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História A aposta - Socializando com o inimigo


Escrita por: LuuucyCaboosey

Capítulo 2 - Socializando com o inimigo


POV ALAN

O dia já estava terminando Jonny e Jeff já tinham ido embora, decidi  então colocar meu plano/aposta em prática, fui direto ao jardim, sabia que ela estaria lá, Kammy sempre deixou claro seu ódio por mim e sua paixão pelo jardim de minha casa. Avistei ela de costas sentada em um balanço, estava concentrada no livro em sua mão, tossi para chamar sua atenção, o que a fez levar um susto e cair na grama do jardim.

— O que você quer? - foi seca e grossa 

— Bom eu moro nessa casa... Então eu posso andar pelo jardim - falei num tom de brincadeira, ela apenas me olhou feio e deu de ombros, parecia que ia ser mais difícil do que pensei.

—Kammy, eu gostaria da sua ajuda 

—Minha ajuda? - respondeu surpresa e desconfiada 

—Sim, minhas notas nas aulas referente a matemática não estão boas, e eu sei que você e muito boa nisso - menti, eu cursava arquitetura e era ótimo em matemática.

—Hum, vamos ver seu entendi , você quer minha ajuda em matemática? no seu curso que você adora?- parou pra pensar um pouco - NÃO! e conta outra que essa não colou - realmente ela me odiava ou me conhecia muito bem.

Ela já ia saindo dali quando segurei seu braço e a puxei para perto, senti seu perfume e por incrível que pareça era bom, era doce combinava com ela, naquele momento senti um interesse diferente nela.

—Me solta seu idiota, ta me machucando - percebi que a segurava forte demais, me irritei também por ter me chamado de idiota, mas não podia brigar com ela, não agora.

—Desculpe-me, mas você sabe que não teria motivo de eu mentir para você - ela pareceu pensar e eu continuei- se você aceitar me ajudar eu posso te pagar, sei la, te dar algo em troca, podemos fazer essas ''aulas escondidos ninguém precisa saber que esta me ajudando - ela pareceu relaxar com essa ultima frase, ela sabia que eu não gostava de ser visto com os empregados, a única exceção era sua mãe Margarethe que me criou. 

—Posso te ajudar, não quero que me pague nada, quero apenas que... - ela suspirou- pare de me humilhar, você e seus amiguinhos, sou um ser humano Alan não mereço isso, nunca fiz nada de ruim pra você ou seus amigos - aquilo me acertou em cheio, nunca tinha pensado como poderia magoá-la aquelas brincadeiras, me senti um pouco mal com isso.

—Da minha parte não haverá mais isso, e vou tentar controlar o máximo o pessoal, tudo bem pra você? - ela apenas assentiu com a cabeça.

— Quando você quer começar com as aulas? - Kammy dizia mais tranquila

— Hoje mesmo, podemos começar as oito da noite? se não for te incomodar. 

—Ok, as oito estarei aqui.

— Aqui no jardim mesmo? - olhei em volta com desgosto - aqui e desconfortável, vamos fazer isso no meu quarto.

— Alan eu não posso entrar no seu quarto.

— Por que não? - perguntei curioso, e me arrependi logo em seguida. 

— Você me proibiu quando eramos crianças, disse que não era lugar de empregada - ela pareceu ficar com raiva e ao mesmo tempo triste. 

—E-u eu sinto muito Kammy, eu era criança não falei por mal -me sentia um completo idiota, e tinha acabado de perceber que eu tinha me tornado um completo idiota 

— Mesmo assim, não quero entrar no seu quarto, nunca, podemos estudar na minha casa , se você poder entrar no quarto da empregada - ela sorriu irônica.

—Tudo bem - apenas concordei, já tinha alcançado minha meta de babaca do dia.

—Então te vejo mais tarde Alan - apenas concordei com a cabeça.

POV KAMMY 

Tinha acabado de ajudar minha mãe a tirar a mesa do jantar, ela me deixou um beijo na bochecha e subiu para seu quarto, estava na sala esperando Alan chegar, isso se ele realmente vir, ainda não acreditei totalmente nessa historia de estar indo mal nas aulas, mas só o fato dele aceitar me deixar em paz me deixa contente. Ouvi seu carro parar em frente a minha casa, Alan pode ser um completo idiota, mas algo que admiro nele é sua independência, ele trabalha e compra suas coisas com seu dinheiro, acho que ele faz isso para mostrar ao pai sua capacidade.

Fui em direção a porta para recebê- lo, olhei atenta para os dois lados para ver se não era nenhuma brincadeira dele e de seus amigos, se bem que Alan não faria isso na minha casa, não com minha mãe aqui, se tinha uma coisa que minha mãe presava mais que seu serviço era o respeito que as pessoas tinham comigo e Alan sabia disso, também sabia que eu não contava para minha mãe sobre as humilhações que seus amigos faziam comigo pois sabia que ela pediria as contas na hora, e eu não queria isso, então aguentava calada.

—Boa noite - sorriu ele 

—Boa noite - fui grossa - cadê os livros?- olhei para suas mãos que não tinham nada.

— O quê? 

—Os livros Alan, precisamos de livros para estudar, de preferencia os da sua faculdade para ser mais exata - revirei os olhos- vi que realmente você precisa de ajuda.

— Ah sei la, eu não pensei nisso, podemos ver algo na internet xuxu, e para de ser tão estresse - ele disse já entrando em minha casa 

— Olha aqui, nunca mais me chame assim, não sou nenhuma dessas garotas que você sai e graças a Deus por isso, então tenha mais respeito comigo - disse quase o fuzilando com o olhar.

—Hey Kammy calma aê, foi só um apelido carinhoso, não falo mais - ele levantou as mãos como se tivesse se rendendo.

Ouvi minha mãe do andar de cima perguntar se tinha alguém aqui, não queria que minha mãe soubesse que estava ajudando Alan, então resolvi mentir 

—Não mamãe, é a TV que esta ligada - respondi alto para ela ouvir e Alan me olhou curioso 

—Por que não contou para ela?

— Não quero que ela pense que estamos ficando amigos, agora vamos subir em silêncio, apenar me siga sem barulho.

POV ALAN

Subimos para o quarto de Kammy, era todo decorado de roxo, bem feminino, a decoração era toda planejada e muito bonita, me perguntava como elas haviam conseguido pagar aquela casa.

—Kammy, posso te fazer uma pergunta?

—Pergunta normal pode , pergunta idiota não. - nossa ela era sempre tão grossa? ou era só comigo?  como pode uma garota com esse rostinho de anjo.

—Como conseguiram pagar esse casa ? - perguntei já com medo da resposta

—Estamos pagando ainda - ela disse orgulhosa e com um sorriso - falta pouco, então minha mãe vai poder se aposentar e eu começarei minha faculdade e a trabalhar - ela parecia sonhar com aquele momento.

—Fico feliz por vocês - falei sincero

—Obrigado, então vamos começar? - disse ela ligando seu computador animada para a aula falsa 

Aquela noite percebi o quanto Kammy era inteligente e dedicada, ficamos conversando até tarde sobre outras coisas também, quando me dei conta já era meia noite e eu precisava deixar ela dormir para ir para a escola no dia seguinte, me despedi dela com uma vontade estranha de querer ficar mais, mal podia esperar para a próxima aula.

 



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