História 2008 Year teenager - Capítulo 2

O vento batia nos meus cabelos, por algum motivo o meu estômago revirou-se, eu estava nervosa?, Nem eu mesma sabia, procurei a mão da Yuri e a segurei forte, a fiz olhar para mim como se não entendesse o motivo de tê-la tocado.

-Não vamos andar de mãos dadas, vão pensar outra coisa sobre nós

-eu esqueci, é verdade.

Não que ligsssemos para opiniões alheias, tá bom, eu ligava, mas a Yuri não, gostaria de ser segura de si como ela, a soltei, caminhava devagar atrás dela, vendo seus cabelos loiros se movimentarem a cada passo que andava, suas grandes costas, respirei fundo, gostava de muita coisa nela, mais do que a mesma podia ver, não sabia dizer o que exatamente, mas tudo nela parecia bom, eu só não entendi o motivo dela ser tão cega a respeito disso, como pode uma pessoa como ela, não notar as qualidades que tem? o maior obstáculo para mim era a linguagem, como diria para ela tudo o que ela não pode ver? eu deveria? eu não conseguia fazer as palavras saírem assim tão facilmente.

-Vamos tirar uma foto aqui, para lembrar desse dia -Olhou para trás esperando uma resposta.

Subi em um banco feito de cimento na frente de uma enorme árvore, fiz uma pose engraçada e descontraída, afirmando que tiraria a foto, sem ligar muito para como sairia nela, apenas para passar um ar de felicidade para quando visse ela no futuro. Desci do banco e peguei a câmera em suas mãos, procurei o melhor ângulo e me posicionei para tirar a foto, ela passava um ar de tranquilidade, sintonia e leveza, olhava para algum lugar ao longe, diria que era uma modelo, se não fosse pelo seu peso, que não era nada demais pra mim, mas que ela odiava, o que ela mais odiava na verdade.

Seguimos pela entrada da nova escola, todos pareciam alegres e despreocupados, não me segurei e dei algumas voltas no mesmo lugar, me sentia livre naquele lugar, não sei se o motivo era por ser amplo e cheio de vida, ou se tinha me drogado de alguma forma, mas algo dizia que a minha vida mudaria a qualquer momento.

A Yuri pulou em minhas costas, matando me andei pelos corredores do colégio, ela se divertia com o meu sofrimento, parecendo duas crianças com pernas longas, caímos no chão feito uma bola de canhão, fazendo bastante barulho, chamando atenção de algumas pessoas que passavam.

-vocês estão bem ?- perguntou um garoto com cabelos platinados

-Bem estamos, já Sã… acho que não -Ele sorriu ao ouvir minha resposta

-Vamos, se não chegaremos atrasadas- puxou me a yuri

Corremos para sala, Yuri estava no 2-A, enquanto eu … estava no 1-C, não estudávamos na mesma série, pois havia repetido um ano, e infelizmente não estamos mais tão juntas, na verdade nem nós mesmas nos aguentaria por tanto tempo, era melhor assim.

Yuri 

Prendi meus cabelos em um coque alto, me sentei confortavelmente na cadeira da sala, o professor entrava pela porta irradiado de felicidade, isso também acontecia comigo, quando eu comia, é claro.

O sono e cansaço dominava todo o meu corpo, horas trabalhando na cafeteria, mal tinha tempo de respirar, voltei a minha atenção a aula, precisava tirar boas notas e seguir a minha vida, mas que vida eu mesma me perguntava ? o desespero de estar no segundo ano é não saber o que fazer depois de terminar a escola me sufocava, tudo bem, eu ainda tinha um ano para pensar no que eu queria, mas parece tão pouco, a cada dia que se aproxima o medo de falhar ou nunca conseguir encontrar algo que goste me cegava, "siga os seus sonhos" é o que sempre dizem, mas e quando você não tem nenhum? o que você faz? Claro, a juventude é a melhor época de nossa vidas, na vida de quem exatamente? Na minha era uma completa bagunça de autoconhecimento e futuro. É bem mais fácil fazer uma prova de biologia do que descobrir qual caminho deve seguir na minha vida, pena que a escola só me ensina a somar.

Meu celular vibrou na mesa, peguei ele discretamente e li a mensagem

“Você é a culpada pela morte dele”

A pressão do meu corpo baixou, não havia mais chão embaixo dos meus pés, meu celular escorregou pelas minhas mãos. Novamente seria torturada pelos comentários daquelas pessoas que eu deveria chamar de família, mas não havia motivos para chamá-los assim, respirei fundo, não podia chorar, eu seria forte, eu havia prometido para mim mesma.

Caminhei pelo vasto jardim da escola, natureza e animais não eram feitos para mim, notei novamente isso. Detestava toda aquela alegria e claridade, queria voltar para meu quarto, nada da Rukia aparecer, sempre sou eu a que chega atrasada, a preocupação me tomou, será que aconteceu algo ? Espero que não.

Toda atrapalhada pediu desculpa pelo atraso, havíamos perdido o ônibus então decidimos ficar sentadas no banco de uma praça, algumas crianças brincavam logo ali próximo, corriam de um lado para o outro, como se fosse a coisa mais feliz do mundo.

-quando foi que perdemos a nossa felicidade?

-Eu não sei -ficamos em silêncio

-gostaria de voltar na época quando éramos crianças e meu coração era puro - Rukia respirou fundo ao dizer a frase

-Se lembra quando estudávamos juntas e eu gritava para você me esperar copiar para terminar juntas ?

-Sim- rimos- hoje eu nem faço questão de copiar - novamente ficamos em silêncio

-Eu sinto a falta dele

-Eu sei, mas o que podemos fazer ?- não conseguia me encarar nos olhos, apenas mantida seu rosto na direção das crianças.

-Comer - falei para descontrair

-Vamos, eu pago.

A abracei forte e saímos com os braços dados, ela sabia exatamente o que fazer, "sem perguntas, apenas me faça rir"  Obrigado por está comigo Rukia, mesmo que não consigo falar com palavras, mas você é importante para mim.

Entramos no estabelecimento e pedimos as comidas mais gordurosas que havíamos achado no cardápio, eu não deveria comer tanto, já que peso era uma das coisas a qual me importava, mas eu não conseguia me sentir melhor se não tivesse um pedaço de pizza dentro da minha boca, eu era uma gorda estúpida, eu sei.

Acordei dos meus pensamentos com um barulho ao redor, não tinha como não notar quando se está do lado de uma terceira guerra mundial, mas com apenas duas pessoas, a não ser que você seja a Rukia, ela não sai do mundo da lua nem se um prédio desabar ao seu lado.

-Que porr@ é essa ? Você não consegue anotar um pedido certo ?

-Desculpa senhor, eu irei trazer o pedido certo, eu sinto muito

-Eu devia era ir embora e pedir para que te demite se , imbecil

Quem aquele menino acha que é para falar assim com uma pessoa? que audácia. A raiva subiu pelo meu corpo, segurei o meu celular, o apertando para diminuir o sentimento que me consumia, ela pode até sentir muito, mas eu não.

Fui até a mesa do garoto e peguei um copo de coca cola, joguei diretamente no rosto dele.

-acho que você está de cabeça quente, agora deve ter melhorado - dei o meu sorriso sarcástico e voltei ao meu lugar como se nada tivesse acontecido, depois quis me matar mentalmente por isso, por que porras eu fiz isso? eu deveria apenas ter ignorado isso.

-Eii garota, quem você acha que é ...

-Calma Jooheon, você está muito exaltado hoje - falou o seu amigo de cabelos castanho escuro o segurando pela camisa

Apenas ignorei o comentário dele, espero sinceramente que ele tenha aprendido a tratar alguém melhor, eu também sei como é ter que aturar clientes que acham que estão na razão de tratar-nos mal, mas eu não estou no meu horário de trabalho, fiz exatamente o que sempre sentir vontade de fazer, mas nunca pude, mas sabe quando o momento de raiva passa e você toma consciência do que acabou de fazer? bati a minha testa na mesa me escondendo de vergonha, arg, mas ele mereceu, segurei meu riso, isso foi engraçado no final das contas.

-Que merda você fez ? - tentava se esconder abaixando a cabeça

-Não foi divertido? Eu achei

-Eu tô me segurando pra não gargalhar de rir, mas você tinha que fazer merda bem com pessoas da nossa escola ?

-Que bosta, eu nem havia reparado

-Obrigado, o do lado e da minha sala

-Por nada - novamente dei meu sorriso irônico - vamos comer antes que esfrie- me encarou seria- ou você me mate...