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História A Guarda - Os problemas continuam.


Escrita por: mineislouwt

Capítulo 1 - Os problemas continuam.


Fanfic / Fanfiction A Guarda - Os problemas continuam.

A divisão por castas foi abolida da sociedade dinamarquesa, porém os rebeldes ainda tentam atacar o Palácio, pois nem todos os problemas da Dinamarca foram resolvidos, a crise afeta algumas áreas da sociedade e os rebeldes não estão satisfeitos com o que ainda está acontecendo. Meu pai é um rebelde, e posso afirmar que nenhum dos guardas do Palácio gosta dele, alguns também acham que ele é o mais perigoso, eu concordo com eles um pouco, eu sei o que meu pai quer, ele quer tomar posse de todo o governo, e sei também que ele é capaz de qualquer coisa, até mesmo matar pessoas inocentes para conseguir isso. Meu pai às vezes me dá medo, principalmente, quando toco no assunto de que eu gostaria de trabalhar na guarda real, eu sei que sou uma garota e que talvez ninguém acredite no meu potencial, mas eu quero tentar e eu sei que sou corajosa o suficiente para isso, meu pai sem perceber, me ensinou tudo que eu preciso para ser uma soldada, e eu sei que posso parecer uma filha horrível, por querer me juntar aos inimigos do meu pai, mas eu realmente acho que com ele no comando, tudo se tornaria um grande desastre, e eu gosto da família real. 

- Não pai, não vou participar do ataque a família real – gritei – O que eu quero é protegê-la, não destruí-la!

- Você não pode ser minha filha! Não é possível que eu tenha feito e criado alguém como você! – ele falou com nojo.

- Também não acredito que posso ter sido criada por alguém como você! – devolvi com a mesma revolta. Pode não parecer, mas às vezes essas palavras machucam. 

- Não aguento mais suas birras, Adele! Escolha agora: ou você me ajuda contra esse maldito rei ou saia agora da minha casa! Se pode me desafiar, pode viver sozinha! – Ele disse ríspido. 

Meus olhos se arregalaram e meu coração começou a bater mais rápido. Ele realmente queria que eu fosse morar na rua?

Eu perdi muitas coisas importantes para mim, tudo isso causado pelas atitudes do meu pai de tentar “melhorar” a sociedade. Minha mãe morreu quando eu ainda era uma criança, eu cresci pelos cuidados do meu pai, naquela época os rebeldes faziam ataques ao palácio - e ainda fazem - eles lutavam pelos direitos iguais entre as pessoas, eles lutavam por isso, pois naquela época a sociedade era dividida por 5 castas, a casta da minha família era a 3, meu pai era chefe de cozinha, minha mãe dona de um restaurante italiano, e eu estava seguindo a carreira de dançarina - eu não me dou muito bem na cozinha, e em nenhum dos outros trabalhos que não sejam os artísticos. -, com meus 13 anos eu descobri como foi que a minha mãe morreu e como sempre meu pai tinha alguma coisa ligada ao acontecido, minha mãe morreu em um dos ataques que os rebeldes fizeram ao palácio. E ele se achava no direito de me expulsar de casa apenas por discordar do erro dele? Após essas lembranças voltarem o medo que eu tinha se transformou em ódio. Estava pronta para lhe dar uma resposta quando um de seus “companheiros” interrompeu nossa discussão. 

- Sr. Woodstock? Está tudo pronto para reunião. – um homem moreno entrou na sala. Devia se chamar David, era mais um dos que endeusavam meu pai. 

- Estou indo. Quanto a nossa conversa, Adele, te dou até amanhã para decidir. – Meu pai disse e saiu, não parecia nem um pouco irritado, admito, era um ótimo ator, já eu, devia estar borbulhando de raiva. 

No último ataque que meu pai organizou eu o acompanhei. 

Andando pelo palácio vi que um dos príncipes estava em perigo e que não tinha nenhum guarda por perto, eu fui até ele para ajudá-lo, ele desconfiou de mim, mas não recusou a ajuda. Depois que percebi que já estávamos em um local seguro do palácio, parei de andar, fiz uma breve reverência e saí. 

Naquele dia meu pai estava organizando outro ataque ao palácio, enquanto ele estava na reunião, eu saí para fazer os testes de soldada real. Acho que chegou a hora de fazer o que tanto sonho: proteger o palácio. 

- Olá senhorita. O que deseja aqui? – um dos guardas perguntou.

- Eu quero fazer um teste para guarda real.

- Corajosa você, senhorita! Mas por que exatamente uma... moça como você quer fazer isso?

- Porque, eu tenho desejo de proteger a família real e todas as pessoas inocentes que puder. Acredito que essa seja a melhor forma. 

- E como a senhorita faria isso? Não é tão simples para uma mulher entrar na guarda real. – outro guarda falou  

- Eu sei que não. Por isso quero negociar. 

- Negociar? O que uma mera artista como você negociaria com a guarda real? – o primeiro guarda perguntou.

Suspirei, não acredito que faria isso. Trair meu próprio pai. Mas era por um bem muito maior. 

- Informações sobre os rebeldes que nenhum de vocês tem. 

- E como você teria tais informações? – o segundo guarda me perguntou, claramente me subestimando. 

- Eu sou filha de um rebelde, um dos líderes rebeldes. Acho errado tudo o que ele faz e também vocês estão precisando de mais soldados, por favor, me deixem entrar para a guarda real. – implorei tentando me fazer da garotinha assustada que tem informações. 

- Certo  – o primeiro soldado olhou fixamente nos meus olhos, como se tentasse ler meus pensamentos – Falaremos com o Rei e depois lhe enviaremos uma carta com a resposta, senhorita... – ele esperou que eu respondesse. 

- Woodstock.  – acenei com a cabeça e olhei para o nome que estava escrito no broche prateado de seu uniforme. – E obrigada, soldado Carpentier. – voltei para casa antes que meu pai percebesse que eu não estava lá.

Cheguei em casa e percebi que meu pai não estava, subi para o meu quarto, tentei escrever uma música, mas eu estava sem ideias, eu não conseguia me concentrar, eu só conseguia pensar na tal carta que eu poderia ou não receber.

Meu pai havia chegado, mas nem falou comigo direito, talvez esteja ocupado demais preparando mais um ataque ao palácio. Eu realmente espero que me aceitem para a guarda real e que meu pai não veja a carta antes de mim, acho que a reação dele a minha traição não seria das melhores. Eu me sinto mal por fazer isso com meu próprio pai, mas, é preciso, eu não acho certo o que ele faz, eu realmente não queria ter que fazer isso, mas ele insiste em ficar cometendo os mesmos erros, os erros que fizeram com que a minha mãe morresse naquele dia, os erros que fizeram com que várias pessoas inocentes morressem até hoje, eu sei que ele não é o único envolvido nisso tudo, mas também sei que é ele quem comanda isso tudo.




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