História 50 Shades Of Jungkook - Imagine - Red

2 Dias Atrás, De Noite, Seu Apartamento

Jungkook foi se trocar no banheiro, me dando privacidade. Suspirei, indo tomar um banho no banheiro que ficava em meu quarto.
Não conseguia nem relaxar. 
O simples fato de saber que Jungkook está solto e no mesmo apartamento que eu é estranhamente inquietante. Suspirei frustada depois do banho que só serviu para me deixar mais nervosa. Passei uma chapinha no cabelo, logo ligando o babyliss e fazendo cachos na ponta do mesmo. Fiz uma maquiagem simples, passei meu perfume favorito e saí do banheiro só de toalha. O vestido estava estendido na cama, o peguei, deslizando por meu corpo.
Subi naquele salto, e voilà!
Consegui sorrir com o resultado, o vestido caía bem em meu corpo, e a maquiagem parecia ter tons do próprio vestido.

Abri a porta, indo à sala. Encontrei Jungkook, já pronto. Ele estava de tirar o fôlego. 
O paletó, servia perfeitamente, delineando seu corpo mais perfeito ainda. Seu cabelo, levemente úmido, estava arrumado de um jeito extremamente provocante, sem contar em sua postura, encostada indiferente no balcão da cozinha. 
Ele segurava uma garrafa de vinho, bebendo sem taça, como se a casa fosse dele.

Meus passos, marcados pelo salto alto, chamaram a atenção do moreno. De primeira seu olhar foi para meu corpo, e me senti meio corada. Ele sorriu ladino, um sorriso mínimo, que não passou despercebido por mim, claro.

- está de tirar o fôlego - ele disse, sua voz, rouca provavelmente por causa do vinho seco, me fez arrepiar - nem sei como estou respirando...

Sorri com o elogio, me aproximando:

- então nós dois vamos morrer asfixiados.

Ele moveu o corpo, nos deixando mais próximos. Meu olhar estava inquieto, perdido tanto em seus olhos como em seus lábios, já o de Jungkook, estava fixo e imóvel em meus lábios. A atmosfera estava tensa, e por aquele mínimo segundo antes de Jungkook rir rouco e se afastar, pude esquecer nossas posições. 
Me senti desconfortável, ele se afastou de nosso quase-beijo, beijo do qual aparentemente eu estava disposta a dar. 
Ele levou a garrafa aos lábios, dando longos goles, e então me estendeu o vinho, me senti indecisa:

- eu... não bebo... - menti, olhando a garrafa.

- ah, _____, hoje é uma noite especial, você merece isso... - ele insistiu.

Quando vi, já estava rindo baixo, eu sempre fui muito sensível à álcool, e logo, estava bêbada. 

2 dias depois, Polícia

- o-o que?! O-o que eu fiz?! - minha voz demonstrava meu nervoso.

- Jeon Jungkook matou alguém, e foram encontradas as suas digitais no corpo, e as dele também - ele disse, simples - o cara era um ex-presidiário, muito famoso no mundo de Jeon.

- e além disso - o delegado continuou com minha sentença - você mentiu para o hospital, levando Jungkook para seu apartamento - ele ficou em silêncio por alguns segundos - vocês... dormem juntos?

'Sempre soube que você nasceu para isso'

- o que?! - arregalei os olhos - não! Ele...eu só... - abaixei a cabeça, presa em minhas mentiras.

Eu não podia contar, afinal tudo levaria ao fato de que só fiz isso porque Jungkook me ajudou a esconder um crime do qual EU havia cometido! Estou presa em minhas mentiras! Não vou conseguir sair!

- ele armou para mim... - murmurei, e vi pelo canto dos olhos, o delegado se levantar.

- levem ela para uma cela, vamos ligar para seu advogado e agendar o tribunal.

2 horas depois, Polícia

Eu observava minhas mãos, sujas e machucadas. Eu havia mesmo matado alguém? Me sentia horrível por isso.
Quando me formei, fiz um voto, eu iria me esforçar para salvar vidas. Mas aqui estou eu, matei alguém tentando salvar um louco.
Ele armou para mim, e não sei como não percebi. Aquele rostinho bonito e aquele sorriso provocante me cegaram.
E aqui estou eu, tentando ser positiva, sendo que minha carreira está arruinada, junto com toda minha reputação e vida.

- ei, você. - ouvi uma voz grossa, e levantei o olhar.

Um guarda, com cara de poucos amigos, me olhava:

- tem alguém aqui que quer te ver.

'Sempre quis te ver assim, querida'

Dito isso, ele saiu, e vi um homem entrar. Tive que forçar a vista para reconhecer, já que ele usava boné e casaco preto, o que cobria sua identidade. Era Ji-Hwan!

- o que faz aqui? - murmurei, me aproximando da grade.

- eu que devia perguntar isso, não acha? - ele sorriu ladino - vim te ajudar - ri sarcástica. 

- como? Vai abrir as grades, apagar os últimos dias e me dar uma segunda chance?

- não.... algo melhor - ele me olhou nos olhos - se lembra quando eu te disse que tenho contatos aqui... não lembra? - assenti e ele sorriu - posso apagar seu histórico, _____...

- como? E... de graça? - fiquei confusa - por que está fazendo isso?

- estou te mostrando quem é seu amigo nesse jogo - ele murmurou, e aproximou o rosto - mas não é gratuito.

- o que você quer? - Disse de prontidão, eu faria qualquer coisa para ter uma segunda-chance.

- quero que você pare de atender Jeon Jungkook.

Espera, mas porque? Me mantive em silêncio, encarando seus olhos escuros. Porque ele queria que eu parasse de atender Jungkook? Eu não podia! Estava quase desvendando tudo! 
Mas, porque estou me importando?! Ele armou para mim, mentiu, foi um canalha, e aqui estou eu, teimosa por não querer perder meu cliente... mas, por um lado, eu não posso jogar fora todos os meses de pesquisa, dúvidas e dores de cabeça de ganhei com ele. Eu aceitei o caso, e iria terminar, de cabeça erguida! 
Mas eu só conseguiria atender Jungkook, com meu currículo intacto, e para isso eu preciso de Ji-Hwan.

Se eu pedisse outra condição, iria ficar claro tudo que há entre nós. Ji-Hwan deve ter um motivo para me pedir isso. Ódio entre irmãos, talvez?

- não pode... ser outra coisa? - perguntei baixo, e o vi suspirar.

- vamos fazer assim... meu silêncio, em troca dos seus favores. Que tal? - ele disse indiretamente que queria que eu fizesse tudo que ele pedisse?! Onde eu fui me meter?! - ou isso, ou Jeon Jungkook.

- okay, feito! - murmurei.

Ainda não acredito que estou fazendo isso.
Ji-Hwan saiu, e em menos de 15 minutos, um guarda veio me soltar. Ele me olhava estranho, meio assustado. Deve achar que eu fiz alguma macumba para sair dali. Encontrei Ji-Hwan na recepção, onde ele me esperava.
Se despediu de alguns policiais ali, e fomos até seu carro. Respirei fundo assim que ele deu partida:

- não sei como te agradecer, Ji-Hwan.

- bom, eu tenho uma lista de coisas - riu sozinho - mas vamos começar com algo simples...

Dito isso, ele ficou quieto, e eu estava cansada demais para dizer algo ou questionar o sentido daquilo. Ele me deixou em casa, e estava me virando para sair quando senti sua mão quente segurar a minha. Voltei a sentar no banco, o olhando confusa. Me vi sendo fitava por ele intensamente:

- por favor... não se perca por causa dele...

Novamente eu não sabia como responder, então apenas assenti, saindo denovo.
Algo me diz que isso estava só começando.