1. Spirit Fanfics >
  2. 3 to Strike >
  3. Greek Tragedy

História 3 to Strike - Greek Tragedy


Escrita por: bullshift

Notas do Autor


ENTÃO! Eu não tava muito animada pra fazer uma continuação, mas eu fiz um segundo capítulo que daria meio que inicio para uma shortfic e queria saber o que vocês acham.
Queria muito a opinião de vocês pra saber se eu continuo ou, qualquer coisa eu excluo esse capítulo e a gente se finge tudo de morto, certo? É um teste.
Obrigada e boa leitura!

Capítulo 2 - Greek Tragedy


Fanfic / Fanfiction 3 to Strike - Greek Tragedy

Quarenta e oito horas haviam se passado e, mesmo que tentasse, Jimin estava preso naquela noite.

A cada vez que olhava Jeongguk nos olhos, todas as cenas que ainda pairavam em sua mente vinham à tona, causando um rebuliço que não era famoso em seu dia a dia. Então tirar o alfa de sua casa não fora uma tarefa difícil, afinal, ele não só precisava instalar-se em algum lugar até o próximo intercâmbio como também percebia o grande clima que estava acontecendo ali. Tentou até mesmo roubar alguns beijos do loiro, recebendo em troca apenas beliscões fortes.

Mas Jeon não culparia totalmente o ômega. Quer dizer, tudo estava fresco ainda, estavam de ressaca e confusos com tudo aquilo. Deixaria tudo quieto até que conseguisse um tempo a sós com Jimin, esperando que seu humor estivesse um pouquinho melhor. E o Park, por sua vez, queria morrer. Após passar o resto da manhã vendo o moreno caminhar de um lado para o outro em seu apartamento, queria muito poder sorrir, correndo até ele e o abraçando forte. Só que algo dentro de si não parava de doer. Sabia que aquilo havia sido um erro, até porque Jeongguk logo voltaria a viajar, ficando outros longos meses longe de si. Não poderia se apegar a ele, sabia disso desde a primeira vez que o viu.

— Não pense tanto nisso. — Yoongi o repreendeu, a voz entediada. — Já aconteceu, Chim, já era. Vai acabar estragando uma memória que deveria ser boa.

— Mas! Ah... cara. — deitou-se sobre a mesa, bufando. — Não tinha motivo...

Reclamou baixinho, algo que o dono de fios castanhos a sua frente não conseguiu entender. O Min só conseguia revirar os olhos, deitando-se sobre a mesa também. Não entendia realmente qual era o problema naquilo tudo, afinal, Jimin e Jeongguk haviam ficado juntos durante uma noite, e aí? Ninguém os estava obrigando a casar; Jeon não havia o marcado. Não era nada demais!

Levantou o olhar então para o Park, vendo-o mexer no celular. Seu polegar rolava as páginas na tela enquanto, obviamente, sua mente continuava no assunto que Yoongi queria mais do que tudo encerrar.

— Nossa, alguém morreu? — Taehyung sentou-se ao lado do Min. — Espere. Vocês não estão assim por causa daquele dia, estão?!

Jimin tentou desviar o olhar, envergonhado.

— Como eu vou olhar na cara dele agora?! — sentou-se direito, choramingando.

— Bom... Você primeiro vira o rosto na direção dele. — o Kim virou seu rosto na direção de Yoongi, sorrindo. — Depois você simplesmente continua olhando e, assim, você olha na cara ele.

— Morra, Kim Taehyung.

Coçou os fios loiros, abaixando a cabeça apenas para não beliscar seu amigo até que ele morresse sem um dos braços. Estava irritado, oras. Não recebia apoio nenhum! E, ah, seria difícil sim olhar para Jeongguk sem ficar tão vermelho quanto o cabelo de Taehyung um tempo atrás, ou sem enterrar a cabeça no chão feito um avestruz. As coisas que havia dito... As coisas que havia feito...

Park Jimin não perdoaria Park Jimin tão facilmente.

“Kook, eu estou tão molhado...”

Bagunçou seus fios loiros, choramingando novamente antes de sentir alguém sentar-se ao seu lado, passando os dedos em seus fios curtos, num carinho gostoso. Logo ouviu a voz de Jin, até mesmo aliviou-se por saber que não era Jeongguk ali, tão perto de si. Ouviu uma nova conversa iniciando-se e apenas deitou no ombro do amigo, ouvindo tudo com a mente tão alheia que chegava a assustar.

— Jimin. Ei. — os dedos levemente tortos de Yoongi balançavam na sua frente. — Me responde uma coisa.

— Hm, fala.

— Como você não percebeu que não estava no cio?

Olhou para Jin, seguindo com o olhar até Taehyung e finalmente o Min. Os três o encaravam como se fosse a pergunta do ano, valendo um milhão de dólares.

— Eu... Sei lá. Na verdade não foi só o meu cheiro que estava tão forte. — engoliu em seco, nervoso. — Nós... Nós estávamos na sala de prática quando ele percebeu que o meu cheiro ficou forte, mas eu acho que o dele ficou forte por isso, eu não sei!

Seokjin coçou o queixo, pensativo. Se Jimin não entendia o que estava acontecendo, pelo menos esperava que seus amigos conseguissem – no mínimo – tirar um palpite de tudo aquilo. Yoongi foi o primeiro a falar:

— Eu acho que isso é tesão reprimido. — deu de ombros, desviando da bolinha de papel que o Park jogou em si. — É sério! Nada mais faz sentido.

— É verdade, Chim. — Jin continuou. — Você não estava no cio, nem ele. Vocês não se viam há mais de seis meses, além de estarem bêbados.

— E você não ficava com alguém já fazia tempo, né? — Taehyung completou. — Foi só desejo, KimChim.

Isso, desejo! Estava carente, certo? Era apenas isso. Sorriu, aliviado por não só ele pensar daquele modo como os amigos também. Ficou tão aliviado que até mesmo atacou a porção de batatas fritas que Jin trouxe consigo, rindo alto de qualquer piada sem graça que um deles fizesse.

E havia ficado ali, mais relaxado do que nunca, até o horário de voltar a sala de prática. Pelo menos agradecia por Yoongi trabalhar no setor de músicas que ficava no mesmo prédio, podendo encontrar os dois Kim ali por perto. Todos trabalhavam tão perto que Jimin quase dizia ser o mesmo emprego, no mesmo endereço.

Voltou para o grande prédio onde trabalhava como professor de dança e coreógrafo, praticamente saltitando pelos corredores até chegar em sua sala. A única coisa que o fez retrair-se levemente fora o cheiro que ainda existia ali, o cheiro dele. Jogou sua mochila no chão, indo até o som para colocar a música novamente. Pelo menos Jeongguk o havia ajudado em alguma coisa, agora sua coreografia estava quase pronta e poderia, finalmente, aperfeiçoá-la até o dia das apresentações. Não poderia negar, estava nervoso o suficiente para atrapalhar a si mesmo.

Quer dizer, se o ômega conseguisse impressionar seus superiores com a coreografia, não só ganharia o prestígio que tanto gostava como também um espaço no grande festival anual. Estaria entre os melhores, assistido pelos melhores e competindo com eles. Sua carreira receberia um impulso que ele jamais teve antes, seus olhos brilhavam de ansiedade. Voltou ao centro da sala, refazendo os passos que já tornavam-se automáticos em sua mente. Na realidade, Jimin estava fazendo uma coreografia de casal ou dupla, algo sensual que fugisse do rótulo sempre padrão do romanticismo, mas sem sair do tema principal.

Só que os passos estavam impecáveis. No ritmo certo, combinavam com as batidas e faziam qualquer um perder a respiração por um segundo que fosse. Agora o Park só precisava achar um parceiro ou dois dançarinos que fossem para a apresentação à diretoria. Sabia que no festival ele não participaria, afinal, poderia usar dois dançarinos e o faria sem nem pensar duas vezes.

Era algo grande demais, não sabia se estava preparado.

 

[...]                  

 

Jogou-se contra a parede, deslizando e acabando sentado ao lado de sua mochila. Virou a garrafa de água contra os lábios, colocando-a do lado apenas para abrir uma nova. Conseguia sentir o suor descendo pela sua nuca, parando pouco acima de sua calça, ainda nas costas.

Suas pernas se cruzaram e ele finalmente deixou-se relaxar, a parede gelada lentamente relaxando suas costas cansadas. Puxou o celular de dentro de sua mochila, passeando por alguns aplicativos de fotos e notícias antes de checar suas mensagens, torcendo levemente o nariz quando viu que não era Taehyung enchendo seu saco, mas sim Hoseok.

 

Horseok (3:41)

Cadê você?
           Precisamos conversar.
           Posso ir até a sua sala?
           Vou levar alguém comigo, ok?
 

KimChim (4:02)

Sala de prática.
O que aconteceu?
Quem você vai trazer, Seok?

           

Antes que pudesse mandar ou receber qualquer outra notificação, a porta de sua sala fora aberta e a voz animada de Hoseok era nítida. Virou-se sorrindo para o amigo, levantando seu corpo em um pulo antes de, vagarosamente, ir desacelerando os passos. Como o Jung havia dito, ele não viria sozinho. Só que Jimin não esperava sentir aquele cheiro, ver aqueles olhos e encontrar um Jeongguk tão acanhado quanto si mesmo. O mesmo acenou timidamente, quase não lhe parecia o alfa cheio de si da outra noite.

Continuou andando, lento e receoso, acabando por ser abraçado com certa força pelo amigo de fios negros que dizia algo que não fazia muito sentido em sua cabeça. Fitou o mais novo por cima do ombro de Hoseok, engolindo em seco quando o contato fora compartilhado por ele.

— Você demorou pra responder as minhas mensagens, nós estávamos com pressa. — Jung disse, gesticulando com as mãos.

— Eu estava treinando, acabo esquecendo de checar o celular. — deu de ombros, levemente sorridente. — Do que vocês precisam?

Tentava, ao máximo, não sentir-se estranho perto do mais novo.

— Bom... — Jeongguk começou, surpreendendo até mesmo Hoseok. — Eu vou começar com treinos aqui na empresa, não sei se você ficou sabendo. E o Hobi-hyung me contou sobre o festival que tem todo ano... Eu só queria saber se eu poderia treinar com você? Sim, isso. Talvez ser seu modelo de dança, não sei. Preciso me instalar em algum lugar já que vou ficar de vez por aqui.

“Vou ficar de vez por aqui.”

Sinceramente, Jimin tentava – naquele mesmo instante – lutar ao máximo contra si mesmo para não deixar as borboletas voarem por todo o seu estômago. Não admitiria para ninguém, mas aquela frase até mesmo aliviou alguma preocupação que nem ele mesmo sabia qual era.

Estava tão absorto naqueles pensamentos que nem se preocupou com o segundo problema daquela mesma fala de Jeongguk: ele queria treinar consigo. O rapaz queria ser um de seus modelos para a apresentação. Jeongguk queria passar horas no mesmo lugar que si, durante dias, semanas e, se bobear, meses.

Jimin não se sentia preparado para uma aproximação tão grande com alguém que deveria ficar distante de si e seu estômago tão sensível para com borboletas.

— Eu...

“Te foder deve ser maravilhoso, hyung.”

Não conseguia pensar direito, a voz de Jeongguk acabava confundindo seus próprios pensamentos, o carregando forçadamente até a outra noite, lembrando das coisas que o outro disse para si, perto do ouvindo, enquanto gemia ou o beijava com vontade.

“Você é tão lindo.”

— Chim, por favor! — Hoseok dizia, de forma manhosa. Piscou os olhos várias vezes, voltando sua atenção para o moreno praticamente desesperado em sua frente. — Você sabe que se ele estiver na sua coreografia, a empresa ajuda com as finanças e fica mais fácil para todos nós. Aliás, ele é nosso amigo, o Jeon aqui — bateu de leve nas costas do mais novo — fará o possível e o impossível para ajudar. Anos de intercâmbio tem de servir para isso.

Seus olhos passearam desde o rosto preocupado de Jung para o mais alto – e mais novo, imaginando se seria uma boa ideia aceitar tudo aquilo. Quer dizer, Yoongi e os outros já haviam concordado consigo... fora tudo apenas tensão sexual, desejo reprimido. Não aconteceria novamente, né? E Jungkook precisava do dinheiro, afinal, havia acabado de chegar na cidade depois de meses fora. Sem sua ajuda era possível que ele até mesmo voltasse para o interior, morando com a sua família.

Não o queria longe novamente, mesmo que não admitisse isso nem morto.

— Tudo bem, certo. — coçou os fios loiros e suados. — Quando podemos começar?

Jeongguk rapidamente o abraçou, não fora muito longo e nem ao menos apertado, afinal, a tensão entre eles ainda existia e nenhum dos dois negaria se fosse perguntado sobre. Mas só com aquele toque os cheiros foram sentidos, um sentimento estranho e forte dominando ambos os corpos. Os dedos compridos do alfa tocando sua nuca suada, um arrepio o atravessando quando a risada baixa dele fora escutada, um rebuliço agora nem tão desconhecido o atingiu de novo.

Fora exatamente aí que a tragédia grega de Jimin se iniciou.

— Quando você quiser, hyung.

Bem, tragédia grega era um tipo de drama teatral onde um herói trágico luta contra o fluxo natural dos acontecimentos. Mas esse fluxo é tão forte que o final é sempre o mesmo, onde o tal herói sofre todas as consequências por tentar controlar o fluxo, tentando alterar o destino. Jimin era o herói, mesmo que não tivesse se visto como alguém bom ou decente o suficiente para ter uma palavra tão forte como essa adicionada a si. Ele, inconscientemente, temia apenas pelo rumo de toda aquela ideia, afinal, se ele era o herói...

Ah. Todos já sabiam. Jeongguk era seu maldito destino.


Notas Finais


Bem, por enquanto é isso! Acham que tem futuro ou?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...