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História A Fera e a Fera - Halloween do Chase


Escrita por: Mishamiigos

Notas do Autor


Espero que gostem, pessoal. É um capítulo especial.

Doces ou travessuras!

Capítulo 21 - Halloween do Chase


Fanfic / Fanfiction A Fera e a Fera - Halloween do Chase

POV AYLA GWENK

Sábado, à tarde... O que eu poderia fazer nesse dia tão entediante? Isso mesmo, me arrumar para a festa de Halloween. Terminei de pentear meus cabelos e passei logo para a maquiagem, eu iria me fantasiar de esqueleto, ou algo do tipo. Passei um pó branco no rosto, que me deixou parecendo o Fantasminha Camarada, e logo em seguida, peguei um lápis preto e comecei a pintar as partes certas do meu rosto, ou seja: nariz, boca, olhos...

Peguei no meu armário o traje de esqueleto que eu havia comprado há pelo menos uma semana atrás. Vesti o traje e fui correndo me olhar no espelho, pra ver se tinha ficado bonito. E pra minha surpresa, o resultado ficou incrível. Me senti super brogueirinha, e comecei a mexer nos cabelos. Até que alguém abriu a porta, sem bater. Era a minha irmã, a Ju.

— E aí, Ayla. — Ju entrou no meu quarto e se acomodou num puff preto que estava no chão, cruzando as pernas.

— E aí, Ju. Me arrumei pra festa de Halloween do Chase, será que tá bom? — Perguntei, me virando totalmente pra ela, e botando a mão na cintura, como se fosse uma modelo super famosa.

— Ficou top. Mas quem é Chase? — Ela perguntou, fazendo uma cara.

— Um menino da escola, esqueci de te contar. Ele convidou quase todo mundo pra festa, menos o Adolf, por causa do barraco que deu aquele dia.

— Eu lembro. Aquele Erick quase morreu junto com outro menino, né? — Eu deixo a Ju saber de tudo, tudo mesmo. Ela é a pessoa que mais sabe da minha vida escolar, etc.

— Sim, junto com o Peter. O Adolf deu um socão giratório nos dois e CRÁU! Caíram durinhos. — Contando a história, fiz um barulho alto, que acabou assustando a Ju.

— Misericórdia! Que susto, Ayla. — Minha irmã mais velha botou a mão no coração, que acabou gerando risadas de ambas as partes.

Eu matei tempo falando com a Ju, ela sempre me ouve quando eu conto algo. É uma irmã bem atenciosa, digamos assim. Ela tem por volta de 20 anos e já está na faculdade, o orgulho da mãe e do pai. Logo, logo, eu alcanço a Ju.

Me despedi da Ju à noite e fui direto para o ponto de ônibus. A mãe deixou eu ir porque eu contei pra ela que a festa do Chase haveria no máximo... Bebidas. Diferente da do Adolf, não teria drogas nem nada, mas naquele dia da festa do Adolf, eu não havia comentado que certas pessoas usavam drogas na festa. Eu, sendo uma boa filha, prometi que não iria beber nada, só comer uns salgadinhos, chupar uns pirulitos (no bom sentido) e beber refrigerante. Também me divertir com as meninas que iriam, a Lia eu não sei se iria, mas a Coco... Mesmo depois de ter sido virada do avesso pelo Kaine e seus amigos, tenho certeza que ela iria.

Enquanto o ônibus não chegava, aproveitei e fiz uma ligação para a Corinne, esperando que ela atendesse. A imunda não atendeu, como quase sempre. Fui guardar o meu celular no bolso, mas alguém me impediu, segurando o meu braço.

— SOCORRO!!!! — Comecei a gritar desesperadamente, ao perceber que a mão ainda estava no meu braço. Para mim, eu iria ser assaltada.

— Calma, Aylão. Sou eu, uai. O Fares. — Reconheci a voz e parei de gritar, me afastando bruscamente do Fares.

— Meu Deus, Fares. Achei que fosse ladrão! — Coloquei a mão no peito, e senti que meu coração estava batendo muito rápido. Eu entrei em desespero, foi isso.

— Ladrão de coração, né, Aylão? — Ele falou, convencido.

— Ah, claro. Roubou o meu, inclusive. — Falando nisso, bem que eu queria dar uma olhada na fantasia dele. Mas como estava escuro, só consegui ver a roupa brilhante do Fares.

— Caralho, hein, Ayla... Tu tá gata! — Aparentemente ele me olhou de cima a baixo,  admirando a minha fantasia.

— Er... Obrigada, então. A sua também está bonita... — Respondi, meio sem jeito. Não sei como reagir a elogios, ou eu acho que estão tirando sarro de mim ou que são doidos.

— É obrigado a vir de fantasia, né? Daí tive que vir. Eu tô de CowBoy, loucão pra laçar as novinha rebelde. Éééé! — O Fares é meio ridículo ás vezes, mas é um pouco meu amigo. Eu dou um desconto.

— Sim, é. É a festa de Halloween do Chase. Não dava para esperar menos que isso. — Cruzei os braços.

— Hm... — Um carro passou pela rua, iluminando o ponto de ônibus com a sua luz, e consequentemente, iluminando a cara do Fares. Eu pude ver que ele estava me encarando com uma cara maliciosa, mas preferi deixar quieto.

O ônibus finalmente chegou, depois de minutos em silêncio. Eu entrei e o Fares entrou junto, logo atrás de mim. Eu me sentei bem no fundo, torcendo para que o Fares não chegasse perto de mim e me olhasse daquela maneira. Fiz a sonsa e comecei a olhar pela janela, admirando a paisagem.

Eu desci finalmente no ponto desejado, e fui caminhando mesmo em direção ao salão onde estava havendo a festa. Eu perdi até o Fares de vista, no meio da caminhada.

Depois de caminhar, sei lá, uns 7 minutos, eu consegui chegar no local da festa. Tinha uma fila, e era mais ou menos que nem a festa do Adolf, tinha um cara segurando a lista e conferindo se a pessoa estava de fantasia ou não. Eu esperei um pouco, até chegar a minha vez de ser conferida.  O homem conferiu a lista e o meu traje, então, ele me deixou entrar. Eu ainda não tinha visto nenhum sinal da Corinne... Estranho.

Entrando na festa, eu percebi que a decoração era incrível e assustadora ao mesmo tempo. Tinha umas teias de aranha falsas no teto, um caldeirão cheio de doces... Eram várias coisas, e eu estava impressionada. Eu avistei uma cesta de abóbora com aparentemente vários pirulitos dentro. Apressei o passo, mas alguém segurou meu braço... Ai, ai.

— E aí, migóide? — A Corinne, com sua famosa cara de pau apareceu atrás de mim, e eu me virei. Ela estava fantasiada de zumbi. Os ferimentos no rosto e braço dela pareciam reais.

— Oi, miga. Por que será você nunca atende o celular? — Perguntei,  fazendo uma cara aparentemente brava.

— Tava ocupada, miga. Mas juro que não foi minha culpa! — Corinne respondeu, tentando se explicar. Ela parecia meio nervosa.

— Tudo bem então, miga. Você viu a Gwen por aí? — Olhei para os lados, tentando procurar a Gwen na multidão.

— Acho que vi, miga. Ela tava com a Kate e com a... argh... — Ela fez um grunhido, como se não suportasse a pessoa que estava prestes a citar.

— Lia. — Completei, dando uma força para a Coco.

— Sim, isso mesmo. Essa monocelhuda! Mal chegou na escola e já tá se achando a diva. — Corinne fez uma cara meio raivosa.

— Menos, miga. — Falei, dando um tapinha no ombro dela, levemente.

— Miga, eu vou ver se encontro o Peter. Já estou preparada pra zoar ele. — A propósito, que fantasia legal, miga! — Ela finalmente notou que eu estava fantasiada...

— Vai lá, miga.

— Beleza, se cuida, miga. — Corinne se despediu, e eu finalmente fui pegar meu pirulito.

Peguei o meu pirulito e abri a embalagem, coloquei ele na boca e continuei tentando achar a Kate e a Gwen. Eu me enfiei no meio de umas pessoas, e finalmente consegui achar elas... — Que esconderijo! A Lia estava com elas, como a Corinne havia dito. E junto delas também tinha um garoto, que não era o Peter nem alguém que eu conhecia. Me aproximei mais, para que pudesse ouvir a conversa, sem ser vista.

— Lia, para de ser difícil, amor. Me desculpa. — O menino misterioso ficou enchendo o saco da pobre coitada.

— Vi-Victor... Eu não sei. Você-cê meio que m-me... — A Lia, fantasiada de Chapéuzinho Vermelho, começou a gaguejar. Estranho, se eu fosse ela, não iria freqüentar uma festa nunca mais. Ela parece mais segura agora.

— Chega, Victor. Sai daqui ou te meto a seringa! — Gwen apontou uma seringa para o Victor. Ela estava de enfermeira, obviamente.

— Victor, a Lia não quer. — Kate, em sua versão abóbora, se pronunciou também.

— Lia, me dá só mais uma chance. Eu quero te mostrar uma coisa. — O garoto misterioso, que já não era mais misterioso pois teve seu nome revelado, Victor, pegou na mão de Lia, tentando a convencer.

— T-tá bom. — Lia aparentemente aceitou, e pegou na mão de Victor. Ele levou ela para outro lugar.

— Será que ela não precisa da nossa ajuda, Gwen? — Kate perguntou, inocentemente.

— Acho que não. Se ela precisar, ela vai dar um berro. — Gwen respondeu, e eu só consegui pensar em uma coisa: Urro.

Fui em direção das meninas, e fiquei conversando por mais ou menos meia hora. O Chase era crush da Kate, então ela estava empolgadíssima pra ver ele. A Gwen só sabia revirar os olhos, mas eu acho que ela tinha uma quedinha pelo Chase também. Só acho.

Bateu a fome e parei de conversar com as meninas, fui pegar salgadinhos e Coca-Cola, o melhor refrigerante, sem dúvidas. Eu não fico muito a vontade quando tenho que comer na frente de outras pessoas, então eu fui para um lugar mais tranqüilo, que APARENTEMENTE não tinha ninguém. Me sentei num banco e lasquei um mordidão no pastel. Estava muito bom, mesmo.

Eu fiquei bebendo a Coca-Cola, mas foi quando ouvi aparentemente duas pessoas falando um pouco baixo, furtivamente, botei o meu copo de Coca no chão e segui as vozes, estava um pouco escuro, ou seja assustador. Eu me abaixei um pouco e me escondi atrás de uma moita,  e quando eu vi... Era a Lia e o tal do Victor. Espiei na moita, com cautela e fiquei ouvindo a conversa.

— Lia... Eu já te falei mil vezes, me desculpa. — Eu não sei o que o Victor fez, mas parece ser grave. Hm, ele não tem cara de ser mau, só... Misterioso. Ainda mais com esse traje de vampiro.

— S-se eu desculpar, v-você não faz mais? — O ângulo estava bom, então dava pra ouvir e ver tudo o que se passava por ali. Só faltava a pipoca.

— Não, eu prometo. Eu te amo mais que tudo, Lia. Eu quero me casar com você.  — Segurei a risada na parte do “eu quero me casar com você”. Se ele fez algo grave, ele tem tendências a repetir, não? — Ah, sei lá. Nem conheço ele.

— E-Eu também te amo, Vic. — Ela parecia querer dizer isso há tempos, mas deve ter segurado muito. E eu que achava que ela gostava do Fares... Bom, as pessoas podem gostar de outras, não? Ainda mais quando elas desenvolveram uma intimidade maior com essas outras pessoas.

Continuei assistindo o desenrolar da história, meio entediada, eu estava ficando até com cãibra de ficar na mesma posição pra sempre. Até que algo aconteceu, algo totalmente inesperado por mim, e com certeza, por outras pessoas. Após Victor falar algo do tipo “eu vou fazer uma coisa que você gosta”, ele agarrou a Lia, que estava meio que paralisada. Em seguida, ele tascou-lhe um “chupos” em seu pescoço, que fez a danada da Lia gemer. Ela botou suas mãos em volta do Victor, sem fazer nada.  — Ai, que horror! Misericórdia, tira isso!

Victor estava distribuindo vários chupões pelo pescoço de Lia, e ela estava gemendo. Foi quando o meu celular começou a tocar, e eu já estava planejando sair dali para não presenciar aquela cena de futura ousadia. O toque do celular era a música Turn Down For What, antes que eles pudessem perceber que o som vinha de algum celular próximo, eu desliguei, rapidamente. Eu vi de relance quem havia ligado, e era a Ju. Ela vai achar que algo aconteceu comigo, meu Deus.

— V-V-ic-icto-tor... V-v... Ugh.... Awww... — Lia tentou falar algo, mas Victor não parava de chupar seu pescoço. Digno de um vampirão.

Antes que os dois tongos me notassem, eu voltei todo o caminho, abaixada, para que eles não me vissem. Eu não estava nem um pouco afim de ver um pornô ao vivo, Deus que me perdoe. Eu fui me levantar para andar normalmente, quando dei de cara com a Corinne e com um menino... Peter? Ele estava ao lado dela, com uma maquiagem de caveira, parecida com a minha, mas mais masculina.

— Ayla, diz pra ele! Diz que você fez a maquiagem primeiro! — Corinne começou a fazer seu digníssimo escândalo, enquanto eu sentia meu coração acelerar.

— EU TIVE ESSA IDEIA FAZ 4 SEMANAS, PRA SUA INFORMAÇÃO! — Peter começou a discutir com a Corinne.

— PENA QUE NÃO PERGUNTEI! MIGA, SUA MAQUIAGEM TÁ MAIS BONITA! — Ela continuou com o bafafá, dessa vez elogiando minha maquiagem.

— Péra... FOI PRA ISSO QUE VOCÊ ME CHAMOU?! PRA COMPARAR MAQUIAGEM?! — Peter parecia decepcionado, me pergunto o que ele deve ter achado quando ela convidou ele pra vir aqui.

— Shhhhhh... — Irritada com a discussão, botei o dedo indicador na altura da boca, pedindo para que fizessem silêncio.

— O que houve, miga? — Corinne finalmente começou a sussurrar, meio que entendendo a situação.

— Uma balbúrdia tá acontecendo mais adiante daqui, não recomendo irem lá. — Sussurrei de volta para os dois.

— O quê? — Peter sussurrou, curioso.

— Nada. — Respondi.

— Fala logo. — Ele insistiu.

— Lia e Victor. — Como o Sr. Peter acabou insistindo, tive que contar. Eu nem queria falar, na verdade.

— Vocês estão pensando no que eu estou pensando? — Corinne fez uma cara maliciosa, e eu entendi a mensagem.

— Será que ele não tá obrigando ela? — Peter se preocupou.

— Mais fácil ela obrigar ele. Ela é muito feia. — Pronto, Corinne começou com a implicância.

— Ela não é tão feia. — Peter discordou.

— IMAGINA, ELA SÓ É A VERSÃO FEMININA DO FARES! —Corinne acabou não se controlando e falando bem alto, deixando os sussurros de lado.

— CORINNE! — Peter gritou.

Eu vi os olhos da Corinne se arregalarem, ela estava olhando para trás de mim. Então, eu me virei discretamente e dei de cara com a Lia e o Victor, abraçados.  — Ferrou...

— O-Oi, Peter. — Lia cumprimentou ele com um aceno.

— Mané “oi, Peter”, pra você é Peter Adams Potter. — Corinne sendo Corinne, começou com sua crise de ciúmes.

— CORINNE! — Aquele sobrenome Potter era muito feio, acho que foi por causa disso que o Peter gritou o nome dela, bravo.

— Er... Oi, Lia, Victor... — Cumprimentei os dois sem jeito.

— A-ah... Oi, Ayla. — Lia me cumprimentou de volta, e percebi que ela ignorou a Corinne. Bem na hora, meu celular começou a tocar. Era a Ju, de novo.  Essa foi uma deixa para eu deixar aquele lugar, já estava constrangida demais.

Atendi o telefone e avisei pra Ju esperar, até que eu encontrasse um lugar tranqüilo. Ela ficou esperando, e durante a busca, encontrei o Fares, brincando com uma corda, junto com umas garotas. Eu só conhecia uma, a Paris, vestida de gato. A Corinne adora chamar ela de Monicão. Também tinha o Lazaro, que estava de cara feia enquanto via a Paris e o Fares se divertindo. O Chase, no caminho,  finalmente deu uma atenção pra Kate, ele estava bem vestido, acho que estava fantasiado de príncipe, bom, combinava com ele, pelo menos.

Finalmente encontrei um lugar tranqüilo com um sofá, o Erick e o Alves estavam sentados ali, de máscaras de jason, mas era o único local que encontrei a tempo. Encostei o celular perto da minha orelha, com objetivo de falar com a Ju.

“Ayla? Aconteceu algo?”

“Não, Ju. Depois te conto em casa o que aconteceu, aqui não dá.”

“Tem certeza?”

“Tenho, não se preocupa. Avisa a mãe que já tô indo.”

“Se cuida, então. Qualquer coisa, liga!”

“Tchau, Ju.”

Credo, o Erick falava muito palavrão, acho que até a Ju ouviu ele falando. Me afastei um pouco, meio assustada. Cruzes, que grosseria. Ao contrário do Erick, o Alves estava bem calmo. Hm, ele sempre foi, mas acho que não pegaria bem tirar ele do sério.

Já que não tinha nada pra fazer, eu fiquei andando pelo salão, observando a decoração de Halloween, e obviamente, comendo. Acho que essa foi uma das melhores festas que eu fui... Essa gente rica, Jesus! Espero que a próxima festa do Chase seja no iate dele.

Eu saí da festa antes de ela acabar, de fato, eu cheguei em casa muito cansada. Fiquei apavorada com o comportamento duvidoso do Victor, cruzes! E com a safadeza da Lia também, não podemos esquecer disso. A maioria das pessoas continuaram na festa, mas eu decidi ir pra casa mais cedo. Estava ansiosa já para falar pra Ju o que havia acontecido. 


Notas Finais


Feliz Halloween, gente.


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