História A Fera e a Fera - Sarrando

                                                                                  DIA SEGUINTE

Acordei e percebi que hoje seria o grande dia, o dia da festa. Já estava de manhã, então eu teria quase o dia inteiro para me arrumar para ir para a festa, que iria acontecer a partir das 17h. Com animação, me levantei da cama com um pulo só e minha mãe entrou no meu quarto, sem bater na porta.

— Mas já tá acordada, mono? — Minha mãe perguntou, aparentando estar surpresa com o fato de eu ter acordado cedo.

— M-mono o quê? — Perguntei, não entendendo o apelido.

— Celhuda. — Ela completou.

— E-e-eu já estou cansada desses apelidos, mãe... — Gaguejei de nervosismo.

— Engraçado, né, Lia, quando cê sofria bullying, tu não falava nada. — Minha mãe disse.

— Ai, tá bom.

— Mas me diga, minha filha, por que acordou cedo? — Ela perguntou, desconfiada.

— Vou a uma festa hoje. — Respondi.

— Com permissão de quem?

— É... eu ia perguntar se eu podia ir. — Falei, atrapalhada.

— Depende... com quem cê vai ir? — Minha mãe perguntou, pensativa.

— Com as minhas amigas. Agora vou tomar banho, tchau. — Sumi da frente da minha mãe, sem nem escutar o que ela estava falando. Aparentemente ela deixou.

 Eu tomei banho e fiz outras coisas, esperando as 17h chegarem, até lá eu já estaria pronta.

                                                         POV Gwen Heigl

O horário esperado chegou, e eu estava mais do que ansiosa para ir para a festa do Adolf... E claro, eu teria que ligar para a Kate antes de sair de casa para confirmar se ela iria ir na festa ou não. Ayla já tinha confirmado, Lia também, só faltava ela. Peguei meu iPhone 10 e liguei para a Kate, com a esperança de ela atender. E ela atendeu.

“Oi, favinho de mel, vai ir para a festa?”

“Vou ir sim, Gwen. Espero que o Fares não vá, por mais que eles sejam amigos.”

“Não se preocupe, se ele te seqüestrar de novo, eu mato a família dele.”

“Credo, que isso, Gwen?”

“Vou desligar, meu mel, te amo.”

Desliguei o meu celular, e saí de casa sem avisar minha mãe, afinal, não tinha necessidade de manter ela informada. Peguei um papelzinho do meu bolso com o endereço anotado, e fui em direção ao ponto de ônibus.

                                               POV Lia Sathflerz

Cheguei no meu destino, e uau... A festa era na casa do Adolf, e tinha muita gente, muita gente mesmo. O Adolf era tão rico que tinha até um segurança segurando uma lista com os nomes. Observando todo mundo querendo entrar,  consequentemente avistei Ayla no último lugar da fila, com um pirulito na boca. Rapidamente fui em direção a fila, com o objetivo de ficar atrás de Ayla, mas alguém entrou na minha frente primeiro... Quem entrou foi o Fares... Em seguida, vi Ayla olhando para trás e dando de cara com ele, a reação dela foi um tanto engraçada, até que ela me viu, e piscou.

— Oi, Fares. — Ela interagiu com o Fares, finalmente.

— Oi, Aylão. — Ele respondeu, a chamando por um apelido carinhoso.

— Será que você podia dar seu lugar para a Lia? — Ayla apontou para mim, que estava atrás do Fares.

— Opa, mas é claro. Rsrsrs. — Fares olhou para mim com uma cara maliciosa e rindo, e eu fui no lugar dele e ele ficou atrás de mim, no meu lugar.

Eu e Ayla finalmente conseguimos entrar na festa, e era muito grande o local, muito mesmo. A gente ficou conversando enquanto pegava alguns salgadinhos, e eu percebi que Gwen e Kate ainda não tinham chegado, e que Fares estava me observando.

— A-a-a-Ayla... é impressão minha, ou o Fares está me observando? — Perguntei, tímida e com um refrigerante em mãos.

— Ele tá afim de você, miga. — Ayla respondeu, com a maior naturalidade do mundo.

— S-sé... — Antes de eu completar o que eu ia falar, Fares chegou e se intrometeu na conversa.

— Oi, Lia, tudo bom, gatinha? — Fares perguntou, com uma cara de safado.

— Ih... não vou atrapalhar o casalzinho. — Ayla disse isso, e em um piscar de olhos ela sumiu, não consegui identificar ela. Ela me deixou sozinha com meu crush.

— Olha... Lia, cê é uma guria muito legal, muito bonita... Me pergunto se cê gostaria de falar mais comigo, assim, sabe? Trocar umas idéias... — Falou ele, todo cheio de gírias.

— A-ah... P-p-p-p-pode ser... — Fiquei vermelha, mas dei um sorrisinho.

— Quer beber uma coisa?

— E-e-eu já tomei refrigerante... não estou com sede, o-o-obrigada... — Respondi a pergunta dele, gaguejando.

— Mas isso não assassina a sede, gatinha. — Ele pegou a latinha de refrigerante que estava em minhas mãos e jogou no chão, rapidamente ele pegou uma bebida misteriosa e chegou perto de mim novamente.

— Prova isso daqui, cê vai gostar. As pessoas dizem que é bão para a saúde. — Fares falou, tentando me convencer.

— A-ah... Ok... não vai me fazer mal nenhum. — Peguei a bebida que estava na mão dele, e bebi como se estivesse morta de sede.

— Agora cê quer dançar? Posso pegar outras bebidas procê, se cê gostou. — Fares falou, com um sorriso.

— G-gostei sim... E quero dançar. — Falei, totalmente segura de si.

                                                  17 MINUTOS DEPOIS

Me encontrava de frente para um cercadinho, com as mãos no cercadinho, me segurando, pois Fares estava agarrado em mim, e estava fazendo movimentos de vai e vem atrás de mim, nós estávamos com roupas, e todos estavam aplaudindo, Fares estava sarrando em mim, agarrado em mim como um cachorro no cio. Sabe quando os cachorros fazem aquele negócio na perna dos donos? Então... Ele estava indo com muita força, quase que me derrubava para o outro lado do cercadinho.