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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Pink


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Me sinto lisonjeada por ter leitores tão adoráveis quanto vocês. Obrigada pelo carinho, e comentários incentivadores.

Espero que gostem! Fiz de coração.

Capítulo 3 - Pink


Minha mão direita estava fechada sobre minha perna, enquanto meu braço esquerdo estava colado em minha barriga, tentando evitar o contato com a mão dele, que repousava na minha coxa esquerda. Eu olhava pela janela, porém, nervosa, eu não via nada. Ficava apenas pensando na burrice que eu estava fazendo, mas agora não ia mais voltar atrás.

 

 Apesar de ele se vestir de maneira simples, seu carro era bonito e luxuoso. E eu sabia que para ter um veículo assim ele precisaria ter ao menos uma vida boa e estável. Por vezes, ele tirava sua mão de mim, apenas para trocar a marcha, que tinha a opção automática, mas ele parecia gostar de dirigir.

 

Estava frio lá fora e mais frio ainda dentro do carro, já que ele ligou o ar condicionado, e ainda assim sentia minhas mãos suarem. Pensei, por diversas vezes, em dizer que estava incomodada com a temperatura, mas preferi ficar quieta. Já me sentia constrangida o suficiente para uma vida inteira.

 

Fechei os olhos enquanto ele manobrava o carro na garagem de um motel, logo depois de ter falado com uma atendente pelo interfone. Me sentia extremamente estranha por estar naquele lugar, mais ainda com um desconhecido. Meu coração acelerava cada vez mais, e minhas mãos tremiam, ele parecia ser uma pessoa tranquila, e isso me deixava com menos medo, mas...!

 

Desci do carro quase tropeçando ao sair, estava desatenta e não sabia muito bem o que fazer, já que nunca tinha entrado em um lugar daqueles. Ele caminhou em minha direção, e por mais que eu quisesse me mover, meus pés não respondiam aos comandos do meu corpo. E eu fiquei parada enquanto ele apertava um interruptor na parede, atrás de mim. Me assustei com o barulho da porta da garagem que ia se fechando, e ele me olhou, sorrindo.

 

Ele era muito atraente, e eu sentiria excitação por ele, com certeza. Porém por mais que eu tentasse parecer desenvolta, não conseguia. A vergonha estava tomando conta de mim sem minha permissão. Ele pegou em minha mão, me guiando até uma porta pequena e abriu a maçaneta, que fez um pequeno barulho, destravando.

 

Colocou a mão para dentro e acendeu a luz, me puxando para entrar primeiro. O lugar era lindo, a cama redonda estava impecável, e tinha uma televisão enorme embutida na parede. Havia espelhos por toda extensão das paredes laterais e no teto, aquele quarto deslumbrante me encantou, mas pensar em estar nua no meio de tantos espelhos me refletindo me deixou com as bochechas ardidas de vergonha.


 

 — Pode ficar à vontade. — Sua voz calma capturou minha atenção, ele soltou minha mão após terminar de falar e foi direto à um frigobar, pegando uma das garrafas pequenas de bebida quente que tinha dentro dele. — Quer beber alguma coisa?

 

 — Água, por favor. — Tentei parecer o mais segura possível e, apesar de estar deslumbrada com a suíte presidencial, fingia não me importar muito com aquele luxo. Ele me entregou a água, tocando meus dedos suavemente, e um arrepio percorreu meu corpo com aquela sensação. Olhei no fundo de seus olhos, colocando o copo na boca e matando minha sede, mantendo o nosso contato visual. Olhar aquele homem lindo me admirando fez com que meu ego crescesse dentro me mim.

 

 Ele pegou o copo da minha mão e se virou para pôr em cima do frigobar, e eu comecei a andar para o outro lado do quarto, até uma porta de vidro, passando por uma linda banheira redonda de hidromassagem que ficava no canto do quarto. Quando me aproximei, a porta se abriu sozinha, e do lado de fora havia uma piscina e um chafariz. Um dos corredores laterais davam para uma porta com uma placa escrito Sauna.

 

Tremi ao ouvir um barulho e quando olhei para o lado ele estava sem camisa, apertando um botão, e o teto da área começou a se recolher. Olhei para cima, admirando as estrelas que começaram a aparecer graciosamente. Seus braços envolveram minha cintura por trás, e quando olhei por cima de meu ombro vi seus músculos definidos, que me apertavam contra ele.

 

Estava nervosa e queria terminar logo com aquilo. Me virei para olhá-lo, e sua face estava serena, abracei seu corpo, inclinando um pouco a cabeça à espera de um beijo, que veio sem demora. Tentava esvaziar minha mente de todos os meus problemas e aproveitar ao menos um pouco aquele momento diferente que estava tendo.

 

Ele passou a mão pelo meu ombro, tirando de mim a pequena bolsa que ainda carregava. Me senti muito envergonhada quando moedas tilintaram, quando ele pousou meu acessório em cima de uma cadeira de praia branca feita de madeira que tinha ali perto de nós. Mas ele parecia não se importar com nada, apenas continuou me beijando.

 

Sua boca era gentil e suave, e suas mãos passeavam pelo meu corpo, me causando arrepios inesperados. Ele era paciente, e quando eu começava a acelerar o ritmo, sentia ele me apertar um pouco, como sinal de repreensão. Era quase como se ele estivesse tentando me ensinar a fazer aquilo como ele gostava. E eu comecei a relaxar o quanto podia meu corpo, precisava começar a me acostumar com aquilo se quisesse seguir com meu plano.

 

Comecei a passar suavemente minhas mãos pela barriga sarada dele, e seus lábios puxaram um pouco de ar, como se ele tentasse conter um gemido, continuei então com as carícias, percebendo que ele estava gostando. Mordi sem querer a boca dele, e arregalei os olhos, mas em vez de uma bronca, ele me puxou firmemente para seus braços, me apertando ainda mais contra seu corpo.

 

Sua excitação estava visível, e apesar de já estar molhada, quase não conseguia sentir nada por conta do nervosismo. Ele começou a beijar meu pescoço, movimentando um pouco o corpo enquanto arrastava os lábios em minha pele. Meus pés estavam presos ao chão, e minhas pernas tremiam um pouco pelo tesão que aquilo estava me arremetendo.

 

Sua mão tocou minha pele por debaixo de minha blusa e, num impulso involuntário, empurrei ele para longe de mim. Ele fez uma cara estranha, tentando entender minha atitude, e desconcertada entreabri minha boca, pensando em alguma desculpa, mas achei que talvez fazer fosse melhor do que falar.

 

 Comecei a tirar minha blusa, agradecendo mentalmente o fato de estar vestindo uma lingerie descente que combinava com a parte de baixo, que Hinata havia me dado. Olhei para ele enquanto jogava minha peça de roupa no chão, e a postura dele estava mais relaxada. E sua mão direita estava sobre sua calça, apertando seu membro rijo.

 

 Abri os três botões que minha calça tinha e comecei a descer o jeans lentamente pelo meu corpo, empinando um pouco minha bunda para provocá-lo um pouco. Ele estava com um sorriso tão gostoso nos lábios que eu já me sentia até mais confortável. Ele caminhou até mim, e eu levantei meus braços, os enlaçando em seu pescoço enquanto ele me abraçava forte pela cintura, ainda dando passos, me fazendo andar de costas, às cegas.

 

 — Nossa, você é muito gostosa. — Abri um sorriso com aquelas palavras, e quis retribuir o que ele tinha dito.

 

 — Você que é uma delícia. — Ele parou e se afastou do meu corpo, apenas um pouco, balançando a cabeça e analisando minhas curvas. Aquilo foi vergonhoso. Sentei na cama, me lembrando de todas as coisas que Ino havia me dito fazer com os clientes dela. Achava um pouco nojento ouvir ela falar de sexo tão abertamente, mas agora todas aquelas conversas íntimas me serviriam para alguma coisa.

 

Abri as pernas, enquanto ele se aproximava de mim, encaixando seu corpo entre minhas coxas. Olhei em seus olhos e, tremula, comecei a abrir o feche da calça dele. Pelo espelho, podia ver minha bochecha vermelha, mas tentava parecer o mais normal possível. O pau duro dele saltou para fora quando abaixei sua roupa. Aquilo era tão...!

 

 Senti um grande desespero dentro de mim, e lágrimas se formaram em meus olhos e eu fechei as pálpebras para que ele não percebesse minha inexperiência. Ele apoiou a mão na minha cabeça, enquanto eu ia com a boca aberta de encontro a seu membro. Aquele sabor diferente fez os pelos do meu corpo se arrepiarem, mas já estava quase que na metade do caminho, não podia dar pra trás!

 

Juntei bastante saliva na boca, para facilitar meus movimentos, que eram lentos e desajeitados. Mas ele parecia estar gostando, a julgar pela maneira que gemia. Comecei a fazer movimentos de vai e vem, e quando já sentia meu maxilar doer de tanto ficar daquele jeito, forcei seu pênis até o fundo de minha goela, quase me arrependendo depois por conta de um engasgo esquisito que soltei.

 

Olhei para ele, limpando com a língua o molhado de minha boca, e ele parecia estar ensandecido com meus gestos bobos. Pelo jeito, mesmo não sabendo, estava fazendo as coisas ao menos um pouco certas para ele me olhar daquele jeito. Ele apoiou o joelho na cama e eu comecei a recuar até escorar na cabeceira.

 

De frente para mim, ele passou as mãos sobre minhas pernas, até que seus dedos tocassem minha calcinha. Ele começou a deslizar o tecido pelas minhas coxas, e num ato impensado coloquei minha mão direita na minha boceta. Ele riu, mordendo os lábios com aquilo.

 

 — Não faz isso — ele falou, excitado, e eu já entendia o que ele queria dizer. Já havia me tocado antes, e apesar de estar sem graça resolvi que faria um pouco para ele. Tinha que perder minha vergonha de uma forma ou de outra se fosse me tornar uma acompanhante mesmo.

 

Abri minhas pernas, com o coração quase saindo pela boca, e ele se ajoelhou na cama, olhando fixamente para minha boceta melada enquanto começava a se masturbar. Friccionei meu dedo médio no meu clitóris, olhando para a cara safada e gostosa que ele fazia, gemendo com a minha audácia. 

 

Comecei a relaxar um pouco meu corpo, reclinando minha cabeça sobre um travesseiro que estava atrás de mim. Minha mão trabalhava agilmente, enquanto, calada, ouvia o barulhinho que ele fazia se masturbando.

 

   — Porra, Sakura, você está me deixando maluco. — Abri um sorriso com as palavras dele e tremi, abrindo os olhos, sentindo suas mãos tocando minhas coxas. Ele estava descendo seu copo em direção a minha intimidade. E eu estava quase morrendo de vergonha com a situação em que estava, mas precisava me entregar por completo.

 

Sua língua áspera tocando meu clitóris foi a melhor sensação que já tive. Ele apertava minha bunda com força, pressionando a cabeça no meio das minhas pernas. E mesmo com vergonha, acabei gemendo, sentindo o orgasmo mais gostoso que já tive em toda minha vida sendo sugado pela boca dele.

 

Estávamos ofegantes, e eu quase não conseguia abrir os olhos direito para encará-lo. Senti um puxão na minha cintura, e meu corpo foi para baixo, ficando deitado agora. Queria pedir para ele ter cuidado comigo, e dizer que ainda era virgem. Mas preferi ficar quieta para não ver o homem irritado comigo. Ele esticou a mão, pegando uma camisinha que estava em cima do criado mudo, e fiquei olhando para o lado, sem graça, enquanto ele colocava a proteção. Tudo era tão estranho e prazeroso.

 

Seu corpo desceu sobre o meu, posicionando seu pênis na minha entrada. Fechei os olhos com força enquanto ele deslizava para dentro de mim, soltando sôfregos gemidos no meu ouvido. Estava ardendo e doendo um pouco, e comecei a arranhar as costas dele, porém tirei rapidamente minhas unhas da carne do homem ao lembrar que Ino disse que eles não gostavam muito disso.

 

— Você é muito apertada — ele disse, começando a se movimentar devagar dentro de mim enquanto eu fechava meus olhos com força, tentando reprimir a ardência, a dor. Ficamos dessa forma por um tempo, e eu já estava começando a me acostumar com suas investidas. E, com o corpo um pouco mole, olhei para a face do homem que se ajoelhava, puxando meu corpo. Me levantei e fiquei de quatro para ele, olhando para trás e soltando um gritinho em seguida, com o tapa que ele me dava enquanto começava a meter mais uma vez em mim, porém mais devagar agora.

 

Comecei a sentir muito calor, mesmo com o ar condicionado. Minha respiração estava descompassada e meu corpo se movimentava de acordo com o vai e vem que ele fazia. Estava sentindo muito tesão naquele momento, e minhas pernas bambearam quando contrações musculares tomaram minha boceta, liberando meu gozo. Nunca imaginaria que conseguiria isso um dia, não na primeira vez, ao menos.

 

Inclinei meu corpo, me deitando parcialmente na cama, ainda de quatro. Ele soltou um alto gemido com a minha posição escancarada e começou a deslizar seu dedo no meio da minha bunda. Eu sabia exatamente o que ele estava querendo, e morria de medo daquilo. Mas para encarar a vida de acompanhante eu precisaria me libertar de todos os receios que tinha na cama.

 

— Faça — pedi incerta, olhando-o por cima dos ombros.

 

Sua face, suada, estava com fios de cabelos presos pelo rosto, mas ele parecia não se incomodar. Se deitou um pouco sobre meu corpo, pegando, com um pouco de dificuldade um vidro pequeno que estava em cima do criado. Curiosa, olhei para trás, vendo ele abrindo a embalagem do vidro, ainda dentro de mim, mas sem se movimentar.

 

Revirei os olhos ao sentir o líquido gelado escorrer sobre minha carne quente. Abaixei minha cabeça, a apoiando na cama e fechei os olhos, com medo do que estava por vir. Ele começou a se movimentar novamente, arrancando gemidos de mim. E depois de alguns segundos, senti seu dedo indicador entrando no meu ânus.

 

Apesar de estar apavorada, não sentia dor, apenas um incômodo. E depois de algum tempo, aquilo até que ficou bom. Seu pênis bombando em mim enquanto seu dedo entrava e saia do meu cuzinho. Ele retirou o dedo de lá de dentro, e apertou seu pau com força dentro da minha boceta. Senti seu pau latejar um pouco dentro de mim, mas não estava entendendo bem o que acontecia.

 

Olhei mais uma vez para ele, enquanto sentia seu pênis saindo de dentro de mim e quase falei besteira ao ver ele tirando a camisinha gozada, a amarrando e jogando no canto. Achei que ele ia tentar fazer sexo sem proteção, mas me contive ao ver ele pegando mais uma e vestindo. Posicionou seu pênis no meu ânus, proferindo um palavrão, que me pareceu muito gostoso na hora.

 

 — Porra...

 

Estava doendo aquela pressão que sentia na minha bunda, e aparentemente nem tinha entrado tudo. Suas mãos me abriam para ele, enquanto ele olhava atentamente o seu pau que entrava com muita dificuldade dentro de mim. Mordi meus lábios, contendo a dor que estava sentindo e, tentando acabar de uma só vez com aquele sofrimento, joguei meu corpo para trás. Me senti sendo rasgada naquela hora.

 

Ele ficou parado por um tempo, ofegante, como se me admirasse. E eu agradecia mentalmente por isso, pois pelo menos assim tive tempo de sentir aquela dor amenizar um pouco. Ele começou a se movimentar, e eu sentia meu cu apertando o pau dele. Respirava fundo, tentando relaxar o máximo possível, mas estava ardendo muito aquela fricção.

 

Senti mais do lubrificante caindo em cima de mim, e aquilo foi um alívio. Ele colocou sua mão na minha barriga, e começou a descer até parar em meu clitóris, sem parar seus movimentos. Seu toque estava começando a desviar minha atenção, e eu já começava a sentir prazer novamente. Os barulhos de nossos corpos me deixavam ainda mais excitada. Eu estava começando a agostar de tudo aquilo.

 

— Mais forte — implorei, me referindo aos movimentos que ele fazia com o dedo em meu clitóris. Só que me arrependi um pouco, pois não foi só isso que acelerou, mas também suas estocadas em meu ânus, que já estava sensível com tanta pressão, parecia que eu ia morrer no começo. Depois de um tempo, comecei a sentir que gozaria, e rezei para que ele fizesse isso também para acabar com aquilo logo. Estava muito bom, mas também ardia, afinal... era minha primeira vez.

 

Comecei a gozar e gemer feito uma cachorra no cio, fiquei até envergonhada. Mas não estava conseguindo conter o tesão que sentia, e ele parou os movimentos, como da última vez, gozando de novo. Meu coração estava acelerado, e eu senti ele segurando uma de minhas pernas com intuito de me deixar reta na cama. Entendendo o que ele queria, fiquei deitada de bruços, sentindo o corpo dele se abaixar junto com o meu, se deitando sobre mim, sem tirar seu pênis de dentro da minha cavidade.

 

Minha cabeça viajava por vários lugares, enquanto ele ofegava e beijava minha bochecha. E apesar de todas as circunstâncias, o sexo com ele foi muito mais gostoso do que eu imaginava. Comecei a pensar no que Ino tinha me dito; sobre os homens serem carentes, e resolvi testar a teoria da minha amiga.

 

 — Você é incrível. Gosto de você. — Ele saiu de cima de mim e deitou ao meu lado, olhando meus olhos.

 

 — Acabamos de nos conhecer, como pode gostar de mim? — indagou num sussurro, e não sabia bem como respondê-lo, então, apenas disse o que veio à minha mente:

 

 — É só o que eu sinto, Itachi. — Me arrepiei ao perceber que essa havia sido a primeira vez que pronunciei o nome dele em voz alta, e ele fechou os olhos, puxando meu corpo para um beijo. Era estranho demais estar nua na frente de um homem pela primeira vez. Mas tentava ficar na minha, fingindo não ligar.

 

 Fomos juntos para o banheiro, e eu estava morrendo de vontade de fazer xixi. Ele entrou debaixo do chuveiro, e, sem graça, fechei o box do banheiro, vendo a expressão de estranheza na face dele. Me sentei no vaso, e liberei o xixi devagar, com vergonha caso ele fizesse muito barulho. Estava rindo internamente daquela situação.

 

 Fui para o chuveiro depois, sentindo os beijos dele em meu ombro. Ele era bastante carinhoso e muito sossegado. Conversamos um pouco sobre bobagens. E ele pediu meu número, mas eu menti, dizendo que não estava com meu celular e que não sabia meu número de cor. Ele pareceu um pouco desacreditado, mas não insistiu. Fui para fora e peguei minha bolsa para ir embora, e ele achou aquilo estranho.

 

— Não quer ficar a noite? — ele perguntou, se sentando na cama.

 

   — Não, eu tenho um compromisso amanhã cedo.  

 

Ele balançou a cabeça positivamente.

 

 — Eu te levo.

 

 — Não precisa — falei um pouco assustada, com vergonha da minha casa e do meu bairro sem estrutura. Olhei para o relógio e quase enlouqueci ao ver que já passava de uma da manhã, o metrô já não estava funcionando mais. — Bom, se você puder, queria que me deixasse em um ponto de ônibus.

 

 Ele riu, e insistiu em me levar para casa, mas eu não aceitei. Fui embora toda ardida, mas estava me sentindo bem com tudo o que tinha acontecido, repassando todas as cenas em minha cabeça. Desci do ônibus e fui rápido para casa, me jogando na cama, sem sequer trocar de roupa. Estava exausta demais.

 

 

 Acordei com meu celular tocando, era nove da manhã, mas ainda sentia muito sono. Fechei os olhos novamente, pegando meu telefone que estava ao meu lado na cama e o atendi, encolhendo meu corpo um pouco por conta do frio matinal que sempre sentia nessa cidade gélida.

 

 — Oi! — falei com a voz arrastada.

 

— Ei, testuda! Já liguei para você umas mil vezes. — Me sentei rápido ao ouvir minha amiga, fingido não ter ouvido o bulling dela.

 

 — Ino, você está muito ocupada?

 

 — Não muito, por quê?

 

— Vem aqui em casa, rápido. Eu tenho que falar com você!

 

 — Tá, mas o que é?

 

 — Por favor, não demora — pedi, desligando o telefone na cara dela e correndo para o banheiro tomar um banho.

 

 Quase uma hora depois, estava andando de um lado para o outro na minha casa pequena. Nervosa e louca para pedir Ino que me apresentasse para a mulher que a gerenciava. Dei um pulo ao ouvir as batidas na porta e corri para atender. Com um sorriso enorme no rosto, mandei minha amiga entrar em minha casa, mas ela parecia não entender nada.

 

 — O quê? Sakura, você está ficando doida? — ela disse espantada ao me ouvir dizer que queria trabalhar no mesmo ramo que ela.

 

— Não, Ino, eu não estou — disse revirando os olhos.

 

— Mas você não é virgem?

 

 — Essa é uma história para outro dia. Agora, preciso que você me ajude, por favor.

 

Não quis contar para ela como perdi minha virgindade por motivos óbvios. E depois de muita discussão e briga, ela concordou em me apresentar Mei Terumi. Bufando, ela pegou o celular e foi para fora da casa, ligando para alguém. Eu já estava quase arrancando meus cabelos de tão nervosa. E depois de demoradas meia hora ela voltou com uma cara nada satisfeita.

 

— E aí? — perguntei, torcendo para que estivesse tudo certo.

 

 — Se arruma rápido e coloca uma roupa bem bonita que nós vamos almoçar com ela.

 

 — Hoje? — Arregalei os olhos.

 

  — Sim, hoje, e se prepara, porque se tudo der certo é bem capaz de você já poder fazer as fotos para o site depois do almoço.

 

— Mas tão rápido? — perguntei, abrindo meu guarda roupa minúsculo.

 

 — É porque hoje é sábado, e ela disse que está mesmo precisando de meninas novas.

 

 Ino me ajudou a escolher a roupa que eu ia vestir, e fiquei me sentindo um pouco ridícula na saia social preta e blusa, também social, branca. Por baixo estava com uma lingerie preta de renda, e coloquei um salto enorme, que só tinha usado uma vez na vida. Me olhei no espelho e fiquei surpreendida com o resultado, apesar de parecer mais séria e velha, estava realmente bonita.

 

Ino chamou um táxi, e fomos até a paulista, caladas. Mas ela não parecia estar chateada comigo. Entramos num restaurante chique e bastante sofisticado. E eu tentava parecer o mais natural possível com tudo aquilo.

 

 — Querida, você já fez algum programa? — A linda mulher de cabelos ruivos e olhos verdes perguntou, enquanto levava seu garfo até a boca.

 

 — Nunca — respondi secamente, olhando para Ino, que estava em outra mesa, sentada com um rapaz de óculos e uma garota ruiva como Mei, mas com o cabelo mais curto.

 

— E você tem certeza que quer fazer isso?

 

 — Tenho, sim.

 

 — Bom, Sakura. Nós temos um site onde os clientes entram para escolher a garota que mais o afeiçoa. Alguns homens gostam de garotas fixas, e se qualquer um desses gostar de você, eles podem acabar se tornando um cliente permanente. — Eu ouvia atentamente as palavras da mulher, sentindo meus pés doerem no salto que estava calçada. — E é necessário que você tome anticoncepcional, mesmo se optar por apenas transar com camisinha, para evitar transtornos. — Ela fez uma pausa, olhando para a mesa do lado, e depois voltou a me olhar. — Você está disposta a fazer um ensaio fotográfico hoje?

 

— Depois que eu fizer o ensaio, já vou começar a receber os clientes? — perguntei, pensando no dinheiro que eu tanto precisava. Ela sorriu um pouco antes de começar a falar novamente.

 

— Bom, depois das fotos, você vai poder escolher as que mais gostou para irem para o site. Lembrando que, para sua segurança e privacidade, seu rosto não aparecerá em nenhuma delas. Depois disso, você pode escrever uma mensagem para os homens que visitarem seu perfil ou simplesmente deixar a mensagem do site mesmo, como a maioria das garotas fazem.

 

 — Entendo.

 

 — Quando aparecer algum cliente para você, eu te envio a foto dele, junto com o perfil do mesmo. E se você se interessar eu passo seu telefone para ele.

 

 Ino, Karin, a garota ruiva que estava com ela na mesa, Chojuro, o rapaz de óculos, e eu fomos para o quarto de um hotel, ao lado do restaurante, para fazer as fotos. Ino me disse que Karin era a melhor acompanhante do site e que sempre pegava os melhores clientes. Só que era uma cobra, e eu deveria ficar esperta com ela.

 

 Entramos no quarto, que era muito bonito, claro e limpo. O garoto ficou montando o equipamento dele enquanto Karin estava sentada numa cadeira ao lado, olhando para Ino e eu que conversávamos sobre meu nervosismo por conta daquele momento diferente que estava passando. Para minha sorte, Ino disse que eu não ia precisar ficar nua, as fotos eram apenas para aguçar a vontade dos clientes a me contratarem.

 

 — A Mei pediu a Karin para te ajudar com as poses, já que ela é uma das garotas mais desenvoltas que temos — o rapaz falou, sem graça e inseguro.

 

— É, mais vai ser difícil achar uma posição boa para uma garota gorda que nem você. — A idiota não falou brincando, ela estava séria, como se eu fosse uma baleia. Não tinha culpa de ter bunda grande, mas minha barriga era sequinha e pelo menos não era uma magrela esquelética que nem ela. Ino e o rapaz ficaram desconcertados com a garota que parecia intimidá-los. Mas ela não faria isso comigo, não tinha chegado até ali para ser tratada dessa forma por ninguém. Olhei para Chojuro, que limpava a garganta quebrando um pouco aquela tensão.

 

 — Se você quiser, pode escolher uma música para te ajudar a relaxar. — Abri um enorme sorriso, pensando num som perfeito para esse momento. Peguei, com um pouco de vergonha, meu celular simples e conectei ele no computador do garoto, que tinha uma caixa de som extra, e escolhi a música que queria. Ele pediu para que eu fosse para o sofá que ficava de frente para a janela e começasse a me posicionar para as fotos. Vi a ruiva nojenta vindo em minha direção, desfilando, e logo reagi.

 

 — Não preciso da sua ajuda. — A garota ficou com as bochechas vermelhas na hora, e vi Ino rindo no cantinho do quarto.

 

Because you know

I'm all about that bass

'Bout that bass, no treble

I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble

I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble

I'm all 'bout that bass, 'bout that bass.

 

Sapeca, me joguei no sofá com as pernas cruzadas, subi um pouco minha saia e abri os primeiros botões da minha blusa, deixando um pedaço do meu sutiã à mostra. Encostei minha cabeça no sofá, pensando apensas na raiva que senti de Karin me chamando de gorda. Abri os braços, os escorando no encosto do sofá enquanto sentia os fleches em mim.


             Yeah, it's pretty clear,

I ain't no size two But

I can shake it, shake it Like

I'm supposed to do

'Cause I got that boom boom that all

The boys chase

All the right junk in all the right places

I see the magazines

Working that photoshop

We know that shit ain't real

C'mon now, make it stop.

 

Fiquei de quatro no sofá e ergui minha saia um pouco mais, até que um pedaço da minha bunda ficasse à mostra. Empinei mais um pouco o glúteo, olhando provocantemente para a ruiva, que me encarava com os braços cruzados. Depois, ainda de quatro, me agachei no sofá, fazendo com que minha saia quase estourasse em meu corpo.


            If you got beauty beauty just

Raise 'em up

'Cause every inch of you is perfect

From the bottom to the top

Yeah, my momma, she told me

Don't worry about your size She says:

Boys like a little more booty

To hold at night

 

Fui para trás do sofá e levantei minha blusa, amarrando ela embaixo do meu seio, tirei meu sutiã, deixando os biquinhos aparecerem um pouco por conta da transparecia da blusa branca de tecido fino, e mais uma vez os fleches piscavam para mim. Olhei para Ino, e ela balançava a cabeça como se não acreditasse em como eu estava transformada. A verdade era que a noite passada tinha feito de mim uma pessoa melhor, e agora que estava descobrindo minha sexualidade, e iria usá-la ao meu favor sempre que possível.


             You know

I won't be no stick figure

Silicone Barbie doll

So, if that's

what's you're into

Then go ahead and move along!

 

 As poses seguiam quentes e provocadoras, e eu já começava a me excitar comigo mesma naquela loucura incrível que estava enfrentando. Não sabia bem por que, mas as lembranças da noite que tive com Itachi estavam inundando minha mente. Eu queria mais daquilo, mais daqueles olhares devoradores que ele lançava para mim. Só esperava que todos os meus futuros clientes me olhassem daquela maneira.


             I'm bringing booty back

Go ahead and tell them

Skinny bitches, hey

No, I'm just playing

I know you Think you're fat

But I'm here to tell you

Every inch of you is perfect from

The bottom to the top!

 

 O ensaio fotográfico estava fluindo com facilidade, e tudo em mim parecia gostar de receber aquela atenção e olhares abobalhados. Não aguentando a pressão, Karin saiu pisando alto do quarto e bateu a porta com força. Olhei para Ino, que ria muito com a situação, e Choujuro estava com suas bochechas vermelhas. Mas eu não ligava, apenas continuava. Não fiquei nua em momento algum, mas se tivessem pedido para que eu ficasse, acho que não recusaria.

 

Depois fomos escolher as fotos, e era muito difícil, porque eu precisava de apenas dez para o site, porém tinha gostado de quase todas as cinquenta que foram tiradas. Entreguei a máquina na mão de Ino, confiando em seu bom gosto, e pedi para que ela fizesse o favor de escolher as melhores para mim.

 

Me sentei no computador de Choujuro e comecei a pensar se deveria ou não deixar uma mensagem pessoal para as pessoas que visitassem meu perfil. Depois de muito matutar, resolvi que eu deveria ter um diferencial, e isso tinha de começar desde o momento da minha apresentação aos meus futuros clientes, e aproveitei para adicionar meu nome fictício para eles.

 

Estar com alguém que tenha a capacidade de lhe mostrar o mundo de outra forma pode ser algo revelador. Como sua acompanhante, me proponho não só a estar por perto, como também a lhe dar a oportunidade de conhecer um lado totalmente diferente das coisas junto de uma pessoa que esteja disposta a lhe proporcionar uma experiência o mais próximo possível de um relacionamento amoroso real.
Pink


Notas Finais


É isso aí genteee!!!

Música usada:
All About That Bass
Meghan Trainor


Minha Itasaku >>> https://spiritfanfics.com/historia/coracoes-divididos--sakura-e-itachi-itasaku-6796287

Bjnn


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