História A Babá - Convite part 1

Point of View — Justin Bieber​

Senti um peso em cima de mim e entreabri os olhos. Tentei me mexer, mas não consegui. Abri os olhos, Blair e Bryan estavam em cima de mim, rindo baixo, porém, eu escutava.

— Acorda papai. — Blair pediu.

Eles ainda não tinham percebido que eu abri meus olhos. Olhei Bryan que tentava dizer algo a Blair.

— Vamos ligar pra tia Lo, Blair. — movimentou as mãos. Blair negou, mas logo concordou. Eles pegaram meu celular, que não havia senha. — Põe no viva voz, anta.

Anta? Uau, ele está evoluindo. Terei uma conversa com ele depois. Sai de meus pensamentos quando ouvi a voz de Lorena pelo aparelho. E sim, eles colocaram no viva voz.

— Justin… — sua voz saiu arrastada. Sorri ao ouvi-la. Espetacular.

Quem em sã consciência diz espetacular hoje em dia? Eu mesmo. Voltei minha atenção à conversa deles.

— Tia Lolo, não é o papai não. — Blair ri.

— Mas… Como vocês pegam algo do pai de vocês? Ele está aí? — disparou as perguntas.

Ela está certa. Eles não podiam ter pegado o meu celular e ligar para ela, nem que fosse para qualquer pessoa. Percebi que eles começaram a sussurrar, o quê não dava certo, já que eles estavam em minha cama ainda.

Blair tenta fazer voz de choro. Essa garota é muito esperta pra idade dela. Apenas acho isso.

— Ti-ia é que o papai não quer acordar, e o Bryan caiu da escada. — Diz, e vejo uma lágrima cair de seu rosto. Garota mentirosa. Lorena deve está preocupada e ela diz uma coisa dessa.

— Céus. — dava pra ouvir a respiração dela ofegante. — Ele se machucou? Bate no pai de vocês! Fica perto dele, não sai dai, pelo amor de Deus. — suspirou. — Que nada tenha acontecido com ele… Blair ele tá sangrando?

— Não ti-ia.

— Ainda bem. — fala. — Agora você vai dar um tapa na cara do pai de vocês.

Blair vem para cima de mim, e rapidamente fecho meus olhos. Eu queria ver onde essa brincadeira ridícula dela ia.

— Têm que ser forte? — perguntou incerta.

— Sim. — respondeu. — Já estou chegando.

Sinto ela me dar um tapa, foi forte, ela tem uma mãozinha pesada. Porém, não abri meus olhos.

— Vou desligar, já estou chegando. — e desligou.

Blair ainda estava em cima de mim. Levantei rapidamente segurando os braços dela.

— Papa-ai. — gagueja.

— Você e Bryan estão de castigo por uma semana. Hoje iriamos ao parque. — olhei para Bryan. — Agora não vamos pôr uma brincadeira estúpida de vocês dois.

— Parque de diversões? — Bryan pergunta, e movimenta as mãos.

— Sim, que pena que não vamos mais. — digo. Tirei Blair de cima de mim, e sai da cama. — Vocês dois vão agora para a sala e esperar a Lorena para conversamos sobre a brincadeira de vocês dois. Entendido?

— Sim. — Blair diz, e Bryan concorda com a mesma. Eles saem do quarto, suspiro alto. Entrei no banheiro, escovei meus dentes, e tomei um banho rápido. Coloquei meu terno, peguei meu celular e vi que faltava uma hora para ir ao mesmo. Peguei minha maleta, paro em frente ao espelho, arrumei meu topete. Desci as escadas, logo vendo Lorena encarando Bryan.

Ela estava linda. Seus cabelos soltos com algumas ondinhas.

— Precisamos ter uma conversa sério com estes dois. — apontei para os dois sentados no sofá de cabeça baixa.

— O Bryan não tinha caído da cama?

Neguei com a cabeça.

— Blair te ligou do meu celular não foi? — ela assentiu. — Pois bem, eu estava dormindo e eles tentaram me acordar, como não tiveram tanto sucesso nisso, tiveram a brilhante ideia de te ligar e dizer que Bryan havia caído da escada, certo? — assentiu mais uma vez. — Ele não caiu. Foi uma brincadeira, acredito eu, que eles tiveram apenas para me acordar. Eu só não sabia que eles iriam levar tão a sério.

— Foi uma brincadeira?

— Responda!

— Sim… — Blair sussurrou.

— Por quê?

— Queríamos acordar o papai, e como ele não acordava, tivemos a ideia de ligar para ti. — Bryan concorda.

— Peçam desculpa agora, anda. — mando.

— Desculpa. — Blair diz.

— Desculpa tia Lo. — Bryan pediu.

— Tudo bem crianças, só… Só não façam isso novamente, ok? — Lorena pediu. Eles assentem e a abraçam. Sorri.

— Iremos tomar café, você vem Lorena?

Ela assente, seguimos para a cozinha, nos sentamos, me servi, e fiz o mesmo com Blair. Olhei para Lorena e ela estava ajudando Bryan. Peguei a jarra de suco, e coloquei em meu copo.

— Quando eu terminar irei ao trabalho. — digo. — Não quero nenhum dos dois fazendo bagunça, entendido?

— ‘Tá.

Olhei para Bryan, e ele assentiu sorrindo.

— Já estou indo. — disse me levantando. — Qualquer coisa, me ligue ok?

— Tudo bem. — sorriu. Sai dali pegando minha maleta, entrei no carro, saindo em disparada. Respirei fundo, quando cheguei em frente a empresa. Peguei o elevador, e apertei o botão para a qual andar queria estar. Eu realmente iria levar meus filhos para o parque, mas, deu no que deu né. Então, como castigo não irei levá-los mais. Vê se pôde mexer em meu celular e ligar para Lorena, falando aquele absurdo, e mentir na cara dura. O elevador apitou, indicando o andar, e sai do mesmo, andei alguns passos, e me virei para a nova secretaria. Consegui uma nova secretaria rapidamente, não teria como eu não ficar sem uma. Uma secretária era bastante importante para mim, e para me ajudar em tudo. Ela me lembra um pouco a Lorena…

Balancei minha cabeça despachando esse pensamento.

— Bom dia, Sr.Bieber. — disse ela. Ela tem a voz um pouco fina, mas dá pro gasto.

— Bom dia, senhorita. — disse. Olhei em seu crachá, Penélope, era o seu nome. — Quero todos os meus relatórios prontos em minha mesa. — falei. Ela assentiu, dei meia volta e andei até minha sala. Entrei na mesma, deixando minha maleta em cima da mesa, a abri e retirei alguns papéis e vi que tinha alguns do modelo novo. Não era para eles estarem aqui. Peguei os papéis, me levantei com eles em mãos ainda, digitei minha senha, que era minha digital. Coloquei os mesmo dentro, e a fechei. Voltei a me sentar na cadeira de couro preta, joguei minha cabeça pra trás respirando fundo.

Dei uma olhada em meu relógio, teria muito tempo pra eu arrumar tudo, o que era bom.

(...)

Gargalhei quando Chaz contou uma piada, mas era tão sem graça que me fez rir, por incrível que pareça. Neguei com a cabeça ao ver o mesmo caindo no chão se contorcendo, junto a Chris e Ryan.

— Chega! — digo rindo um pouco, porém mais fraco.

— Tudo bem, tudo bem! Daqui a pouco teremos mais uma das reuniões com a Rússia sobre o carro. E o Wesley estará lá também, então Justin, se controle. — disse Chaz. Bufei mas assenti. — Eu não sei o quê aquele cara tanto quer ver no modelo novo!

Concordei com ele, assim como os outros. Isso era frustrante.

— Parece que quer nos testar… — digo soltando o ar.

— Verdade. — Ryan diz. — O problema é que o carro é para o pai dele, entende? Já conversamos com o mesmo, ele concorda com tudo. Wesley que está fazendo tempestade em copo d'água!

Era a mais pura verdade.

— Ele quer ver como o modelo irá ficar. — disse Chris. — Digo, ele teima em ver como vai ficar com a pintura, sendo que já falamos qual será a cor dele tantas vezes.

Escuto alguém bater na porta, mandei entrar e logo Penélope aparece na mesma, mostrando apenas a cabeça. Acenei com a cabeça, ela entra com um envelope preto.

— É um convite. Licença. — diz, e se retira. Dou de ombros, e espero ela sair.

Olho para os garotos com o cenho franzido. Abro o convite com os garotos em cima de mim, eu havia me sentado em minha cadeira de couro.

— Lê em voz alta, bro. — assinto.

— “Venho por meio deste convite, lhes convidar, para minha festa de gala. Estarei festejando minha mais nova casa. Espero tê-los lá. Será amanhã à noite. Também, será obrigatório ter uma acompanhante. Espero-te amanhã!” — termino de ler.

— Dê quem é a festa?

— Wesley. — respondo.

— Você vai convidar a Lorena?

Não seria uma má ideia. Ou seria? Relaxei meus músculos na cadeira.

— Talvez sim, não sei. Preciso pensar sobre isso e conversar com ela também. — falo. — Todos têm uma acompanhante, certo?

Ryan e Chris levantam as mãos.

— A Lorena tem uma amiga, de quando ela trabalhava lá na lanchonete. Se eu não me engano, ela se chama Kate.

— Ela é gata? — os dois perguntam.

Ri fraco.

— Sim, irei falar com Lorena hoje. — me levanto. — Quem irá leva-la?

Os dois se entreolham, logo Ryan levanta as mãos.

— Ok. — peguei minha maleta. — Vamos logo pra reunião.

Entramos na sala de reuniões e encontro Wesley e outros acionistas. Todos se levantaram menos Wesley assim que entro pela porta. Suspirei alto, chamando a atenção de alguns, sentei-me na cadeira e abri minha maleta, pegando os desenhos, com alguns ajustes do carro. Dei para minha secretária para que ela entregasse para os outros, e assim ela fez. Dava para ver as expressões que eles nem escondem: inveja. Wesley me olha com cheio de ódio.

— Então? — questiono.

— Está muito bom, Justin e garotos. — sorrio.

— Justin fez sozinho. — diz Chaz, me olhando de soslaio.

— Parabéns jovem, fez um ótimo trabalho. — Wesley diz, deixando os papéis na mesa, e me olha. — Agora eu quero ver ele com a pintura.

Massageio meu maxilar, irritado.

— Certo, eu não trabalho assim; apenas mostro o modelo do caro com o desenho, e não com a pintura. E assim que eu trabalho. — digo. — E se ainda quiserem o carro novo, eu espero que vocês aguardem até o mesmo sair do papel, porque senão vocês que procurem outra empresa que lide com isso em menos de cinco meses. E olha que eu dei apenas três meses de prazo. — respiro fundo. — Vocês não irão achar uma empresa que faça em três meses esse trabalho. Estamos entendidos? Vai esperar ou procurar outra empresa?

Explodi. Estava cansado desse assunto de pintura na minha cabeça.

— Iremos esperar você. — assinto e saio da sala com os garotos. Entro em minha sala, e pego meus outros papéis que Penélope trouxe e guardo na maleta.

— Agora podemos trabalhar em paz. — disse Ryan rindo.

— Irei pra casa, preciso conversar com Lorena sobre a festa.

Sai sem que ouvisse alguma resposta. Entrei no elevador, e aperto pra descer. Em poucos minutos ele se abre, entro em meu carro e ligo-o deixando a maleta no banco do passageiro. Dirigi rapidamente, e logo chego em casa, pego minha maleta, e entro em casa. Vi Lorena sentada, com Bryan em seu colo, provavelmente esteja dormindo.

— Será que podemos conversar?

— Claro, apenas deixe-me por ele no quarto.