Macri acordou e a primeira pessoa que viu foi Brandon. Ela não reconheceu ele. Brandon estava angustiado. Tinha que saber se a prima estava bem mesmo. Ele segurou a mão dela cuidadoso e a fitou nos olhos. Mas os olhos de Macri estavam vagos, era impossível ler eles. Ela se soltou dele e percebeu que estava no seu quarto.
- Quem é você? – Ela perguntou com uma cara de interrogação ao se sentar na cama.
Brandon sentiu uma dorzinha no peito pela prima não ter se recordado dele.
- Brandon, seu primo. – Ele disse, mas não aguentou e abraçou ela aliviado. – Você não sabe o quanto estou feliz por você estar viva. – Soou com a voz embargada a apertando em seus braços e uma lágrima rolou pelo rosto dele.
Ela achou estranho e tentou se soltar dele.
- Me solta! Eu não te conheço, me solta! – Gritou e pegou um braço de Brandon começando a torce-lo.
- Ai, ai, Macri. – Ele soou assustado.
- Nunca toque em mim. Entendido? – Ela soou firme e ele assentiu.
Macri o soltou e se levantou da cama. Brandon ainda a fitava e esse comportamento todo dela fazia se recordar da Macri anteriormente, ao qual a memória foi apagada. Ele estava assustado e não queria aceitar isso. Ela cruzou os braços e fitou bem ele.
- Foi meu pai que te colocou na minha cola? – Soou um pouco firme.
- Não, seu pai acha que você morreu Macri. – Brandon contou.
- Não me chame assim e você não é meu primo! E meu pai não acha nada disso, foi ele que me trouxe para cá.
- Que pai você está falando? – Brandon teve de perguntar.
Macri suspirou.
- O único que eu tenho e você é o que? Algum novo recruta dele? Aposto que ele descobriu que estamos encrencados com uma gangue daqui da cidade e te colocou para ser meu armário.
Brandon se levantou não entendendo absolutamente nada.
- Gangue? E quem é seu pai Macri? – Perguntou de cenho franzido.
- Não me chama de Macri! – Ela gritou. – E se você não sabe, azar o seu. – Soou firme e desceu as escadas rapidamente.
Brandon foi atrás dela e desceu com cuidado.
- Macri toma cuidado! – Ele alertou, mas ela acabou tropeçando e rolou escada abaixo. – Macri! – Gritou alarmado e correu até ela. – Macri, acorda! Por favor! – Pedia virando o rosto dela e viu que tinha um corte na testa.
- Mas o que aconteceu!? – Isabela estava surpresa ao entrar na casa.
Brandon se virou para ela já chorando.
- Ela caiu da escada, você tem que fazer alguma coisa!
- Eu não tenho o Coração de Neinths que cura tudo Brand. – Isabela se agachou e percebeu que a Mattos estava respirando. – Melhor levar ela para um hospital.
- É minha culpa. – Brandon chorou mais e Isabela abraçou ele. – Ela estava assustada e saiu do quarto logo. Eu tentei fazer ela se lembrar de algumas coisas, mas ela não lembra Bela.
Isabela colocou a mão sobre o ombro do filho de Adônis.
- Relaxa, ela só caiu. Está bem. – Pontuou. – Você não tem culpa de nada.
Ele parou de chorar ao fitar ela.
- Isabela, minha malinha não se lembra de nada. – Soou baixo e passou a mão sobre o rosto de Macri.
- Ela vai se lembrar, Norgaard é outro que não tem noção de nada. Daniel e Chad estão tentando trazer ele ao normal. – Contou.
- Chatoni – Macri soou baixo.
Brandon arregalou os olhos e fitou a Novak.
- Ela quase falou chatonildo! – Soou um pouco empolgado.
- Amo. – Macri soava baixo ainda adormecida.
- Ama quem Macri? – Brandon soou baixo e Isabela estranhava um pouco da animação do Mattos.
- Brand. – Macri falou com a voz bem baixinha.
Brandon e Isabela arregalaram os olhos.
- Buguei. – Novak comentou.
- Ela me ama! – Brandon estava um pouco surpreso.
- Mas é claro que ela te ama, você é primo dela. – Isabela comentou.
- Não é isso Novak. – Disse e fez um carinho na bochecha de Macri.
Isabela ficou pensativa.
- Você foi amaldiçoado por Eros, porque você gosta dela? – Perguntou.
Brandon suspirou.
- E-Eu amo a Macri desde sempre. Mas eu só quero ela feliz e se ela é feliz com o Norgaard, por mim ta ótimo. – Soou rápido.
- Que lindo. – Ela comentou admirada pela atitude do Brandon. – Você não é nem um pouco egoísta.
- Tem como esquecer essa conversa? – Brandon pediu meio sem jeito.
- Esquecida. – Isabela afirmou.
- Obrigado. – Ele soltou um sorriso simples pelos lábios e Macri voltou a consciência. – Você está bem? – Soou preocupado.
Macri sentia dor pelo corpo todo e não tinha a mínima ideia de onde estava. Ela se levantou um pouco rápido e passou a mão sobre o sangue que estava em sua testa.
- Quem são vocês? E onde eu estou? – Ela fitava a casa e nada vinha na mente dela.
Brandon fitava a Novak com os olhos arregalados. Eles se levantaram e percebiam que a Mattos estava assustada e com medo de ficar ali.
- Mattos, nós somos seus amigos. – Isabela começou a falar.
- Não conheço vocês. – Ela retrucou firme.
- Você sabe que é uma Mattos? – Brandon estava um pouco surpreso por ela se lembrar de algo.
- Não. – Ela soou baixo, um pouco assustada. – Eu nem sei o meu nome. – Uma lágrima desceu pelo rosto dela enquanto Brandon e Isabela estavam assustados.
- Eu to cansado! Dá um tempo! – Bruno gritava ao entrar na casa e estranhou de Brandon estar ali, já que não conhecia.
Assim que Macri fitou ele, uma parte de sua memória voltou. Mas não era a parte que todos esperavam. Ela estava com medo, muito medo de Bruno.
- Você é o Norgaard que me usou. – Disse lentamente ao apontar para ele.
Bruno fez uma cara de interrogação ao fitar Isabela que estava um pouquinho aliviada da Macri ter alguma memória. Chad e Daniel entraram na casa e estranharam o clima.
- Macri do que você se lembra? – Isabela foi até ela e soou um pouco firme com o charme de sereia.
- Meu nome é Macri? – Perguntou confusa.
- Por que ela não sabe disso? E Macri é seu apelido, Marcella. – Bruno soou preocupado e foi até ela.
- Ela caiu da escada e pelo jeito ficou sem memórias. – Brandon explicou.
- Na verdade, Macri é seu outro nome. – Isabela interviu deixando o Norgaard confuso.
Macri deu um passo para trás com medo de Bruno.
- E-Eu quero minha mãe. – Ela choramingou.
- Mas prima, sua mãe já faleceu. – Bruno contou seguindo suas falsas memórias.
- Prima? – Brandon estranhou e fitou Isabela.
- Eu to achando melhor a gente ir lá fora e deixar os dois conversando. – Chad sugeriu.
Macri começou a chorar e Bruno se aproximou dela devagar. Brandon, Isabela, Daniel e Chad já estavam na porta da casa. Mas o filho de Adônis não queria deixar Macri sozinha.
- Vamos, Brandon. – Isabela soou um pouco firme e o puxou para fora da casa.
- Não precisa chorar. – Bruno soava cauteloso e abraçou ela.
Macri até tentou lutar, mas não conseguia. Ele era mais forte. Então desistiu e sentiu os braços dele como se estivessem protegendo ela. A Mattos ficou confusa, mas retribuiu o abraço.
- Você me odeia, por que está me ajudando? – Ela soou baixo.
- Eu sou seu primo. – Ele contou ao segurar ela pelos ombros. – Podemos ter nossas desavenças, mas eu me preocupo com você.
- Você é meu primo?
- Sou Macri, seu primo. – Afirmou. – Nossos pais nos trouxeram para cá para
- Herança da vovó. – Ela se lembrou.
Bruno ficou surpreso.
- Você lembrou?
Ela assentiu e abraçou ele.
- Obrigada Norgaard. Mas quem era aquela gente que estava aqui?
Ele se soltou dela e a puxou para o sofá.
- Você lembra de que é sereia?
- Sim, mas não me lembre disso. – Ela pediu.
- Macri, eles eram nossos amigos que estavam no nosso funeral. – Bruno começou a contar.
- Nosso funeral? – Ela estranhou. – Nós não morremos.
Bruno suspirou, pegou seu notebook que estava sobre a bancada da cozinha e mostrou a ela tudo da pasta “Magia”.
- Entendeu o que aconteceu? – Perguntou após ver ela com os olhos arregalados.
Ela o fitou assustada.
- Morremos? Fomos torturados? A gente já foi ao Brasil? – Questionava, mas se levantou do sofá ao passar o aparelho para ele. – Isso nunca aconteceu! Aposto que deve ser aquele garoto, Serpente do Sul que está nos trollando! – Exclamou.
- Macri, você é sereia! Magia existe! E eu descobri antes daquele garoto surgir! – Exclamou.
- Mas Norgaard, eu não lembro de nada disso! – Retrucou com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu também não, mas são reportagens que tem a ver com a gente. – Bruno deixou o notebook de lado e se levantou do sofá.
Macri negava com a cabeça um pouco chorosa.
- Isso nunca aconteceu. Isso nunca aconteceu. Isso nunca aconteceu. – Repetia para si mesma.
Bruno suspirou e saiu da casa a procura de Chad, Brandon, Isabela ou Daniel. Mas só encontrou o Wesllen.
- Nem precisei tocar a campainha. – Wesllen debochou e entrou na casa.
- Claro, pode entrar. – Bruno resmungou e revirou os olhos em seguida, fechando a porta.
- O que foi, meu amor? – Wes fingiu uma preocupação ao se sentar ao lado de Macri.
Ela abraçou ele e continuou a chorar.
- Wes se você soubesse de algum segredo da minha vida, você me contaria né? – Ela soou chorosa e Bruno ouvia.
Ele segurou o rosto dela e a fitou nos olhos.
- Mas é claro, Cella. – Deu um beijo nela.
Ela sorriu entre o beijo aliviada e retribuiu. Bruno bufou e saiu da casa procurando os magos que haviam sumido. Ele já estava na calçada e sem ideia de onde poderiam estar. Até que sentiu uma mão sobre o seu ombro, virou e não achou alguém.
- Sou eu, Norgaard. – Isabela soou baixo.
Ela estava invisível e Bruno ficou assustado.
- Como assim? – Ele perguntou surpreso.
- Tenho o poder de invisibilidade, agora me segue. – Ela pegou na mão dele e o levou para o quintal da casa.
Ela ficou visível, mas estava com um corte no braço.
- Você está machucada. – Ele soou preocupado e notou que saía algo dourado ao invés de sangue dela.
Isabela passou a mão sobre o braço e curou.
- Não é nada. – Bruno ficou surpreso. – Você tem que de alguma maneira acabar com esse relacionamento da sua prima com
- O Wesllen. – Ele completou. – Ele sabe de tudo que você sabe, né?
- Sim, ele também é mago e sumiu com Brandon, Chad e Daniel. Eu consegui fugir, mas. – Sua voz começou a falhar. – Ele não era assim, eu não consigo entender Norgaard. E-Ele me amava e eu amo ele. Mas...eu não entendo. – Ela começou a chorar.
Bruno a abraçou. Ele sentia que precisava fazer isso. Isabela retribuiu e chorou mais um pouco.
Macri estava deitada no sofá e Wes beijava a coxa interna dela ao levantar um pouco a saia. Ele subiu os beijos e foi até a boca dela. Ela sorriu para ele o fitando nos olhos.
- Que tal a gente ir no Pop’s? – Ela perguntou e isso fez Wesllen voltar ao normal.
Ele olhou para a prima assustado e se levantou rapidamente do sofá.
- Eu devo estar sonhando. – Soou baixo.
Macri abaixou sua saia e se sentou confusa.
- Ta sonhando por que? Você é o meu namorado.
Wes estava com uma cara de interrogação.
- Cella é você mesma? – Perguntou lentamente e foi até ela.
- Sim. O que deu em você? – Disse um pouco irritada ao se levantar do sofá.
Os olhos do filho de Zeus se encheram de lágrimas.
- Você morreu. – Soou baixo e uma lágrima desceu.
- Você sabe? – Ela perguntou um pouco surpresa.
Ele assentiu mexendo a cabeça para cima e para baixo.
- Onde estamos? – Perguntou fitando bem a casa.
- Riverdale, você veio me visitar. – Explicou ao se aproximar dele.
- Te visitar? – Ele deu um passo para trás. – Marcella desde quando eu to aqui?
- Desde hoje de manhã, você estava na escola comigo. Por que ta estranho? – Ela soou preocupada e se aproximou dele novamente passando a mão pelo rosto lisinho dele.
Wes segurou a mão dela e retirou de seu rosto. Nisso Bruno e Isabela entraram na casa pela porta dos fundos. Isabela ficou assustada e segurou firme a mão de Bruno. Wes fitou ela e não entendeu exatamente nada, mas assim que ele percebeu que era o Norgaard. Ficou aliviado.
- Você também ta vivo. – Disse ao se soltar da Macri.
- Eu não estou te entendendo, por que ficou estranho? – Macri perguntava um pouco assustada e sentida pela rejeição dele.
- Nando o que você quer fazer com isso? – Isabela soou firme.
- Bels, eu não quero fazer nada. Eu estava no meu Duat e aí apareceu uma garota morena, mais velha e agora to aqui. Eu não sei o que aconteceu! – Ele exclamou. – Foi outro apagão igual quando meu pai faz para eu me alimentar. – Soou mais pensativo.
- O que? – Norgaard não entendia.
- Que que é Duat? E se alimentar? – Macri era outra confusa.
Wes entendeu o que tinha acontecido com Macri e Bruno e fitou Isabela com os olhos arregalados.
- Eles não sabem?
- Não e o que o seu pai tem a ver com isso? – Novak perguntava se referindo a Zeus ao cruzar os braços e fitar bem ele.
- Não é esse pai. – Ele soou baixo. – Bels. – A fitou com os olhos cheios de lágrimas. – Meu outro pai é o Guilherme.
Ela abriu a boca num perfeito O.
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