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História A Herdeira dos Black II - Acho que tentaria...


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 28 - Acho que tentaria...


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Acho que tentaria...

Point of View: JESSICA HOPKINS

Uma coisa era sempre certa: a Pansy sempre foi a minha melhor amiga. Nos conhecemos há muito mais tempo, antes mesmo de entrarmos para Hogwarts, da mesma forma que ela desde então sempre paquerou o Draco. A princípio eu acreditava quando ela dizia que era apaixonada por ele — se bem que até poderia mesmo ser —, mas algumas atitudes começaram a me fazer repensar se ela gosta mesmo dele. Draco não a amava. Ele já tinha me dito várias vezes, ela não passou de "primeiro beijo", por mais que fosse uma tentativa por conta do trato entre os pais deles com os pais dela. Só que a Pansy parecia estar levando muito essa questão a sério a ponto de não deixar meu primo em paz. Pior ainda, a ponto de ela chegar a se rebaixar, por conta dele.

Sai do dormitório batendo a porta com força depois de discutir com Pansy por achar mesmo que o estilo de se vestir ou a forma de agir iria conquistar ele. Não ia conseguir ficar num mesmo quadro que ela, não agora, se não ia dizer o que não deve. Mais chato nessa situação toda é que eu pareço ser estranha, pois entre os comentários de Daphne influenciando a outra, eu que fico parecendo a antiquada e não sabe se dar valor.

Chegando na sala comunal, respirando fundo, para não gritar. Percebi que eu não fui a única a tentar se acalmar aqui.

Fui me aproximando da poltrona que tinha próximo a lareira, vi uma cabeleira loira sentado no chão e encostada na poltrona, olhando atentamente o chamuscar da lareira.

— Draco?

Ele não me olhou, nem respondeu nada, o que me deixou preocupada. Decidi tocar seu ombro chamando dessa vez sua atenção.

— Jessica… o que foi? — perguntou ele sem ânimo algum na voz.

— Eu é quem deveria perguntar, não acha. Aconteceu algo?

Sentei-me no braço da poltrona. Draco revirou os olhos, balançou a cabeça e se levantou.

— Só quero ficar sozinho, Jess — respondeu.

— Certeza? — insisti, ele parecia triste, bem cabisbaixo.

Draco não me respondeu nada, apenas depois um beijo na minha testa e disse:

— Boa noite.

— Noite!

Acompanhei com o olhar ele subindo as escadas para o dormitório masculino. Draco não estava nada bem! Disso eu tinha certeza, eu conhecia perfeitamente bem, por isso eu sabia quando algo de errado aconteceu com ele. Confesso que por um momento achei que ele estivesse chorando, seus olhos estavam um pouco avermelhados junto com a voz baixa e abafada. O que me deixava mais preocupada porque quando ele chega no nível de choro é porque algo muito sério aconteceu.

— Olha só a princesinha da Sonserina ainda está acordada — comentou Blásio Zabini se aproximando.

— Oi Blas… olha só quem diz sobre estar acordado — digo.

Ele segurou uma risada e se sentou bem relaxado no sofá.

— Aconteceu algo? — perguntou Blásio ao me encarar.

— Bem, não exatamente comigo — suspirei, indo me sentar ao seu lado. — E acredito que você tenha a resposta que quero.

— Como assim?

— Draco.

— Ah. O que tem ele?

— Eu que pergunto o que ele tem… aconteceu com o Draco que eu não saiba?

Blásio parecia não ter entendido bem onde queria chegar, então preferi explicar melhor a situação de agora pouco e acho que dessa vez ficou mais nítido o que queria saber.

— Olha, não é certeza, mas eu tenho um palpite do que aconteceu com ele — diz Blasio pensativo.

— Qual?

— Não sei se posso contar…

— Ele é meu primo! É praticamente o meu irmão!

Ele me encarou por um tempo, assentiu e só deu uma breve olhada na sala para ver se não tinha ninguém.

— Meu palpite se chama Susana Black.

— Quê?! Como assim a Susana Black?

— Eles estavam ficando.

Meu queixo caiu na hora, não acredito que estava acontecendo isso entre eles.

— Mas ficando de “ficando sério" ou só se beijaram de novo?

— Até onde sei rolou apenas beijo — Blasio tentou argumentar — não sei se teve mais, mas eles se beijaram depois da sua festa. Draco saiu logo depois dela. Aconteceu um problema dela com o Theodore e bom, no fim ele e a Black ficaram. Draco chamou ela no outro dia para se encontrar; ficaram de novo e essas trocas de salivas foram rolando frequentemente.

Precisei disfarçar o sorriso que se formou nos meus lábios ao imaginar aqueles dois juntos. Claro que isso ia acontecer em algum momento, eu sentia isso, era muita tensão sexual em volta de duas pessoas.

— Ainda não entendo por que ele está triste? — perguntei, pois realmente não entendi a situação.

— Acontece que a Black mudou radicalmente com ele — respondeu Blásio.

— Por quê?

— Não faço ideia, mas ela do nada se tornou o que ela é “cavalo” e mandou ele para puta que pariu. E o Draco ficou afetado com isso porque ele ia pedi-la em namoro, mas o pedido foi ralo abaixo.

Senti um pequeno aperto pelo Draco, não conseguia imaginar tudo isso acontecendo com ele, nem perceber o que estava rolando com a Susana. Explicado por que nos últimos dias ele estava sendo outra pessoa e agora pouco está o oposto.

— Pelo jeito o Draco no fim nutriu muito mais sentimentos por ela — comentei.

Não, ele não nutriu simples sentimentos, ele se apaixonou por ela. Draco demonstrou atitudes que nem deveria pensar em fazer com a Pansy, por exemplo, ele nunca nem sequer pensou em pedi-la em namoro. Agora com a Susana que é uma Grifinória não levou nem uma semana e já planejou oficializar tudo com ela; ficou ainda super mal com esse término repentino. Não se tem dúvidas. Draco Malfoy se apaixonou por Susana Black.

— Agora mudando rapidamente de assunto — Blásio começou a falar me olhando de lado. — Ainda tem contato com o Lance?

— Felizmente não — respondi com desgosto ao me recordar dele. — Nem quero saber mais nada dele. Ainda bem que o tio Lucius não fica mais chamando ele para casa depois de fazer um pedido especial.

Blásio simplesmente riu.

— Não canso de dizer que o Lance foi burro de te deixar e nem saber te dar valor — disse ele passando a mão na cabeça.

— Por que diz isso?

— Porque é a verdade — respondeu Blásio tranquilamente, voltando a me olhar e sorrindo. — Você é o tipo de garota que todo garoto deveria se sentir sortudo.

— Você se sentiria?

Blásio assentiu ainda sorrindo.

— Se você não fosse prima quase irmã do Draco e não fosse minha amiga. Acho que tentaria algo entre a gente.

Ouvi aquelas palavras me fez sentir estranha, meu coração acelerou do nada, junto com minhas bochechas se corando. Desviei meu olhar dele só de começar a pensar em ficarmos tão próximos. Contudo, devo concordar com ele, pois toda mulher seria muito sortuda em tê-la por perto. Blásio era completamente diferente de todos os outros garotos, sempre foi e… deixa quieto, nunca rolaria nada entre a gente.

 

 

Point of View: SUSANA BLACK

Hermione não era mais minha única confidente. Depois daquela noite, após ter saído da sala de Dumbledore e ter me encontrado com Draco… ter me encontrado com Malfoy, Gina ficou sabendo de absolutamente tudo que estava acontecendo comigo e do que aconteceu antes. Dessa forma ela já estava sabendo sobre o que aconteceu entre os sonserinos e eu.

Felizmente a pequena Weasley não me criticou e nem disse coisas indesejadas, ficou bem surpresa com a novidade, mas não disse nada que pudesse me machucar. Tanto que não botou a culpa, ainda mais por ter caído na tentação de ficar com eles, principalmente ficar com Theodore. Segundo Gina, ele tinha muita boa lábia para as coisas, não só o fato de ser muito bonito — as garotas se derretem por ele —, mas sabia que ele sabia usar as palavras para encantar as garotas para ficar com ele. O que me deixou receosa, pois eu realmente caí nas cantadas dele? Eu apenas queria beijar na boca, não queria nada sério… isso quer dizer que caí?

Agora quanto ao Malfoy foi algo diferente. Não, ela também não me criticou, mesmo odiando; ela só não entende como consegui ficar com ele. Além de que Gina sabia como a questão de se apaixonar por alguém não se trata de escolher, não escolhemos quem amamos e ela sabia como isso era ruim. Ainda mais quando não é comprometido, caso dela se chama Harry Potter, pois parece que nunca iria olhá-la de outra forma se não apenas a irmã caçula do melhor amigo dele.

— Você deveria esquecê-lo — aconselhou Gina em uma noite de sábado nos corredores de Hogwarts, enquanto andávamos. — Investir em outro, pior coisa é ficar presa com alguém, ainda mais quando não é recíproco. Deveria mesmo é investir no Diggory — disse ela com ar bem sapeca, depois que Cedrico passou por nós e ainda me deu um "oi".

— Pronto, agora só falta eu ter uma segunda Hermione sobre esse assunto — disse revirando os olhos, e batendo o cotovelo nela, fazendo nós duas rir.

Após o último ocorrido entre Malfoy e eu não nós falamos mais, nem se quer trocamos olhares, eu não queria vê-lo. Nas aulas que tínhamos com a Sonserina eu fazia o esforço de ignorá-lo, agora quanto ao trabalho de Astronomia, bom nesse caso começamos a fazer tudo separado e apenas no dia da entrega que juntamos tudo para entregar sem trocar uma única palavra. Toda essa distância não significava que comecei a me sentir cem por cento bem, pois ainda rolava um desconforto e a tristeza uma vez ou outra vinha.

Era impossível deixar de pensar nos momentos que passei com ele. Por causa disso decidi distrair minha mente com outros assuntos como ajudar Fred e Jorge com a Gemialidades Weasley e sobre o que escrever nas milhares de reclamações que enviamos para o Sr. Bagman; não obtemos nenhuma resposta.

Entretanto nenhum dos meus problemas que comparava com os problemas de Harry, acabou ganhando força depois de uma publicação de Rita Skeeter. A vida do meu amigo nos limites da escola se tornava cada vez pior.

A vadia loira de óculos havia publicado um artigo sobre o Torneio Tribruxo, mas não era exatamente algo sobre o torneio e sim sobre o integrante mais famoso do time, Harry Potter. Quase toda a primeira página foi ocupada por fotos enormes dele junto com detalhes sobre a vida de Harry — claro que tudo era mentira. Agora quanto aos outros campeões, os nomes de Fleur e Krum — que foram escritos errados — tinham sido espremidos na última linha do artigo, e Cedrico sequer fora mencionado.

           

“Acho que herdei a minha força dos meus pais, sei que eles teriam muito orgulho de mim se me vissem agora... é, às vezes à noite eu ainda choro a perda deles, não tenho vergonha de admitir... sei que nada me acontecerá de mal durante o torneio, porque eles estão me protegendo...”

           

Segundo Harry, Skeeter deve ter transformado os hums dele em frases longas. Outro detalhe que deve ter feito o artigo ficar longo foi as entrevistas que ela fez com outras pessoas referente ao Harry.

           

“Harry finalmente encontrou carinho em Hogwarts. Seu amigo íntimo, Colin Creevey, diz que o garoto raramente é visto sem a companhia de Hermione Granger e Susana Black, duas garotas lindas, uma é nascida trouxa e a outra carrega um sobrenome de peso, assim como Harry, as duas são uma das primeiras alunas da escola.”

           

Por causa desse maldito artigo, Harry se tornou um alvo maior de piadas dos outros alunos — principalmente os da Sonserina. Ele não era o único, meu limite estava transbordando de raiva, precisava me segurar para não azarar a todos. Até porque não queria receber mais dias de detenção. E agradeço a Hermione por me controlar.

— Lindas? Elas? — gritara Parkinson com a voz esganiçada. — Quais foram o padrão de beleza, um esquilo e de uma galinha?

— Susana, não liga — murmurou Hermione assim que me virei para encarar a buldogue que zombavam de nós duas. — Tenha dignidade.

— Não se preocupe, Mione, que o que eu vou dizer é algo muito digno — disse em tom alto. — Afinal de contas, ninguém aqui tem culpa que o padrão de beleza da Parkinson seja de um nível menor que o nosso.

— Quê? — exclamou Parkinson furiosa se aproximando de mim.

— O que você ouviu, Buldogue — rebati com ar debochado. — É melhor que o padrão de beleza meu e da Mione seja de um esquilo e de uma galinha do que ser de uma cadela como é o seu padrão.

Sorri maldosa.

— Você mesma já nasceu com essa beleza? — disse ainda com o sorriso. — Ou por acaso você herdou a cara de buldogue da sua mãe ou do seu pai?

Ouvi alguns risos sendo abafados.

— Se olha mais no espelho, Parkinson, antes de vim falar besteira — digo.

Sai de perto dela muito satisfeita em vê-la furiosa e de boca calada.

Entre tantos momentos infelizes, nada supera a briga de Harry e Rony que continuavam sem falar. Deixando Hermione e eu irritada porque a gente ficava se dividindo para ficar com um e com o outro, e isso era bem chato, por isso tentávamos a todo custo que eles fizessem as pazes. Harry, no entanto, parecia inflexível, pois ele só voltaria a falar com Rony se ele admitisse que ele não pusera o nome no cálice e que pedisse desculpas por chamá-lo de mentiroso. Nem preciso dizer que quis bater no Harry quando ele me disse isso. Agora quanto ao Rony tinha mínimas diferenças, ele insistia que Harry estava gostando da atenção especial. Pelo menos ele não insistia em dizer que Harry colocou o nome no cálice.

Contudo o que acontecia entre eles, deixando o orgulho falar mais alto, uma coisa que eles não queriam admitir, mas que sentiam era a falta um do outro para conversar. Harry mesmo não conseguia disfarçar o desânimo em andar com Hermione, não que ele não gostava dela, mas é que minha amiga vivia na biblioteca. Eu até tentava aliviar, só que segundo ele, eu fui contagiada com esse vício para estudar toda hora, pois eu vivia essa boa parte na boa com a Hermione na biblioteca.

— Às vezes me pergunto o que o Krum faz tanto na biblioteca? — murmurei, observando Krum entrando na biblioteca, tinha até perdido a noção de quantas vezes ele apareceu por aqui.

— Talvez esteja estudando ou procurando coisas que o ajude na primeira tarefa? — sugeriu Harry.

Como o esperado, não demorou muito para a biblioteca ter uma aglomeração de fãs dele. Soltando uma vez ou outra risadinhas bobas.

— Ele nem ao menos é bonito! — ouvi Hermione murmurar aborrecida, mirando de cara amarrada o perfil adunco de Krum.

— Ele é bonito sim — comentei o observando. — Ele seria mais bonito se não tivesse essa cara amarrada.

Hermione revirou os olhos.

— Eu não acho — disse ela. — Elas só gostam dele porque é famoso! Não olharia duas vezes se ele não fosse capaz de fazer aquele tal de Fingimento Wonky...

Finta de Wronski — corrigiu Harry entre dentes.

Segurei uma risada. Harry gostava que dissessem corretamente os termos do quadribol.

Para minha felicidade as minhas semanas de detenção estavam quase acabando. Faltavam apenas duas semanas para terminar. E quatro dias para a primeira tarefa do Torneio Tribruxo, o que deixou Harry bem nervoso.

Na minha segunda semana de detenção fui mandada para limpar todos os troféus. Durante essa minha limpeza encontrei algo que nunca tinha visto: um distintivo de ouro escrito, James Potter – 1970. Não sei o porquê, mas eu sorri do nada e me lembrei do meu padrinho dizendo que o tio James era batedor e capitão do time de quadribol da Grifinória.

— Será que eu posso mesmo te chamar de tio James? — disse do nada, olhando o distintivo. — Porque eu fiquei sabendo que você me chamava de sobrinha. Então acho que o mais sensato é eu te chamar de tio, não concorda?

— Não sabia que falava sozinha — comentou alguém de repente.

Apenas o que pude pensar naquele momento foi na dor da minha cabeça ao bater com força na estante. Soltei um gemido colocando a mão em cima da cabeça.

— Que droga... — resmunguei.

— Nossa, me perdoe, não foi minha intenção te assustar — dizia uma voz masculina.

A pessoa que veio me socorrer e me assustou era Cedrico.

— Não se preocupe — disse enquanto massageava a cabeça. — Eu que fui lesada em me distrair com um distintivo.

Cedrico sorriu.

— Sinto muito mesmo — ele voltou a dizer. — Queria apenas conversar com você e talvez te ajudar com o serviço, mas...

— Você não pode ajudar, pois a detenção é minha e não vai ser legal você voltar todo sujo para a comunal da Lufa Lufa.

— Não mesmo — ele concordou rindo.

Não tinha como negar ele era muito bonito, além do sorriso dele que era muito tentador.

— Então, para não te atrasar muito, e não deixar você voltar muito tarde para Torre da Grifinória. Dessa vez é mais um pedido e eu espero que não tenha compromisso com seus amigos.

— Ok... e do que se trata?

— Aceita ir esse sábado para Hogsmeade?

Ok, dessa vez fui pega de surpresa. Ele está me chamando para um encontro? Eu nunca fui em um encontro… droga.

— Então, Susana, aceita?

Depois de tanto tempo me dispersando do Malfoy fui me lembrar dele justo agora. Que droga! Sai da minha cabeça… Hermione veio logo em seguida com suas palavras para dar uma chance ao Cedrico. Eu precisava a todo custo tirar o Malfoy da cabeça e do meu coração, tenho que esquecê-lo. Acredito que a melhor solução para tudo isso é sair com outro e o Cedrico não era qualquer um.

— Sim — respondi naturalmente. — Eu aceito ir com você para Hogsmeade.

Um grande sorriso se formou nos lábios de Cedrico.

— Ótimo! — disse ele ainda sorrindo. — Eu te espero no saguão às dez. Pode ser?

— Claro — digo.

Me senti uma idiota por não retribuir o mesmo sorriso para ele, mas ainda sorri de forma discreta.

 

(...)

 

— Você vai mesmo para Hogsmeade com o Simas e o Dino? — disse com as sobrancelhas levantadas.

— Por quê? — perguntou Rony.

Era sexta feira e tínhamos acabado de sair da aula de Transfiguração.

— Eu achei que você ia querer ir com o Harry.

Rony bufou e disse:

— Nem pensar!

— Rony, não seja ridículo, vocês dois precisam parar com essa criancice.

— Susana nem vem com essa — disse Rony irritado com as orelhas vermelhas. — Infantil é o Harry por não ter me contado nada.

— Como é que o Harry ia te contar algo que ele nem ao menos sabia? — retruquei sem paciência. — Eu sei que você acredita na palavra do Harry.

— Hum...

Rony e Harry se merecem porque são dois orgulhosos que não querem dar o braço a torcer. Eu sei que o Rony acreditava em Harry, ele melhor do que todos sabe como é o Harry, sabe bem que ele não está mentindo. Andar com o Simas e Dino era melhor que andar com Harry? Claro que não… Era nítido a infelicidade do meu amigo Weasley quando estava com a outra dupla. É por causa disso que sempre que posso tiro ele daqueles dois para ficar comigo. Hermione até tentava ficar sozinha com Rony, mas não rolava tão bem. Ambos ficaram desconfortáveis, parecendo dois estranhos, era algo muito bizarro. Claro sem deixar o detalhe mais importante que é a briga que rola quando ambos abriam a boca para falar.

— Sabe, Rony, confesso que sinto falta de quando éramos um quarteto — disse de repente. Passei meu braço em volta do braço de Rony que não reclamou, enquanto andávamos pelo corredor movimentado. — Era sempre o Harry, a Mione, você e eu. Agora eu nem sei o que somos, só sei que não somos mais um quarteto. O que você acha que somos agora?

Tive apenas o silêncio como resposta.

Sorri ao ver que Rony parecia se importar com o que disse.

— Su.

— Sim?

— Eu estava pensando em ir com você para Hogsmeade — diz Rony, fugindo completamente do meu assunto. — Não disse nada porque acredito que você já vai com o Harry.

— Na verdade eu não vou nem com o Harry e nem com a Mione.

— Não? — indagou ele surpreso. — Então você vai comigo?

— Também não — respondi.

Rony parou me olhando decepcionado.

— Por causa do Simas e do Dino?

— Como assim?

— Você não gosta dos dois.

— Quando foi que eu disse isso?

Às vezes o Rony viajava legal.

— Eu até gosto deles dois — me defendi. — Acontece que eu prefiro mais você, Harry e o Neville.

— Então porque você não vai comigo?

Lá vai como iria fugir da explicação?

Hermione e Gina foram as únicas informadas sobre meu encontro com Cedrico. Não sabia nem como falar disso com Harry e muito menos ao Rony, queria adiar mais essa informação aos dois, mas pelo jeito não vai rolar. Preciso falar logo aos dois e parar com esses receios, pois eles são meus melhores amigos e a pior coisa é esconder as coisas dele.

— Bem… acontece que eu vou… hm, um encontro.

Rony me olhou perplexo.

— Encontro? Com quem?

Mordi o lábio inferior, peguei coragem e falei:

— Cedrico Diggory.

Se eu não estivesse tão nervosa, eu juro que teria dado muita risada da cara de tacho do Rony quando disse o nome do Cedrico. Ele não me disse nada, mas confesso que queria ouvir uma resposta dele além da careta.

Será que fiz mal em ter contato?


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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