1. Spirit Fanfics >
  2. A Fera e a Fera >
  3. Velho Amor

História A Fera e a Fera - Velho Amor


Escrita por: Mishamiigos

Notas do Autor


Esse capítulo ficou bem longo, do jeito que vocês gostam. xD

Capítulo 6 - Velho Amor


Fanfic / Fanfiction A Fera e a Fera - Velho Amor

— Isso, Sítio do Pica Pau Amarelo! E-e-eu adoro esse desenho! — Peter começou a falar mais alto, aparentando estar aliviado.

— É mesmo? — Fares parou de encarar o Peter e começou a me olhar de cima a baixo, com um sorriso malicioso.

— Ei, babaca! — Ele virou-se para trás querendo saber quem havia o chamado daquilo e logo foi jogado água no rosto dele. Corinne passou por mim correndo, como se estivesse em uma maratona, Zayan em seguida correu atrás dela, gritando “puta tridimensional, volta aqui!”.

— Ele fala isso como se ela fosse voltar. — Peter chegou atrás de mim, rindo.

— É... — Falei, com um sorriso bobo estampado no rosto.

— Mas agradeço por ter me livrado do Saci. — Ele disse, com um sorriso sincero.

— Não foi nada...

— Sabe, se não fosse por você, ele teria me comido vivo, sério.

— Está tudo bem, eu já entendi. — Estampei um sorriso de “socorro, alguém me tira daqui”.

— Qual é o seu nome? — O loiro perguntou, finalmente mudando de assunto.

— Lia Maisie Sathflerz, mas pode me chamar só de Lia. — Sabe, eu não sei pra que ter segundo nome, a ideia da minha mãe foi péssima.

— Ok, Lia. O meu nome é Peter, você já deve saber.

— E a ruiva se chama  Corinne, né? — Eu já sabia, mas só queria confirmar. Vai que eu escutei errado e o nome dela era Coraline.

— Isso, aquela garota irritante se chama Corinne. — Peter assentiu, com um sorriso nos lábios.

— Então... estamos cabulando aula? — Perguntei, com um sorriso meio bobo. Essa é a primeira vez que eu cabulo aula.

— Sim... eu fui expulso da sala de aula... — Ele colocou as mãos no bolso, e fez uma cara de “fazer o que, né?”

Nossa conversa foi interrompida com o sinal da escola, alertando que já estava na hora de ir embora. Ainda bem.

— Amanhã nos vemos, Lia. — Peter falou, se despedindo com um sorriso agradável.

— Lia! — Ouvi uma voz masculina chamando pelo meu nome.

Me virei para ver quem era e quase tive um infarto. Era quem eu menos esperava e... era o meu velho amor, Victor. Ele estava vindo na minha direção, e eu não sabia o que fazer.

— Lia, como vai? — Victor finalmente estava bem pertinho de mim, ele foi me abraçar mas eu acabei desviando. Ele havia me magoado muito no passado, e eu não queria mais ver ele.

— Ei, por que está desviando? Eu lembro que você adorava os meus abraços. — Ele disse, com preocupação.

— V-você está certo. Eu adorava. — Admiti, com vergonha.

— Então o que é? — Perguntou ele, tentando me abraçar, mas eu acabei desviando novamente.

— Agora não adoro mais! — Falei, com as minhas bochechas coradas de raiva.

Senti alguém por trás de mim por as duas mãos nos meus ombros.

— Ainda não entendeu? — A pessoa que estava atrás de mim perguntou isso para o Victor... e eu reconheci a voz. Uma voz calma e sexy. Era Daniel.

— Olha que engraçado, achei que estava falando com a Maisie. — Victor rebateu, sendo provocativo.

— Quer mesmo fazer isso aqui? — Daniel perguntou, tranquilamente.

— Maisie, se você quiser conversar comigo, me encontre na saída. — Meu velho amor aparentemente tinha desistido de tentar falar comigo ali, com Daniel, e logo saiu.

— Está tudo bem? — Me virei para responder o moreno, e vi que ele demonstrava preocupação em seu olhar.

— S-s-s-s-im, e-e-está... — Respondi o mesmo com timidez.

— Se ele decidir te incomodar novamente, é só me avisar. — Ele falou, com um sorriso acolhedor.

— E eu peguei a sua bolsa, aqui está. — O mesmo me interrompeu e devolveu minha bolsa.

— M-m-muito o-obrigada...

— Não há de que. Agora eu preciso ir, amanhã a gente se fala. — Daniel se despediu e saiu com pressa, e eu me pergunto qual o motivo da pressa...

— Nossa, o Daniel é muito gatinho! — Ayla apareceu, e como de costume, me assustou. Eu estava perdida nos meus pensamentos.

— A-ah... p-pois é... — Falei, com um sorriso bobo.

— Se você conseguir o WhatsApp dele, você me passa. — Ela sorriu.

— Mas... cadê a Gwen e a Kate? Será que estão abraçadas até agora? — Provavelmente Ayla foi sarcástica.

— Eu não sei, eu deixei elas sozinhas...

— Bom, isso não é muito importante no momento. A Kate está em boas mãos. — Novamente Ayla deu um sorrisinho.

— É...

— Então, ahm... Lia, eu vou pra casa. Nos vemos amanhã.

— Até amanhã. — Acenei, e observei Ayla indo em direção a saída. Falando nisso, eu preciso ir também, não posso deixar minha mãe esperando.

Fui em direção a saída com o passo acelerado e logo avistei a minha mãe, um pouco longe. Corri em direção a ela, que já estava com uma cara de raiva.

— Menina, pra que se atrasar tanto? Por acaso tenho cara de motorista particular? Entra na merda desse carro agora, eu hein. — Minha mãe já estava furiosa comigo, e eu até entendo, se eu tivesse uma filha e ela demorasse como eu demorei, eu provavelmente iria perder a paciência.

Entrei no carro e minha mãe também entrou, e logo ela começou a dirigir e a me perguntar como foi meu primeiro dia de aula, eu falei de tudo, menos da parte em que eu cabulei aula. Ela não precisava saber.

Chegamos em casa e eu abri a porta do carro e desci, já peguei as chaves que estavam no meu bolso e abri a porta. Meu sonho era atirar minha bolsa no sofá e ir dormir, mas eu tinha coisa pra fazer ainda.

Entrei dentro de casa e fui correndo subir as escadas, abri a porta do meu quarto e joguei a minha bolsa na cama mesmo, a segunda coisa que eu iria fazer seria tomar banho. Tomar banho é muito relaxante.

Peguei uma toalha, saí do meu quarto e fui em direção ao banheiro, rapidamente me despi, liguei o chuveiro e comecei a me lavar, estava toda suada.

P.O.V Peter Adams                                          

Estava sentado no sofá, comendo pizza e vendo televisão, já que não tinha nada de bom pra fazer. Meu pai voltou da cozinha e sentou-se ao meu lado, e provavelmente me faria um monte de perguntas chatas sobre como foi meu primeiro dia de aula, como sempre fez.

— E aí, filho? Como foi o seu primeiro dia de aula? — Ele perguntou, demonstrando estar interessado.

— Foi legal... tirando uma parte em que um menino chato gritou comigo. — Respondi, prestando atenção na TV, com uma cara de tédio.

— O que você fez dessa vez? — Meu pai suspirou.

— Nada, uai. Só chamei ele de Saci e ele se ofendeu.

— Peter, eu já te disse que não é pra você zombar das pessoas.

— Mas eu não zombei! Eu nem falei pra ele “você é um Saci”, eu só disse “o Saci ficou bravo”, eu não tenho culpa se ele se identifica como Saci. — Retruquei, com irritação.

Meu pai suspirou e ficou sem falar nada, como se não estivesse orgulhoso do filho que tem. Pois deveria ficar.

                                                                      P.O.V Gwen Heigl

— Er... W... filha, como foi a escola? — Minha mãe perguntou, se atrapalhando como sempre.

— Foi normal. Eu ajudei minha amiga. — Esbocei um sorriso, olhando para minha mãe, e logo fiquei séria.

— Amiga? A Kate?

— Sim, um garoto abusado beijou ela a força. — Demonstrei raiva.

— Nossa, que horror! E ele não foi punido? — Ela perguntou, horrorizada.

— Ele vai, se a Corinne explanar uma foto que tirou dele beijando a Kate.

— Quem é Corinne?

— Uma garota da escola... esquece, você não deve conhecer.

Me levantei da cadeira que estava sentada e virei as costas para a minha mãe, estava indo para o meu quarto, lá, pelo menos, eu teria um pouco de tranqüilidade.

— Se precisar de alguma coisa, só me chamar! — Amanda, ou melhor, minha mãe, gritou.

— Tá bom! — Gritei de volta, já subindo as escadas.

A minha mãe se esforça para me ajudar, mas ela pensa que eu ainda sou uma criança, a criança dela... Ela acha que eu não consigo resolver as coisas sozinhas, mas acredite, eu consigo tudo.

                                                                          P.O.V Corinne Russeau

— Tem certeza que o seu primeiro dia de aula foi bom? Tem alguma coisa para me contar? — A minha mãe não parou de fazer perguntas desde que eu cheguei... Sinceramente, isso é irritante.

— Não, mãe. Eu não tenho mais nada pra contar. — Suspirei deitada na minha cama, cansada de tantas perguntas.

— E aquele garoto que adora me chamar de puta tridimensional? Ele não te xingou hoje? — Bom, eu sempre gostei de tirar sarro do Fares, mas infelizmente tive que deletar essa parte da história e contar só a parte em que ele me xinga.

— Ele me xingou sim, eu joguei água nele e saí correndo. Ele foi atrás de mim mas eu consegui fugir daquela orca ambulante.

— Por que não me contou? — Ela perguntou, demonstrando indignação.

— Porque não achei relevante. — Sorri.

— E você fez alguma coisa pra ele?

— Eu? Pffffft... Claro que não!

— Que bom que você aprendeu a respeitar os outros. — Minha mãe sorriu.

— É... Que bom que sou um anjo. — Dei um sorriso sarcástico discretamente.

                                                                      P.O.V Kate Schreave Lewish

Eu estou sozinha em casa, no meu quarto, sem nada para fazer. Meus pais foram jantar sozinhos e minha irmã está na casa da minha tia. Ótimo.

Hoje foi um desgosto total, e eu me pergunto... Por que isso acontece só comigo? Por que com outra pessoa não? Eu só queria que tudo desse certo na minha vida, sabe? E queria alguém para desabafar também...

A Gwen agiu muito estranho hoje, parecia que ela estava com ciúmes, o Fares me puxou pelo cabelo e me beijou, o que mais falta? Cair uma pedra na minha cabeça?

Estou com muita vontade de chorar, mas tenho que ser forte. Eu preciso ser forte.

                                                                  P.O.V Daniel Bennet

— Então o seu dia foi tranqüilo? — Meu irmão mais velho sorria enquanto perguntava aquilo.

— Foi, eu conheci uma garota nova. — Dei um sorrisinho bobo.

— É? E como ela era? Digo, de personalidade.

— Ela era tímida, gaguejava muito, mas tirando isso, ela parecia ser legal. — Falei, ainda com um sorriso no rosto.

— Legal, é meio difícil encontrar alguém assim, sabe? A maioria é superficial. — Ele disse.

— Bom... eu tenho que ir na casa de uma amiga agora, depois eu venho. — Theo, meu irmão, foi em direção a porta e a abriu, saindo de casa.

As coisas não têm sido muito fáceis para o meu irmão, ele teve algumas complicações com a amiga dele, e eu acho que ele gosta dela, apesar de eu achar que ele não tem chance com ela. Mas não vou me meter no meio disso tudo. Espero que eles se resolvam logo, me dói ver meu irmão assim.

                                                                        P.O.V Ayla Gwenk

Estava assistindo um filme no meu quarto, e não tinha ninguém em casa. Até que escutei uma voz familiar.

— Ayla??? Cheguei! — Eu havia chegado primeiro que a minha mãe, então uma coisa é óbvia... Ela vai me fazer várias perguntas.

Desliguei a TV, saí do meu quarto e fui na cozinha, onde minha mãe se encontrava.

— Como foi o primeiro dia de aula? Os professores não chamaram a sua atenção? Conheceu pessoas novas? — Misericórdia, a minha mãe faz várias perguntas de uma vez só.

— Não aconteceu nada de extraordinário, só conheci uma menina.

— Qual o nome dela?

— Lili. — Eu não me lembrava o nome dela na hora, mas isso não quer dizer nada, certo?

— Lili?

— Ah, não, é Lia, agora que eu lembrei. — Lili... Que nome fácil de confundir com Lia...

— Então não aconteceu nada de ruim, que ótimo! — Ela sorriu.

— Pois é, agora eu vou voltar pro meu quarto, se precisar de ajuda é só me chamar. Tchau. — Falei, me despedindo.

Entrei no meu quarto e deitei na cama. Esse primeiro dia de aula foi o mais agitado de todos, fogo no Fares, barraco... adoro. Mas o que mais me chamou atenção foi o Daniel, ele é bonito e simpático... O meu tipo de cara. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...