, que se entristeceu ao ver aquela cena.

– Meu pai está em uma cama de hospital – ele disse aquilo como se cada palavra fosse uma facada diferente em suas costas – Parece estar muito doente.

Jong In arregalou os olhos, sem saber o que dizer, sem saber o que fazer. Ele só conseguia achar aquilo completamente injusto. Por que KyungSoo? Por que tanto sofrimento tinha que cair sobre as suas costas? O que o garoto fizera de errado, afinal?

Jong In parou de pensar em qualquer coisa e voltou a abraçar KyungSoo, que não parara de chorar até então.

– Você vem comigo? – ele ouvir KyungSoo perguntar – Mas... não há problema se não puder vir. Não é bom que você fique faltando a faculdade...

– Está brincando, não é? – disse Jong In – Eu não vou deixar você sozinho, não agora.

KyungSoo o olhou agradecido e sorriu.

– Obrigado, Jong In.

– Não me agradeça por isso – o maior retribuiu o sorriso – Quando pretende ir?

KyungSoo suspirou.

– Amanhã de manhã.

Eles ficaram mais um bom tempo arrumando tudo do que precisariam. Jong In percebeu que o menor estava mais calmo, mas ainda era possível ver algumas lágrimas que insistiam em cair pelo seu rosto.

Era fim de tarde e o sol estava se pondo ao longe quando foram se deitar. Muito cedo para dormir.

KyungSoo teve dificuldade em pegar no sono e durante esse tempo, Jong In conversou com si, tentando o distrair com algum assunto animado ou aleatório e, em alguns momentos, foi possível ser KyungSoo dando um leve riso ou sorriso em meio a conversa. Muito tempo se passou, horas talvez, até que, finalmente, seus olhos se fechassem e o menor adormecesse finalmente. Jong In continuou acordado, apenas observando enquanto KyungSoo dormia. O maior estava com a mão próxima ao rosto alvo, mas logo começou a deslizá-la pelo braço de KyungSoo até que encontrasse sua mão e entrelaçasse seus dedos. Agora, Jong In achou que também pudesse dormir tranquilo até a manhã seguinte.

 

° ° °

 

BaekHyun ficara no apartamento de Xiumin durante o dia todo, dormindo lá durante a noite. Na verdade, ele não conseguiu dormir, seus pensamentos estavam muito longe dali, o que bloqueava sua sonolência, mesmo que seus olhos estivessem ardendo, ele não conseguia fechá-los.

ChanYeol era quem o preocupava nessa história toda, mais especificamente, a relação entre os dois. BaekHyun não queria acreditar que uma amizade de tantos anos estava ao ponto de se desintegrar, de ser esquecida e deixada no passado. Para ChanYeol, aquilo provavelmente era fato, mas não para o menor que odiava aquela teimosia e orgulho do garoto.

De repente o quarto começou e se iluminar, BaekHyun estava vendo o dia amanhecer por trás das cortinas. Ao seu lado, Xiumin dormia sem problemas na cama de casal que estavam dividindo. Ou ele estava com realmente muito sono ou aquele infortúnio não pareceu atingi-lo como em BaekHyun.

– Por que não está dormindo? – Xiumin perguntou de repente, ainda com os olhos fechados, assustando BaekHyun.    

– Você também não dormiu?

Xiumin abriu os olhos, se virando na cama para que encarasse o teto de seu quarto.

– Não sei. Eu durmo e acordo o tempo todo.

BaekHyun riu sem ânimo e se levantou da cama.

– Aonde vai? – perguntou Xiumin, forçando a cabeça para ver o amigo.

– Tomar um banho se não se importa.

Xiumin suspirou, voltando a se ajeitar no travesseiro; ele sabia que o amigo fazia aquilo para relaxar.

– Leve o tempo que precisar.

 

Se pudesse, BaekHyun ficaria ali o dia inteiro, mesmo que isso fosse abusar da boa vontade de Xiumin, ele gostava de quando a água quente parecia massagear seus ombros e o resto do corpo.

BaekHyun suspirou cansado, mas não pelo sono, mas por não estar fazendo nada naquele momento. Se um eles tinha que dar o primeiro passo para um acordo, ele sabia que não seria ChanYeol a fazer isso.

Xiumin estava sentado na cama, mexendo em seu celular quando escutou BaekHyun saindo do banheiro, se assustando ao ver a força com que a porta foi aberta. E sem dizer nada, BaekHyun saiu do quarto, apressado.

– Ei! Aonde está indo?! – Xiumin gritou, seguindo o amigo histérico.

– Eu vou fala com ele – BaekHyun disse, colocando o cachecol envolta do pescoço.

– Quem? ChanYeol? – seus olhos estavam arregalados pela audácia do amigo – Nem pense em tal coisa! Jong In e KyungSoo nos disseram para esperar ele se acalmar!

– Não tente fazer com que eu mude de ideia! Nós dissemos que resolveríamos, lembra? – gritou BaekHyun, abrindo a porta da frente e saindo.

Xiumin correu até a porta, querendo parar o amigo, mas não adiantou.

– Se estiver dormindo, ele vai te matar! – ele gritou para BaekHyun, que já descia as escadas, sem nem ao menos esperar o elevador.

– Eu sei que ele não está dormindo! – ele gritou de volta.

Xiumin resmungou, entrando em seu apartamento novamente e indo em direção ao seu quarto, pegando uma calça qualquer. Ele saiu correndo atrás de BaekHyun com a camisa do pijama, uma calça, um casaco que encontrou no sofá da sala e chinelos... Parecia não se importar em sair assim na rua se fosse para tentar impedir seu amigo de cometer qualquer besteira, mesmo que quem visse pudesse achar aquilo estranho.

BaekHyun já estava próximo à casa de ChanYeol que, felizmente, não ficava tão longe assim do prédio de Xiumin, este que estava a alguns metros de distância, correndo pela rua e gritando o nome de BaekHyun, que não parecia se preocupar se o amigo acordaria a vizinhança ou não.

Quando BaekHyun chegou em frente a casa de ChanYeol, ele apertou a campainha inúmeras vezes e bateu na porta meio alterado, sentindo uma pequena dor em seu punho. Xiumin puxava seu braço, pedindo para que ele parasse e de como ChanYeol ficaria furioso se estivesse realmente dormindo, mas acordado ou não, BaekHyun não se importava. Mais alguns murros e a porta foi aberta de repente, ChanYeol encarava os dois, confuso e com certa raiva ao mesmo tempo.

– O que querem? – perguntou ele, seco e sem ânimo.

– Vai nos tratar assim? – perguntou BaekHyun com dureza na voz.

– É o mínimo que merecem depois do que fizeram.

– O que você deixou de fazer!

– Eu fiz o que era certo, não me meti mais nisso – ChanYeol falava tudo com uma calma que aborrecia o menor.

BaekHyun bufou, empurrando ChanYeol para dentro da própria casa.

– Você está nisso até o pescoço! – disse o menor cara a cara com ChanYeol, depois deste ter caído sentado no sofá.

– BaekHyun, eu não acho que você deva falar assim tão descontrolado – disse Xiumin, entrando em sua frente.

– Por quê? Ele está todo errado nisso – disse ele, apontando para ChanYeol dos pés a cabeça.

– O que aconteceu com você, BaekHyun? – perguntou ChanYeol, encarando o menor. Parecia até mesmo decepcionado – Você sempre esteve ao meu lado para tudo.

– Nós não somos mais crianças, ChanYeol – disse BaekHyun com os olhos ardendo – Pensei que já soubesse disso.

ChanYeol riu sarcástico e se levantou.

– Vocês são inacreditáveis – rosnou o maior – Até agora não sei o porquê de estarem aqui, apenas ouço besteiras e mais besteiras...

Silêncio de repente.

Xiumin encarava BaekHyun ao seu lado, que estava com os punhos serrados e tremendo, o garoto chorava de raiva, desacreditado. A sua frente, ChanYeol estava novamente sentado no sofá com a mão em uma das bochechas onde BaekHyun acabara se desferir um soco.

– Você realmente de esqueceu de tudo ou nada disso te importa mais?! – gritou BaekHyun enquanto chorava – Nossa amizade desde criança, todo o tempo em que estivemos juntos, um sempre se apoiando no outro, isso não significa mais nada para você? Será que não pode engolir essa merda de orgulho pelo menos agora?! Se está errado não pode, simplesmente, se arrepender disso?! Por que continua andando para trás com isso, ChanYeol?!

O maior não olhava para os dois a sua frente, ele não sabia o que sentia nem o que deveria dizer. ChanYeol ainda não acreditava na audácia de BaekHyun em bate em si, mas ele nunca pensaria em revidar aquilo.

ChanYeol riu baixo, um riso quase choroso, mas ele não sabia porquê estava rindo, talvez para que eles não ficassem naquele terrível silêncio, ou talvez por que no fundo ele sabia que BaekHyun estava certo, mas sua mente não quisesse aceitar. Como estava sendo idiota...

 BaekHyun suspirou pesadamente; sua respiração estava trêmula, mas ele já não chorava mais e nem tentava mais questionar, ele simplesmente se virou e olhou para Xiumin por um momento antes de andar até a porta.

– Você se preocupa...? – perguntou ChanYeol antes que os dois saíssem.

– Se eu não me preocupasse não teria perdido o meu tempo e vindo aqui, não acha? Eu me preocupo por você, e por você não querer mudar de ideia – disse BaekHyun.

ChanYeol balançou a cabeça em sinal de negação, mas BaekHyun não sabia o que aquilo queria dizer, talvez a mente do maior dissesse que não teria acordo.

– Quando você puder enxergar, eu espero que não se arrependa tanto quando isso acontecer – disse BaekHyun.

Depois isso, o dois saíram da casa, deixando ChanYeol no sofá, pensativo, sem encarar a porta. Ao mesmo tempo que sua vontade era de sair correndo atrás dos amigos, alguma coisa o prendia ali, era seu orgulho o atormentando novamente. Ele queria pegar o celular e ligar para BaekHyun, pedindo para que voltasse, mas suas mãos não se moviam, ele apenas chorava sendo prisioneiro de si mesmo. Nem mesmo o soco que levara doía mais, na verdade, ele não sabia o que estava doendo tanto dentro de si. 

 

° ° °

 

Jong In acordou primeiro que KyungSoo. Eram cinco da manhã de acordo com o relógio encima do criado-mudo ao lado da cama, e Jong In tinha certeza que o menor acordara algumas vezes durante a noite, às vezes até saindo do quarto. O maior não dormiu tanto quanto KyungSoo, por isso a aparência de ambos parecia ser de pura exaustão naquela manhã, e do mesmo jeito que acordaram, eles deixaram a casa, arrumando as coisas no carro antes de irem. Não disseram praticamente nenhuma palavra; às vezes Jong In perguntava a KyungSoo se estava tudo bem e o mesmo apenas assentia com a cabeça e um semblante triste nos olhos grandes.

Já dentro do carro, mais silêncio.

KyungSoo comera muito pouco antes de saírem e mesmo com a insistência de Jong In para que parassem em algum lugar para comerem mais alguma coisa, o menor achou melhor que apenas seguissem viagem. Era triste para Jong In ver o namorado assim, principalmente se não conseguia animá-lo de alguma forma; ele até mesmo ligou o rádio na esperança de tocar alguma música que animasse KyungSoo, mas o mesmo apenas olhava, ora pela janela do carro, ora para Jong In, que dirigia sem poder retribuir aquele olhar.

De repente KyungSoo suspirou e desligou o rádio, deitando sua cabeça no encosto do banco e olhando para Jong In novamente.

– Diga-me uma música – o menor disse.

Jong In pareceu pensar por um instante, semicerrando os olhos enquanto olhava o caminho a sua frente.

– Hm... Snow Flower? – ele disse, arriscando olhar nos olhos de KyungSoo por um segundo.

O menor sorriu minimamente e começou a canta. A música não era animada, mas acalmava de qualquer maneira; Jong In se lembrava de ter ouvido KyungSoo escutando-a em seu quarto diversas vezes enquanto ele o acompanhava em mais um “dia de ajuda”. Enquanto cantava, Jong In pensou em como a música soava bem na voz de KyungSoo, por um momento ele se esqueceu da função do rádio em seu carro.

A música estava quase no final quando o menor parou a cantoria, apertando a coxa de Jong In levemente:

– Podemos parar aqui por um momento, Jong In? – KyungSoo disse, um pouco alto e... Ansioso?

– Por quê? – Jong In perguntou, estacionando o carro e podendo, finalmente, olhar melhor para KyungSoo.

O menor saiu no carro, sem dizer nada, ficando ao lado da porta de Jong In que saiu logo em seguida se juntando a KyungSoo, ficando ao seu lado.

– Haru-man... – disse KyungSoo lendo o que estava escrito na grande placa no jardim.

Jong In encarou a grande construção a alguns metros de distância, reconhecendo o lugar imediatamente.

– Colégio Haru-man – disse ele com um pequeno sorriso – Nosso antigo colégio. Está do jeito que eu me lembrava!

– Nós poderíamos entrar um pouco? – perguntou KyungSoo enquanto olhava fixamente para a porta de entrada de seu antigo colégio.

Jong In o encarou surpreso com o que ele disse. Ele estava falando sério?

– Você quer entrar? Mesmo depois de tudo?

– Por quê? Nós nos formados há seis anos. Não é como se eu fosse ter mais um dia de aula – disse KyungSoo, achando engraçada aquela reação de Jong In – Vamos! Apenas alguns minutos.

KyungSoo segurou a mão do maior, guiando-o até a entrada do prédio. O garoto foi o primeiro a entrar, parecia animado de alguma maneira e Jong In não deixou de pensar como aquilo era inusitado, ele estava tão tranquilo, KyungSoo estava tão diferente... O coração de Jong In se aquecia em ver o menor como sempre quis desde o início... Bem e ao seu lado.

Ele intensificou o aperto entre as mãos entrelaçadas enquanto KyungSoo sorria abertamente.

Encostado na parede ao lado do banheiro masculino estava um senhor de idade usando um macacão verde escuro, e ao seu lado havia um esfregão com um balde cheio de água e sabão. Ele cantarolava Arirang Mokdong enquanto dançava desajeitado; sua cantoria ecoava por todo o corredor.

– Jong In, é o Sr. Huang! – disse KyungSoo abrindo um enorme sorriso, sorriso esse que Jong In vira poucas vezes quando não estavam sozinhos.

O senhor de idade pareceu surpreso ao ouvir seu nome sendo pronunciado o que fez com que ele parasse a música que cantava e olhasse em várias direções quase ao mesmo tempo.

– Quem...? – ele disse procurando a pessoa que chamara seu nome.

KyungSoo de aproximou junto a Jong In que logo reconheceu o velho faxineiro do Colégio Haru–man.

– Sr. Huang, lembra-se de mim? – perguntou o menor, tocando de leve o ombro do velho senhor.

O Sr. Huang estreitou os olhos atrás dos óculos de grau, ajeitando-o sobre o nariz.

– Eu reconheço esses olhos... – disse ele pausadamente – Do KyungSoo?

– Sim.

O senhor riu, uma risada divertida que fez com que KyungSoo sorrisse mais ainda.

– Ótimo garoto – disse ele alegremente – Não está mais tendo problemas com armários, não é? Existem outros lugares para se brincar de esconde-esconde, jovem.

Jong In estava boquiaberto. Ao mesmo tempo em que aquela conversa fazia sentido, sua cabeça parecia voar sem entender nada.

– Eu tenho a chave de todos agora, não se preocupe – disse KyungSoo.

– Isso é bom... – disse o Sr. Huang – Mas por que aparece andando pelos corredores dessa escola depois de tantos anos?

– Estava passando aqui em frente e resolvi entrar.

– Ótimo! Talvez um dia você ainda me veja como o zelador nesses corredores – disse o senhor em um suspiro sonhador – Acha que desta vez eles iram me entregar o cargo? O antigo era muito novo, realmente, eu tinha que ensinar tudo a ele.

Jong In sorria sem entender exatamente o que era dito ali, ele apenas observava enquanto KyungSoo ria com os comentários do senhor de idade, talvez fosse por isso que Jong In sorria tanto.

Depois de recuperarem o fôlego, o Sr. Huang olhou para Jong In, estreitando os olhos pequenos.

– Acho que não me lembro de você... – disse ele lentamente – Estudou aqui?

– S-sim.

– Ele é Kim Jong In – disse KyungSoo segurando o ombro do maior.

O Sr. Huang pareceu pensar por alguns segundos antes de abrir um grande sorriso.

– Ah, claro! – disse o senhor voltando a rir – Você era um dos garotos que seguiam KyungSoo para todos os lados, certo? Grandes amigos, realmente!

Os dois riram daquele comentário. Mesmo que aquelas lembranças voltassem novamente naquele momento, não era mais algo que trazia tristeza para os dois, principalmente para KyungSoo, era apenas um acontecimento que não passaria de uma piada engraçada a partir daí.

– Desculpem-me garotos, mas eu tenho que continuar o meu trabalho – disse o Sr. Huang pegando o esfregão – Os corredores não se limparão sozinhos, mas continuem caminhando, olhem por aí.  Perceberá que o Colégio Haru–man continua o mesmo, KyungSoo.

Os três ali se despediram e Jong In e KyungSoo voltaram a andar pelo prédio. Estavam no corredor das salas de aula quando o mais velho escutou o maior ao seu lado.

– Como o Sr. Huang parece te conhecer tão bem? – perguntou Jong In enquanto andava ao lado do menor pelo corredor – Ele quase não me reconheceu!

– Ele falava comigo às vezes quando estudávamos aqui – disse KyungSoo, pensativo – Foi ele quem me tirou daquele armário várias vezes quando vocês conseguiam pegar a chave da porta e me trancarem lá. Lembro-me que ele sempre me perguntava como eu parara lá e quando me tirava dali, ele complementava dizendo: “Onde estão seus amigos?” ou “Tenha cuidado, brinque direito, KyungSoo”.

O Sr. Huang era mais uma pessoa que não sabia o que acontecera a KyungSoo naquele colégio, pois, para o senhor de idade, eles eram apenas bons amigos que brincavam pelos corredores e KyungSoo, sendo o mais desastrado, segundo ele, sempre acabava trancado naquele pequeno armário sem querer. Algumas vezes o Sr. Huang precisava pegar alguma coisa ali de dentro, era quando encontrava KyungSoo assustado sentado no chão gelado. Nesses dias as chaves sempre ficavam penduradas na fechadura, o velho senhor nunca entendera o motivo de estarem ali, mas também era algo que não dava muita importância, então apenas continuava com seu trabalho.

– É claro, agora eu entendo – disse Jong In, pausadamente – Não me lembrava disso...

– Lembra-se da sala em que estudava? – KyungSoo perguntou com um sorriso travesso.

Aquilo foi mais para brincar com a mente fraca que Jong In tinha para se lembrar das coisas de quando era criança do que para ouvir alguma resposta de verdade. O maior apenas pensou naquilo sem conseguir lembrar exatamente o que fez KyungSoo rir alto.

Jong In bufou irritado, mas logo acompanhou o menor na brincadeira rindo consigo por todo o corredor. Ele tinha que admitir que, dependendo da situação, sua memória não era uma das melhores. 

Eles continuavam com as crises de risadas sem muitos escândalos, pois, apesar de tudo, tinham que reconhecer que estavam em uma escola, afinal. KyungSoo apertava o passo depois de mais algumas piadinhas envolvendo a memória de Jong In, quando entrou em um outro corredor à direita, sem perceber que outra pessoa vinha na direção contrária. Quando o alcançara, Jong In viu o menor esbarrar com a pessoa que vinha pelo corredor e no mesmo instante, o maior segurou o braço de KyungSoo, mesmo que este não tivesse desequilibrado tanto com o choque.

– Desculpe! – disseram os dois ao mesmo tempo se curvando educadamente.

– O que dois alunos fazem fora da sala de...! – o homem com óculos parou sua frase quando percebeu que não se tratavam de alunos – Oh! Desculpem-me! Estão visitando a escola?

– Sim – disse Jong In – Dando uma olhada apenas...

– Espere! – disse KyungSoo levantando os óculos daquele homem a sua frente sem nem pedir permissão. O menor parecia, até mesmo, um pouco pálido – Junmyeon?

Os olhos do homem, o qual parecia se chamava Junmyeon, se arregalaram.

– K-KyungSoo? – ele abriu um enorme sorriso, abraçando KyungSoo de repente – Não acredito que estou te vendo novamente!

Jong In observava a tudo surpreso e com os olhos ainda mais arregalados. Então aquele era Junmyeon! Mesmo que tentasse evitar, o maior não pôde deixar de pensar que aquele ato de Junmyeon abraçar o seu namorado tenha sido um pouco de atrevimento... Só um pouco. Mas não era culpa de Jong In, afinal.

– Por que está aqui na escola? – perguntou o menor depois que a cor em seu rosto voltou ao normal.

– Eu sou o professor de História daqui – disse Junmyeon como se tivesse orgulho disso – Isso chega a ser estranho?

– Um pouco – disse Jong In de repente.

Junmyeon se virou para ele, que era bem mais alto que si.

– Você... – disse ele lentamente como se tentasse se lembrar – J-Jong In?

Os olhos do professor se arregalaram novamente, olhando ora para Jong In, ora para KyungSoo. Eles tinham que parar com isso ou não conseguirão fechar as pálpebras quando forem dormir.

 – Por que essa reação? – Jong In disse rindo e com as mãos nos bolsos da calça.

– Não posso acreditar – disse Junmyeon mudando o peso do corpo para o outro pé e semicerrando os olhos – O que está fazendo junto a KyungSoo?

Jong In o encarou incrédulo. A voz do professor tinha um tom de ameaça mesmo que sem intenção, parecia que ele se dirigia ao maior como se ele fosse a pior coisa do mundo. O que ele estava dizendo ali, afinal? Aquela sensação estranha que Jong In sentira quando Junmyeon reconheceu KyungSoo só pareceu aumentar naquele momento.

– Como é? – o maior disse.

KyungSoo percebeu o mal entendido que estava sendo causado ali e logo se apressou em intervir naquela conversa.

– Junmyeon! – ele disse se pondo em frente a Jong In – Há algumas coisas que você precisa saber...

– É claro que há, KyungSoo! – ele disse olhando o relógio de pulso em seguida – Mas agora não é o melhor momento; eu preciso ir para a minha próxima aula, mas deixaremos combinado de tomar um café algum dia. Foram muitos anos! Eu vou querer saber das “coisas”. Ligue-me quando tiver um tempo livre.

Junmyeon tirou um cartão no bolso entregando-lhe a KyungSoo. Nele estava impresso o número do seu celular e residência. Antes de ir, o professor deu um sorriso largo e alguns tapinhas no ombro do velho amigo e saiu apresado pelo corredor logo em seguida.

Jong In se aproximou do menor, “limpando” o local onde Junmyeon tocara para se despedir. Estava sendo infantil, mas não se importou.

– O que ele estava dizendo sobre mim? – Jong In perguntou mais para si mesmo do que para o menor.

– Ele não disse nada.

– Não foi o que pareceu.

KyungSoo suspirou encarando o corredor por onde Junmyeon sumira.

– Isso foi tão rápido.

– Para mim foi mais que o suficiente!

– Por que está falando desse jeito? Você não costuma ser assim – KyungSoo disse rindo baixo.

– Não viu o jeito que ele falou comigo? Ele não me quer perto de você? Pois eu tenho uma péssima notícia para esse professor!

– Como poderia ser isso? Ele nunca soube de nada.

O maior parou de resmungar e olhou para KyungSoo, profundamente.

– Mas você não tem certeza disso, ou tem? – Jong In perguntou em um sussurro mais calmo.

O sorriso de KyungSoo morreu de repente e seu rosto se tornou sério.

– Eu não sei...

Foi a vez de Jong In suspirar e olhar para o corredor. Ele se perguntava se Junmyeon sempre teve consciência te tudo ou se era mais um que não tinha conhecimento de absolutamente nada. Até mesmo a sensação estranha de antes sumira deixando apenas uma pontada de preocupação, mas Jong In não sabia exatamente porque, só sabia que era por KyungSoo; ele não sabia como seria para o menor contar toda aquele história novamente se assim fosse necessário.  

– Vamos – disse Jong In colocando seu braço sobre os ombros de KyungSoo – Nós temos alguém para visitar.

 

° ° °

 

O carro percorria seu caminho ao longo da estrada; o rádio estava ligado enquanto os dois garotos acompanhavam as músicas que tocavam na estação; já estavam assim por um bom tempo. Quanto mais próximo do destino, mais o ânimo de KyungSoo ia diminuindo e consequentemente o de Jong In também; já não se via mais prédios ou casas, apenas a vegetação e montanhas, muitas montanhas cobrindo tudo ao redor. Plantações enfeitavam a paisagem na longa estrada e KyungSoo observava a tudo com a cabeça encostada no vidro da janela do carro, nem mesmo a música era mais cantada por ele o que fez com que Jong In desligasse o rádio sabendo que aquilo não estava ajudando em nada o emocional de KyungSoo.

– Você vai acabar atravessando a janela desse jeito – Jong In disse olhando para o menor de relance.

KyungSoo de ajeitou no banco, seus olhos pareciam cansados de repente.

– Desculpe – ele disse.

Jong In suspirou pegando o agasalho que estava em seu colo o ajeitando da melhor maneira que conseguia atrás da cabeça de KyungSoo.

– Se quiser pode dormir um pouco até chegarmos em Goyang – Jong In disse sem tirar os olhos da estrada – Depois eu te acordo e você me diz aonde nós temos que ir ou prefere que eu use o GPS?

– Não será preciso; eu não vou dormir – disse KyungSoo cruzando os braços e se ajeitando melhor no travesseiro improvisado que Jong In fizera para si – A paisagem me é bem familiar, já estamos perto.

A voz do menor estava um tanto trêmula e no momento em que Jong In tirou sua visão da estrada, mas logo a voltando novamente, ele percebeu que os olhos de KyungSoo brilhavam mais do que o normal e que o menor mordia o lábio inferior com certa força. Não tardou para que uma lágrima escorresse por sua bochecha e muito menos para que Jong In a tirasse dali.

– Por que essa lágrima? – o maior perguntou se arriscando a observar KyungSoo mais uma vez.

– Apenas... Escapou – disse ele com um sorriso fraco – Na verdade eu não sei como será isso, sabe? Ver meu pai desse jeito não era o que eu planejava quando os víssemos novamente.

– Tudo ficara bem, KyungSoo – disse Jong In com a voz suave – E mesmo assim eu ainda vou estar lá com você.

KyungSoo sorriu como se estivesse eternamente agradecido o que com certeza era verdade; ainda era engraçado para si a sensação real de sempre ter alguém perto, ainda mais quando esse alguém era Jong In, mas talvez KyungSoo sempre soubesse que os momentos bons não estavam apenas nos livros que escrevia.

Quando eles chegaram à cidade, o menor por si mesmo mostrou o caminho do hospital sem qualquer ajuda do GPS; ele preferia assim já que se lembrava do caminho. A cada esquina as mãos de Jong In pareciam apertar cada vez mais o volante, seu corpo estava tenso, era como se ele não conseguisse mais compreender o caminho que lhe era dito, corretamente.

 – Jong In! – KyungSoo gritou de repente  fazendo o maior de assustar e saltar no acento.

Jong In quase virara em uma curva errada, ele tinha certeza que ouviu o menor dizendo para que virasse ali. Alguns carros atrás deles buzinavam meio impacientes pelo fato de Jong In ter freado o carro no meio da rua, mas logo ele voltou a colocar o veículo em movimento, liberando o trânsito.

– O que foi isso?! – KyungSoo perguntou respirando profundamente e olhando em direção ao maior.

– Não sei – disse Jong In com a voz trêmula, ele só não tinha certeza se estava assim pelo o que acabara de acontecer – A-acho que ouvi errado.

– Por que está tremendo? – o menor perguntou reparando na mão de Jong In – Você...

– Eu estou muito nervoso – o maior disse em um sussurro rápido – Eu não havia parado para pensar antes, mas estou realmente nervoso.

– Nervoso? Por quê?

– Eu nunca vi sua família antes – disse ele engolindo em seco – O que... Eles poderiam pensar de mim...?

– O que você acha? “Que bonito o meu genro!” – disse KyungSoo querendo imitar a voz da mãe – Algo assim?

– É sério, KyungSoo! Você sabe que eu...

– O que? É um homem? Isso não importa, Jong In, acredite em mim – disse KyungSoo olhando para frente – Chegamos.

Jong In estacionou o carro e os dois seguiram para a entrada do grande hospital em seguida. Cheiro de remédio e pessoas doentes; já fazia muito tempo que KyungSoo não entrava em um hospital.

Depois de uma breve conversa na recepção, uma enfermeira os guiou até o quarto onde o pai de KyungSoo estava internado. Para o menor era como se cada passo valesse cem metros e quando já estavam no corredor certo, KyungSoo procurou a mão de Jong In que o atendeu segurando-o firmemente, tentando passar todo conforto que conseguia. Eles pararam em frente ao quarto 317 e a enfermeira abriu a porta lentamente para que eles entrassem. KyungSoo estava com o coração na mão, ele nunca esteve tão ansioso, suas lágrimas não escorriam, apenas atrapalhavam sua visão, isso até ver sua mãe sentava em uma cadeira ao lado da cama onde seu pai dormia.

Assim que ouviu a porta sendo aberta, a senhora levantou o olhar encontrando o de seu filho que acabara de entrar.

– M-mãe... – KyungSoo disse com dificuldade e com as lágrimas já escorrendo por todo o seu rosto.

Jong In soltou sua mão para que ele pudesse ir até sua mãe que se levantou lentamente, parecia não acreditar que seu filho estava ali, tão bonito.

– KyungSoo! – ela se apressou em ir até ele.

Jong In observava próximo à porta o abraço necessitado de mãe e filho, com um sorriso.

– Como está bonito! Parece tão saudável! – dizia a mãe de KyungSoo com um sorriso enquanto segurava o rosto do filho com uma das mãos, deixando a outra repousada em seu ombro.

KyungSoo parecia não conseguir dizer qualquer palavra, isso não parecia importar muito no momento, apenas olhava para a face da mãe. Nesse instante, Jong In se aproximou por trás de KyungSoo e foi somente aí que a senhora viu que o filho não estava sozinho.

– Filho, quem é esse rapaz? – ela perguntou com um sorriso carinhoso para Jong In enquanto limpava o resto de lágrimas do rosto.

Jong In engoliu em seco e olhou de relance para KyungSoo que iria responder, mas foi interrompido de repente.  

– KyungSoo? Meu filho está aqui? Onde está meu filho? – era seu pai o chamando.

Os olhos do menor se arregalaram ao ver que o pai acordara de seu sono e rapidamente ele se pôs ao lado da cama encarando o homem já de certa idade com os olhos brilhantes.

– Como está, meu pai?

– Feliz! Meu filho está aqui – ele riu fraco – Ah! Eu comprei todos os seus livros. Ótimos trabalhos, realmente, me dá orgulho. Pelo menos consigo esquecer um pouco a saudade.

Havia uma estante próxima a eles onde estava uma pilha de livros; KyungSoo logo reconheceu seus livros, todos eles.

 – Desculpe não ter ligado...

– Ah! Não se preocupe com isso, você deveria estar ocupado, é claro – disse ele com o mesmo riso fraco, encontrando a mão do filho e a segurando firmemente – Você está bem, não está?

– Sim... – ele disse com um sorriso – Aliás, eu queria apresentar vocês a alguém.

– Oh, filho! Você trouxe alguém?

– Um rapaz muito bonito afinal – disse sua mãe segurando o braço de Jong In e o levando para mais próximo da cama.

Jong In sentia a face quente e o coração bater descontroladamente. Agora que estava mais próximo a cama, ele pôde ver melhor o pai de KyungSoo, que se parecia muito com o menor, aliás. Ele mostrava um sorriso gentil em seu rosto.

– Me chamo Kim Jong In – disse ele se curvando – É um prazer poder conhecê-lo.

– Olá, rapaz – disse ele apertando a mão de Jong In – Sou Do Seung Hyun, pai do KyungSoo.

– KyungSoo! Ele esteve com você esse tempo todo? – perguntou sua mãe com um sorriso.

– Sim – disse KyungSoo olhando para os pais, alegremente – Ele... É meu namorado.

Nesse momento, Jong In sentiu o sangue congelar, mas logo uma onda de tranquilidade bateu contra si ao ver que o sorriso do Sr. Do aumentara. Estava vendo certo?

– Ah... Jong In – disse o pai de KyungSoo com um suspiro enquanto segurava a mão de Jong In – Ele tem dormido bem? Ainda tem pesadelos? Tem sorriso bastante? Eu me sentiria melhor se soubesse que sim.

Jong In não deixou de sorrir.

– Ele está muito bem.

– Jong In está cuidando bem de mim papai. Não de preocupe.

– Oh, não. Tenho certeza que não preciso – disse seu pai em uma risada.

Atrás deles a porta foi aberta e um homem vestindo um jaleco branco entrou no quarto. O médico do Sr. Do andou até os presentes ali, informando que o papai de KyungSoo faria alguns exames agora, e por isso, a Sra. Do disse ao filho que fosse para a casa da família arrumar sua coisas.

– Seu quarto ainda está lá, KyungSoo – disse ela do lado de fora do quarto antes que o filho saísse do hospital – Está do mesmo jeito que você deixou.

– E você?

– Vou ficar aqui esta noite – disse ela – Prometo que te ligarei assim que saírem os exames e amanhã de manhã estarei em casa. KyugSoo, não se esqueça de mostrar suas flores para Jong In.

– KyungSoo planta flores? – o maior perguntou sorrindo e arregalando um pouco os olhos.

– Ele tinha muitas quando ainda morava aqui – disse ela.

– Ainda estão todas lá? – perguntou KyungSoo.

– Algumas murcharam depois que você se mudou – disse sua mãe com a voz um pouco triste – Mas eu continuei a plantas rosas no jardim como você gostava. 

KyungSoo sentia saudade de suas flores assim como sentia saudade de casa também e mal podia esperar para vê-las novamente e mostrá-las a Jong In. Os dois se despediram da Sra. Do e começaram a andar pelo corredor, para fora do hospital, quando a mãe do menor chamou:

– Jong In! – o rapaz se virou no mesmo instante – Bem-vindo a família!  

 

 

 

"Enquanto nós damos as mãos e andamos por essa rua banhada pelas flores de neve que enchem o caminho e nos molharam sem parar, pouco a pouco, as pequenas memórias estão sendo elaboradas dentro de nossos corações, para que assim, lado a lado possamos ficar".


Notas Finais


Bem gente... Estou de férias e agora eu posso escrever mais tranquilamente durante 10 dias \o/
Desculpem o atraso novamente ;-; meu notebook quebrou e voltou da assistência ontem de noite então... Sorry.
Mas enfim... eu voltei, cap novo todo recheado pra vcs e eu não sei se o próximo será o último ou se terá mais dois '-'
Enfim o/ até o próximo o/


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