História A Detetive - Capítulo 6

POV Sakura:

 

Conversávamos sobre os quadros que gostávamos, dei espaço para ele achar que queria algo com ele na noite. Somente para ele achar mesmo, porque eu não estava nem ai.

 

- Então Serena, uma mulher tão linda como você, com certeza está acompanhada. Quem seria esse sortudo? - pergunta ele com curiosidade.

 

- Por que minha beleza tem que está acompanhada de alguém, se eu posso encontrar outras belezas? - pergunto o encarando, mordendo meu lábio e sorrindo.

 

Vejo ele encarar minha mordida lambendo os lábios, já vi que ele tem ponto fraco com mordidas.

 

- É. Bom mesmo é ser solteiro. Eu mesmo estou a procura de uma companhia hoje, mas apenas uma me chamou atenção - fala ele encostando em mim sorrindo de canto.

 

- Hum! Então acho que vou deixar você procurar sua donzela - respondo dando um passo para trás.

 

Ele gargalha gostosamente, eu o acompanho na gargalhada. Ele bem que poderia ser menos metido. Ouço uma música lenta tocar, olho para a pista de dança e logo vejo Shikamaru e Temari dançando. Ino estava de tocaia, provavelmente bebendo algo. Sinto Sasori vim atrás de mim e sussurrar em meu ouvido, olho de soslaio fingindo gostar da aproximação.

 

- Uma dança com você eu posso ter? - sussurra ele com uma voz sedutora.

 

- Até pode ter, se dançar bem - respondo virando para ficar de frente com ele.

 

O vejo sorrir esticando a mão para que eu pegue e eu faço isso. Ele me leva até a pista de dança, no caminho olho para Ino e dou uma piscadela, ela já entende o recado e vai para o bar. Ele me vira para ficar de frente a ele e sinto sua mão em minha cintura me puxando para a dança. Nós dançamos em silêncio na primeira música, já nas outras vejo ele umedecer os lábios para falar comigo.

 

- Danço bem ou eu tenho que melhorar?

 

- Melhor impossível - falo na cara de pau.

 

- Olha que eu posso conseguir ser melhor, se eu ter um beijo seu.

 

- Prefiro lugares fechados e não na frente dos outros. 

O encaro séria e vejo ele franzir a sobrancelha com cara de confuso, ele para a nossa dança.

- Não entendi. Você quer um beijo meu, mas não na frente dos outros?

- Exatamente isso, prefiro que ficássemos a sós. 

Ele me olha desconfiado, continuo normal o encarando, vejo ele disfarçar para olhar ao nosso redor e percebo que ele ficou estranho.

- O que foi? - pergunto a ele.

- Nada. É que essa é a primeira vez que vejo uma mulher negar um beijo meu na frente das pessoas - diz ele sorrindo sem graça.

- É que sou do tipo mais reservada e não espalhafatosa - olho para ele sorrindo de canto.

- Entendo. Então me acompanhe senhorita? - pergunta ele todo galante me estendendo o braço.

- Acompanho sim - falo sorrindo e colocando meu braço no braço dele.

Ele me tira da pista de dança, me levando para o jardim da mansão,  no caminho de saída faço sinais para os meus companheiros vendo eles acenarem em positivo. Chegamos no jardim ele ainda com o meu braço em seu braço vai dando voltas nele comigo ao seu lado, olho admirada para aquele lugar sonhador.

- Maravilhosamente incrível esse lugar - falo encantada com tudo aquilo.

Vejo ele me olhar de soslaio e sorrir, continuo achando o sorriso dele lindo, mas ele ainda continua sendo suspeito.

- Minha mãe sempre foi apaixonada por flores, plantas, jardins bem elaborados, tudo isso aqui é dela e apenas ela e Jack o jardineiro dela mais confiável que toca em cada parte deste jardim - diz ele com nostalgia - ultimamente só Jack que andou cuidando daqui - finaliza ele.

- E a sua mãe? - pergunto curiosa.

Vejo ele abaixar um pouco a cabeça sorrindo fraco, logo estranho isso.

- A minha mãe não mora aqui - fala ele - sem falar que ela é casada com outro em Tóquio e ela mora lá agora com meu meio irmão mais velho - diz ele rolando os olhos.

- Irmão mais velho? - pergunto erguendo a sobrancelha.

Vejo ele sorrir mais uma vez, só que agora foi por causa da minha confusão na pergunta, o acompanho no riso.

- Eu sou fruto de uma traição e meu meio irmão é do casamento real dela, isso é complicado de explicar - diz ele suspirando e parando já perto de um banquinho e me ajudando a sentar.

- Hum! Que chato, mas entendo - digo me sentando no banco - e qual seria sua idade, desculpa a pergunta? - finalizo com essa pergunta.

- Tenho 21 anos, vou completar 22 anos.

Olho espantada para ele, não acredito no que eu estou ouvindo. Ele me olha sorrindo da minha cara de espanto.

- Não pareço ter essa idade? - pergunta ele.

- Sinceramente não 

- E você quantos anos tem?

- Qual idade me daria? - pergunto dando uma mordida no lábio. 

Ele me olha bem hipnotizado e eu o encaro. Vejo ele sorrir de canto.

- Sua beleza me deixa perdido para pensar em uma idade para você - diz ele umedecendo os lábios - mas vou tentar adivinhar. - finaliza ele e faz cara de pensativo.

- Fique a vontade.

- Uns 20 anos? 19 anos? - pergunta ele na curiosidade.

Dou uma gargalhada bem alta, eu queria mesmo ter essa idade, mas já tenho 23 anos no couro e eu menti minha idade é claro. 

- Não. Tenho 25 anos. - minto e o vejo espantar

- Uau!

- Velha demais? - pergunto sorrindo charmosa e vejo ele encostar para ficar bem perto e eu continuo em meu lugar.

- Perfeição!

Sinto seus lábios encostarem nos meus, lento e calmo. Romance e ternura foi o que Sasori demonstrou nesse beijo, minutos e minutos passaram e sinto a respiração faltar, ele descola os lábios dos meus me olhando ofegante.

- O melhor beijo que já tive - sussurra ele.

- Idem - respondo mentindo e acabo por sorrir para ele.

Ele sorrir de volta e me beija outra vez, sinto a mão dele em minha nuca enquanto a outra ia de encontro com minha cintura, sinto ele me apertar contra seu corpo.

- Amiga! - ouço Ino interromper o quase outra coisa ao invés do beijo - desculpa, atrapalho? - pergunta ela.

Olho de soslaio para ela balançando a cabeça negativamente. 

- Um pouco, mas sem problemas.

- Na verdade foi um problema - Sasori fala um pouco com raiva na voz.

- Relaxa vai. - o acalmo dando um beijo na bochecha dele.

- Desculpa, mas é que o...

- Já sei. Ele embebedou. - interrompo Ino antes que ela fala o nome do Shika.

Ela balança a cabeça positivamente sorrindo sem graça, suspiro e encaro Sasori.

- Desculpa. Eu tenho que ir - falo já levantando do banco com pressa de ir embora.

- Espera ai - sinto ele segurar minha mão - como faço para te encontrar novamente? - pergunta ele.

- Eu te acho. - falo dando uma piscadela.

Saio sem olhar para trás indo na frente de Ino. Com certeza eu encontro ele, ainda vou querer saber mais coisas dele.

~         ~         ~         ~         ~         ~

Passaram-se dois dias, eu ainda tentando assimilar como ele pode ter virado suspeito se ele é um rapaz maravilhoso, mas nunca se sabe.

- Ui, ui, ui! Apaixonou pelo ruivinho - diz Ino sorrindo maliciosamente. 

- Claro que não, só não entendo como ele parece suspeito se nem cara de marginal ele tem - falo suspirando cansada.

- Já ouviu falar no ditado: os bons são os piores? - pergunta Ino.

- Não Ino, nunca ouvi falar - falo erguendo a sobrancelha.

- E ai Senhorita Holmes, como está a pesquisa do seu ruivo gostoso? - pergunta Temari com o sorriso malicioso.

Olho para ela séria balançando a cabeça negativamente, olho mais para trás de Temari e vejo Shikamaru encarar a namorada sério.

- Gostoso é? - pergunta Shikamaru deixando Temari sem graça.

- Amor... Eu... Eu não... Eu não disse isso - gagueja Temari sorrindo sem graça.

Sorrio desses dois, eles dão certo demais. Olho a tela de meu celular e o número de Sasori já está salvo em meus contatos. Vou no número dele já colocando no ouvido.

- Akasuna!

- Uau! Que charme esse seu jeito de falar.

- Olha! Estou conhecendo essa voz - ouço ele gargalhar.

- Eu disse que te achava.

- Disse mesmo. O que você manda?

- Eu mando você tratar de me convidar para um encontro.

- Sim senhora. E mais o que?

- Me surpreenda - falo com charme.

- Onde te busco? - pergunta ele sorrindo fraco.

- Na porta do New York Pallace Hotel às 20:00 horas sem atraso.

- Sim senhora. Hoje mesmo?

- Para ontem.

Ouço ele gargalhar gostosamente, parece que consigo divertir ele, sorrio junto com ele.

- Ok senhorita, até mais tarde então. 

- Até, beijos - falo fazendo barulho de beijo.

- Desse jeito eu me apaixono.

- Tomara que não - falo sorrindo gostosamente - Tchau - finalizo desligando o celular.

Olho para a tela, bloqueio o celular e boto em cima da mesa, fico pensativa em como começar a busca por provas dele. Vai ser complicado, mas tentarei. Olho o relógio que estava marcando 15:30 da tarde, é melhor eu ir cochilar um pouco, isso tudo está me dando dor de cabeça.

As horas passaram e agora são 19:50 da noite, arrumadíssima, nem chique demais, nem simples demais, saio do quarto indo para a sala dando de cara com Ino saindo da cozinha com a pipoca na mão e sorrindo maliciosa.

- Hum! Hoje a noite promete em Testuda - fala ela maliciosa - já rapou a preciosa? - pergunta ela.

- Se ferrar Ino - falo rolando os olhos - a noite só promete se eu conseguir algo sobre o caso, caso contrário não vai prometer porra nenhuma. Fui, estou atrasada, beijocas! - finalizo jogando um beijo em sua direção e saindo do apartamento. 

- Beijos Safadona! - grita Ino já que tinha fechado a porta.

Pego o elevador, aperto o botão do térreo chegando rapidinho na recepção, quando olho para o portão principal, avisto o ruivo muito bem ajeitado, sorrio e ele me sorri de volta.

- Linda como sempre - ele elogia me girando.

- Digo o mesmo - responde sorrindo para ele.

Entramos no carro e o caminho até agora foi silêncio total, apenas uma música de fundo bem baixinha, sempre uma música inglesa, acabo por quebrar o silêncio. 

- Que banda é essa? - pergunto a ele bem curiosa.

- The Weeknd. Eles tem músicas maravilhosas, essa mesmo é a minha favorita - fala ele.

- E qual o nome dela? - pergunto outra vez.

- Often - fala ele.

- Hum. Ela é muito boa. - elogio o bom gosto dele.

O vejo sorrir para mim e voltar os olhos para a estrada. Minutos depois chegamos em um restaurante maravilhoso, entramos e o garçom já foi logo o cumprimentando e levando nós dois a mesa, fizemos os nossos pedidos.

- O que vão querer para beber? - pergunta o garçom.

- Uma garrafa do seu melhor vinho - responde Sasori.

- Sim senhor, com licença - diz o garçom saindo.

Sasori me encara e eu o encaro de volta. 

- Como me encontrou? - pergunta ele com curiosidade - me seguiu foi? - ele pergunta outra vez.

- A internet é uma boa aliada e não, eu não te segui - respondo ele.

- É verdade. Hoje em dia nada é escondido da internet. - diz ele gargalhando gostosamente e eu o acompanho.

- Mas nem tudo ela nos diz - falo e ele sorrir.

- E o que você quer saber? - pergunta ele curioso.

- Que tal tudo. - digo o encarando séria - fala mais de você - finalizo.

- Eu já disse uma boa parte de...

O papo é interrompido pelo celular dele, vejo o semblante dele mudar e me pedir licença já atendendo o celular, fico a observar ele conversar no telefone, nessas horas eu queria ser uma mosca, só para saber o que ele conversava. Passam-se alguns minutos, ele volta a mesa meio irritado e colocando seu celular ainda desbloqueado em cima dela.

- Algum problema? - pergunto erguendo a sobrancelha.

- Só... Essa... Imprensa, e-esses jornalistas enchendo meu saco - gagueja ele suspirando - eu... Vou ao banheiro e já volto - finaliza ele ainda gaguejando um pouco, parece que esse telefonema dele o deixou meio desnorteado.

Vejo ele sair e deixar o celular ainda desbloqueado, olho para um lado, olho para o outro e o pego rápido. 

- Ok senhor Akasuna, vamos ver se acho algo interessante aqui - falo já procurando fotos, mensagens de texto, e-mails, nada.

Vou indo para o Whatsapp dele, mas sou interrompida pelos nossos pedidos e quando olho para o rumo do banheiro, vejo ele vindo, logo coloco o celular dele no mesmo lugar que estava. Essa foi quase, ele senta já comendo o pedido dele, faço o mesmo. Terminamos de comer ele logo pede a conta.

- Desculpa Serena, mas tenho que ir. Eu perdi até o foco do encontro depois desse telefonema - explica ele.

- Tudo bem, mas foi tão sério assim? - pergunto desconfiada.

- Um pouco - diz ele e o garçom já entrega a conta para ele.

Ele dá o dinheiro e se levanta da mesa me esticando a mão para me ajudar a levantar, dou a mão e vamos ao estacionamento, entramos no carro em silêncio e fica esse silêncio o caminho inteiro até o meu hotel. Minutos depois estou na frente do hotel.

- Deixa eu te compensar um outro dia o que não tivemos hoje, amanhã talvez? - pergunta ele.

- Infelizmente não vou poder, vou voltar amanhã - falo o encarando.

- Voltar? Como assim? - pergunta ele todo confuso.

- Eu não sou de Nova Iorque - o respondo

- Hum! E você vai voltar para cá quando? - pergunta.

- Não faço ideia - respondo sorrindo.

- E como vou te ver novamente?

- Eu te acho - respondo para ele dando um selinho e uma piscadela saindo do carro sem olhar para trás.

Vou direto para o elevador para ir para o meu apartamento, eu acho que não foi dessa vez que consegui desvendar esse caso, mas não quer dizer que desisto dele. Abro meu apartamento e tudo já se encontrava escuro, cansada como estava vou para o meu quarto, pois irei cedo para o aeroporto. Não posso deixar Itachi sozinho por tanto tempo assim. Com esses pensamentos acabo por dormir. No dia seguinte, acordo cedo, acordo a Porca e vejo o casal também já acordados esperando nós duas, entramos no elevador, entregamos as chaves ao recepcionista, pegamos um táxi e vamos direto para o aeroporto. Não foi mesmo dessa vez, mas Sasori continua em minha lista. Eu ainda descubro, eu tenho que descobrir. Adeus Nova Iorque e olá minha Tóquio.

 

POV Sasuke: 

 

Odeio viajar, odeio sair de meu conforto, odeio ter que fazer os serviços dos outros, odeio tudo. Sim, odeio tudo. Olho para o lado e vejo Suigetsu escondido esperando só Deus sabe o que.

- Você está esperando o que Suigetsu?

- Calma Chefia, relaxa.

Rolo os olhos sem paciência e vejo o alvo de Suigetsu entrar no beco para fazer as necessidades mijais dele. Suigetsu sai tranquilo de onde estava escondido e encurrala o alvo, ouço toda a conversa de longe já que estava de tocaia.

- Mister Shahla, é uma honra conhecê-lo

- Suigetsu Hoshikage. Não posso dizer o mesmo para você né.

- Pois deveria, posso ser o seu pior pesadelo.

- Duvido muito.

- Ele não, mas eu sim posso ser o seu maior pesadelo - digo indo em direção dos dois de olhos fechados e mão no bolso. Abro meu olho e encaro Shahla.

- Owa? - vejo ele olhar espantado para meus olhos vermelhos - v-v-você aqui? - pergunta ele gaguejando.

- Sim. Vim tratar de uns assuntos... Pendentes, Suigetsu - falo estalando os dedos vendo Suigetsu atacar Shahla segurando seus braços.

- Não, não, não, não. Piedade, piedade Owa, eu não fiz nada - diz ele desesperado se batendo.

- Quem muito dar satisfação, tem culpa no cartório - digo encarando ele - desembucha Shahla, quem foi que matou a Karin? - pergunto com ódio. 

- Eu não sei, não sei. Não conheço ela, f-f-faço nem ideia de quem seja ela - diz ele gaguejando de desespero.

Olho para Suigetsu, ele entende o recado e puxa o braço de Shahla para trás.

- Ah! - ele grita de dor - eu já disse que não sei, o Rochi não fala nada dessas coisas com ninguém - diz ele ainda agoniante.

Olho mais uma vez para Suigetsu, outra vez ele puxa os braços de Shahla para trás, ouço um estalo e percebo que foi o doce som dos ombros de Shahla se deslocando.

- Ah! - grita ele de dor e dessa vez ele cai no chão sem mexer os braços - piedade Owa, piedade. Já disse que eu não sei. Senhor Rochi me deu essa missão de matar esses três babacas, juro que não conheço nenhuma Karin - diz ele chorando de dor.

Vou onde ele está caído e me abaixo para olhá-lo. 

- Quem são os babacas de Rochi que estão em Nova Iorque?

- Eu não sei, eles estão em todas as partes, são muitos.

- Vou perguntar só mais uma vez Shahla. Quem matou a Karin e eu poupo sua vida.

- Eu não faço ideia, não tenho contato com ninguém de Nova Iorque, mas ouvir boatos de que Rochi está se sentindo ameaçado por uma máfia.

- Que bom que ele se sente ameaçado. Agora mais do que nunca ele vai se sentir, porque é menos um homem bom na máfia dele - falo já puxando minha Glock e estourando a cabeça de Shahla.

Quer brincar Orochimaru, então vamos. Boto Suigetsu para desenhar o símbolo da Norowa e eu olho para o babaca do Shahla. Sinto alguém me observar, me viro de vez vendo um idiota qualquer que provavelmente é informante da Herus, apenas ando para o rumo dele vendo ele se assustar e correr, corro alguns passos, miro em seu pé e dou um tiro. Vejo ele cair agoniante de dor, ando até ficar em frente ele, puxo ele pela gola da camisa e sinto ele com medo de minhas lentes vermelhas que tanto o encara.

- Quem é você informante? - pergunto com ódio. 

- S-s-sou o Sander - gagueja ele assustado e com dor.

- Ótimo. Diga a seu chefe Rochi, para ele parar de covardia e vim falar comigo.

- Ele está em Tóquio senhor, não aqui. Eu só o informo por internet. 

- Então fale a ele, que a morte de Shahla não foi em vão, que ele saia do meu caminho e que se eu não descobrir quem matou Karin e colocou o símbolo da Norowa na morte dela, eu vou matar um por um da Herus. - digo o encarando - Ouviu bem né - afirmei, ele balança a cabeça desesperado - vaza inutilizável - finalizo.

Solto o rapaz e vejo ele correr com dificuldade, suspiro cansado. 

- Prontinho Chefia, desenho feito.

- Meu trabalho aqui nessa merda de país está feito. Vamos beber algo Suigetsu, cansei disso - digo já andando olhando de um lado para o outro.

Suigetsu me acompanha enquanto vou tirando minhas lentes vermelhas de trabalho, só não tiro as outras coisas por causa do diabo do frio que essa porra de lugar estava fazendo, o que é de impressionar porque essa merda de país é quente.

Alguns minutos de carro, já que alugamos um, chegamos a um bar bem pacato, eu sento e já vou logo pedindo dois copos de chopp.

- Você não acha essas mortes estranhas não Sasuke?

- Acho, mas o que posso fazer se o filho da puta do Orochimaru tem ótimos desenhistas e Nova Iorque é uma cidade merda em tudo?

- Até que gostei de Nova Iorque quando fui lá, mulheres bem interessantes - fala Suigetsu sorrindo malicioso.

- Mulheres ou uma Ruiva que você era fanático? - pergunto com ironia e ele deixa o sorriso morrer de vez.

- Brincadeira de mau gosto em Sasuke - diz ele sério - eu era fanático na Karin mesmo, mas ela só tinha olhos para você...

- Azar o dela - o interrompo - cansei de dizer a ela que eu sempre quis só a amizade dela - finalizo. 

- Mas você namorou ela cara - disse ele com o olhar de confusão.

- Esquece isso Suigetsu. Eu sempre quis somente a amizade dela. - falo já perdendo a paciência. 

- Ainda bem que pude fazê-la feliz, me dava nos nervos só em ver uma cara de tristeza naquele rosto lindo dela - fala ele abaixando a cabeça e triste.

Eu sorrio triste relembrando a nossa época de namoro, a paixão que nós dois tínhamos, as nossas saídas, sempre nós quatro juntos, sempre ela, Suigetsu e Juugo ao meu lado. O Quarteto Norowa botava medo em qualquer paspalho que vinha com papos estranhos. Sorrio nostálgico e viro a noite bebendo. Assim como os outros dias também.

~       ~       ~       ~       ~       ~       ~

Dias depois 

Acordei perdido, olho ao meu redor e reconheço o meu quarto. Como cheguei aqui mesmo? Quem me trouxe? Olho para dentro do cobertor e vejo que estou só de cueca nesse frio da porra, estranho isso. A porta abre de vez e vejo um cabelo do Satanás passando por ela já me atazanando.

- Oi gatinho, gostou da noite? Eu que fiz você ficar assim todo delicioso sem roupa.

- Não fode Suigetsu - falo suspirando e colocando a mão em minha têmpora - ai minha cabeça, o que diabos eu bebi para ficar assim em? - pergunto a ele.

- Você bebeu chopp demais e eu lhe trouxe para cá, até achar que eu era uma rosada você achou - falou ele gargalhando igual uma hiena com problema no intestino.

- Rosada? Você está louco? - pergunto confuso.

- Claro que não, você ficou toda hora "eu sei que é você Rosada, eu sei que você sentiu saudade do papai aqui" - explica ele me imitando bêbado e ainda gargalhando.

- Há há há! Pau no cú. Me dá logo minha roupa vai - falo já esticando a mão.

Levanto da cama levando minhas roupas para o banheiro enquanto aquele albino do diabo ainda ria de mim, rolo os olhos e vou banhar. Por que só agora que essa rosada aparece em meus pensamentos? Balanço a cabeça não dando ousadia para esses pensamentos. Tomo meu banho, coloco minha roupa e saio do banheiro dando de cara com Suigetsu com uma porra de uma bola de meia.

- Que merda você está fazendo Suigetsu? - pergunto rolando os olhos.

- Não tenho nada para fazer, já cocei meu saco, ai fiz essa bola de meia para passar o tempo, já que a gente só vai voltar para Tóquio amanhã. 

- Você é mesmo um pau no cú Suigetsu - falo suspirando - não sei como consigo te aturar - finalizo.

- Eu sei que você me ama Sasukinho - fala ele com uma voz toda afeminada.

- Vai para o inferno cara - digo a ele dando um tapa na cabeça dele já pegando o controle da televisão.

Passam-se duas horas e já é 12:00 horas, dou um dinheiro para Suigetsu comprar nosso almoço, enquanto isso, estava no meu notebook olhando algumas notícias, fazendo algumas coisas da máfia, de repente vejo meu Skype ser chamado por vídeo, olho e não reconheço o número, mas atendo mesmo assim.

- Achei que não me atenderia Sasuke.

- Se eu soubesse que era você, realmente não atenderia e é Owa para você - falo sério.

Ele gargalha alto olhando para a tela, viu que eu não dei a mínima para a risada dele e disfarça o sorriso.

- Recebi o seu recado.

- Ótimo. Bom que você está ciente do que irá acontecer se entrar mais uma vez em meu caminho.

- Meça as palavras, antes que você seja vítima delas Sasuke, ou melhor dizendo, Senhor Owa - sorri cínico.

- O recado está dado Rochi, não se meta em meu caminho.

- Digo o mesmo Owa, digo o mesmo - me encara sorrindo falso, encaro ele de volta sério - até qualquer hora.

Desligo a chamada com ódio, dou um murro na mesa e me levanto.

- DROGA! - grito dando um outro murro só que na parede.

- Opa, opa, opa! O que aconteceu cara? - pergunta Suigetsu entrando em meu quarto com meu almoço.

- O filho da puta do Orochimaru veio com ameaças para cima de mim - falo com ódio. 

- Eita! Filho da puta mesmo - fala ele me entregando o prato já pronto.

Pego o prato e olho para o relógio que estava marcando 12:45.

- Você demorou 45 minutos para comprar pratos já prontos seu Demônio? - pergunto encarando ele com raiva.

- Ele foi fazer os pratos caralho, como é que não demora - retruca ele.

Balanço a cabeça negativamente já comendo, até que está uma delícia. Passaram-se as horas, eu e Suigetsu ficou a tarde inteira assistindo séries e comendo, nem conversar conversamos. Eu estou doido para voltar para Tóquio, não aguento mais essa porqueira de país. Mudo o canal e dou de cara com uma notícia de dias atrás, que uma vítima foi queimada viva em Nova Iorque e que não teve suspeitos, mas que a polícia de lá estava desconfiada de que foi uma máfia a culpada. Ao olhar para o desenho, meu ódio volta, maldito Orochimaru e maldito Sasori que não serve para nada.

- Sasori inútil - falo jogando o controle longe e assustando Suigetsu.

Pego meu celular já discando o número daquele bosta, espero ele me atender, chama uma, duas, na terceira vez ele me atende.

- Akasuna!

- Que bom que é você, achei que seria um cadáver. 

- Sasuke? 

- Não. A Lady Gaga, claro que sou eu seu inútil.

- Porque EU sou inútil? Que eu saiba estou trabalhando mais que você.

- Não faz mais que sua obrigação. 

- Obrigação? - pergunta ele e o ouço dar uma gargalhada - eu tenho uma vida social Sasuke, eu não vivo para a máfia como você. Tenho um sobrenome a zelar, sabia di...

- Foda-se - interrompo ele - você entrou porque quis, se vira. - finalizo.

- Se vira. Ok e porque a ligação assim todo cheio de raiva? TPM? - pergunta ele irônico. 

- É TPM sim, peguei sua mãe menstruada por isso estou assim todo nervoso.

- Pode falar o que quiser comigo, mas nunca, repito, nunca fala da minha mãe tá entendendo. - fala ele com ódio. 

- Então não brinque com fogo idiota e leve-me a sério se quer ser levado a sério também.

- Fala logo o que você quer Sasuke e me deixa em paz.

- Quero que você leva a sério o seu trabalho na máfia. 

- Mais? Mais do que já levo? - ouço ele se alterar.

- Mais do que você já leva? Primeiro Karin, depois outra morte e agora mais uma. Todas elas nessa merda de cidade que você mora, se estivesse levando a sério elas já tinham acabado. 

A ligação fica muda, a única coisa que ainda ouvia era a respiração pesada de Sasori.

- Ok! Vou dar um jeito de tudo isso acabar.

- Bom mesmo. Se não a próxima morte em Nova Iorque será a sua.

- Você está me ameaçando?

- Entenda como quiser.

Desligo o celular na cara dele, suspiro cansado. Essa minha vida é um saco, coloco o celular no bolso da calça que vou usar para voltar para Tóquio. Subo para meu quarto já sentindo meu pescoço dolorido, entro em meu quarto já tirando a roupa ficando apenas de box e me jogando na cama, suspiro cansado fechando meus olhos e tentando dormir, amanhã eu vou embora daqui e dou oi para a minha Tóquio. 

Acordo no dia seguinte bem disposto, vou ao quarto do lado e empurrando Suigetsu da cama para ele acordar, cara enrolado. O rapaz de aluguéis de carros veio logo buscar o carro, pago ele e chamo um táxi, saio do apartamento indo ao elevador, descemos até a recepção entregamos a chave já saindo pelo portão principal. Ainda bem que essa merda de país não é o meu. Tóquio meu amor, me aguarde que já estou a caminho.

 

POV Sakura:

Tóquio, 19:00 horas

Outras 13 horas de voo naquele avião infeliz, mas pelo menos consegui dormir melhor enquanto voltávamos. 

- Me lembre de não viajar mais nunca com vocês - diz Ino suspirando.

- Pode deixar Gata, faço questão de te avisar, será maravilhoso não ter que te aturar nas viagens - fala Temari sorrindo falso para Ino.

- Vai se ferrar Temari! - responde Ino dando o dedo do meio para Temari.

Nós três damos gargalhadas de Ino, olho para frente e vejo um ruivo olhando com a testa franzida para um loiro desesperado balançando as mãos de um lado para o outro, acho engraçado essa euforia do Naruto, parece até que está vendo uma deusa. Ainda perdida naquela loucura toda do aeroporto, acabo por esbarrar em alguém.

- Desculpa. Eu estava... - me interrompo encarando aquele ser que já tomou várias vezes meus pensamentos, assim como acabou de tomar agora por causa desse maldito sorriso que ele tem.

- Será que minhas preces finalmente foram atendidas? - pergunta ele com aquele sorriso de canto maravilhoso dele, dai-me forças Deus.

Fico encarando ele sem fala e espantada, ele me olha ainda com o maldito sorriso. Volto a realidade e finalmente falo alguma coisa.

- Eu... Você... Oi! Há quanto tempo - gaguejo sorrindo sem graça.

- Realmente, faz tempo - fala ele - as vezes ainda lembro de ver você sair correndo do quarto que a gente estava - finaliza ele sorrindo de minha cara. Que vergonha Senhor!

- Mil desculpas, eu fiquei... Desnorteada demais - gaguejo ainda sem graça - eu queria ter ficado mais, mas...

- Tudo bem Rosada. - ele me interrompe - Relaxa, não precisa se preocupar. Que tal o seu pedido de desculpa ser aceito por mim se você me acompanhar em um chopp? - pergunta ele sorrindo charmoso.

O olho espantada não esperando esse convite, olho para a galera que me espera... Uai! Cadê eles? Sério que aqueles sem coração me deixaram sozinha aqui? Olho de um lado para o outro e não os vejo. É, parece que me deixaram sozinha aqui com ele mesmo, suspiro.

- Acompanho sim - digo sorrindo aberto para ele.

Vejo ele sorrir de volta, me encanto rápido demais por sorrisos, já vi que isso é meu ponto fraco. Eu o acompanho para uma lanchonete ali mesmo perto do aeroporto. Ele escolhe a mesa e me ajuda com a cadeira para que eu me sente, ele chama o garçom, logo ele chega.

- Me traga dois chopps no capricho - pede Sasuke.

O garçom anota e sai rápido indo pegar os chopps, segundos depois ele chega com eles colocando um copo na frente de Sasuke e o outro copo em minha frente.

- E como vai a vida? - pergunta ele.

- Vai indo bem - respondo - e a sua? - pergunto a ele.

- Levando. Ainda continua dançando bem? - pergunta ele passando a língua nos lábios me deixando sem graça, mas entro na onda dele.

- Depende da dança, dança normal ou uma dança mais íntima? - pergunto erguendo a sobrancelha e mordendo o lábio.

- Eu acho que a íntima me interessa mais - responde ele dando uma piscadela e gargalhando, o acompanho na gargalhada.

E assim foi passando o tempo, conversa vai, conversa vem, mais chopps vieram, de repente vejo meu celular acender a tela e ele vibrar na mesa. Olho a tela e era uma mensagem de um número desconhecido, acho estranho, mas desbloqueio a tela para ver quem é.

"Olá Minha Gatinha, que tal me ver lindo e maravilhoso só para você em? Dá uma viradinha rápida ai ;)".

Estranho a mensagem, mas me viro para trás e me assusto com o que vejo. O que essa praga de Lúcifer veio fazer aqui em Tóquio? Me atazanar? Só pode. Estava tão maravilhoso esse filho de Belzebu longe daqui.

- Sai? - sussurro ainda assustada e o infeliz sorri me acenando.

Eu só queria paz meu Deus, isso é pedir demais?