I...
Já pensaram se há uma forma correta de sobreviver? - Digo... Um jeito ético, separando o certo do errado? - Não tem. Não em uma terra sem ordem, sem justiça, um mundo dominado por caminhantes que são cercados por outros caminhantes, esses mortos. O problema maior não são os zumbis, eles são burros! O humano vivo é o problema, não todos, mas sim aquele humano burro que em vez de juntar força quer eliminar outros humanos. Isso pode ser instinto e todos nós temos, mas o humano inteligente e esperto, esse junta forças.
Não chegamos até aqui pensando e agindo com ética. Nós encontramos burros no caminho e matamos eles. Não somos vilões e muito menos somos heróis, estamos entre eles. Nós criamos nossas próprias regras, juntamos nossas forças e construímos nosso lar. Agora é só esperar o tempo passar, uma hora não terá mais burro para caminhar porque o mundo é dos espertos e não dos ignorântes.
- Filha, vem aqui. Seu irmão nasceu, aliás, seus irmãos. Peter e Wally.
II...
Vamos voltar de onde paramos a um bom tempo atrás quando ainda estávamos no Centro de Controle de Doenças, o CCD.
Um grupo surgiu e avisou os Walkers sobre uma horda com um número incontável de zumbis, Nomades e Walkers se dividiram para tentar separar os zumbis e matar o que fosse possível. Lavii havia se sacrificado na tentativa de impedir os bichos de chegarem aos muros do CCD.
Well e os Walkers são surpreendidos por um grupo de 14 pessoas Mascaradas.
- Nós vamos ajudar vocês. - Disse Bruno.
Well da um passo a frente ficando cara a cara com ele.
- É sempre bom ter ajuda. Vamos lá Walkers, temos muitos zumbis para nos livrarmos.
Bruno sorriu.
- Eu e meus amigos vamos até onde está o fim dessa "fila" de zumbis, tentaremos separar o máximo que der e acabar com o possível.
Well assentiu com a cabeça, Bruno e os Mascarados fazem o caminho de volta por onde haviam chegado até os Walkers.
- Estão se dissipando do grupo e vindo até nós - Avisou Caio. - Temos que seguir o caminho.
- Cuidado! - Gritou Cauê ao ver um zumbi branco saltando de trás de um carro e agarrando Caio que no susto aperta o gatilho de sua semi-automática, a arma dispara desgovernada, Kayo é atingido na cabeça. Caio desaba no chão com o zumbi por cima de seu corpo tentando morder seu rosto, o garoto coloca a arma na boca do zumbi e dispara. Cauê e Doug se aproximam dele e o ajudam a se levantar.
- Mordeu meu ombro. - Disse Caio, decepcionado olhando o corpo de Kayo logo a frente. - Que merda.
- Você não teve culpa. - Consolou Cauê. - Tudo bem?
- Fora eu ter matado um dos nossos. Sim. - Com dor, Caio atira contra outros zumbis que se aproximavam. - Ainda posso segurar essa arma e continuar lutando até morrer. Vamos, não podemos parar.
- Vamos. - Doug joga a última bomba contra os zumbis, ele Cauê e Caio correm para se juntar a Well e os outros que haviam se distanciado.
III...
Do outro lado da horda, os Nomades estavam tendo êxito no plano, centenas de zumbis começavam a acompanhar eles pela rua, por algumas vezes os barulhos das explosões ameaçavam atrair os bichos mas os Nomades voltavam a gritar chamando a atenção dos vivos-mortos para eles próprios. Na linha de frente, Kawan, Nico, Lukas e Fabiana abatiam os zumbis velocistas que eram os que mais levavam perigo pela aproximação rápida. Os outros Nomades davam cobertura usando apenas armas brancas nos zumbis normais que chegavam mais perto do grupo.
- Mais uns cem metros sairemos dessa rua. - Avisou Marvin. -Podemos continuar levando essa parte da horda para o leste pelo menos até onde for seguro pra gente decidir o que fazer depois.
- Matar todos está fora de questão. - Completou Lavinia.
Kawan levava aquele momento como uma grande aventura.
- Venham Zumbis! Vocês querem comida? Venham nos pegar!
O grupo continua seguindo pela rua, logo estariam levando aquela horda para o leste da cidade.
IV...
No CCD, Mika segura a emoção e não derrama nenhuma lágrima pela morte de Lavinia, ela sabia que aquele não era o momento para chorar e que a menina não havia se sacrificado em vão.
- Sinceramente. Essa menina Lavii sempre teve pensamentos suicídas. - Comentou Rinaldo. - Não me surpreendeu ela se sacrificar sendo que iria morrer mesmo. Devo reconhecer que foi um ato de lealdade a nós.
- Perdemos dois amigos e vamos continuar lutando por eles. - incentivou Wesley. - Parece que os grupos nas ruas estão conseguindo atrair os vivos-mortos, ainda tem dezenas de zumbis vindo em direção a nós, vamos acabar com eles daqui e depois iremos lá fora continuar o serviço. Nós vamos sair dessa.
Diego se apoiou no muro e começou a atirar em zumbis que perambulavam enquanto pegavam fogo.
- Talvez o único jeito de sair dessa, seja saindo daqui, fugindo desses lugar.
Wesley contou 17 flechas em sua aljava, em seguida exbravejou com a idéia de Diego.
- Merda.
Guilherme também disparava nos zumbis com sua AK47.
- Agora quer abandonar aqui que nem abandonou o hotel?
- Você tem idéia melhor caso todos esses vivos-mortos cheguem aqui? - Devolveu Diego, tentando se defender. - E os outros lá fora, como vão voltar?
- Chega! - Advertiu Mika. - Não podemos pensar em deixar os zumbis chegarem e se juntaram nos muros. Se isso acontecer nós pensamos no que fazer, agora se quiser fugir é só abrir o portão e cair fora.
Diego sorriu de canto.
- Não vou fugir. Sou um Walker e sempre ficamos na espreita não é mesmo?
- Esse é nosso lema. - Completou Leo.
Em frente ao CCD, zumbis desabavam com os ataques dos sobreviventes em cima do muro. Alguns bichos surgiam dos bosques mas a maioria ainda chegava pela rua, o número havia diminuído consideravelmente, o plano dos grupos em campo estava dando certo. Pelo leste, os Nomades atraiam parte da enorme horda pelas ruas. Os Walkers em campo, guiavam os bichos pelo oeste. Três quadras ao norte do CCD, onde os Mascarados estavam que o inesperado aconteceu.
V...
Os Mascarados correram pelas ruas até chegarem orde poderia se dizer ser o começo da horda de vivos-mortos ou "final da fila" dependendo do ponto de vista.
- Vamos mudar a direção deles a partir daqui, ou seja, temos que fazer eles voltarem para trás.
- E como faremos isso Bruno?
- Boa pergunta Livia.
- Precisamos fazer barulho assim como os outros estão fazendo. - Suregiu Livia.
Bruno levantou sua máscara de mosqueteiro e olhou ao redor entre os zumbis.
- Vamos nos dividir em dois grupos, usaremos os alarmes dos carros caso estejam funcionando. No mínimo faremos os zumbis ficarem por aqui.
- Ok. André, Mari, Marcos, Lopes, Nanda e Lari vem comigo, os outros vão com Bruno.
Os Mascarados estavam se dividindo quando um som forte e alto de buzina começou a ressoar pela rua logo atrás da horda de vivos-mortos.
- O que é isso? - Luca parou extasiado ao lado de Bruno. - Uma buzina?
- É o que parece. - Jennifer jogou o cabelo para trás e cravou sua lança na cabeça de um zumbi. - Vamos olhar ou esperar para ver?
- Fiquem em posição. - Pediu Livia. - Os zumbis estão voltando em direção ao som. Temos que sair daqui.
Na horda os bichos começaram a se virar e fazer o caminho de volta, o grande barulho de buzina estava chamando a atenção deles mais do que o som de tiros e gritos. Bastou um começar a voltar, que outros começaram, dezenas de zumbis deram meia volta, logo centenas estavam caminhando em direção a buzina.
- E aí, como está o caminho? - Perguntou Bruno para Yasmin, a garota ajeitou os olhos enquanto recuperava o fôlego.
- Estão vindo de toda parte e cercando as ruas. Não vai dar para voltarmos.
- Então também vamos em direção ao som.
- Tem certeza Bruno? - Perguntou Luca. - Poderíamos entrar em...
Outra buzina começa a tocar, uma terceira se inicia logo em seguida. Eram três verdadeiras trombetas chamando os milhares de zumbis.
Livia olhou para seu filho André. Em seguida para todos os outros.
- São pessoas fazendo isso, meu instinto diz para irmos até o som.
- Então não sou o único. - Bruno colocou a máscara de mosqueteiro de volta no rosto. - Vamos Mascarados. São as trombetas divinas, Deus está nos chamando.
- Não são sete trombetas? - Perguntou Kevin.
- 13? - Murilo olhou procurando por resposta.
- Não olhe pra mim. - Giovanna era a mais nova do grupo, ignorou as pergunta assim como todos que começaram a correr na procura pelas buzinas.
VI...
Os Nomades conseguem sair da rua principal continuando a chamar os zumbis. Ao ouvirem os sons de buzinas, os mortos começam a se desviar indo pela rua norte.
- Não se apavorem. - Kawan manteu a calma. - Saímos da rua principal e tiranos eles da direção do CCD, estamos numa encruzilhada literalmente e não importa se vamos continuar levando eles para o leste.
- Já entendi. Vamos aproveitar esse barulho que está atraindo eles e levá-los para o norte. - Fabiana correu a frente dos zumbis pela rua norte, os Nomades acompanharam a garota.
- Só não podemos deixar eles irem para o CCD. Esse é o plano.
Pela direta da horda, na rua oeste. Os Walkers estavam com um número pequenos de zumbis, na verdade ainda algumas dezenas mas perto dos milhares era um número pequeno. O som misterioso das buzinas também surpreendeu os Walkers mas eles também aproveitaram a situação para levar os vivos-mortos em direção ao barulho.
- Devem ser os Mascarados. - Falou Doug. - Eles deram um jeito de chamar os zumbis.
Júlia não perdia a chance de cortar cabeças de mortos com sua espada que cintilava na luz do sol que sumiria em menos de uma hora.
- O que faremos?
- Vamos acabar com esses zumbis que temos e voltar pro CCD. - Respondeu Well. - Ou não.
O restante dos Walkers que estavam no CCD chegam atacando os zumbis, sem entender nada o grupo que já estavam na rua continua com a chacina, todos os Walkers estavam trabalhando junto para reduzir a zero as dezenas de vivos-mortos que estavam no local. Como som de fundo tinha o dos crânios podres sendo perfurados ou esmagados, o barulho de corpos batendo no chão, sangue sendo esparramado, os gritos dos golpes que os sobreviventes davam e mais ao fundo o das buzinas misteriosas...
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