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História A Fera e a Fera - Contas acertadas


Escrita por: Mishamiigos

Notas do Autor


Espero que gostem do capítulo. Na minha opinião, ele está muito emocionante. xD

Capítulo 20 - Contas acertadas


Fanfic / Fanfiction A Fera e a Fera - Contas acertadas

                                                     POV CORINNE RUSSEAU

Eu havia descido do carro, minha mãe finalmente tinha tomado a iniciativa de me levar pra escola pelo menos uma vez na vida. Se de manhã eu já estava de mau humor, imagina agora. Me despedi rapidamente dela, e fui andando em direção ao pátio da escola. Avistei a Lia de longe, conversando com a Gwen. Ajustei minha mochila nas costas com raiva, e continuei andando normalmente enquanto ainda não havia tocado o sinal. Ficar sem a Ayla era chato, acho que ela estava em algum canto por aí.

Ouvi uma pessoa gritando meu nome, e surpreendentemente era a Kate. Querendo saber o motivo de ela ter me chamado, apressei o passo, indo em direção à ela. Foi quando durante o percurso,  acabei sentindo um puxão forte no meu braço, e esse puxão, acabou me fazendo ir com tudo para trás. Com sorte eu acabei não caindo, mas parecia que quem havia me puxado era forte. Tinha uma multidão passando na minha frente, então acabei perdendo de vista a Kate.

Olhei para o lado rapidamente, com interesse de saber quem havia me puxado, e tomei um susto. Era o Luke, escravo do Kaine. Obviamente teria mais escravos do Kaine, então olhei ao meu redor, demonstrando desespero. Henry estava à minha direita, então eu finalmente me virei, e vi ele: Kaine, o macaco, o porco, o confeiteiro.  — São tantos apelidos...

— Se tentar fugir vai ser pior pra você, sua criada. — Kaine se aproximou de mim, e me ameaçou.

— Isso mesmo. Nem tenta dar uma de maria macho, viu? — Luke ia pegando no meu braço, pra tentar me segurar, mas impedi, dando um tapa na mão dele.

— Quem você pensa que é, sua puta? — Luke se irritou com meu tapa, e começou a disparar ofensas. Ele falou meio baixo, mas a multidão já tinha ido embora, provavelmente pra dentro da escola. Devia faltar uns 2 minutos para tocar o sinal, então realmente, não tinha mais tanta gente.

— VOCÊ NÃO TOCA EM MIM, PROJETO DE MARGINAL! — Comecei a discutir, e a ficar nervosa ao mesmo tempo. Eu não sabia o que fazer.

Em seguida, me vi sendo puxada à força pelo Henry e pelo Luke. Kaine estava falando que se eu gritasse, eles iriam me deitar ali mesmo. Eles me puxaram para um lugar que não ia quase ninguém, eu já estava achando que ia ser estuprada.

— Agora a gente tá sozinho, sua putinha. Vai fazer o quê? — O Luke largou meu braço com força, finalmente me deixando livre e indefesa.

— Kaine, por favor, me desculpa! Eu não quis fazer aquilo, me deixem ir embora. — Percebendo que xingar, fazer birra não ia adiantar, comecei a fazer um drama, fazendo um pedido de desculpa falso, apenas para me livrar daquilo.

— Pena que eu sou rancoroso, e não esqueço o que me foi feito ontem. — Kaine falou, sendo debochado. Grrr... Odeio ele.

— Henry, a gente já foi amigo uma vez. Você vai se esquecer disso? — Fiz uma cara triste, para que ele ficasse com pena de mim. Mas obviamente, não iria dar certo, amigos do Kaine e o Kaine são piores que... Não sei.

— Vai se foder, sua gorda do caralho. Nunca tive uma amizade com você.  — Henry me respondeu, dessa vez sendo frio e rude. A gente já tinha sido amigos uma vez, mas obviamente ele cortou amizade comigo por causa do Kaine.

— Vai negar agora? Nós até falávamos mal do Kaine, Henry! — Meu plano mudou, o novo plano era tentar botar o Kaine contra um de seus escravos.

— Cala a boca, caralho! — Henry se irritou e foi pra cima de mim, me acertando um tapa no rosto. A parte do meu rosto em que ele acertou um tapa, começou a arder. Eu arregalei os olhos, olhando para ele. Em seguida, coloquei a mão na minha bochecha, o local do tapa.

— Seu covarde! Fica longe de mim! — Me afastei do Henry, caminhando para trás. Com isso, acabei batendo as minhas costas contra a parede. Percebi que eu estava totalmente indefesa, e o desespero começou a bater. O Kaine e o Luke estavam rindo de mim, enquanto o Henry... Ele aparentemente estava furioso.

— Gostou do tapa, shema? — Kaine começou a provocar, quando percebeu que os três estavam com a vantagem.

— PARA COM ISSO! — Falei, meio que gritando.

— Não vou parar até ver você sangrar até a morte, sua puta. Eu quero que você morra, obrigado e de nada. — Kaine começou a estampar o ódio dele contra mim.

Em seguida, o Luke chegou perto de mim e me deu um chutão na perna, com toda a força que ele tinha. Eu senti uma dor nessa região que nunca havia sentido antes, e ao sentir essa dor, dei um grito, quase sem força. Aquilo tudo estava sendo muito doloroso, tudo que eu podia fazer era gritar, mesmo que quase ninguém pudesse ouvir. Depois desse chute, eu sentei no chão, de tão nervosa que eu estava, acho que já não tinha mais chance de eu ficar em pé por muito tempo.

— Ficou sem forças? Achei que você era mais forte, Corinne! Você não demonstra ser fraca assim nas aulas de educação física. Vamos, levanta! — Kaine ficou na minha frente, comentando o meu sofrimento.

Eu já ia fechando os olhos, desistindo totalmente de tudo aquilo, quando ouvi uma voz familiar. Pela primeira vez me senti feliz em ouvir ela.  De relance vi o Peter gritando, correndo em minha direção, com uma mochila. Aparentemente ele havia chegado super atrasado.

— ESPERO QUE NÃO ME OBRIGUEM A USAR MINHA HABILIDADE DE LUTAR! — O Peter finalmente parou de correr, e estava meio distanciado dos três babacas. Ele começou a gritar.

— Vai lutar contra três igual você lutou na festa, mostrando o quanto você entende de luta? — Kaine deu um passo à frente, desafiando o Peter.  Os outros dois estavam atrás do Kaine...

— Contra três? Achei que você era mais corajoso, Kaine. Agora percebi que não passa de um covarde, que quer me bater junto com duas pessoas. — Peter rebateu, aparentemente bravo.

— Sim, contra três. Ninguém mandou se meter onde não é chamado. — O Kaine parecia ter medo de ir sozinho, não sei. Eu estava sentada, com a perna machucada, sem poder fazer nada.

— Viadinho escravoceta, com certeza. — Luke se pronunciou.

— Sua mãe não me achou viadinho ontem à noite. — Peter, indecentemente, provocou o Luke.

Luke, irritado, partiu para cima do Peter, deixando o Kaine para trás. Luke direcionou o seu punho cerrado à face de Peter, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa, Peter segurou o braço do Luke. O Luke era forte comparado a uma mulher, mas não era tão forte comparado a um garoto igual ele. Em seguida, Peter disparou um socão no olho de Luke, quase fazendo ele ficar cego. O idiota cambaleou para trás. Aparentemente o Peter deu um bom soco nele.

— E agora? Tá melhor assim? — Peter, ao perceber que Luke não iria mais atacar, provocou Kaine e Henry.

— O que é isso? — Um menino do nada chegou no local, e eu não conhecia ele. Atrás dele estava o... Alves. Urgh, que ridículo.

— SAIAM DAQUI! — O Kaine começou a gritar com o Alves e o menino, pedindo para que eles saíssem.

— OLHA AQUELA GAROTA JOGADA NO CANTO! ALVES, FAZ ALGUMA COISA! — O garoto desconhecido se apavorou, e pediu para que o Alves fizesse algo.  Pelo que eu sabia, o Alves já fez jiu-jitsu, ou alguma coisa do tipo. Ele ainda deve fazer.

— Rock, você só faz boixta! — O Alves aceitou fazer algo, mas ficou bravo com o menino, que se chamava Rock.

— É melhor vocês irem à fava logo, ou terão que me enfrentar. — Alves tomou iniciativa, e tentou ficar o mínimo possível perto do Kaine e do Henry. O Luke estava com a mão no rosto, aparentemente ele não ia brigar.

— Não tenho medo... HENRY! — Kaine chamou Henry pelo nome, e Henry, como um bom servo, se posicionou ao lado de Kaine, pronto para distribuir socos e chutes.

Os dois burros, Kaine e Henry, foram para cima de Alves e Peter. Antes que Kaine desse um soco na fuça de Peter, Alves entrou no meio e virou uma cambalhota, durante essa cambalhota, Alves conseguiu disparar um chute na barriga de Kaine. Henry desistiu de atacar os dois e tentou ajudar o Kaine, que caiu sentado, devido ao chutão na pança. Alves felizmente não perdoou, e meteu uma voadora nas costas de Henry, fazendo o Henry cair no chão, totalmente sem dignidade.

— Uau... — Peter arregalou os olhos, totalmente surpreso.

— De nada. — Alves virou as costas, e foi em direção ao Rock, cochichando alguma coisa. Esse vagabundo não foi capaz nem de me ajudar.

Percebi que após a surra, o Kaine, Henry e Luke saíram dali, provavelmente voltaram para casa. O Peter ainda estava boquiaberto com as habilidades do Alves.

— Vai me ajudar ou não, macaco? — Perguntei para o Peter, irritada.

— Ah, sim. Desculpa. — Peter saiu da sua espécie de transe e veio correndo em minha direção, com uma expressão aparentemente preocupada.

— Finalmente... — Falei, enquanto o Peter tentava me levantar.

— O que eles fizeram com você? — Peter perguntou.

— Nada demais... Só me chutaram e me deram um tapa. — Ainda bem que você chegou a tempo. — Esbocei um sorriso.

— Como você deixou isso acontecer? Meu deus do céu, macaca. — O Peter finalmente conseguiu me deixar em pé.

— Eles me puxaram quando eu fui falar com a Kate! Se eu pudesse fazer algo, eu teria feito.  Que saco! — Comecei a me exaltar.

— Calma, eu só perguntei. Mas o que a gente faz agora?

— Eu vou reportar isso para alguém daqui do colégio, e ver se consigo entrar na sala de aula ainda. — Expliquei.

— Por sua culpa eu perdi uma aula, sabia? — Peter finalmente notou que havia perdido uma aula... Pfftt.

— Não tenho culpa se você me ama. — Falei, e comecei a andar, com uma dor do caralho na perna, com objetivo de ir para os corredores da escola.

— Você viu a surra que o Alves deu no Kaine e no outro menino? E eu batendo no Luke? — Macaca,  me espera! — Peter começou a fazer várias perguntas, e apressou o passo para tentar me alcançar.

— Eu vi, não sou cega. — Respondi.

— Mas você tava quase desmaiada naquele canto! — Peter falou isso, acho que com objetivo de me zoar.

— EU???????? — Fiz uma cara de surpresa, como se não tivesse acreditando no absurdo que ele tinha falado.

— Você mesma, nem adianta dar uma de fodona. Se não fosse por mim, você estaria no hospital. — Peter começou a discutir comigo.

— HAHAHAHAHA! OLHA QUEM TÁ FALANDO, A PESSOA QUE PAROU NO HOSPITAL SÓ COM UM SOCO! — Comecei a gargalhar.

— Eu já falei que eu escorreguei e bati a cabeça! Parece até que não escuta o que eu falo! — Peter começou a se zangar, enquanto eu estava rindo.

— Não escuto mesmo, macaco. — Empurrei ele, fazendo ele quase tropeçar em uma pedra que estava no caminho.

— PARA, VAGABUNDA! — Comecei a rir, e a retribuir os xingamentos. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. xD


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