Brandon acordou e se levantou vendo que estava em seu quarto em Helheim. Estranhou, mas foi direto para a porta para tentar abrir. Só que não funcionou, então tentou seus poderes. Mas que poderes? Eles estavam completamente bloqueados.
- Droga! – Exclamou e bateu na porta. – Alguém? Alguém? To preso aqui! – Gritou.
Bruno estava sentado ao lado de Macri e Wes e Isabela estavam na frente deles numa mesa do Pop’s.
- Bem-vindos ao Pop’s. – Macri falou e os olhos do Wes brilharam com uma luz azul. – O que foi isso? – Ela fitou ele com uma cara de interrogação.
- O que você faz aqui Novak? – Wes soou firme ao segurar o braço de Isabela.
- Nando me solta. – Isabela soou entre os dentes tentando se soltar dele enquanto Bruno e Macri não entendiam.
- Acho que vou ter que acabar de vez com você. – Wes falou apertando mais o braço da Novak.
- Pop’s. – Macri falou e os olhos dele brilharam novamente.
Wesllen não entedia o que tinha acontecido e soltou a Isabela.
- O que aconteceu? – Ele perguntou e Isabela fitava ele assustada.
- Ele parece estar num estado de hipnose. – Bruno comentou.
- Você virou o garoto detestável que queria me matar de novo. – Isabela soou baixo ao passar a mão sobre o braço.
- Não Bels, eu nunca vou querer te matar. Eu te amo! – Wes disse fitando ela.
Macri ficou intrigada com tudo e um pouco remexida, já que para ela Wesllen deveria ama-la.
- Pop's. – Ela falou novamente e os olhos do Wes brilharam.
- O que ela faz aqui? – Ele soou firme fitando a Novak.
- Nando. – Isabela soou serena.
- Novak entenda uma
- Pop's. – Macri falou novamente e Wes voltou ao normal.
- O que aconteceu? – Ele soou confuso novamente.
- Você está enfeitiçado. – Isabela contou. – Sempre que fala uma palavra você muda.
- Não é feitiço, é hipnose. – Norgaard corrigiu.
- E quem fez isso comigo? Foi meu pai? – Wes perguntou pensando em Guilherme.
- Não importa, Nando. – Isabela segurou a mão dele sobre a mesa sentindo o olhar de Macri queimar sobre ela. – Agora me conta uma coisa. Para onde você levou Brandon, Chad e Daniel?
- Eu não sei do que você está falando. – Wes se soltou dela um pouco incomodado.
- Quem são esses? – Macri perguntou baixo ao Norgaard.
- Eles falaram que são nossos amigos, mas eu não me lembro de nada. E eu jurava que o Wesllen te amasse. – Ele comentou baixo a ela enquanto Isabela perguntava um pouco mais firme ao Wes onde eles estavam.
- Também achei. – Macri soou baixo muito sentida com tudo. – Ele não me ama, Bruno. Eu achava que ele era o cara para mim. – Uma lágrima desceu pelo rosto dela enquanto se aninhava nos braços do Bruno.
- Não chora, vai que você vira sereia de novo. – Ele comentou cuidadoso e secou a lágrima dela.
Isabela parou de discutir com Wesllen e fitou os dois. Wesllen percebeu e viu eles. Isso fez surgir uma esperança neles para que Macri e Bruno tenham a memória de volta.
- Não tem como virar sereia através de suas próprias lágrimas. – Isabela comentou ganhando a atenção deles.
Macri se soltou do Norgaard e deu uma distância, ficando prensada próxima a janela. Já Bruno não entendeu nada.
- Como pode saber disso? – Mattos soou um pouco firme ao secar o rosto.
- Minha mãe nos transformou, sou uma sereia igual a você. – Contou pacientemente tentando ver se a Mattos se lembrava de algo.
Mas o olhar dela continuava vazio. Apesar de ter um brilhinho lá no fundo rosa, não era o mesmo olhar que Macri Mattos tinha antes. Algo determinado, forte, impactante.
- E quem seria sua mãe? – Bruno perguntou curioso.
- Gaia. Toda sereia é considerada filha dela. – Comentou e continuou a fitar Macri. – Ela te deu essa transformação junto com suas irmãs para sobreviver a Rá e Amón.
- Ela não tem irmãs. – Bruno soou firme enquanto a Mattos estava com a boca entreaberta surpresa.
- Vocês não se lembram de nada mesmo. – Wes comentou pensativo. – Sabem pelo menos quem é Gaia, Amón e Rá? – Fitou os dois que continuavam com a cara “To entendendo nada. Acho que eles são loucos”.
- Não, eu não faço a mínima ideia disso. – Macri soou baixo e muito incomodada porque ela tinha a impressão de saber sobre isso, mas vinha o branco em seguida em sua mente.
- Gaia é coisa grega, né? – Bruno perguntou. – Mas o que isso tem a ver com os nórdicos?
Isabela e Wesllen trocaram um olhar cúmplice.
- Você sabe dos nórdicos? – Novak perguntou.
- Eu tive um sonho. Vi duas crianças de três anos de idade treinando comigo arco e flecha. Em seguida ela. – Ele apontou para Macri. – Me pediu socorro. Eu fui até o galpão onde ela estava sendo quase morta por um homem polvo, um cara que tinha um chicote e uma robô doida. Eu fiz sumir tudo e levei ela para um quarto com uma parede azul escura. Aconteceu umas coisas e aí surgiu Loki. Ele falava que era meu pai.
Isabela e Wesllen trocaram outro olhar.
- Você sonhou com o dia que você a levou para Asgard. – Novak soava surpresa.
- Por que essa gente tentaria me matar? – Macri perguntou passando por um bolo na garganta. – Ta, eu sei que sou uma assassina profissional, mas homem polvo? Robô? – Ela fitava Bruno com uma cara de interrogação.
- Mattos? – Veio aquela voz um pouco receosa.
Os quatro se viraram e viram Ben Tennyson com um copo de milk-shake na mão e com os olhos verdes arregalados.
- Desculpa, mas eu não te conheço. – Macri comentou e voltou a virar para a mesa dando as costas para Ben.
Ele foi até a mesa deles em choque ainda.
- Como vocês estão vivos? – Perguntou. – E como não me conhece? Nos conhecemos desde os 10 anos, Marcella. – Soou um pouco firme.
- Eles estão sem memórias, Tennyson. – Wes contou.
- Mas então eles não morreram? – Ben ainda tentava digerir tudo.
- Não, alguém fez parecer que eles morreram. Sumiu com as memórias deles e ainda enfeitiçou o Nando. Não fale o nome dessa lanchonete para ele. – Isabela explicou enquanto dava um espaço para o Tennyson se sentar ao lado deles.
- To boiando. – Bruno comentou baixo a Macri.
- Somos dois. – Ela retrucou baixo e fitou o garoto de olhos verdes. – Você não me é estranho, mas eu não tenho a mínima ideia da onde nos conhecemos.
- Você lembra dele? – Wes perguntou surpreso e um pouco sentido.
- Tennyson. – Macri soou pensativa. – Já ouvi falar, mas quem é você?
- Não acham melhor levar eles para uma base dos Encanadores e colocar numa máquina para devolver a memória? – Tennyson soou sugestivo a Isabela e Wesllen.
- Encanadores de que? Por que precisaria de encanadores? Não estamos com a privada entupida e nem a pia. – Macri soou na defensiva.
- Foi feitiço. Se colocarmos numa máquina eles podem perder completamente a memória. – Isabela explicou e fitou Macri. – Como vocês chegaram aqui? – Perguntou aos dois.
- Não podemos contar. – Mattos soou firme e cruzou os braços.
Seu celular tocou e ela percebeu que estava na hora de tomar mais um remédio. Como já tinha um copo com água sobre a mesa, pegou o comprimido da bolsa e colocou na boca.
- Não faz isso! – Norgaard segurou a boca dela e a fez cuspir o remédio. – Você não percebeu que esses remédios estão fazendo mal a você? – Soou firme assim que ela se soltou dele.
- Eu tenho que tomar eles, me deixa em paz Bruno! – Ela gritou e bebeu um pouco da água.
- Que remédios são esses? – Isabela usou o charme de sereia.
- Meus remédios. – Macri soou firme não tendo efeito com o poder da Novak.
- Ela fica tomando essas tarjas pretas desde novembro! – Norgaard contou e Macri cruzou os braços ao formar um biquinho em seus lábios e seus olhos ficaram cheios de lágrimas.
- Não tome nenhum remédio. – Novak soou firme a Mattos que começava a chorar.
- Você quer que eu morra? – Ela retrucou chorosa deixando a todos espantados. – Eu tenho que tomar esses remédios.
- Quem inventou esses remédios? – Wesllen perguntou preocupado.
- O pai dela provavelmente. – Bruno contou não sabendo o que fazer com a Mattos que começava a soluçar com a cabeça abaixada sobre a mesa.
- Que pai? – Novak soou firme enquanto Tennyson sentia que tinha que fazer algo.
- Meu tio, Carlos. – Bruno contou e todos perceberam que era de Eros que ele estava falando.
- Eros. – Tennyson soou pensativo. – Eu pensei que ele estava preso na ilha do pai. – Comentou fitando Wesllen e Isabela.
- Está, não está? – Wes soou confuso ao fitar a Novak.
- Não sei, Nando. Os ninjas sumiram, tudo se acalmou com a morte deles. O que importa são essas academias. Eros não é tão esperto para bolar esse plano maluco. Ele mataria a Macri de qualquer jeito e a qualquer custo como ele tentou fazer em Paris. – Isabela soava baixo, mas Bruno ouvia.
- Na Torre Eiffel? – Norgaard perguntou se lembrando do sonho da Mattos.
- O que você sabe sobre Paris? – Wes soava surpreso e a Macri continuava a chorar.
- Ela sonhou com isso ontem. Mas não se lembra. – Bruno contou. – Ela disse sobre o pai dela ser Eros. Ele jogou ela da Torre Eiffel.
- Isso aconteceu. – Novak soou baixo ganhando a atenção de Macri que parava de chorar e fungava o nariz.
- Meu pai não me jogaria da Torre Eiffel. – Soou com a voz embargada.
- Macri ele não é seu pai. Você é filha de Afrodite, do rei de Neinths, tio do Nando, e de Alfadur. – Isabela soava serena.
- Eros é seu irmão que te amaldiçoou. – Wes completou.
- Ta falando grego para mim. – Ela soou confusa.
- É isso! – Tennyson exclamou e todos olharam para ele sem entender. – Ela ler coisa grega, egípcia e nórdica, certo?
- Todos os dois. – Wes disse e pegou uma caneta com Isabela, começou a escrever em grego antigo, egípcio antigo e nórdico. – O que está escrito aqui? – Passou o guardanapo para eles.
- Eu sou seu primo? – Norgaard lia a parte nórdica.
- Isso e você, Cella consegue ler? – Wes a fitou.
Ela pegou o guardanapo e fitou bem ele, por fim tirou de seu rosto e negou com a cabeça.
- Tenta Macri. – Isabela incentivava.
- Eu não sei o que está escrito nisso e me empresta a caneta? – Disse e pediu ao Wes que passou para ela.
Macri começou a rabiscar no guardanapo e todos a fitavam intrigados.
- Desde quando você desenha? – Bruno estava surpreso.
- Só são rabiscos. – Ela deu de ombros continuando a rabiscar.
- Por que eu sinto que eu já vi isso em algum lugar? – Bruno soou pensativo assim que a Mattos acabou de desenhar.
Era uma casa no alto de uma montanha e tinha um casal na sacada se beijando.
- Meus primordiais! – Isabela soou espantada ao ver o desenho. – Você e eu vimos. Ela desenhou o beijo que Peter Pan deu nela na Terra do Nunca. – Explicou deixando Bruno e Macri caírem na gargalhada.
- Peter Pan. – Macri ria.
- Neverland? – Bruno zombou junto com a Mattos. – Isso não existe e até parece que Peter Pan vai beijar ela.
- Vai ser um longo dia. – Isabela soou baixo ao Wes que assentiu enquanto Tennyson estava surpreso com tudo.
- Acordem! – Rodrigo já estava cansado de tentar acordar Daniel e Chad.
Ele estava na biblioteca do Primeiro Nomo. Tinha recebido uma mensagem de Daniel falando que Macri e Bruno foram encontrados. Mas quando achou o amigo se deparou com essa cena. Daniel e Chad apagados na biblioteca numa parte não muito movimentada.
Chad começou a se despertar e quando fitou Rodrigo e onde estava se sentou rapidamente e confuso.
- Por que eu to aqui? – Perguntou ao Mattos.
- Não sei, mas Daniel me mandou uma mensagem falando que achou Macri e Bruno. – Contou deixando o White mais confuso ainda.
- Eles morreram. – Soou um pouco firme ao se levantar do chão e fitar o filho de Tânatos no chão apagado.
- Eu não tenho tanta certeza. – Rodrigo soou baixo ainda pensativo pela última vez que falou com Wesllen quando o filho de Zeus confessou ter matado os dois.
Daniel acordou e se levantou sem entender um nada.
- Você me trouxe para cá? – Soou receoso ao filho de Afrodite.
- Dani, você me mandou uma mensagem falando que encontrou Macri e Bruno. – Rodrigo contou.
- Mandei? – Soou pensativo.
- Mandou. O que deu em você? Ver no seu celular. – Rodrigo começava a ficar impaciente.
Daniel pegou o aparelho do Duat e viu a mensagem. Em seguida avistou outra que não tinha conseguido mandar.
- Aqui ta falando que Macri, Bruno e Isabela estão em Riverdale. – Contou com os olhos arregalados. – É onde a minha tia mora. – Soou pensativo.
- Então vamos para lá. – Chad soou decidido. – Quero saber disso direitinho. – Ele abriu um portal e passaram.
Estavam numa estrada deserta e começava a nevar.
- Onde sua tia mora? – Rodrigo perguntou ao Chutz.
- Nessa cidade. – Daniel apontou para a placa que dava as boas-vindas a Riverdale.
Chad já estava no celular tentando achar Isabela, mas não tinha sinal.
- To sem sinal e sem poderes. – Contou.
- Também to bloqueado. – Daniel soou baixo.
Rodrigo suspirou e fitou eles.
- Eu tenho que avisar a Melody, vocês se importam
- Cara desde quando você ta se importando para a Melody? A garota ta grávida de você e você zombou dela. – Daniel interrompeu.
- Alguém mexeu com suas memórias e Melody perdeu o bebê. – Rodrigo soou com os olhos cheios de lágrimas. – Culpa de Beatrice.
- Eu to mais perdido aqui. – Chad comentou ganhando a atenção que queria. – Melody não estava grávida de você? – Apontou para Daniel e ele negou com a cabeça ainda chocado.
- Como ela perdeu o bebê e quem é Beatrice? – Chutz soava lentamente ainda digerindo tudo.
- Beatrice é minha prima, irmã mais velha de Brandon e Oliver. Queridinha de Hel. Ela fez isso a Melody e matou nosso filho. – Soou baixo e uma lágrima passou pelo rosto dele, ele secou discretamente. – Eu tenho que avisar a ela.
- Mas todo mundo ta sem poderes. – Daniel comentou.
- Eu consigo me teletransportar para mais um lugar, eu tenho que contar a ela. E vocês tem que achar Macri e Bruno. – Rodrigo falou e se teletransportou em seguida.
- E ele foi. – Chad falou ao notar a ausência do Mattos levantando o braço e abaixou fitando Daniel em seguida. – Onde é a casa da sua tia?
- Na parte sul da cidade. – Daniel respondeu e começou a andar junto com Chad.
Brandon já estava cansado de ficar o dia inteiro preso naquele quarto. Sentia fome, sede e calor, muito calor. Sua testa estava brilhosa de tanto suar. Estava recostado atrás da porta, ficando já sem forças para bate-la.
- Alguém? – Chamou, mas soou baixo.
Seus olhos foram se fechando devagar. Brandon sentiu que alguém o levantou, lutou para abrir os olhos e não reconheceu quem era o garoto de olhos verdes e com a roupa verde também que o segurava firme.
- Quem...é...você? – Ele soou fraco.
O garoto o colocou sentado na cama e fitou o Mattos.
- Sou Peter, Peter Pan. – Contou e Brandon ouviu ao longe sem forças para expressar nada, porque logo a escuridão lhe tomou.
O corpo do semideus caiu sobre a cama e Peter Pan o segurou, teletransportando Brandon junto com ele.
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