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História A Criança Perdida - Capítulo I - A Criança Perdida


Escrita por: Proud_slytherin

Notas do Autor


Olá gente!!!! Eu sei, eu voltei! Sei que provavelmente estão muito chateados comigo para quem acompanha as minhas outras fics mas a verdade é que eu tive um bloqueio para as outras histórias portanto eu não sei quando vou voltar para elas! Aqui estou com uma nova fic que pessoalmente estou a gostar! Ela foi inspirada em uma novela portuguesa, espero que gostem! Durante a história vamos ter vários POV'S de vários personagens que vão parecendo ao longo da história! Como eu agora estou na faculdade eu não poderei postar regularmente, portanto não vai haver horário de postagem! Espero que gostem! Beijo para vocês!

Capítulo 1 - Capítulo I - A Criança Perdida


Duarte Alvarenga

Ele tinha sido solto… solto! Tinha sido solto 20 anos depois de o juiz o ter considerado culpado! Ainda me lembro de ver a loucura e desespero em seu rosto enquanto insistia e gritava com a polícia que estava inocente e que não tinha tido nada a ver com o ocorrido. Várias vezes o fui visitar á polícia para implorar por informações, mas tudo o que ele dizia era que não tinha sido ele e que eu tinha acabado com a sua vida sem razão nenhuma. Acabou por ser transferido para uma prisão no Porto e desde aí nunca mais lhe pus os olhos em cima. Agora… 20 anos após a sua prisão iria voltar a ver o seu rosto que me trazia horríveis e angustiosas memórias.

Quando propus um encontro com ele, a minha mulher disse que era loucura, que não devia ir. Disse que era irracional da minha parte encontrar-me com um criminoso e ex-prisioneiro, ela sempre foi muito dada aos dramas e pessimista, faz um filme de tudo. Secalhar ela até tinha razão, já se tinham passado 20 anos desde o ocorrido, e ele nunca me dissera nada durante as minhas visitas á prisão. Mas eu não podia desistir, ele era a minha única hipótese de a encontrar e por ela iria até ao fim do mundo, mesmo não conhecendo o seu atual rosto.

Desci na estação de comboios junto ás docas, onde sabia que o encontraria. Pelo que diziam por aí ele sempre andava por esta zona, junto ao seu antigo barco que lhe fora oferecido pelo pai quando jovem. Lá estava ele, encostado á proa do navio, apenas a olhar o rio. Uma raiva súbita nasce dentro de mim, e a sensação de ódio começa a crescer. Ele não devia estar aqui, ele devia estar preso junto dos criminosos como ele, porque graças a ele, eu perdi o meu bem mais precioso. Aproximo-me dele e ao sentir a presença de alguém o homem olha para mim. Parece assustado e ainda bem que sim, pois eu com certeza não seria brando com ele.

- Estava mesmo a ver que vinha atrás de mim… - ele sussurra, não acreditando que era mesmo eu que me encontrava ali.

- Ótimo! – digo com raiva óbvia na minha voz. – Então sabe exatamente o que eu quero!

- Já não lhe chegou atirar com um inocente para a cadeia? – ele diz, com o mesmo olhar que tinha quando eu o ia visitar á cadeia. Um olhar que agora me estava a fazer perder a paciência. – Eu não raptei a sua filha Sr. Alvarenga!

- Você pode dizer isso a quem quiser mas não a mim está a perceber?! NÃO A MIM! – Grito descontrolado agarrando no colarinho do seu casaco e deixando-o assustado. – Onde é que está a Aurora?! O que é que lhe fez?!

- Calma! Largue-me! – ele diz soltando-se e indo com a mão em direção ao casaco. Por momentos ainda pensei que ele fosse sacar de uma arma, mas segundos depois mostra-me uma fotografia de uma rapariga loira de aproximadamente 30 anos. Não podia ser! Era igual! A rapariga da foto era igual ou muito parecida á Maria Luísa a minha ex-mulher que tinha morrido num acidente de viação. – Quer saber o que aconteceu? Procure no México por esta rapariga. Ela trabalha numa ONG lá. Pode saber onde está a sua filha.

- Esta rapariga… Como é que ela se chama?!

- Com calma. – ele diz com um sorriso sacana no rosto irritando-me mais.

- Como é que ela se chama?!

- Calma, já disse amigo.

- Ouça eu preciso de um nome, preciso do nome da cidade onde ela está, precis…

- E eu preciso primeiro de saber, quanto vale este nome aqui. – ele diz apontando para a foto . – Quanto vale a sua filha senhor Alvarenga? – e depois disso foi tudo muito rápido. Ouve-se o som de um tiro e por reflexo abaixo-me assustado, olhando ao redor para saber se tinha sido por acaso ou direcionado a mim. Não vejo nada, mas quando volto a olhar para o infeliz do homem á minha frente ele já se encontrava deitado no chão com a mão no lugar onde a bala lhe tinha atingido. Não podia ser. O único homem que tinha informações encontrava-se a morrer á minha frente.

- Não… não! Diga-me o nome dela! Um nome! A cidade! Qualquer coisa! – grito desesperado, mas tarde demais. Ele já se encontrava morto, para meu azar. Não que eu me importasse com o homem, o que eu queria era a informação mas nem isso consegui. Tinha novamente voltado á estaca zero.

 

Hermione Granger

Acordo com os olhos a arderem graças ao Sol abrasador. Tinha dormido que nem uma pedra, mesmo na companhia de mais pessoas no topo de um camião que tinha como destino a Cidade do México. Não tínhamos dinheiro para autocarros, ou um carro próprio, portanto a minha gente tinha conseguido falar com o condutor de um camião de mercadorias para me darem uma boleia até á Cidade do México. Páramos várias vezes no caminho, para receber várias pessoas, ainda bem que assim eu já não me sentia tão sozinha. Eles tinham ficado para trás no acampamento, e eu agora viajava sozinha para ir ter com o meu pai que trabalhava agora na capital. Também não me importei muito, por muito simpáticos que eles fossem lá no acampamento eles não eram a minha verdadeira família, o meu lugar sempre seria junto do meu pai. Bebo o resto da água que tenho na minha pequena garrafa, não é muita mas dá para molhar os lábios, e ao se aperceber disso, um rapazinho mexicano aprontasse a oferecer a sua garrafa de 1,5 litros para eu beber.

- Obrigado. – agradeço-lhe com um sorriso que ele retribui. Penso que ele me entendeu pela sua resposta. – O meu pai está á minha espera na cidade do México. – falo para ele. – Conheço lá uma pessoa de uma ONG que nos vai ajudar a entrar nos Estados Unidos. – digo feliz ao relembrar a conversa entre mim e o meu pai sobre o nosso próximo destino onde ficar. – Depois vamos para Nova York, Manhattan ahah, sempre quero ver se os prédios são tão altos como dizem. – O menino olha para mim e entende-me. Ele diz que quer ver a neve que nunca a viu e por isso ia sozinho concretizar esse sonho. Sinto orgulho dele mesmo não o conhecendo, eu com a idade dele só viajava com o meu pai. Volta a encarar o deserto á nossa volta e calasse, a viagem corre tranquilamente até o camião passar por um solavanco na estrada fazendo com que o menino que queria ver a neve e que se encontrava perigosamente junto berma escorregasse para trás. Inconscientemente atiro-me atrás dele e ainda consigo agarrá-lo com uma mão impedindo que ele seja esmagado pelo automóvel.

- Ajuda-me! Vou cair! – ele grita aflito.  Nunca fui muito forte portanto não o consigo puxar pra cima, por muito que me esforçasse.

- NÃO LARGUES! – grito aflita ao ver que ele estava a escorregar. – NÃO! – Mas já era tarde, o menino escorrega e é engolido pelo camião. Salto até ao próximo vagão para ver se ele tinha conseguido escapar ileso, e ao chegar ao final do camião o que eu vejo na estrada é o corpo inerte do menino que tinha o sonho de ver a neve.

 

Eva Alvarenga

A polícia já se encontrava em nossa casa. O inspetor Harry Potter um jovem de 20 e poucos anos, mas pelo que diziam um ótimo inspetor, seria agora o agente que iria tomar conta do caso da morte do Arrebenta o homem que foi acusado de raptar a filha do Duarte. Eu ainda estava nervosa, eu tinha-o avisado para não ir atrás daquele homem, podia ser perigoso foi o que eu lhe disse, mas para variar ele não me ouviu. Sempre que o assunto era a Aurora ele nunca ouvia ninguém, ele ainda continuava com a falsa esperança de encontrar a filha desaparecida, mas á muito tempo que eu não acreditava nisso.

- Pelo que me descreveu, tudo indica que tenha sido um trabalho feito por profissionais. – diz o filho do inspetor Potter que fora o que tinha sido responsável pelo caso de Aurora á 20 anos atrás. Infelizmente ele morrera durante um assalto de um banco na cidade e agora o caso da morte do Arrebenta tinha passado para o seu filho, Harry Potter.

- Sim provavelmente inimizades que o homem fez lá na cadeia. – comento, cogitando uma hipótese.

- Não. – diz Duarte seguro de si. – Não foi isso que aconteceu.

- Como é que sabe? – pergunta Maria do Carmo a condensa viúva mãe do Duarte.

- O Arrebenta morreu porque não podia falar. Antes de ser atingido ele disse que se quisesse encontrar a minha filha, que procurasse por esta mulher no México. – explica Duarte tirando uma fotografia de um mulher loira muito parecida com Maria Luísa, a ex-mulher do meu marido e que diariamente me infernizava a vida, só de ver o seu retrato pendurado na parede bem no meio da nossa sala.

- Esta foto é muito semelhante á sua falecida mulher. – afirma o rapaz Potter, pegando na fotografia na mão de Duarte, comparando-a com o retrato enorme na sala.

- Desculpe… - Maria do Carmo que se encontrava chocada tanto quanto eu e mais os meus dois filhos que se encontravam presentes, tira a fotografia da mão do inspetor e compara-a com o retrato percebendo finalmente as evidentes semelhanças entre as duas mulheres.

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- É impossível Duarte! – digo frustada sendo seguida pelo meu marido que ainda se encontrava atordoado com o acontecimento. – Ou a fotografia foi muito mal tirada ou esta mulher tem pelo menos uns 30 anos, a Aurora teria 20 se estivesse viva.

- A Aurora está viva! – interrompe Duarte. – E agora tenho mais uma pista para a procurar. – ele diz esperançoso.

- Hum no México. – digo séptica.

- Sim no México! E segundo o Arrebenta esta mulher trabalha lá numa ONG.

- Mas isso não faz sentido! – digo exaltada e já cansada deste assunto. – Meu amor… quantas vezes é que já passamos por isto? – digo beijando-lhe a bochecha. – São pistas falsas atrás de pistas falsas, desilusões atrás d…

- Queres que eu desista? É isso que tu sugeres, que eu desista da minha filha?

- Tu não ouviste o que a polícia disse?

- Oh Eva, a polícia… Nós andamos nisto há anos! – ele diz cansado e afastando-se de mim.

- O Arrebenta nunca confessou o crime porque senão teria de admitir q… Teria de admitir que matou a tua filha. – digo direta magoando o Duarte. – E agora que saiu da prisão lançou pistas falsas para limpar o nome dele, é isto!

- E porque é que o mataram então?! Eva tu não estás a perceber! O Arrebenta foi impedido de falar! Ele ia-me dizer o nome desta mulher quando morreu á minha frente percebes!

- Pois ok! Então vamos agora os dois a correr para o México de fotografia na mão é isso?! – grito impaciente por ele continuar a insistir no assunto.

- Nós não vamos a correr nós já íamos ao México! Simplesmente é óbvio que eu vou aproveitar esta viagem para…

- Nós íamos ao México para tratar de um assunto importante! – interrompo. – Ou já te esqueceste?!

- Eva eu não vou desistir de localizar esta mulher! A minha filha está viva! E eu sempre soube! E agora acabou este assunto! – Duarte grita, saindo do quarto furioso após a nossa discussão.

Eu sentia-me nervosa e insegura. Insegura por causa da mulher da foto que era tão parecida com Maria Luísa, insegura pela distância de Duarte em relação á nossa família, e principalmente insegura em relação aos segredos no meu passado e aos meus erros. O Duarte não podia descobrir nada, nada mesmo, senão esse seria o meu fim. Dirijo-me á casa de banho para me refrescar um pouco, os últimos acontecimentos foram muito intensos para mim e trouxeram de volta memórias de erros que eu cometi. Ainda me lembro quando eu ainda era a assistente pessoal do Duarte, ainda me lembro de como o consolei quando a sua mulher morreu por causa do acidente. Ainda me lembro nitidamente daquela noite, de como enrolei a bebé numa manta em meus braços e a levei para o carro ainda a dormir, de como a meio do caminho ela acordou e não parou de chorar, fazendo-me sentir a pior pessoa daquele mundo, ainda me lembro de como peguei na cesta e a coloquei dentro do rio a chorar por ver a sua carinha vermelha devido ao choro, como se percebesse o que estava a acontecer, ainda me lembro quando momentos depois tentei salva-la, arrependendo-me da minha decisão de fazer a criança desaparecer, e lembro-me ainda mais de a ver morrer ao ver a cesta cair sobre uma pequena cascata que poderia perfeitamente ter deitado aquele pequeno casulo abaixo. Nesse momento senti-me a pior pessoa do mundo e desde essa altura que sinto uma autêntica sensação de culpa. Eu sabia que ela tinha morrido, tinha sido minha culpa e eu teria que viver com isso até ao fim da minha vida. Se o Duarte descobrisse ele nunca me perdoaria e esse seria o meu fim. Este segredo iria comigo para o túmulo.

 

Hermione Granger

Mais horas de viagem se passaram e para confessar eu já estava exausta, além de estar a torrar ao Sol eu só conseguia pensar no menino morto que tentei salvar mas que não fui capaz de o fazer. Ele tinha tantos sonhos, tantos objetivos, uma vida inteira pela frente e tinha vivido tão pouco. O camião começa a abrandar e todas as pessoas a bordo olham para a estrada. A polícia encontrava-se a bloquear a estrada causando o pânico geral naquele camião. Era proibido viajar assim, não podíamos simplesmente estar umas 20 pessoas no topo de um camião a viajar sem qualquer tipo de proteção ou permissão, se fossemos apanhados seríamos presos. Pego em minha mochila e apressadamente desço do camião assim como as restantes pessoas desesperadas, no meio da confusão perco a minha mochila e é quando vejo um monte de oficiais a virem na nossa direção com armas de fogo é que tenho a louca ideia de me aventurar no meio do deserto mexicano. 

 

 

 

 


Notas Finais


E então? Opiniões? Teorias? Ahahah digam o que acharam se for possível! Beijo no pé!


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