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História A forgotten future - V day: For our companions!


Escrita por: Hiy-chan

Capítulo 5 - V day: For our companions!


Lucy On

Depois toda aquela palhaçada decidi me afastar do casal de albinos que agora conversavam animadamente sobre algum assunto que eu não tive nenhuma vontade de descobrir o que era. Comecei a andar pelo local tentando descobrir onde eles poderiam ter colocado minha mochila, a maioria das pessoas daquele lugar tinham agora uma postura mais relaxada na minha presença, mas ainda sim, insistiam em continuar armados. Acho que não posso julgá-los, vivemos hoje com uma possível ameaça a cada esquina.

Estava tão perdida nos meus devaneios que acabei tropeçando na perna de alguém, uma chuva de folhas de papéis limpou aquele céu cinzento por alguns segundos caindo no chão delicadamente, um xingamento alto veio logo depois me fazendo olhar em direção a pessoa que agora se encontrava no chão recolhendo todas as folhas.

-Argh! Você não olha por onde anda? –uma garota de cabelos azulados com uma bandana segurando os fios falou enquanto fazia uma grande pilha com os papéis que estavam no chão, ela colocava folha sobre folha sem nem se quer olhar para mim.

-Hã... Desculpe? –me abaixei de cócoras começando a ajudar ela, fiz uma pequena pilha com as últimas folhas e entendi para a mulher esperando ela pegar. Ela suspirou profundamente tomando a pilha das minhas mãos ainda sem me olhar.

-Tudo bem, desculpa também, acho que isso é falta de uma boa noite de sono, não durmo direito a dias. –ela se levantou rapidamente segurando com força aquela montanha de papéis, até que finalmente me olhou nos olhos– Ei... Espera aí, você não é a garota que lutou contra o E.n.d?

-Bem... –dei um sorriso forçado.– Prefiro que me chamem de Lucy, Lucy Eucliffe para ser exata.

-Aah! –seus olhos pareceram brilhar por um segundo.– Prazer Lucy, meu nome é Levy, Levy McGarden.

A garota sorriu timidamente me cumprimentando com a mão esquerda enquanto equilibrava a pilha de papéis com a outra mão, retribui seu comprimento enquanto ela voltava rapidamente a segurar os papéis com as duas mãos.

-Precisa de ajuda? –perguntei enquanto a via negar com a cabeça e se afastar um pouco.

-Não, tudo bem. –ela sorriu enquanto colocava o queixo em cima da pilha tentando equilibrar as folhas.– Dou conta do serviço. Bom, até mais Lucy!

A garota não deu nem três passos direito e caiu com tudo no chão. Algumas pessoas olharam para ela suspirando, então ela virou lentamente a cabeça na minha direção enquanto fazia um bico infantil. Suspirei olhando para aquele céu cinzento indo em direção da baixinha azulada.

-Acho que mudou de ideia. –sorri com ternura indo em direção a garota.

...

Levy acabou se mostrando alguém muito competente. Descobri que foi ela que cuidou de mim nesse tempo que fiquei em um quase coma, mesmo com poucos medicamentos a azulada se mostrou uma excelente enfermeira para alguém que preferia se ocupar hackeando computadores de gangues rivais e abrindo cofres de antigos bancos. Por isso ela não dormia direito, e soube também que o tal do E.n.d não ficava comigo apesar de eu estar em sua tenda, então Levy teve que se desdobrar para cuidar de outros pacientes, de mim, e das suas tarefas.

Saber que existiam pessoas com tal QI em um lugar como esse, é realmente um fato a se considerar. Quem sabe quando tudo isso acabar, Levy esteja disposta a ir comigo para a F.E.H? Ajudei ela a cuidar de alguns pacientes, já que também tinha experiência pelos anos trabalhando na linha de frente de um pelotão, soldados desmembrados e um pouco de sangue não me assustavam. E, por alguma ajuda divina consegui cuidar de todos os pacientes que ela me pediu, mesmo com tão poucos recursos.

Depois de passar o resto do dia com Levy, decidi acompanhar ela para pegar a ração do dia, lá encontramos Wendy, ela disse que comemos duas vezes ao dia, mas as vezes teríamos a sorte de conseguir suprimentos para talvez almoçarmos. 

Ou seja, tinha a certeza que morreria de fome. Depois da comida, que foi basicamente uma caneca de água e feijão enlatado. Já estava escurecendo quando as duas me levaram para uma velha tenda um pouco afastada do acampamento que tinha um balde com água amarelada me esperando.

Elas me deixaram sozinha para que eu pudesse tomar um banho então aproveitei aquele pequeno espaço de tempo para me limpar e por a cabeça no lugar. Tirei com cuidado minhas roupas pegando uma caneca para colocar a água, deixei a água escorrer pelo meu corpo lavando sem pressa os machucados quase cicatrizados. A água gelada fez meus pelos se eriçarem e eu soltar um gritinho, era estranho para mim o quanto o dia naquele lugar chegava a ser sufocante e a noite um gelo puro.

O som das pessoas cantando e uma música ao longe me chamou atenção, peguei rapidamente um pano que tinha ali para me secar e comecei a me vestir rapidamente com a mesma roupa. Já estava voltando para o acampamento empolgada com a possibilidade de comer um pouco mais, quando ouvi um barulho de um galho quebrar, virei rapidamente em direção ao barulho olhando para o chão nervosamente procurando algo que eu pudesse usar até que me lembrei da faca que o rosado tinha me dado. Segurei a bainha com força indo com cautela em direção ao barulho me esgueirando pela tenda onde eu tomei banho, um pouco mais longe vi uma outra tenda, respirei fundo imaginando que o melhor ataque era o feito com surpresa e com isso em mente segui passo por passo naquela direção.

Fui até a outra tenda segurando na ponta do tecido, contei mentalmente até três e em único movimento puxei o pano pronta para acabar com o invasor, mas parei estática ao notar quem era. E.n.d me olhava confuso enquanto segurava uma toalha enrolada na cintura.

Não olhe para baixo Lucy, não olhe para baixo.

-O que você está fazendo, lôra? –ele cruzou os braços na frente do peitoral.

-Me-meu nome é Lucy! –balancei a cabeça negativamente guardando a pequena faca na cintura amaldiçoando o demônio rosado cada vez que repetia essa cena patética em minha mente.

-Certo, certo, Luce. Agora, por que não vai embora para que eu possa tomar banho em paz?

-É Lucy! E você não manda em mim, demônio. –imitei ele cruzando os braços, ele suspirou e quando eu pensei que ele iria sair, ele puxou meu braço com força me fazendo segui-lo.

-Você é irritante, não tenho tempo para você, meu dia foi cansativo e— –estava pronta para discutir com ele quando ouvimos um grito estridente na direção do acampamento.

-AAAAAAAH! –olhamos na mesma direção, senti seu aperto ficando mais leve até finalmente soltar meu braço. Olhei para ele confusa, Natsu tinha uma expressão tensa no rosto.

-Vai agora para sala de armas, pega uma arma e procura a Wendy, ela vai te levar para o quarto das mulheres onde eu quero que você fique lá e não saia.

-Ei, espera, o que está acontecendo? –vi ele ir novamente para a tenda e tirar com apenas uma mão a toalha, virei meu corpo num movimento brusco me amaldiçoando por um desconforto tão trivial.

-Não me contradiga agora Luce, apenas faça o que eu mandei. –senti seu aperto novamente no meu braço me puxando, olhei para ele novamente vendo que ele vestiu apenas uma calça azul rasgada e tinha um rifle em cima do ombro.

-Mas eu quero ser útil!

-Você vai ser útil se não morrer agora.

-... –ele parou um segundo antes de me olhar.

-Não que eu me preocupe com você. –ele sorriu debochado.– Mas teria sido em vão todos medicamentos que gastamos com você, sem falar na comida.

-Ora seu!

Apesar da raiva me senti mais aliviada ao notar que ao menos seu humor continuava igual. Suspirei concordando.

-Certo, certo, onde fica essa maldita sala de armas?

-Segue em frente e quando você ver uma árvore seca vire a esquerda, no chão você vai ver uma porta grande de madeira. Acredite, não tem como você errar. –estava prestes a falar quando ele pegou o rifle em punho e correu em direção do que agora era um barulho insuportável de tiros e gritos.

-Aí que merda!

Corri na direção que ele disse procurando a tal árvore, quando a vi corri para a esquerda sentindo minhas pernas falharem a cada passo incerto dado. Assim como ele disse, logo meu pé ficou preso em algo me fazendo ir ao chão, tossi com força tentando ficar de pé novamente. Comecei a cavar vendo minhas unhas ficando sujas de terra preta enquanto mais terra revirada era cavada por mim sentindo meu coração bater descompensado. Encontrei por fim um pedaço de corda, prendi o ar nos meus pulmões ao tomar força para puxa-la com tudo, assim que consegui abrir aquela porta  pesada me joguei ali dentro, estava escuro, úmido, e havia apenas algumas pessoas ali, entre elas, as mulheres e os pacientes feridos de antes.

-Lucy! –senti um aperto forte no meu pescoço, Levy chorava enquanto me apertava mais e mais, retribui seu abraço assustada.

-Levy! Onde está a Wendy? –perguntei olhando nos seus olhos, a garota chorou mais me fazendo pensar no pior, empurrei Levy com força fazendo ela cair de joelhos no chão, peguei uma arma qualquer e forcei minhas pernas a saírem daquele buraco.

-Senhorita Eucliffe! –olhei para trás vendo Mira se ajoelhar e consolar Levy.– Tome cuidado.

Confirmei com a cabeça voltando a correr, não sabia o que estava acontecendo, mas meu coração estava apertado. Conseguia ouvir minha respiração acelerada, minhas mãos estavam geladas e suando enquanto eu me aproximava do acampamento podia ouvir as coisas explodirem, forcei mais uma vez minhas pernas a correrem mais rápido e por pouco não fui acertada por uma bala.

Me joguei no chão, senti meu corpo doer e minha perna esquerda se contrair, ainda não estava recuperada, mas o pior de tudo aquilo era sentir medo do que estava por vir. Me esgueirei entrando por debaixo de uma das tendas, mais uma vez não tinha tempo para planos, meu objetivo era pegar Wendy e voltar para a sala das armas antes que tudo aquilo ficasse fora de controle.

Mas a grande pergunta é, onde ela estava? O céu estava escuro, a única luz que tinha era da fogueira e das tendas sendo queimadas. Vi ao longe Gajeel, ele socava um homem enquanto corria em alguma direção feito um louco. Corri para fora da tenda que eu estava.

-Hey! Homem muralha! –ele parou na hora procurando de onde vinha a voz, balancei os braços freneticamente vendo o moreno se espantar comigo, mas logo voltar a correr dessa vez na minha direção.

-Você... –respirou fundo tentando recuperar o fôlego quando me alcançou.– Você é doida, loirinha! O que 'cê tá fazendo aqui?

-Estou procurando a Wendy, você não a viu por aqui? –perguntei esperançosa.

-Não, estou tentando tirar esses filhos da puta daqui, mas eu 'tô sozinho ao que parece. Não encontrei ninguém, nem ao menos o E.n.d. –ele suspirou olhando para os lados.

-Preciso encontrar a Wendy, depois vou para a sala de armas. –falei procurando por qualquer coisa baixinha o suficiente para passar despercebida.

-Entendo, então você pegou essa arma lá. –concordei.– Certo, vá logo! Mas cuidado, esses miseráveis estão matando qualquer coisa que se mexe.

-Certo! Boa sorte homem muralha. –saí correndo em direção as outras tendas, ainda consegui ouvir ele gritar.

-É GAJEEL! –olhei para trás e o vi voltar a correr também, dessa vez mais furioso.

Como esse louco enfrenta esses caras sem ao menos uma arma em punho? Acelerei meus passos tomando cuidado para não ser atingida por nada.

E.n.d On

Um por um, eu aniquilava aqueles desgraçados, estava furioso! Quem era o filho da puta que se achava no direito de mexer no meu acampamento? Com os meus companheiros? Um bastardo correu em minha direção com uma faca, esperei ele chegar perto o suficiente para agarrar seu braço virando com tudo fazendo ele cair no chão, usei toda minha força para esmagar sua cabeça, seu grito logo sessou dando lugar ao barulho do seu crânio quebrado.

Fui em direção a pilha de carros vendo meus homens acabando com um grupo, sorri satisfeito vendo que logo toda aquela merda estaria sobre controle. Sorria comigo mesmo mas parei quando ouvi um ruído, olhei para cima onde de um carro velho um merdinha pulou em cima de mim, não vou mentir, seu soco doeu. Mas não foi o suficiente para ele escapar dali com vida, estava pronto para revidar e tirar aquele desgraçado de cima de mim quando ouvi um estouro, e logo meu rosto foi sujo por sangue. Senti o peso morto do maldito em cima de mim e o empurrei, sendo ajudado pela lôra.

-O que foi que eu mandei você fazer?! –gritei para ela enquanto limpava minha cara do sangue daquele desgraçado.

-Ha, Ha! –ela sorriu falsamente.– "obrigada pela ajuda, Eucliffe". Vamos logo!

Me levantei olhando para a pistola calibre 38 na mão dela e pensei seriamente em puxar da sua mão mas corria o risco de levar um tiro, e eu precisava primeiro matar todos aqueles desgraçados.

-Você ainda não me disse o que está fazendo aqui. –puxei ela pela cintura evitando que ela levasse um tiro pelas costas, coloquei o rifle no meio do seu ombro mirando bem na cabeça do merdinha e... Fogo!

-Ah! O que você está fazendo demônio rosado?

-Salvando sua pele, lôra! –soltei sua cintura.– Estamos quites.

-Que seja! –ela começou a andar do meu lado.

-Você não respondeu minha pergunta. –falei sério, não é possível que ela queira fugir no meio dessa guerra.

-Wendy não estava lá, fiquei preocupada e vim procurá-la. Eu vim salvá-la!

-Você? E quem vai salvar você? –não estava brincando, ela que poderia se tornar o peso morto da história, Wendy é esperta, tenho certeza que ela se vira... Ela precisa se virar.

-Precisamos encontrar ela, sabe-se lá o que pode acontecer se não fizermos nada!

Suspirei pesadamente olhando ao redor do meu acampamento, queria acreditar que logo essa merda iria acabar, que todos iam ficar bem, mas minha cabeça insistia em me trair me dando pensamentos negativos. Apertei o rifle com força olhando nos olhos dela, ela parecia tão convicta, tão determinada.

Suspirei novamente cerrando os punhos os erguendo em sua direção, vi seus olhos se arregalarem e ela se afastar esperando algum golpe meu, mas eu esperei, esperei seu olhar se acalmar e então olhei para ela e logo depois para meu punho. Ela pareceu perceber e sorriu antes de fazer a mesma coisa que eu, e só aí batemos nossos punhos.

-Pelos nossos companheiros! –eu disse a encarando sério, ela concordou sorrindo e corremos em direção aos invasores com Gajeel e Laxus que estavam dando conta de um grupo daqueles desgraçados nos dando cobertura.



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