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História A Era dos Caminhantes - 9.4 150515


Escrita por: Wyzkzy

Capítulo 109 - 9.4 150515


I...

- Não tem mais nada pra fazer aqui, eu não sei fazer nada e ninguém sabe e assim será o final, o meu final. Computador, ativar reconhecimento de voz.

Reconhecimento de voz iniciado... Olá Matheus, diga sua senha para que a confirmação de acesso seja concluída

- 150515

Acesso Autorizado

- Sou o último que sobrou com acesso total aos arquivos, redes de segurança e tudo mais. Me mostre onde os testes do Vírus Etz parou.

Carregando arquivos Etz... Arquivos carregados com sucesso

- Ótimo, tenho o que preciso e sei o que fazer.

II...

Ao contrário das noites anteriores, dessa vez os sobreviventes conseguiram dormir e descansar. Integrantes dos grupos novos perambulando pelo CCD com a intenção de conhecer o local e os laboratórios, mas nem todos os locais estavam disponíveis para "visita", e alguns Walkers estavam encarregados de limitar o passeio dos curiosos. É claro que não tinha nada para esconder mas era melhor prevenir até que fosse feita uma conversa com todas as pessoas para que elas soubessem das regras do CCD. Walkers comunicaram os novos amigos sobre uma reunião e, na hora marcada, todos estavam aguardando curiosos no pátio.

Wesley caminhou até o pátio com Mika segurando firme em sua mão

- Você está ansiosa?

- Sim. - Mika, respondeu com sinceridade. - Mas não é só isso, chegou muitas garotas e pode ser que algumas tentem trocar olhares com você, e até garotos.

Wesley gargalhou, ao seu lado Brutos latiu em resposta.

- Merda. Isso é sério? Não o ciúmes e sim a outra parte.

- Sim. - Disse Julia de mãos dadas com Well, os dois também caminhavam com eles. - Eu e Mika estamos de olho em tudo.

- Todo esse tempo e elas não confiam em nós Wes. - Provocou Well, e por isso levou uma cotovelada de Julia. - Calma aí, estou brincando.

Os quatro chegam no pátio. Alaska estava sentada com Cleisla mas a deixou quando seus pais adotivos chegaram.

Mika pegou a menina no colo.

- Wes, essa é a hora em que você deve começar a falar.

O Walker faz sons com a garganta.

- Primeiramente quero agradecer a presença de todos. Vocês já conheceram a cidade e hoje puderam conhecer mais o CCD. Creio eu que isso já seja o suficiente para tomarem uma decisão simples. Vocês vão ficar aqui e se juntar a nós Walkers ou vão continuar suas jornadas e lutas assim como vinham fazendo?

Um pequeno murmúrio se inicia na multidão, em seguida um silêncio após Wesley pedir para si a atenção

- Eu e meus amigos estranhamos a aparição de três grupos desconhecidos e que do nada decidiram ajudar a gente, criamos teorias mas no final decidimos confiaram em vice que perderam tanto quando nós. Eu sempre comentei que sinto quando estou perto de pessoas boas ou ruins. O que eu sinto aqui e agora é bom, quero continuar sentindo isso pois mostrando que justos somos mais fortes. Eu quero vocês Nomades, Mascarados e... Caminhoneiros, quero que vocês sejam Walkers.

- Walkers. - Repetiu Alaska nos braços de Mika.

Todo mundo aplaudiu comemorando a junção de quatro grupos desconhecidos entre si mas que agora formavam uma só legião.

- Um por todos e todos por um! - Gritou Luca jogando sua máscara de Robin pro alto.

- Eu por você lindo! - Gritou Ashley de volta sem perceber a própria empolgação. - Aiai

- ESPEREM! - Matheus silenciou a festa. - Vocês não podem comemorar ainda... não aqui.

- Ah não. - Lamentou Leo. - Lá vem.

Wesley caminhou até Matheus.

- O que você está querendo dizer?

De cabeça baixa, Matheus começou a chorar.

- O CCD vai se auto destruir em menos de 3 horas. Eu ativei... me perdoem.

Após o silêncio momentâneo, o que era comemoração e festa já estava tomando rumos diferentes para pânico e desespero.

- Cancele! - Pediu Mika quase que ordenando.

- Não posso.

- Não porra, não é possível. - Jean pulou em cima de Matheus e o segurou pela gola da camisa. - Não vai dar uma de Dr. Jenner agora.

Wesley e Well afastaram os dois rapazes. Matheus se levantou segurando o braço ralado, seus olhos cheios de lágrimas mas no rosto um sorriso um tanto assustador.

- Já está feito, vocês tem menos de 3 horas para irem embora. - Avisou Matheus. - Isso é o suficiente para estarem longe no momento da explosão.

- Isso é verdade? - Perguntou Well.

Matheus confirmou movimentando a cabeça.

- Vejam vocês mesmos.

III...

Alguns Walkers, Kawan e Fabiana dos Nomades e João dos sulistas, todos acompanham o rapaz até a sala de controle geral do CCD. Era uma sala grande, havia uma mesa no centro com oito cadeiras em volta, armários nas paredes laterais, na parede central uma tela com o cronômetro mostrando a contagem regressiva para a destruição.

Wesley suspirou de cabeça baixa. - Pessoal, falem para todos se organizarem, peguem tudo que puder ser levado com a gente. Vamos embora.

Apressados e desconsolados, todos saem da sala exceto Wesley e Matheus. Mika quis ficar mas Wesley pediu para ela subir e deixar eles a sós.

- Me desculpe. - Disse Matheus.

Wesley puxou uma cadeira e sentou.

- Por quê?

- A chance que tínhamos era Isabelle. Com ela morta o CCD não tem mais serventia, eu olhei os arquivos Wesley, não posso continuar o trabalho que ela estava fazendo que por sinal, são só pesquisas, nada de antídoto, cura, antivírus. Nada.

- E agora todos nós teremos que deixar esse lugar que lutamos tanto para proteger.

Matheus se sentou no chão ficando encostado na parede.

- Eu nem ia avisar vocês mas vi todas aquelas pessoas confiando umas nas outras. Você conquistou isso tudo, mas, deve seguir conquistando em outro lugar. Eu irei ficar e morrer aqui, irei morrer feliz por ter feito parte dos Walkers.

Duas horas e trinta minutos para a auto destruição. 

- Pelo menos não vai morrer sozinho. - Wesley se levantou e foi até a saída. - Tem o computador com você.

- Atena, como a deusa grega. - Devolveu Matheus. - pela inteligência e sabedoria.

- É, eu conheço. - Wesley fechou a porta deixando o cientista Matheus e a consciência Atena esperando pelo fim.

IV...

Aproximadamente uma hora antes da destruição, os sobreviventes terminavam de colocar em um dos grandes caminhões dos sulistas, as coisas que iriam levar do CCD.

- E para onde nós vamos amigo? - Bruno parou ao lado de Wesley que observava o Centro Anti-vírus. - É, nem deu tempo de me apegar ao lugar.

- Sorte a sua, aliás, não podemos nos apegar a nada. - Wesley deu tapinhas no ombro de Bruno. - Você que veio de Campinas não vai achar tão ruim voltar para o interior, vamos para minha cidade...



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