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História A era dos Talamaurs - O rei


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo?

Vi que muitos ficaram surpresos com os acontecimentos do capítulo anterior, mas não se preocupem... as coisas estão acontecendo para poder unir os personagens mais a frente!
Obrigada pelo carinho de todos, pelos comentários e por estarem favoritando a história!
Espero que gostem!

Capítulo 24 - O rei


Fanfic / Fanfiction A era dos Talamaurs - O rei

Karin estava preocupada, deitada na cama do quarto de Sakura, esperando pelo momento em que ela irrompesse a porta na companhia de Naruto, mas isso demorava demais para acontecer. Usava a unha do dedo polegar para beliscar compulsivamente o dedo anelar, suas pernas, cruzadas, balançavam de um lado para o outro.

Graças a Shikamaru, ela e Temari conseguiram esconder os corpos, que foram colocados dentro de baús e levados para fora da cidade. No meio do trajeto, quando saíram de dentro do galpão, a freira que acendera as velas na igreja estranhou a movimentação, por sorte a mulher reconheceu Temari e as duas ficaram conversando sobre a catequese que fizeram juntas quando crianças. Enquanto a conselheira se encarregara da distração da mulher, Karin e Shikamaru deram duas idas e vindas. Carregaram os baús com dificuldade e jogaram os corpos e as espadas que encontraram no galpão na floresta que crescia a cerca de um quilômetro da cidade.

Usaram dois cavalos e uma carroça, que Shikamaru pagou, mas ficou reclamando pelo aluguel que fora cobrado pelo camponês, dono do transporte. Temari tagarelava com a outra freira. Todo aquele peso, que tiveram que carregar de dentro da igreja até o lado de fora e da ponta de onde surgiam as primeiras árvores até mata adentro, fez com que Karin ganhasse um mal jeito nas costas, e que o ferimento no braço de Shikamaru se abrisse. Ao terminarem, praticamente tiveram que arrastar Temari, já que a celibatária que conversava com ela não queria parar de falar. Tiveram que apelar para o bom senso, mostrando o ferimento de Shikamaru, só assim escaparam.

Mesmo com a dor que lhe afligia as costas, Karin cuidou do braço de Shikamaru e, no processo, teve que escutar ele e Temari brigarem, como se fossem duas crianças em uma luta desesperada por uma goma de mascar. No fim, os conselheiros se abrandaram e Shikamaru se disse fiel a elas. A conversa terminara ali, porque todos os integrantes do Conselho foram chamados para uma reunião de emergência.

Agora Karin usava preto, não sabia por quanto tempo o luto se estenderia, mas acreditava que não por muito. O que representava uma tragédia ainda maior para ela.

Três fortes e secas batidas na porta fizeram Karin saltar da cama em um pulo, mas, antes que tocasse a maçaneta, veio algo em sua mente: não poderia ser Sakura. Se fosse ela, já teria entrado sem bater, afinal, o quarto era dela, mas já era meia madrugada e todos já deveriam estar em seus aposentos. Mais três batidas e a porta se abriu. Os olhos da garota se arregalaram, suas mãos começaram a tremer, mas ela as fechou, tentando se desvencilhar de sua fraqueza.

O oficial general estava sério, bem mais sério do que o normal, suas vestes também eram de luto e seus cabelos se encontravam mais curtos que da última vez que a garota o viu, e em sua bochecha se via uma marca azulada, onde lhe nascia a barba, indicando que a pouco a fizera. Kakashi dardejou o quarto com os olhos, parando-os em Karin, entrou e fechou a porta atrás de si.

A garota temeu.

— Onde está Sakura? — A voz era áspera.

— Não sei.

— Eu já sei que ela foi atrás de Naruto, Karin. Onde ela está agora?

— Como sabe que ela foi atrás de Naruto?

— Temari e Shikamaru falaram. Sakura me falou sobre você e Temari, me disse que sabem sobre o segredo de... nosso segredo. Mas não se preocupe, ninguém mais além de nós, daqui do castelo, sabe.

— Então por que os conselheiros contaram que Sakura foi atrás de Naruto?

Ficaram em silêncio por alguns instantes, nada moviam, apenas se encaravam.

— É complicado. Onde ela está?

— Eu não sei!

Kakashi bufou, parecia preocupado. Passou por Karin e atravessou o quarto. O temporal começou. A garota encarava o oficial enquanto tentava conter sua respiração ofegante. Chuva entrava pela janela, molhando o quarto. Kakashi a fechou. A porta se abriu mais uma vez.

Karin não conseguiu mais conter sua tremedeira, tinha medo de não conseguir permanecer de pé. Seus joelhos batiam um contra o outro, parecia sufocar.

Sakura estava coberta de sangue, desde os cabelos até as botas marrons que usava. Estava suada, arfante e paralisada com a visão de duas pessoas em seu quarto. Karin se moveu, suas pernas pareceram caminhar por conta própria, as costas doíam. A ruiva empurrou Sakura para dentro do quarto, foi até a porta e olhou de um lado a outro. Não tinha ninguém; nessa noite até os guardas haviam sido reposicionados.

— Por que está assim? Onde está Naruto? — Kakashi perguntou, a voz que antes era ríspida agora estava abalada.

— É... eu — engoliu em seco — não sei.

— Não é...

— Chega. — Karin o cortou. — Sem perguntas. — Segurou com força no braço de Sakura e começou a arrastá-la para dentro do banheiro. Sakura também tremia.

Karin não fechou a porta do banheiro, nem mesmo conseguiu se lembrar disso. O barulho da chuva forte preenchia o cômodo. Trovejou, e Sakura deu um pulo pelo susto. Karin a manteve firme, enquanto arrancava as roupas ensanguentadas do corpo da amiga, que permanecia atônita. A água do ofurô já esfriara, mas não fez muita diferença, já que o tempo estava abafado. A ruiva fez com que Sakura se sentasse em cima da tampa da latrina florida e a deixou ali por um instante.

Kakashi permanecia perto da janela, com os braços cruzados e aflito, observou Karin abrindo uma cômoda e puxando de lá uma muda de roupa e duas toalhas, retornando apressada ao banheiro em seguida.

Com uma das toalhas, Karin limpou o sangue do corpo de Sakura, molhando, torcendo e passando mais outra vez o tecido nela. Ao terminar, fê-la entrar no ofurô. Sakura parecia uma boneca.

Elas nada falaram. Retornaram para o quarto assim que terminaram, Sakura vestida em uma roupa larga, e Karin com uma parte da saia que usava molhada. Sentaram-se na beira da cama e Kakashi puxou uma cadeira, colocando-a menos de um metro na frente delas, e se sentou.

— O que aconteceu? De quem era aquele sangue? — ele perguntou. Ela olhou para as mãos.

— Sakura, estamos em uma situação complicada aqui. De quem era o sangue que estava no seu corpo? — Karin ajeitou os molhados cabelos rosas da garota, mas ela nada disse. — Alguém viu você chegar?

— Não — respondeu. A voz estava firme. — Abandonei meu cavalo e entrei na cidade quando os guardas estavam distraídos. — Karin e Kakashi se encararam.

— E o sangue, era de quem? — o oficial insistiu.

— Por que estão me fazendo tantas perguntas?

— Onde está Naruto? — Kakashi a segurou pelos ombros. — Onde ele está?

— Eu não sei.

Karin empurrou o oficial, fazendo-o tirar as mãos da amiga.

— Ok! — Karin ignorou o olhar do homem, se virou para Sakura. — Tem certeza de que ninguém te viu?

— Tenho!

— Então, se alguém te perguntar onde estava depois de meia noite, diga que comigo.

— Por que está fazendo isso? — Kakashi perguntou.

— Como por quê?! Ela e Naruto estavam sumidos, o rei foi assassinado e os únicos moradores do castelo que não foram localizados no suposto horário da morte foram ela e Naruto. — Sakura arregalou os olhos. — Antes de meia noite eu estava com Temari e Shikamaru, mas depois disso fiquei aqui no seu quarto, te esperando. Então se perguntarem alguma coisa, diga que estava comigo.

— Ela tem razão — disse Kakashi. — Sakura, foi você?

— O quê!? Não! — Karin respondeu por ela.

— Será que você não percebe que ela estava coberta de sangue? — questionou o oficial. Sakura pulou, mais um forte trovão.

— Sim. Eu percebo. E é por isso que você tem que me ajudar a jogar a água do ofurô fora e queimar as roupas que ela estava usando. Não vou deixar que cheguem perto dela. — Karin estava determinada.

— Naruto... — Sakura sussurrou. — Eu não o encontrei.

— O Naruto sabe se virar. Vamos fazer o que for possível para ajudá-lo, mas não podemos nos arriscar demais também. Vamos esperar amanhecer, ver se ele aparece, então resolver...

— Não vai perguntar como o rei morreu? — Kakashi interrompeu a ruiva.

— O sangue do corpo dele desapareceu? — Sakura perguntou.

Chega de perguntas! — gritou Karin. Mais um trovão.

Ao leste do castelo quatro torres, em cima de um bloco de gnaisse, uma capa branca esvoaçava baixo, encharcada pelo temporal. As botinas pretas estavam cobertas de lama, as calças por dentro delas, mas mesmo assim podia-se ver respingos de barro na parte de atrás até a metade da capa. Toneri comtemplava a vastidão do reino humano com um sorriso sinuoso nos lábios.

Seus guardas não tinham conseguido encontrar Belial e os membros de seu clã, mas o líder supremo já não mais se importava com isso. Estava farto de desperdiçar oportunidades, o mundo novo abria para ele um leque de possibilidades; entre elas a de acabar de vez com a guerra com os Hyuuga.

 

 

Floresta negra

 

O temporal havia passado, poças de água da chuva se formaram em vários pontos espalhados do lado de fora do castelo Geri, o chão era puro lamaçal. Os talamaurs se espalhavam por todos os cantos, procurando por lugares que permitissem que eles vissem a execução. Alguns se aglomeravam no salão de entrada, logo atrás dos líderes e mais importantes membros dos clãs, outros estavam nos andares acima, empoleirados nas janelas, alguns outros olhavam por cima dos ombros destes e pelas frestas de seus corpos; todos queriam ver.

Hiashi estava na frente de todos, a um passo da porta de entrada, os outros líderes ao seu lado, Hinata à esquerda de Sasori e Ino ao lado desta. Ren e Yukiko, os traidores capturados, encontravam-se amarrados em um tronco revestido com aço que fora fincado no chão barrento por Sasori, a cerca de sete metros do castelo.

Ren se sacudia, tentava se desprender das grossas correntes de aço que o prendia, mas não conseguia nada, e Yukiko permanecia quieto, com a cabeça baixa. Os primeiros raios solares começaram a despontar no horizonte. Já esperavam por dois quartos de hora quando a luz do sol tocou o tronco. Para Hinata, aquela espera estava sendo pior do que a execução em si.

O sol tocou a pele dos prisioneiros.

Nada aconteceu.

Perturbada, a Hyuuga olhou para Ino, depois para os líderes. Todos estavam boquiabertos, mas ninguém soltava um som sequer.

Esperaram. Os raios solares chegaram à porta de Geri. Esperaram.

Hinata estava desesperada, seu coração batia fortemente. Todos estavam aterrorizados e deslumbrados ao mesmo tempo.

— Achei que fosse apenas um mito — sussurrou Hinata.

— Eu sempre soube que não — disse Ino, olhando para os prisioneiros que se banhavam no sol e nada sentiam.

Quilômetros de distância dali, o estado deixado pelo temporal era pior na densa floresta que se propagava por uma extensão quase que incontável. No meio da mata havia fogo, por conta dos raios que caíram, ele se alastrava com facilidade e deixava nuvens cinza-escuras encardirem o céu. Fuligem e restos da queimada voavam e caíam no solo quente, madeiras crepitavam e o calor causava ondulações na paisagem, como uma miragem em meio a um deserto. Outros focos menores de incêndio acometiam a brenha e animais fugiam para se proteger.

Na ponta da floresta, que dava para a pequena estrada de principal acesso dos humanos e híbridos gigantes, um corpo estava estirado no chão. O sangue de Kakuzu fora lavado pela chuva, sua roupa estava completamente molhada e sua pele mole como uma esponja.

Só havia ele ali.


Notas Finais


É isso aí pessoas! As coisas estão ficando cada vez mais tensas! Agora resta saber o que realmente ouve com a nossa guria, além de que o Narutinho está meio que "desaparecido" depois do que aconteceu!
E o sol?! Bom... agora os talamaurs não precisam se preocupar com ele mais, ao que parece!
Logo tudo será esclarecido, espero que tenham gostado!
Bjs!


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