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História A Herdeira dos Black II - Será que ele está voltando?


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 10 - Será que ele está voltando?


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Será que ele está voltando?

Dormi por poucas horas. Logo que amanheceu o Sr. Weasley apareceu na barraca acordando as garotas e eu. Acordei e me vesti com muito esforço, sai cambaleando e de cara fechada da barraca. Com a varinha, o Sr. Weasley fechou e dobrou as barracas com magia e assim saímos o mais rápido do acampamento.

Demorou um pouco para conseguirmos sair de lá. A maioria, senão, todos os bruxos do acampamento queriam usar a Chave de Portal. Estava uma verdadeira bagunça, o que levou o Sr. Weasley ter uma discussão com o guardador das Chaves de Portais, mas conseguimos conseguimos voltar ao monte Stoatshead. Durante o caminho de volta à Toca não disse uma palavra sequer, estava com muito sono e com fome.

Chegando na Toca fomos recebido por uma Sra. Weasley muito preocupada. Ela ainda usava chinelo, o rosto pálido e tenso; com um exemplar amassado do Profeta Diário amarrotado na mão, ela veio correndo ao nosso encontro.

— Arthur... eu estava tão preocupada... tão preocupada...

Ela se atirou no pescoço do marido e o Profeta Diário caiu de sua mão no chão. Dei uma breve olhada e li a manchete: CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL, completa com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas das árvores.

— Vocês estão bem — murmurou a Sra. Weasley distraída, largando o marido e olhando para nós com os olhos vermelhos —, vocês estão vivos... ah, meninos...

Para minha surpresa, ou para de todos, ela puxou Fred e Jorge para um abraço tão apertado que as cabeças deles se chocaram.

— Ai! Mamãe, você está estrangulando a gente...

— Gritei com vocês antes de irem embora! — disse a Sra. Weasley, começando a soluçar. — É só nisso que estive pensando! E se Você-Sabe-Quem tivesse pegado vocês, e a última coisa que disse aos dois foi que não obtiveram suficientes N.O.M.s? Ah, Fred... Jorge...

— Ora vamos, Molly, estamos todos perfeitamente bem — disse o Sr. Weasley acalmando-a, desvencilhando-a dos gêmeos e levando-a em direção à casa. — Gui — murmurou ele em voz baixa —, apanhe esse jornal, quero ver o que diz...

Quando entramos na cozinha, Hermione foi preparar uma xícara de chá forte para a Sra. Weasley, no qual o Sr. Weasley insistira em acrescentar uma dose de uísque, Gui entregou o jornal ao pai. Sentei-me em uma cadeira ao lado da Sra. Weasley tentando acalmá-la.

— Eu sabia — disse o Sr. Weasley deprimido, ao examinar a primeira página do Profeta Diário com Percy espiando por cima do seu ombro. — Ministério erra... responsáveis livres... segurança ineficaz... bruxos das trevas correm desenfreados... desgraça nacional... Quem escreveu isso? Ah... só podia ser... Rita Skeeter.

— Essa mulher vive implicando com o Ministério da Magia! — reclamou Percy, furioso. — Semana passada ela disse que estávamos perdendo tempo discutindo a espessura dos caldeirões, quando devíamos estar acabando com os vampiros! Como se isso não estivesse explícito no parágrafo doze das Diretrizes para o Tratamento dos Semi-Humanos Não Bruxos...

— Faz um favor à gente, Percy — disse Gui bocejando —, cala a boca.

Agradeci muito mentalmente o Gui.

— Falaram de mim — disse o Sr. Weasley, arregalando os olhos por trás dos óculos.

— Onde? — perguntou num atropelo a Sra. Weasley, engasgando-se com o chá batizado com uísque. — Se eu tivesse visto isso, saberia que você estava vivo!

— Não dizem o meu nome — explicou o Sr. Weasley. — Escute só isso:

“Se os bruxos e as bruxas aterrorizados que prendiam a respiração à espera de notícias na orla da floresta queriam ouvir do Ministério da Magia uma palavra que os tranquilizasse foram lamentavelmente desapontados. Um funcionário do Ministério saiu da floresta minutos depois do aparecimento da Marca Negra, dizendo que não havia ninguém ferido, mas recusando-se a dar informações. Resta ver se tal declaração será suficiente para abafar os boatos de que vários corpos foram retirados da floresta uma hora mais tarde.”

— Ah, francamente — disse o Sr. Weasley, exasperado, entregando o jornal a Percy. — Ninguém ficou ferido mesmo, que é que eu deveria dizer? Boatos de que vários corpos foram retirados da floresta... Ora, agora é que vai haver boatos depois de ela publicar isso.

Ele soltou um profundo suspiro.

— Molly, vou ter que ir ao escritório, isso vai dar um certo trabalho para consertar.

— Eu vou com você, pai — disse Percy cheio de importância. — O Sr. Crouch vai precisar de toda a tripulação a bordo. E aproveitando para entregar a ele o meu relatório sobre os caldeirões, pessoalmente.

E ele saiu apressado da cozinha.

A Sra. Weasley pareceu muito aborrecida.

— Arthur, você está de férias! Isso não tem nada a ver com o seu trabalho, com certeza eles podem resolver o caso sem você, não?

— Tenho que ir, Molly — disse o Sr. Weasley. — Piorei as coisas com a minha declaração. Vou trocar de roupa um instante e vou...

— Sra. Weasley — disse Harry de repente —, Edwiges não chegou com uma carta para mim?

— Edwiges, querido? — disse a Sra. Weasley distraída. — Não... não, mas chegou uma carta para Susana.

— Para mim?

— Sim, querida, uma carta de Lupin chegou minutos antes de vocês chegarem — respondeu ela, pegando um envelope em cima do balcão e me entregando. — Ele deve já estar informado do que aconteceu na Copa. É melhor você responder o mais rápido a ele e dizer que está bem.

— Pode deixar — digo. — Ele deve estar muito preocupado, vou tranquilizá-lo.

Pedi licença e me retirei da cozinha, indo para o lado de fora e me sentando em um tronco de madeira que tinha perto da casa. Abri a carta e comecei a ler:

“Susana,

Que história é essa da Marca Negra na Copa Mundial de Quadribol? Acabei de pegar o Profeta Diário para ler e me deparo logo com isso na primeira página. Por favor, me diga como está, assim que ler me responda, envie a carta no mesmo dia. Caso isso não aconteça, eu mesmo irei aí!

Não se esqueça! Responda-me logo que receber a carta, não me deixa mais preocupado do que já estou.

Remus.”

Como eu imaginei, meu padrinho deveria estar louco de preocupação, e como uma boa afilhada não vou deixá-lo mais preocupado. Só que antes mesmo de me levantar e entrar na casa para pegar um papel e tinta, senti alguém sentando ao meu lado.

— Harry... — digo ao vê-lo me entregando papel, pena e um tinteiro.

— Imaginei que iria precisar, então dei a desculpa que ia lhe trazer isso, assim poderia sair um pouco da casa — disse ele.

— Ah, obrigada, Harry — agradeci pegando o que ele tinha trazido. — Tudo bem?

— Tudo — respondeu ele, sem me olhar, olhando apenas o quintal gramado dos Weasley.

— Acho que não — falei apoiando o papel na minha perna e molhando a pena na tinta. — Não está tudo bem.

Harry me encarou com aquela cara dele de preocupado.

— O que foi, Harry? — perguntei, voltando minha atenção apenas para ele. — Aconteceu alguma coisa para você querer vir até aqui.

Ele suspirou e disse:

— Sirius — respondeu Harry em tom baixo —, ele ainda não me respondeu.

— Não se torture, você não é o único que até agora não recebeu resposta dele — digo.

— Será que...?

— Nããoo — protestei na mesma hora, sem deixá-lo terminar o que eu já sabia que seria dito. — Harry, ele está bem, se ele tivesse sido pego já teria saído no Profeta Diário. Se bobear seria notícia de primeira página, o Ministério iria adorar mostrar que capturarem Sirius Black.

— É, acho que você tem razão... Só que...

— Só que nada, não precisa ficar preocupado. Ele está bem, só que como é provável ele estar fora do país, Edwiges não poderia fazer uma viagem dessas em poucos dias. Não concorda?

Harry assentiu com um sorriso fraco.

— Você não é o único que fica preocupado com ele — digo tocando o ombro dele. — Todas as noites quando vou dormir, tenho muito medo que no outro dia sai uma noticia que o pegaram ou que algo aconteceu com ele.

— Eu também...

Sorri como uma forma de conforto ao Harry, mas logo voltei minha atenção no pergaminho para escrever a resposta ao meu padrinho.

— Era mesmo do Lupin, a carta?

— Sim — respondi, passando a carta para Harry ler. — Preocupado, como eu imaginei. E como dito na carta, preciso responder hoje mesmo ele, não quero deixá-lo mais preocupado do que deve estar.

“Padrinho,

Como você me pediu, aqui está minha resposta.

Realmente como você viu no Profeta Diário a Marca Negra foi conjurada na Copa. O que assustou todo mundo e isso não foi o único ocorrido. Antes mesmo da Marca, o seguidores (pelo menos é o que todos acham) de Você-Sabe-Quem apareceram no acampamento, atacando trouxas. Tudo estava um verdadeiro horror! E já não bastasse isso, logo em seguida se teve a Marca Negra no céu.

Não sei se é bom falar sobre isso por carta, mas irei lhe dizer de qualquer forma. Acontece que Hermione, Rony, Harry e eu vimos quem conjurou. Na verdade vimos entre aspas, pois estava tudo muito escuro então não deu para ver o homem, acontece que vimos apenas a sombra dessa suposta pessoa que gritou uma fórmula mágica. Logo depois aconteceu o que você já sabe. Foi bem ruim, além do pessoal do Ministério achando que foram Mione, Rony, Harry e eu que conjuramos... e depois rolou vários outros problemas... Só que... Ah! Padrinho é tanta coisa que aconteceu, que se contasse por carta ela ficaria enorme, mas caso queira saber mais eu mando outra carta contando tudinho.

Bem, falando sobre mim, não se preocupe eu estou ótima! Entendeu? Eu estou ótima. Sem nenhum arranhão, ou algo do tipo, estou em perfeito estado. Cheguei logo de manhãzinha aqui n’A Toca. E assim que recebi a carta que você me mandou, li e agora estou lhe respondendo.

É isso, espero que você esteja bem, daqui algumas semanas começam as aulas então acho que vamos nos falar apenas por cartas. Já estou com saudades, padrinho.

Ah, Harry está lhe mandando um abraço. Ele está aqui do meu lado, enquanto termino de escrever a carta.

Com muito carinho da sua afilhada preferida,

Susana.

PS: Como estou na casa dos Weasley e vou ficar até o dia primeiro, então você vai ficar encarregado de comprar o meu material, ok?”

— Pronto! Agora é só enviar — digo. — Isso vai deixá-lo mais tranquilo e eu estarei bem comigo mesma. Não gosto de deixá-lo preocupado.

Quem não te conhece bem, acha que você é um monstro. Por ser tão... hum...

— Arrogante?

Ri da cara de incerteza de Harry.

— Pode dizer, eu sei que sou arrogante, sou uma tremenda mal educada, ruim na maioria das vezes — disse naturalmente. — Sei disso...

— Só que você é legal, por isso que disse o que disse, quem não te conhece acha que você não é essa pessoa de bom coração. Você não é má, apenas não demonstra tão fácil os seus sentimentos.

— É, talvez, tenha razão — disse sorrindo fraco. — É que eu sou um problema, essa é a verdade, não me acho uma pessoa boa como diz. Você é uma pessoa boa e não eu, afinal sou eu que ficar prejudicando os outros por diversão ou simplesmente porque quer.

Coloquei uma mexa do meu cabelo atrás da orelhas que tinha caído, antes de voltar a falar.

— Eu fazia muito disso em Beauxbatons, prejudicava absolutamente a todos daquela escola, até os que não me fazia nada. Nunca tive pena ou me arrependia do que fazia, talvez, tenha me arrependido uma vez, mas nada aponto de me impedir de voltar a fazer.

— Por que fazia isso?

— Por que não gostava da escola, nunca me trataram bem, eu odiava tudo aquilo em volta e acho que também o fato de me sentir infeliz lá, eu queria sair de lá. Sempre andei sozinha naquela escola, sempre! Meu padrinho ficava louco sempre que recebia as cartas de reclamações da Madame Maxime que não me suportava, se dependesse dela, eu teria sido expulsa no primeiro ano. Só que meu padrinho conseguiu ajeitar as coisas, mas eu não queria continuar lá. Então comecei aprontar mais, fiz a vida de todos um inferno, pois eu queria muito sair de lá e parece que o único jeito era ser expulsa. Madame Maxime não me aguentava mais, não me queria por mais um ano na escola dela, então antes dela me expulsar o Dumbledore foi conversar com ela e assim consegui minha transferência para Hogwarts. Pelo menos agora consegue durar um ano de boa, mesmo que o fim tenha sido agitado.

— Então é melhor se acostumando porque você vai ficar muito mais em Hogwarts — disse Harry.

— Disso pode ter certo, pois te digo que Hogwarts é sim o meu lugar. Lá consegui o que nunca pensei que ia conseguir ter, amigos.

Harry sorriu e se virou para me encarar melhor, fazendo o sorriso desaparecer e o vi coçando a testa, bem na cicatriz.

— O que foi? — perguntei. — A cicatriz está doendo?

— Não, mas uns dias atrás ela estava — respondeu ele.

— Como assim?

— Não contei nada para você e nem para Hermione e o Rony, apenas quem sabe é o Sirius.

— Harry, não estou entendo, o que aconteceu?

— No domingo de manhã, depois de um sonho, eu acordei com minha cicatriz doendo. Queimando. Como se Voldemort estivesse perto.

Não disse nada, mas foi impossível não deixar meu queixo cair um pouco e olha-lo um tanto espantada.

— Espera, ainda não estou entendendo — disse devagar. — Como assim Voldemort por perto? Como assim a sua cicatriz doendo depois de um sonho? Harry, me explica melhor isso.

— Não me lembro muito bem do sonho, mas eu sonhei com ele, Voldemort. E no sonho ele estava com o Pedro.

— Rabicho?

— Ele mesmo e apenas do que me lembro no sonho é que eles estavam planejando... matar alguém.

— E quando você acordou a sua cicatriz estava doendo, certo?

Ele apenas assentiu.

— Estranho — disse pensativa —, mas porque você diz que era como ele estivesse por perto? Por acaso ele estaria mesmo perto de você, perto da casa dos seus tios?

— Disso eu tenho certeza que não, mas eu disse isso porque no meu primeiro ano em Hogwarts minha cicatriz doeu da mesma forma e ele estava em Hogwarts na cabeça de um dos professores de Defesa contra as Artes das Trevas. É uma história longa, Su, depois eu te explico com mais detalhe — disse Harry suspirando cansado.

— Ok, mas então já que você tem certeza que ele não estava por perto, então você acha que a cicatriz doeu mesmo por causa do sonho?

— Acho que sim, se é que era um sonho, pois é esquisito não acha... minha cicatriz dói e três dias depois os Comensais da Morte se manifestam e o sinal de Voldemort volta a aparecer no céu — ele dizia um tanto aflito. — Tem também a Trelawney que disse no final do ano que o Lorde das Trevas se reerguerá… maior e mais terrível que nunca… e que teria sucesso porque seu servo ia voltar para ele…

— E naquela mesma noite o Rabicho fugiu.

— Exato — disse Harry. — Não acha que tudo isso é muita coincidência?

— Eu que tudo é muito estranho, não é normal — disse balançando a cabeça. — Seu sonho não é normal, isso é óbvio, parece que você teve uma visão no caso com ele e o Rabicho.

— É o que eu ando pensando.

— Você contou isso para mais alguém?

— Apenas para o Sirius, mandei a carta no mesmo dia falando da cicatriz e até agora não recebi a resposta dele.

— Hum... então era a resposta disso que você está esperando?

Harry apenas assentiu.

— Você fez bem em contar para ele, acho que meu pai vai saber melhor como te ajudar.

— Depois dele, você foi a única que contei, Hermione e Rony ainda não sabem.

Assenti, pensar nesse “sonho” de Harry e lembrar do que rolou na Copa Mundial de Quadribol, chegava a ser assustador.

— Su — chamou-me Harry. — Você acha que ele está voltando?

— Bom, o que eu tenho absoluta certeza é que ele nunca morreu naquela noite que você ganhou a cicatriz. 

— Você sempre achou isso?

— Por eu ter sido criada por bruxos, acabou que escutei muitas histórias sobre você e os seus pais, assim como ouvir as histórias de Voldemort. Meu padrinho nunca me disse nada detalhado, mas ele também nunca me ocultou alguns detalhes sobre a Primeira Guerra Bruxa. Assim como ele, eu também nunca engoli as histórias das pessoas dizendo que Voldemort estava morto. Meu padrinho me dizia apenas que ele estava fraco demais para continuar.

Suspirei.

— Agora ouvindo tudo isso, pensando com o que precisamos nessa madrugada, só confirma tudo o que achava. Outra, isso do Rabicho estar com ele nem é novidade, claro que ele iria atrás do mestre dele depois que foi descoberto. 

— Se aos menos tivéssemos pegado ele naquela noite…

— Só que infelizmente não deu, então uma coisa é certa, o Voldemort nunca esteve morto. 

Harry apenas concordou com a cabeça.

— Então será que ele está voltando?

Antes mesmo de responder algo ou Harry voltar a dizer mais alguma coisa, Rony apareceu, nos chamando para jogar Quadribol com Fred, Jorge, Carlinhos e Gui. Diferente de mim o Harry aceitou na hora, eu neguei porque estava muito cansada e queria descansar mais um pouco. Enquanto ele subiu rápido para pegar sua Firebolt, eu pedi Pichitinho emprestado para Rony, queria enviar a resposta o mais rápido ao meu padrinho.

 


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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