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História A Dama e o Vagabundo - One chance


Escrita por: Sweet19

Notas do Autor


Olá, olha quem apareceu depois de um tempo sumida, desculpem a demora, mas lá vai um capítulo novo para vocês! Espero que gostem!😁😁

Capítulo 63 - One chance


Fanfic / Fanfiction A Dama e o Vagabundo - One chance

 

   Minha cabeça estava explodindo de tanto estudar. Minhas costas estavam doendo devido a horas aqui sentada e preciso massagear meu pulso depois de inúmeras marcações e anotações que eu fiz. Tentei ler mais um capítulo do livro de química, mas não conseguia absorver mais nada. Já deu por hoje.

  Levanto da cadeira e por instinto procuro meu celular. Bufo de raiva ao lembrar que minha vó estava com ele. Algo que sempre me fazia relaxar depois dos estudos era poder mexer nele e não tinha nada que eu amasse mais do que fazer algumas compras em sites online. Nunca comprava muita coisa, apenas algumas maquiagens, pois as minhas sempre acabam rápido, ou algumas peças de roupas que eu achasse bonitas. Porém agora não posso fazer nada disso. E admito que estava me irritando mais do que deveria. Fazer compras faz falta.

   Saio do meu quarto e caminho em direção ao da minha vó. Bato na porta devagar e escuto a voz da mesma pedindo para eu entrar. O quarto dela não era tão grande quanto o meu, e havia muito branco, era praticamente a única cor dali, por mim eu tiraria a mesa branca e colocaria uma rosa. O quarto dela parecia não ter vida, a cama de casal ficava no centro. Ao lado tinha o criado mudo com um abajur de vidro. A tv de plasma ficava de frete para cama. E a janela era a varanda que tinha vista para a piscina. Reparo na grande gaveta branca que ficava abaixo da tv. Será que é ali que ela escondeu minhas coisas? Ou será que está no banheiro dela? 

– Já estudou?– ela pergunta me trazendo de volta à realidade. Confirmo com a cabeça. Seus óculos de grau estavam caídos até a metade de seu nariz, ela ajeita o mesmo e fecha o livro que estava lendo. 

  Não sei exatamente o que vim fazer, mas já que estou aqui, o que custa tentar? Minhas notas estavam boas, talvez ela poderia ceder...

– Vó, a senhora poderia devolver meu celular, por favor?

– Terminou com o marginal?– dou um suspiro desapontada. Eu não deveria ter vindo.

– Você pode me deixar usar por meia hora por dia, por mim vai ser suficiente– não, não vai ser. Mas é melhor que nada.

– Só vou devolver quando você estiver solteira!

   Controlo minha vontade de gritar com ela. Gritar de raiva. Não é possível que minha vó seja tão arcaica assim. 

– O de uma chance– minha voz quase não sai– Se você o conhecer, vai vê que ele é bom, inteligente e gentil. 

– Já o conheci, quando vocês estavam naquele lugar dançando daquele jeito vulgar.

– O conhecer de verdade, sem julgamentos.

   Minha vó me lançar um olhar frio e me calo. Não adiante conversar com ela. Dou as costas para a mesma cabisbaixa. 

– Uma chance– a escuto sussurrar. Olho para ela surpresa tentando processar o que ela me falava– Vou lhe dar somente uma chance para me convencer que esse mar... Que esse rapaz é digno de você– pisco rápido para ter certeza de que não estava sonhando– O traga para jantar aqui amanhã às 19:30.

   Meus instinto é correr até ela e a abraçar, mas me contenho. Um sorriso amplo se abre em meus lábios e confirmo com a cabeça.

– Muito obrigada, você vai adorá-lo. Tenho certeza disso. 

   Saio do quarto ainda saltitante. Mas só quando chego em meu quarto que a ficha cai. Ela o chamou para jantar. Há milhares de regras de etiqueta que devem ser seguidas e basta o Fred pegar um talher errado para minha vó desistir dele. 

   Entretanto ainda temos um dia, na verdade temos menos de 24 horas. Dou um suspiro nervosa, não sei como vou conseguir ensinar tudo para o Fred com apensas algumas horas. Mas, espero que minha vó aceite de uma vez por todas meu namoro com ele.

 

P.O.V- Fred

  

    Só estávamos naquela mesa a alguns minutos, mas parecia uma eternidade. Ajeito o guardanapo de tecido em meu colo e olho para a quantidade de talheres diante em mim sem noção de qual pegar primeiro. Mas se é isso que eu tenho que fazer para a vó da Emily me aceitar, vale o sacrifício.

    Pego o menor garfo e olho para Emily apreensivo.

– Não, esse é para a sobremesa– ela diz sentando do meu lado– Comece a usar os talheres de fora para dentro. 

– Emily, você quer que eu aprenda tudo isso em menos de uma hora? É impossível– afirmo franzindo o cenho.

– Não, não é.

     Tenho trabalho depois da escola, então nem tem como ela ir para minha casa me ensinar isso com mais calma e mesmo se eu não tivesse que trabalhar, a vó dela não deixaria. Com isso, só sobrou o tempo do intervalo da escola para treinar. E eu quase estou batendo minha cabeça na parede. Só precisamos de um garfo e faca para comer, não há necessidade para milhares deles. 

   Não sei nem como a Emily conseguiu colocar isso tudo na mochila dela e ainda não quebrar nada.

– O garfo é usado na mão direita, enquanto a faca descansa na parte superior do prato, com a serra voltada para dentro– ela ajeita a faca em meu prato colocando na posição certa– Na hora de usar a faca, o garfo vai para a mão esquerda e a faca é usada com a mão direita.

   Olho para o prato e confirmo com a cabeça.

– Outra coisa muito importante, nunca apoie os cotovelos sobre a mesa, não gesticule com os talheres em mão, quando começar a comer jamais devolva os talheres a mesa...

– Então eu faço o que com eles? 

– Quando acabar, os ponha um ao lado do outro, com o garfo à esquerda e a faca à direita– ela ajeita os mesmos na posições que estava falando– Os cabos devem estar voltados para você. 

– Ok, entendi. Mas ainda acho que na hora vou confundir tudo– confesso coçando meus cabelos. Emily ri e da um beijo em minha bochecha.

– Vai da tudo certo, se tiver alguma dúvida basta olhar para mim e veja como meus talheres e minha postura vão estar. Repare como vou estar comendo e faça igual.

– Com certeza eu vou fazer isso– o sinal dando fim ao intervalo toca fazendo minha barriga gelar e meu nervosismo aumentar. 

– O jantar está marcado para as 19:30– ela comenta guardando as coisas em sua mochila e nós levantamos– Esteja lá exatamente nesse horário. Nem um minuto a mais, nem um minuto a menos– ela ajeita sua mochila rosa no ombro e caminhamos em direção aos corredores. Procuro Bill e Hannah com o olhar, mas não os acho– Quando quiser falar com minha vó se refira a ela como Sra. Collins não você, pois seria extremamente informal. Tem terno?

– Tenho sim.

– Perfeito. Vá com ele! 

  Escutar isso só serviu para me deixar mais nervoso. Entretanto, tento não demonstrar. É só um jantar. Um jantar com a vó da minha namorada que me odeia e quase me matou com o olhar na discoteca, mas mesmo assim, é só um jantar. Eu vou sobreviver.

  Ou assim espero. 

***

   Ajeito a argola do terno apreensivo. Mentalmente eu tentava lembrar de tudo o que a Emily falou, mas agora nem lembro mais qual talher era para que, nem em que posição eles devem ficar. Olho para meu reflexo no espelho, via puro pavor em meus olhos. Respiro fundo e tento manter a calma repetindo a frase que se tornou um mantra devido à quantidade de vezes que a repetir durante o dia.

  É só um jantar!

  Checo meu relógio de pulso, já está na hora de ir. Saio do meu quarto e não escondo a surpresa ao vê meu pai na cozinha. Ele estava tão concentrado anotando algo no papel que nem reparou minha presença.

– Pai– o chamo. Os mesmo desvia a atenção de suas anotações e me olha– Está tudo bem? Você parece preocupado...

– Fred, tá tudo bem. Só estou anotando coisas importantes para eu não esquecer.

– Saiu mais cedo do trabalho?– pergunto notando o brilho de seus olhos sumir. Não é a primeira vez que o vejo chegar mais cedo aqui em casa.

– Sim. Já tinha feito todas as entregas, meu chefe me liberou mais cedo– ele da um sorriso singelo e olha para minha roupa– Posso saber para onde você vai tão bem vestido assim?

   Balanço minha mão tentando mandar o nervosismo embora. Não adiantou.

– É um jantar na casa da Emily e vou tentar ao máximo agradar a vó dela– olho paro o relógio fazendo meu coração acelerar– E eu tenho que ir, não posso chegar atrasado de jeito nenhum.

   Despeço-me do meu pai, porém antes deu abrir a porta de casa ele me chama.

– Fred– olho para ele que tinha um semblante um pouco triste– Só não mude o que você é para tentar agradar os outros.

– Eu sei pai– abro a porta de casa e dou um sorriso de lado– Me deseje sorte.

– Vai da tudo certo, filho. 

     Fecho a porta de casa com meu coração quase saltando pela boca. É só um jantar, o que poderia dar errado? 

 

P.O.V– Emily 

    Desço das escadas tentando manter a calma. Não entendo porque eu estou tão nervosa. O Fred é encantador, não tem como a minha vó não gostar dele. A mesma já estava na sala e assim que me vê da um sorriso.

– Você está linda!– elogia me fazendo sorrir. Peguei um dos meus vestido favoritos, um branco com flores azuis bordadas nele todo. Ele era tomara que caia e vinha um pouco a cima do meu joelho. Em volta da minha cintura tinha um pequeno laço beje, o que combinava com o salto alto da mesma cor que eu usava– Mas cadê as joias? Esse tipo de vestido pede por uma. Por que você não usa aquele colar de Safira? Aquele que o Edward lhe deu.

– Ah sim, verdade, tinha esquecido dele, vou colocar– volto para o meu quarto e pego o mesmo. Ele tinha uma pedra azul mediana no formato de uma gota de chuva e duas outras um pouco menores ao seu lado. Eu achava esse colar lindo, mesmo sendo o Ed quem havia me dado, mas o Fred não precisa saber disso. Coloco o mesmo em meu pescoço. Agora sim eu estava pronta.

   Olho rapidamente para o espelho para checar a maquiagem. Meu batom vermelho estava perfeito, e o rímel que eu passei deixaram meus cílios lindos. Tinha feito duas pequenas tranças na frente do meu cabelo e prendido as mesmas atrás do cabelo. 

– Agora sim– minha vó sorri quando volto ao seu lado na sala. Ela olha para o relógio, tinha acabo de marcar 19:30– Vamos vê se esse garoto é pontual, o que duvido muito já que até agora ele não...

   Ela é interrompida quando a companhia toca exatamente no horário marcado. Olho para ela com um sorriso vencedor.

– Ele é pontual vó– ela revira os olhos e faz um gesto para eu atender a porta. Vou até a mesma respirando fundo. Abro a porta e fico estática. Fred está à minha frente, com as mãos nos bolsos, absolutamente deslumbrantes com seu terno. Os olhos adoráveis são de um negro absolutamente brilhante. Mal consigo me manter em pé. Só agora me dou conta que eu nunca o tinha visto em qualquer tipo de roupa formal. Eu não estava preparada para tanto esplendor. Para quanto ele poderia ficar ainda mais lindo sobre circunstâncias que destacassem sua beleza.

  Fred repara minha expressão e sorri.

– 19:30 em ponto!– diz ele.

    Volto da transe e dou um sorriso pedindo para ele entrar. Assim que ele o faz minha vó o olha de cima a baixo tentando achar algum defeito em sua roupa. Mordo meu lábio inferior ficando mais nervosa do que eu já estava. 

    A noite vai ser longa.

 


Notas Finais


Sinto cheiro de treta no ar...
O que vocês acham quem vai acontecer?? Acham que o Fred vai se sair bem? Quero saber a opinião de vcs, comentem...
Mudando de assunto, alguém aqui vê Stranger Things? Finalmente acabei a segunda têmpora e preciso da terceira!!!


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