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História 50 Shades Of Jungkook - Imagine - Blue


Escrita por: _Unknown__

Capítulo 3 - Blue


Fanfic / Fanfiction 50 Shades Of Jungkook - Imagine - Blue

Observo minha aparência cansada, refletindo no espelho. A maquiagem cara não ajudou à esconder a olheiras, e meu rosto estava inchado.

Eu havia pernoitado em uma tentativa de entender Jungkook, conseguir seguir o mesmo tipo de linguagem da dele.
Anotei em um papel do qual colei na ficha, algumas instruções. Nunca desviar o olhar; Observar postura; Responder com perguntas; Pedir justificativas.
Eu realmente espero que com isso eu consiga pela primeira vez sair com alguma coisa que vá ser útil para a polícia, que já estava duvidosa de meu trabalho.

Saio do banheiro do hospital, dando uma olhada rápida em meu relógio. Eu ainda tinha 10 minutos para precisar começar a consulta. Mas quero ir antes, assim posso conversar com ele... sem gravadores.

Assim que entro no "quarto", Jungkook já estava sentado em sua cadeira, como nas outras consultas. Cantarolava uma melodia de ninar macabra, e brincava com as sombras que a lâmpada acima de nós formava na mesa de metal.

Tirei meu casaco, e me sentei. Ele continuou cantando, mas levantou o olhar até mim. Parou de cantar, mas percebi que batia o dedo na mesa, em um intervalo de 1 segundo.
Pigareei:

- iremos começar a consulta, sem gravadores. Temos 8 minutos até eu precisar ligar, então seja colaborativo comigo, Jungkook.

Ele assentiu lentamente mordendo os lábios, e aproximou o corpo da mesa, sorrindo largo:

- não acha isso... errado? - ele falou devagar.

- não. Se perguntarem digo que estava arrumando minha ficha. - falei simples.

- mas isso não seria mentir, querida?

- ninguém é santo, Jungkook.

Ele riu alto, batendo palmas. Me assustei de leve, mas resolvi começar logo. Eu estava a perguntar, quando sua voz insana me cortou:

- me fale sobre você. - eu ia retrucar quando ele rebateu - me fale sobre sua vida.

- Jungkook, eu... - eu estava a negar, quando pensei em algo - okay. O que quer saber?

- bom... o que nós queremos saber é um mistério, querida - um sorriso ladino surgiu em seu rosto e seu olhar se perdeu - mas, irei começar, com uma simples pergunta - ele me olhou nos olhos - o que acha de mim?

Pensei um pouco, e respondi simples:

- um louco.

- e...?

- um louco. Apenas um louco.

- abra os olhos _____, sabe que sabe mais que isso. - ele falou e eu respirei fundo.

- um louco insano que não sabe a diferença entre a realidade.

Ele riu alto. E logo percebi que tínhamos que começar a consulta oficialmente. Liguei o gravador, começando a perguntar:

- todas as pessoas que você matou... não passam de uma ficção?

Ele sorriu malicioso e então cruzou os braços:

- pergunte isso à pessoa morta atropelada no natal de 2010, na rodovia principal de Nova York, onde, bem, as crianças "festejavam" o natal, dando biscoitos aos viajantes.

- foi você?

- uh? - ele franziu a testa - não disse isso, não tire conclusões precipitadas.

- mas você me falou isso. - rebati.

- você intuiu isso - ele apontou sua cabeça - nunca pense demais.

- o que quer dizer com pensar demais?

Ele fechou o punho, de repente impaciente. Abaixou o rosto e então me olhou, seu olhar mortal:

- nunca pense demais, _____. Nunca pense demais. Nunca deixe voar. Nunca perca. Nunca pare. Nunca deixe. Nunca enlouqueça - ele falou e começou a rir, mas vi lágrimas em seus olhos - nunca enlouqueça! Nunca perca! Nunca esqueça o sentido! Nunca pense! - ele falava animado e doido.

Eu estava estática, sua mudança de humor foi tão drástica que perdi todos os sentidos. Ele ria baixo, como se lembrasse de algo. Mas então seu sorriso morreu, e ele me encarou. O encarei de volta, mas não com a mesma sanidade.
Sua cabeça se curvou levemente para o lado, e ele sorriu minimamente:

- Kristal? - sua voz saía fraca.

- Kristal? Quem é Kristal? - ele parecia não me ouvir.

Riu alto:

-nunca enlouqueça! Nunca enlouqueça! Nunca enlouqueça! - seu olhar enfim parou em mim - tic tac tic tac tic tac! Corra! Nunca pense!

Dito isso ele se levantou, e me assustei. O movimento brusco assustou os guardas do lado de fora, que entraram alarmados.

Ele olhou para um deles, e manteve o olhar. Como a única médica ali, decidi tomar controle:

- Jungkook, sente-se e se controle.

Seu olhar foi para mim, e ele sorriu insano. Uma lágrima sem vida desceu por seu rosto, e ele se sentou, abaixando a cabeça, quase se curvando. Sua franja suada cobria minha visão de seu rosto, mas notei que ele murmurava "não enlouqueça" várias vezes bem baixo. Seu dedo ainda batucava a cada 1 segundo, e ele parecia tentar manter o controle.

Me senti mal, eu queria ajudar ele.
Ele estava tendo uma crise, eu queria ajudar. Eu estava me levantar, quando um dos guardas colocou uma das mãos em meu ombro direito:

- não faça nada. Ele é mortal. Iremos tranquilizar ele, mas melhor você ir.

Me senti dividida, o que era errado. Olhei pela ultima vez para Jungkook, e me surpreendi ao perceber que ele me olhava, os olhos vermelhos me pedindo socorro. Respirei fundo e arrumei minhas coisas, enquanto eu arrumava os guardas seguraram Jungkook, cada um segurava um braço do moreno.

Eu queria sair logo dali, eu estava confusa e assustada. Abri a porta para sair, mas olhei para trás pela última vez. Meu coração se partiu quando vi Jungkook grunhindo de dor ao injetarem um liquido negro nele.
Sua cabeça pendeu para o lado, sem vida.

Meu coração doía, minha garganta havia feito um nó, eu não conseguia me mover, por mais que soubesse o que iriam fazer com ele.

Percebi que ele estava ainda acordado, só imóvel, mas acordado. Ele sabia do que estava acontecendo, sabia que eu estava ali.

Os guardas o levantaram com um esforço,  e um deles me olhou:

- melhor ir logo.

Assenti e saí dali, ouvindo o gemido de dor de Jungkook ao receber um soco dos guardas.

Meu coração doía, e eu ia me esforçar para conhecer Jungkook.
Eu não ia ser a rival dele.
Eu seria uma aliada.


Notas Finais


Buguem


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