1. Spirit Fanfics >
  2. A Herdeira dos Black II >
  3. O Cálice de Fogo

História A Herdeira dos Black II - O Cálice de Fogo


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 22 - O Cálice de Fogo


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - O Cálice de Fogo

— Eu não acredito! — exclamou Rony, em tom de espanto, pela vigésima vez. — É o Krum! Vítor Krum!

— Pelo amor de Merlin, Rony, sabemos que é o Krum! Não precisa ficar repetindo a cada segundo — disse irritada.

— Não entendo para que tanto alvoroço — dizia Hermione atrás de mim enquanto subíamos as escadas para atravessar o saguão de entrada. — Ele é apenas um jogador de quadribol.

Apenas um jogador de quadribol? — exclamou Rony, olhando Hermione como se não pudesse acreditar no que ouvia. — Mione, ele é um dos melhores apanhadores do mundo! Eu não fazia ideia de que ele ainda estava na escola!

Não disse nada e nem Hermione, apenas reviramos os olhos juntas, parecia até que ensaiamos para tal.

A caminho do salão principal, pude ver Lino na fila da frente pulando nas pontas dos pés para conseguir ver melhor a nuca de Krum. Várias garotas do sexto ano apalpavam freneticamente nos bolsos enquanto andavam:

— Ah, não acredito, não trouxe uma única pena comigo... Você acha que ele assinaria o meu chapéu com batom?

Francamente! — exclamou Hermione com ar de superioridade, ao passarmos pelas garotas.

— Depois dizem que nós somos as infantis — disse para Hermione, agora vendo uma cena ridícula das garotas disputando o batom.

Entrando no salão seguimos até a mesa da Grifinória e nos sentamos. Rony ficava olhando atento para a porta, porque Krum e os outros alunos da Durmstrang ainda estavam parados ali, aparentemente sem saber onde se sentar. Já Beauxbatons felizmente tinham escolhido a mesa da Corvinal. Eles corriam os olhos pelo salão principal com uma expressão triste no rosto. Três ainda seguravam os echarpes e xales que cobriam a cabeça.

— Não está fazendo tanto frio assim — comentou Hermione que os observava, irritada. — Por que não trouxeram as capas?

— Porque são uns idiotas — disse olhando todos com nojo.

— Aqui! Venha se sentar aqui! — sibilou Rony. — Aqui! Harry chega para lá, abre um espaço...

— Quê?

— Tarde demais — disse Rony com amargura.

A Durmstrang tinha se acomodado à mesa da Sonserina. Krum tinha se sentado justamente ao lado de Malfoy, que parecia muito cheio de si com isso, e claro que ele não perdeu tempo para falar com o Krum.

— É, vai fundo, puxa o saco dele, Malfoy — ouvi Rony dizer com desdém me fazendo desviar os olhos de Malfoy. — Mas, aposto como o Krum está percebendo o jogo dele... aposto como tem gente adulando ele o tempo todo... onde é que você acha vão dormir? Poderíamos oferecer um lugar no nosso dormitório, Harry... eu não me importaria de ceder a minha cama, e poderia dormir em uma cama de armar.

Hermione e eu demos uma risadinha desdenhosa.

— Não é por nada não, Rony, mas estou começando a te estranhar — provoquei.

— Quê? — Rony olhou sem entender.

Ia provocá-lo mais uma vez, só que Dumbledore foi mais rápido para falar e eu apenas fiz um gesto com a mão para o Rony ignorar.

— Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes — disse o diretor sorrindo para os alunos estrangeiros. — Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

Nesse mesmo momento pude ver uma das garotas de Beauxbatons, ainda segurando o xale na cabeça, deu uma risadinha de zombaria.

— Estou vendo que vou me divertir muito esse ano — murmurei, mordendo a ponta da minha unha e já pensando na minha diversão com essas garotas.

— O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete — disse Dumbledore. — Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!

As travessas diante da gente se encheram de comida como de costume. Reparei que havia uma variedade de pratos à mesa desconhecido, mas alguns nem tanto, reparei que alguns eram pratos estrangeiros.

— Que é isso? — disse Rony, apontando para um grande travessa com uma espécie de ensopado de frutos do mar ao lado de um grande pudim de carne e rins.

Bouillabaisse — disse.

— Para você também! — respondeu Rony.

— É francesa — expliquei. — Já comi bastante disso em Beauxbatons e é muito gostoso.

— Acredito — retrucou Rony, servindo-se de chouriço de sangue.

Tudo estava delicioso, conseguia comer um pouco de tudo, inclusive tentei experimentar alguns pratos diferentes.

Vinte minutos depois do início do banquete, vi Hagrid entrando discretamente pela porta atrás da mesa dos funcionários. Deslizou para sua cadeira na ponta da mesa e acenou para os garotos, Hermione e eu com a mão coberta de ataduras.

— Os explosivins estão passando bem, Hagrid? — perguntou Harry.

— Otimamente — respondeu ele animado.

— É, aposto que estão — disse Rony em voz baixa. — Parece que finalmente encontraram a comida que gostam, não? Os dedos de Hagrid.

Naquele instante, ouvimos uma voz:

— Com licença, vocês von querer a bouillabaisse?

Ao olhar para a dona da voz reconheci na hora de quem se tratava. Ela era a ridícula de xale que riu durante a fala de Dumbledore. Na hora não reconheci já que estava com o rosto tampado, mas agora eu a reconheci.

Rony ficou púrpuro. Olhou para ela, abriu a boca para responder, mas não saiu nada a ser um fraco gargarejo. Sabia o que isso significava, até porque tinha alguns garotos perto da gente que ficou olhando para ela com cara de idiota.

— Pode levar — respondeu Harry, empurrando a vasilha para ela.

— Vocês já se serrvirram?

— Já — disse Rony sem fôlego. — Estava excelente.

Excelente? Ele nem se quer experimentou, pensei ao ver o papel ridículo que Rony estava fazendo.

Antes de ela sair, disse em tom bem provocativo e fiz questão de falar no idioma nativo dela:

É melhor parar de provocar, Fleur.

Ela na hora se virou para me olhar com aquele ar de superioridade dela. Fleur era uma garota mesquinha demais, nunca gostei dela e nem me dava bem, além dela estar uns anos a mais que eu em Beauxbatons, o jeito dela nunca me agradou. Somos completamente diferentes uma da outra.

Conheço você? — perguntou Fleur na maior cara de pau.

Sim, mas eu compreendo que sua mente fraca não se lembre.

Na mesma hora ela fechou a cara, tinha conseguido fazer o que bem queria, irritá-la.

— Black — ela murmurou com desgosto.

Ela não me disse nada, apenas empinou o nariz e virou as costas para se juntar aos seus colegas. Rony continuou com os olhos grudados nela como se nunca tivesse visto uma garota na vida. Ele apenas acordou para a vida quando Harry começou a rir.

— É uma veela, não é? — disse Harry me olhando.

— Claro que não! — retrucou Hermione mordazmente, sem me deixar responder.

— Claro que sim — corrigi.

Hermione me olhou indignada.

— Ela é meia-veela — disse, confirmando o que Harry tinha dito. — A maioria das garotas de Beauxbatons são meia-veelas.

— Hum... Não foi o que me pareceu — disse Hermione com desgosto.

— Por quê?

— Porque eu não vi mais ninguém olhando para ela de boca aberta como um idiota!

Como assim ela não percebeu que vários garotos olhavam para Fleur com cara de idiota? Isso me pareceu estranho, muito estranho o fato dela só ter reparado na atitude de Rony.

— Estou dizendo, não é uma garota normal! — disse Rony, curvando-se para o lado, sabia que era para continuar vendo a Fleur. — Não fazem garotas assim em Hogwarts!

— Fazem garotas legais em Hogwarts — respondeu Harry do nada.

— Como é ela, Susana? Você vai me apresentá-la, não é mesmo? — Rony olhava esperançoso.

Revirei os olhos lentamente para dar tempo de ingerir todas aquelas palavras que saiu da boca de Rony.

— O nome dela é Fleur Delacour e não, eu não irei lhe apresentar, Rony — disse lhe mandando com um sorrisinho. O que fez o sorriso enorme de Rony murchar.

Virei para o lado da mesa dos professores para desviar da cara feia que o ruivo fez para mim. Só que naquele mesmo momento vi alguém novo entrar pela porta atrás da mesa dos professores, não foi apenas um que passou e sim dois, o que me fez ficar de boca aberta.

— O que eles estão fazendo aqui? — indaguei surpresa, apontando para a mesa dos professores.

Harry, Rony e Hermione olharam na mesma hora que apontei.

As duas pessoas que tinham passado pela porta eram Ludo Bagman e Bartô Crouch. Duas pessoas que menos queria ver em tão pouco tempo. Primeiro por causa do Crouch que me deixa nervosa só de lembrar o que ele fez com Winky; segundo por causa do Bagman, o imbecil que está com meu ouro e dos gêmeos por causa da aposta que fizemos com ele na Copa.

— Eles organizaram o Torneio Tribruxo, não foi? — disse Hermione. — Imagino que quisessem vir assistir à abertura.

Quando o segundo prato com as sobremesas chegou, reparei que havia diversos pudins desconhecidos, também. Rony examinava um tipo esquisito de manjar branco mais atentamente, depois o deslocou com cuidado alguns centímetros para a direita. Balancei a cabeça negativamente ao perceber o que ele queria fazer. Rony queria atrair novamente a Fleur para a nossa mesa, queria que ela visse o suposto manjar e viesse pegar um pouco. Felizmente ela parecia já ter comido o suficiente e não veio até nossa mesa.

Terminando a sobremesa, Dumbledore se levantou mais uma vez. Neste momento, uma agradável tensão pareceu invadir o salão. Eu estava superanimada e ansiosa para o que viria a seguir. Por isso olhava bem atenta para o diretor.

— Chegou o momento — disse Dumbledore, sorrindo para todos os alunos. — O Torneio Tribruxo vai começar. Eu gostaria de dizer algumas palavras de explicação antes de mandar trazer o escrínio...

“Apenas para esclarecer as regras que vigorarão este ano. Mas, primeiramente gostaria de apresentar àqueles que ainda não os conhecem o Sr. Bartolomeu Crouch, Chefe do Departamento de Cooperação Internacional em Magia — houve vagos e educados aplausos (eu não aplaudi) — e o Sr. Ludo Bagman, Chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.

Houve uma rodada mais ruidosa de aplausos para Bagman do que para o Sr. Crouch, talvez por sua fama de batedor ou simplesmente porque ele parecia muito mais simpático. Já que ao contrário do Sr. Crouch, o Sr. Bagman agradeceu com um aceno jovial quando seu nome foi anunciado.

— Nos últimos meses, o Sr. Bagman e o Sr. Crouch trabalharam incansavelmente na organização do Torneio Tribruxo — continuou Dumbledore — e se juntarão a mim, ao Prof. Karkarroff e à Madame Maxime na banca que julgará os esforços dos campeões.

Dumbledore sorriu e disse:

— O escrínio, então, por favor, Sr. Filch.

Parece que Filch conseguiu passar despercebido por todos, eu mesma não o vi passando e quando menos imaginei ele já estava se aproximando do diretor, trazendo com si uma arca de madeira, incrustada de pedras preciosas. Tinha uma aparência extremamente antiga.

— As instruções para as tarefas que os campeões deverão enfrentar este ano já foram examinadas pelos Srs. Crouch e Bagman — disse Dumbledore, enquanto Filch depositava a arca cuidadosamente na mesa à frente do diretor — e eles tomaram as providências necessárias para cada desafio. Haverá três tarefas, espaçadas durante o ano letivo, que servirão para testar os campeões de diferentes maneiras... Sua perícia em magia, sua coragem, seus poderes de dedução e, naturalmente, sua capacidade de enfrentar o perigo.

Ao ouvir a última palavra o salão mergulhou num silêncio tão absoluto que ninguém parecia estar respirando. Diferente da maioria eu apenas deixei brotar em meus lábios um sorriso.

— Como todos sabem, três campeões competem no torneio — o diretor continuou calmamente — um de cada escola. Eles receberão notas por seu desempenho em cada uma das tarefas do torneio e aquele que tiver obtido o maior resultado no final da terceira tarefa ganhará a Taça Tribruxo. Os campeões serão escolhidos por um juiz imparcial... O Cálice de Fogo.

Dumbledore puxou então sua varinha e deu três pancadas leves na tampa do escrínio. A tampa se abriu lentamente com um rangido. Ele enfiou a mão no escrínio e tirou um grande cálice de madeira toscamente talhado. Eu teria considerado totalmente comum se não estivesse cheio até a borda com chamas branco-azuladas, que davam a impressão de dançar.

O diretor fechou o escrínio e pousou cuidadosamente o cálice sobre a tampa, onde seria visível a todos no salão.

— Quem quiser se candidatar a campeão deve escrever seu nome e escola claramente em um pedaço de pergaminho e depositá-lo no cálice — disse Dumbledore. — Os candidatos terão vinte e quatro horas para apresentar seus nomes. Amanhã à noite, festa do Dia das Bruxas, o cálice devolverá o nome dos três que ele julgou mais dignos de representar suas escolas. O cálice será colocado no saguão de entrada hoje à noite, onde estará perfeitamente acessível a todos que queiram competir.

“Para garantir que nenhum aluno menor de idade ceda à tentação, traçarei uma linha etária em volta do Cálice de Fogo depois que ele for colocado no saguão. Ninguém com menos de dezessete anos conseguirá atravessar a linha.”

Agora eu quero ver como Fred e Jorge vão participar do torneio, passando pela linha etária feita pelo próprio Dumbledore.

— E, finalmente, gostaria de incutir, nos que querem competir, que ninguém deve se inscrever neste torneio levianamente. Uma vez escolhido pelo Cálice de Fogo, o campeão ficará obrigado a prosseguir até o final do torneio. Colocar o nome no cálice é um ato contratual mágico. Não pode haver mudança de ideia, uma vez que a pessoa se torne campeã. Portanto, procurem se certificar de que estão preparados de corpo e alma para competir, antes de depositar seu nome no cálice. Agora, acho que já está na hora de irmos nos deitar. Boa-noite a todos.

— Uma linha etária! — exclamou Fred, os olhos brilhando, assim que levantamos para seguir caminho até a saída do salão.

— Já até imagino o que você está pensando para enganar a linha etária — dizia aos gêmeos.

— E no que você está pensando? — questionou Jorge com as sobrancelhas arqueadas.

— Poção de envelhecimento — respondi em um tom óbvio.

— Não é que você acertou mesmo — disse Fred, em tom sarcástico, com o braço em volta do meu ombro. — É justamente essa poção que vai fazer a gente atravessar a linha etária. E depois que o nome estiver no cálice, a gente vai ficar rindo, ele não vai saber dizer se você tem ou não dezessete anos!

Comecei a rir com desdém e disse:

— Acham mesmo que uma simples poção de envelhecimento vai funcionar?

— E por que não, senhorita Black? — disse os gêmeos ao mesmo tempo.

— Por quê? Porque um gênio como Dumbledore não vai ser enganado por uma simples poção para envelhecer.

— Por isso é tão brilhante — disse Fred.

— Porque é óbvio — completou Jorge.

Isso me fez revirar os olhos e rir do pensamento lógico dos dois.

— Concordo com a Susana — disse Hermione. — Não acho que alguém menor de dezessete anos consiga ter alguma chance. Ainda não aprendemos o suficiente...

— Fale por você — disse Jorge rispidamente. — Você vai tentar entrar, não vai, Harry?

Harry ficou pensativo e antes de dizer algo, Rony falou primeiro, mas sobre algo completamente nada a ver com que estava conversado.

— Onde está ele?

— Ele quem? — perguntei, mesmo já sabendo de quem ele perguntava.

— Dumbledore não disse onde o pessoal da Durmstrang vai dormir, disse?

Ele não respondeu exatamente o que perguntei, mas nem perguntei mais nada, sabia que ele queria saber do Krum. Rony examinava atentamente para o grupo da Durmstrang se levantando da mesa da Sonserina (Malfoy estava fazendo o mesmo).

Chegamos junto com os alunos da Durmstrang até a porta e nesse mesmo momento, ouvimos o diretor da escola deles dizer que iam voltar para o barco. Respondendo a dúvida de Rony.

Harry parou para deixá-los passar primeiro.

— Obrigado — disse Karkaroff, olhando distraído para Harry.

E então ele estacou. Virou a cabeça para Harry e encarou-o como se não pudesse acreditar no que via. E vi que o diretor Karkaroff não foi o único, os alunos de Durmstrang pararam também. Karkaroff olhava bem atento o rosto de Harry e sabia para o que ele olhava: a cicatriz na testa. Alguns alunos da Durmstrang não pareciam ter entendido, mas logo deve ter caído a ficha. Um dos garotos cutucou um outro garoto ao seu lado e apontou abertamente para a testa de Harry.

— É, é o Harry Potter, sim — disse alguém com um rosnado às nossas costas.

Era o Prof. Moody parado, olhando muito sério para Karkaroff que se virou para encarar o professor. A reação dele foi um tanto estranha, ele ficou mais branco e uma expressão terrível, em que se misturavam a fúria e o medo, perpassou o rosto dele.

— Você! — exclamou ele, encarando o Prof. Moody como se duvidasse de que realmente o via.

— Eu — disse o professor sério. — E a não ser que tenha alguma coisa a dizer a Potter, Karkaroff, você talvez queira continuar andando. Está bloqueando a porta.

O que não era mentira já que metade dos alunos estavam parados esperando para passar. Sem dizer nada o Sr. Karkaroff arrebanhou seus alunos e saiu. Olhando para o Olho-Tonto, e digamos que ele estava com uma expressão de intenso desagrado em seu rosto.

 

 

Point of View: DRACO MALFOY

Depois daquele bloqueio na porta para sair do salão pelo pessoal da Durmstrang. Todo mundo conseguiu continuar com seu caminho e antes de sair, por coincidência, Black ia sair no mesmo momento que eu. Não nos esbarramos, mas nossos olhares se encontram e ficamos assim por algum tempo. Percebi que ela tinha ficado sem jeito, então antes de sair dei apenas um sorriso discreto para que ela apenas visse – o que a fez também sorrir. A deixei passar e logo em seguida fui eu.

Desde ontem essa garota estava mexendo de um jeito descontrolado. Não sabia mais o que estava sentindo e parece que tudo o que eu apenas queria fazer, ou passar meu tempo, era ficar com ela e beijá-la a cada minuto. Felizmente isso aconteceu na hora do almoço em que nos encontramos no lago. Por causa de todo esse meu desejo, acabei enviando uma carta para ela e bom, eu achei que ia ser ignorado ou quando ela aparecer a primeira coisa que ela ia fazer é me azarar pelo beijo de ontem. Só que nada disso aconteceu porque além dela ter aparecido, ela me surpreendeu ao me beijar sem mais e menos. Óbvio que retribui. Não ia perder essa chance.

Chegando nas masmorras fui direto para o dormitório e fui tomar um banho. De preferência gelado, por mais que estivesse frio e as masmorras já fosse frio, precisa ficar de baixo na água gelada. Isso é simplesmente por causa da Black, as sensações que sinto sempre que penso nela, além do meu coração bater forte o que praticamente confirma que eu estou a fim dela; a outra sensação não me parece ser nada boa e por causa disso que preciso de um banho gelado. O que não adiantou muito, parecia até que a água ficou quente quando imaginei novamente o nosso momento no lago, ainda conseguia sentir as carícias no meu pescoço e os lábios macios dela em contato com os meus.

Além de ser linda, Susana Black beijava muito bem, era uma verdadeira tentação.

Só consegui tirá-la dos meus pensamentos quando ouvi batidas na porta do banheiro.

— Morreu? Ou ainda está vivo?

Era a voz de Theodore do outro lado da porta.

— Já vou! — Desliguei o chuveiro, me enxuguei, coloquei apenas a calça de moletom cinza do pijama e saí do banheiro.

— Achei que tinha se afogado debaixo do chuveiro — zombou Theodore, se levantando da cama e entrando no banheiro.

Revirei os olhos e fui me sentar na minha cama.

— Cadê o Blásio, Crabbe e Goyle? — perguntei, assim que vi o quarto vazio.

— Blásio saiu para ver a sua prima, não sei o que, mas Jéssica chamou — dizia Theodore ligando a torneira. — Não é por nada não, mas acho que ele está querendo pegar sua prima.

— E daí?

— Não se importa?

— Por que eu deveria me importar? — disse me deitando na cama de barriga para cima e fitando o teto. — Afinal de contas o Blásio não é você.

Nesse mesmo momento deixei de ouvir o barulho da água se escorrendo da torneira e ouvi Theodore bufando.

— Escuta aqui, Draco, sei bem que está sobre ontem e por isso você sabe a minha explicação pelo que fiz. — Ele parou próximo a minha cama. — Ontem não foi um dia bom para mim, eu realmente pensei que ia ficar bem, ainda mais com ela do meu lado, mas eu fiquei puto quando me tornei um simples capacho para aquela cena de vocês dois. Eu apenas explodi… só isso.

— Cala a boca que isso não é motivo — rebati friamente. — O que você tentou fazer com ela não tem justificativa. Nem adianta colocar a culpa na bebida que você pegou, sério?

            — É, eu sei que não, mas ainda assim é minha defesa e eu até poderia falar que foi por causa da bebida, mas não vou porque sei o erro que cometi — disse se virando. — Amanhã peço desculpas para ela, nem precisa ser amanhã, pode ser depois de amanhã ou até na segunda, mas eu vou falar com ela.

Isso se ela quiser olhar para cara dele sem antes azara-lo, conclui enquanto o via voltando para sua cama. Não acho que Susana Black vai perdoá-lo tão fácil como ele acha que vai, e se perdoasse seria muito boba, mas depois de conversar melhor com ela hoje vi que de boba ela não tem nada.

Blásio não demorou para voltar, conversei um pouco com ele antes de tentar dormir; nem mesmo nos meus sonhos Susana Black deixou de aparecer.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...