História 2008 Year teenager - Capítulo 22

Jooheon

Já estava confortável novamente, não era ruim estar naquele lugar, mas eu não serei novamente vítima daquele homem que eu não ousava chamar de pai, eu ainda tinha a minha mãe do meu lado, não irei esquecer do dia que a vi novamente.

“Abri lentamente os meus olhos, despertando, meu corpo todo doía e ele parecia mais pesado que o de costume, passei a mão pela minha cabeça ajeitando no final o cabelo, eu tinha um pouco de dor de cabeça, mas aquilo não ia me impedir de fugir, vagamente me lembrava da noite passada, quando fui arrastado para um hospital, eu me lembrava vagamente daquele lugar, talvez alguma vez a qual tinha ficado doente, mas ainda não conhecia aquela ala que era em outro prédio daquele grande hospital.

Pulei da cama, arrancando uma agulha que se encontrava presa em mim, estava ligada ao soro, sem cerimônias, preparei meus pés para correr, o que foi totalmente em vão, meu corpo se chocou com um brutamontes com mais de dois metros de altura, da onde aquele homem veio? Estava tentando raciocinar, mas aquele demônio apareceu do chão para me impedir de sair, não adianta gritar, xingar, ou bater nele, tudo parecia inútil, e eu, parecia uma garotinha fraca, ou melhor, um bebê chorão. Fui jogado novamente na cama, vendo depois um médico fardado entrando no quarto"

***

-Então foi isso que aquele filho da mãe fez com você?

-Sim filho, por favor mais respeito, ele ainda é o seu pai.

-Mãe como você pode ainda me pedir respeito, primeiro parece que não conhece o filho que tem, e segundo, eu nunca vou perdoar as coisas horríveis que aquele homem fez para você

-Você tem razão meu filho, você cresceu, não é mais o meu menino, está um grande homem agora- pude ver algumas lágrimas querendo sair, sentei ao lado dela a abraçando forte, quando a minha mãe se tornou tão pequena?

-Eu nunca vou perdoar o fato dele ter te internado aqui nesse hospício, enquanto eu pensava que você estava...- estava segurando meu choro- pensando que não estava mais nesse mundo mas você estava embaixo do meu nariz o tempo todo, a Rukia tinha notado algo estranho com o nome desse hospital, eu devia ter vindo antes que estivesse aqui preso com você-soltei ela, deixando ela enxugar um pouco das minhas lágrimas.

-Como assim descobriu?

-Então… eu vim parar aqui por um motivo...

-você também não me contou isso, e também não sei quem é a Rukia

-Longa história, vamos dizer que é uma amiga- ela me olhou com cara de quem sabia que era mais que amiga mas ignorei- eu descobrir muitas coisas, e uma delas foi do tráfico de drogas- falei a última parte sussurrando para somente ela ouvir

-Então você também descobriu…

-Nao acredito que a mesma coisa que ele fez com você também fez comigo, quem será a próxima pessoa?- parou um minuto com a cara de assustada e olhou novamente para minha direção -Ele sabe sobre a Rukia?

-Droga

E foi exatamente depois dessa conversa que eu tive que tomar a frente de tudo isso. Dias se passaram, todos os dias elaborando e aperfeiçoando meu plano de fugir daquele lugar e depois conseguir levar minha mãe novamente para casa. E agora estou eu correndo feito um louco pelos corredores enquanto alguns capachos do meu pai correm atrás de mim, estou me sentindo um cachorro louco, estou me culpando também por não ter um físico muito bom. Me escondi na biblioteca, como minha mãe havia planejado, atrás do balcão da recepcionista eu ouvia a conversa.

-Você viu algum garoto alto, magro com os cabelos vermelhos por aqui?

-não senhor, ninguém com essas características foi vista hoje aqui, se eu ver ele, irei te comunicar

-Obrigado- eu queria rir naquele momento Mas eu estava me segurando para não estragar tudo logo ali

Obrigada mãe por ter feito amizade com as pessoas daqui, próximo lugar, nossa casa. Pelo menos era o que eu pensava. Corri para o outro prédio, eu não podia simplesmente voltar para casa ou andar pelas ruas, pegariam me novamente, mas a única coisa que eu não esperava e ver os meus amigos sentados no chão chorando.

Yuri

Aquela foi a pior notícia que eu podia ter recebido no dia, minhas pernas tremiam e eu não conseguia falar enquanto o minhyuk se desesperava ao meu lado querendo saber o que havia acontecido,mas as únicas coisas que puder falar foi

-Rukia ... hospital...agora-

    Mas felizmente, minhyuk decifrou o meu rosto e entendeu o recado, me arrastando até o hospital que ela estava, eu chorava como nunca chorei antes, torcendo para que dê alguma forma tudo que estava acontecendo apenas esteja sendo um sonho, aquilo não podia acontecer pela terceira vez, não podia perder a Rukia, eu não iria suportar esse fardo novamente.

Minhyuk estava muito nervoso do meu lado e roía as unhas enquanto tentava avisar o resto dos meninos, estamos todos indo ao encontro dela, todos desejando uma segunda chance de dizer para ela ser forte.

Chegamos onde o hyunwoo estava e corremos até ele, não sei da onde saiu a minha força, mas eu só queria ouvir um “está tudo bem” mas não foi isso que aconteceu.

-Onde está a Rukia?

-Ela está em cirurgia agora- me abraçou apertado enquanto o minhyuk já estava sentado no chão com a mão na cabeça

Todos já haviam chegado, o shownu segurava a minha mão, enquanto o Hoseok é o minhyuk estavam chorando sentados no chão, nunca imaginei que veria o wonho chorar, mas pelo jeito ele tinha também sentimentos pela Rukia, kihyun estava em pé conversando com uma enfermeira tentando entender o procedimento, changkyun estava sentado afastado de mim ao lado da Suzy, os dois mantinham a cabeça baixa, o ar ali está péssimo, todos estavam preocupados e tristes, nunca tinha os visto assim antes, a Rukia é realmente uma pessoa muito amada, ela só precisa saber disso, eu queria que ela soubesse.

E o clima naquele lugar ficou mais frio, eu pude ouvir os passos do doutor enquanto o mesmo vinha na nossa direção, tudo ficou mais lento e devagar, mas eu entendi completamente quando o doutor disse

-Nós tentamos de tudo mas infelizmente ela não resistiu a cirurgia- depois daquilo vi o meu mundo desabar minha pressão caiu, tudo ficou escuro e aos poucos fui apagando.

Jooheon

Todos estavam com olhares vazios, como se tivessem acabados de ser pisoteados por uma manada de elefantes, o que tinha acontecido ali? Fui atrás do meu melhor amigo, que agora estava vermelho como um pimentão, provavelmente de tanto chorar.

-por que todos estão chorando tanto? Até parece que alguém morreu...-parei a frase, aquele olhar me disse tudo, eu tinha acertado em cheio, o meu coração parou de bater por alguns segundos e senti a minha garganta fechar, olhei ao redor, quem está faltando- shownu….yuri e…

-Rukia...- ele mesmo respondeu, não pude acreditar, o meu mundo desabou em frente aos meus olhos

-Você está brincando comigo não é mesmo? por favor me diga que é tudo mentira, por favor- minhas lágrimas começaram a descer eu não queria acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo comigo, joguei uma cadeira e comecei a gritar- por que? Alguém me diz o porquê, logo ela, isso não pode está acontecendo- me ajoelhei no chão chorando

-sim joohoen aconteceu, e vai acontecer com todos nós, mas por que agora, por que ela- changkyun me abraçou, parecíamos duas garotas chorando abraçadas enquanto assistia um filme emocionante, mas aquilo não era um filme era real, e o tema era tragédia.

Depois de ouvir tudo não pude não ficar ainda pior, e como eu me sentia agora? Péssimo eu sentia que tudo que tinha acontecido também foi culpa da minha ausência, passei a mão pelos meus cabelos e sentir meus lábios secos, aquilo não era o que eu esperava ou planejava, mas a vida é assim você não pode planejá-la porque nunca sabemos quando a vida vai brincar com a gente.

Entrei naquele quarto e vi de longe o corpo dela imóvel, estava querendo aceitar que ela nunca mais abriria os olhos mas eu ainda a imaginava sorrindo para mim, falando honey de uma maneira fofa e bagunçando os meus cabelos, mas nada aconteceu, ela permaneceu parada onde estava, mas neste momento minhas lágrimas não estavam mais se segurando, sentia um aperto no coração, e por mais que eu torcesse para que ela voltasse, ela não iria mais iluminar o meu mundo, o meu sol tinha se ido, e eu teria que lidar com esse fardo.

Passos pequenos e lentos foram dados por mim, como se eu tivesse com medo de chegar até ela, para quem corria para encontrá-la, agora evitava dar passos, só de alguma maneira não se sentir mal. Finalmente cheguei até a cama, vendo aquele corpo agora sem vida é um pouco desfigurado, eu não podia mais controlar minhas emoções, minhas mãos tremiam de nervoso o meu peito estava apertado e as lágrimas dificultavam a minha visão, aquilo tudo estava mesmo acontecendo comigo? Eu tinha perdido ela de vez? Sem nem poder dar um adeus ? Eu estava... sufocado com tantas verdades.

-Você.. está bem?- falei como se estivesse mesmo conversando com ela, como se de alguma maneira pudesse me ouvir- eu cheguei um pouco tarde não foi? Será que pedir desculpas vai adiantar?- minha voz estava saindo falhada, eu mal conseguia falar, e agora podia ser ouvido o meu choro- eu queria dizer que eu te amei muito, e não só eu, todos aqueles lá fora também- eu não sabia que tinha tantas lágrimas, elas agora saiam grossas e rápidas- mas acho que ninguém teve a oportunidade de falar isso, não quando voe ainda estava radiante, mas não os culpe por isso, ninguém imaginava que íamos perder você tão cedo, as pessoas são assim, não é mesmo rukia? Elas só dizem que amam alguém quando ela não pode mais ouvir isso, todos nós, todos os dias poderia ter falo a você o quanto você era especial para gente, mas não fizemos isso e agora talvez você nunca saiba, mas eu estou aqui- minha garganta fechou- para que talvez de alguma forma você possa me escutar saber que eu hoje sou feliz por ter te conhecido, e que estou muito agradecido por tudo, então por favor se sinta amada e tenha sonhos doces- limpei as minhas lágrimas o que foi em vão porque outras caíram novamente depois, com os dedos tremendo topei o rosto dela, tirando um pouco de cabelo e o colocando atrás da orelha, ela não era mais quente, estava gelada, eu a tinha a perdido, para sempre.

Shownu

Aquilo estava mesmo acontecendo bom a gente? Minha cabeça doía muito, e eu não conseguia pensar direito, limpava o sangue que tinha em minhas mãos, fechei os olhos por alguns minutos tentando raciocinar tudo o que tinha acontecido, tudo mudou rápido demais, não tivemos nem tempo de digerir, minhas mãos tremiam, e dentro de mim só tinha um grande vazio, molhei o meu rosto, tentando de alguma maneira afastar aqueles sentimentos e aquela vontade de chorar, eu precisa ser forte, e também ser forte para a Yuri.

“Por favor cuide da Yuri por mim”

Aquela voz calma se repetia em minha mente, aquelas foram as últimas palavras da pequena Rukia, porque tinha acontecido aquilo com ela, que mesmo nos seus últimos momentos, a única coisa que importava para ela era como a sua melhor amiga estava, ela realmente nós amava, como não notamos antes? Não ficamos gratos e alegres? Nós tivemos todas as oportunidades, mas não desfrutamos de nenhuma. Estou com o pé atrás agora, da mesma maneira que estava no momento que vi as duas entrando no colégio.

“Estava caminhando pelos corredores da escola, mais um ano naquele lugar, só para alimentar minha vontade de nadar, aquela escola tinha a melhor piscina daquela região, é foi naquela escola que meus pais haviam se conhecido, tinha me despedido de alguns colegas e continuei andando até a minha sala, quando vi duas garotas do corredor, elas pareciam felizes e animadas, diferente de todas aquelas pessoas ali ao redor, elas tinham um brilho que nunca tinha visto antes, fiquei ali imóvel, observando elas caírem no chão, não conseguir segurar o sorriso, fiquei parecendo um verdadeiro idiota olhando as duas, até que o Lee Minhyuk, se ler, o estraga prazer, foi conversar com as garotas e com isso toda a minha esperança naquelas meninas se foram, tratei de ir para sala e esquecer o rosto delas.”

Sorri ao pensar que um dia tinha desistido de falar com elas, e agora choro por saber que não poderei mais tomar coragem e conhecer a Rukia, por que o tempo que eu tinha, acabou de se esgotar, isso me fez pensar por alguns minutos, quantas coisas que eu deixei de fazer por puro prazer, e agora que não posso mais fazer continuo me lamentando, a Rukia havia deixado um bom enigma para mim, e bem, agora eu pude entender-lo, e como falam “Não deixe para fazer amanhã o que você pode fazer hoje”.

Caminhei pelos grandes corredores atrás do quarto em que a Yuri está, a mesma havia desmaiado o que despertou ainda mais o meu instinto materno, não poderia acontecer nada a ela também, se acontecesse eu não iria conseguir suportar, não agora depois disso tudo, coloquei um sorriso no rosto quando ela me viu, eu seria forte, eu consigo ser forte por ela.

Sentei ao seu lado e segurei a mão dela, depois a apertando, tentando de alguma forma passar conforto. O médico caminho para a sala encarando nós dois.

-Os exame já chegaram- tentou parecer animado, mas o clima não estava nada bom.

-Tem algo grave com ela doutor?-me precipitei-pela cara do médico não eram notícias boas

-Não tem nada de errado com ela, o desmaio foi causado pelo estresse, e a má alimentação, precisa se alimentar melhor moça.

-Ouviu o que o médico disse?- falei como se fosse uma mãe chata- precisa se alimentar melhor- finalmente pude a ver rir

-Mas... você vai ter que fazer uma cirurgia- olhamos para mesmo sem entender nada-Infelizmente por causa dos acontecimentos…. Você perdeu o bebê, sinto muito, vou deixar vocês a sós agora.

Ficamos em completo silêncio tentando de alguma forma entender o que tinha acabado de acontecer, ela estava mesmo grávida, e perdeu o bebê, como tudo isso pode acontecer tão rápido, porque tudo estava acontecendo um atrás do outro, nos filmes esses momentos sempre se passam em câmera lenta mas dessa vez tudo estava acontecendo rápido demais. Sem pensar muito, levantei me da cadeira indo dar um abraço apertado nela, ela tinha uma mão na barriga, mas abriu os braços para me apertar forte, deitei com ela na cama e ficamos parado daquele jeito, enquanto ela soluçava no meu ombro, naquele momento eu não sabia mais o que fazer ou falar, eu só estava ao lado dela vendo a garota desabar em lágrimas.

***Alguns dias depois ***