— E ai, como eu estou?
Virei de costas para o espelho, encarando Hermione que me olhou dos pés à cabeça, sorrindo.
— Como sempre você está linda — disse Hermione.
— Não exagera, Mione — digo, revirando os olhos.
Voltei a me olhar no espelho; acho que devo concordar que não estou nada mal.
Ontem à noite, antes de dormir, fiquei com Hermione escolhendo uma roupa para hoje. Demorou. Porém consegui encontrar algo prestável para vestir. Não me deixou com cara de algo que não como a Hermione disse. Eu fiquei simples como eu gosto, nada exagerado, mas acho que apresentável para um encontro. Nunca fui em um, então não fazia a mínima ideia que roupa usar. Peguei para usar um vestido que tinha uma estampa xadrez em um tom de marrom com linhas pretas, podendo ajustar na cintura, por cima de uma camisa preta de manga comprida, pois o tempo estava frio. Para proteger minha perna coloquei uma meia-calça preta e calcei uma bota que tinha para os dias de frio. Finalizei tudo com o que sempre fazia nos olhos, que era contornar eles de preto e o cabelo ficou solto.
Por mais que tudo estivesse normal, realmente estava sendo eu aqui, ainda sentia que tinha algo faltando. Não estava me sentindo tão segura, e já estava com medo de começar a me dar dor de barriga.
— Susana, você está maravilhosa, sério — Hermione apareceu do meu lado, tocando meu ombro e me olhando diante ao espelho de corpo todo que tinha no dormitório. — Acha mesmo que ia brincar com algo tão sério?
Suspirei.
— Bom, você é minha amiga, então vai dizer qualquer coisa para me confortar.
— Ok, se é assim, então você está horrível — rebateu sarcástica.
Pausamos e rimos do nada.
— É que estou muito nervosa, Mione — confessei me afastando dela para me sentar na cama. — Eu não deveria ter aceitado, se eu fizer merda?
— Imagino que esteja até porque é seu primeiro encontro. Certo?
Assenti.
— Acredito que o melhor seja relaxar, não é algo de sete cabeças, acho que existem assuntos mais delicados referente a primeira vez. E você vai se encontrar com o Cedrico, não deve ter melhor parceiro que ele, Su — Hermione tentou me confortar.
— Você também nunca foi em um encontro? — perguntei, olhando-a.
— Nunca nem beijei para ser mais exata. Inclusive, você já beijou, teve seu primeiro beijo e acredito que ficou nervosa, mas logo deve ter passado. Então pensa que isso logo passa…
— Meu primeiro beijo foi uma bosta… e beijar só se tornou bom quando você beija quem gosta.
Falar aquilo não foi tão legal porque a imagem de Malfoy na minha cabeça se fez presente, assim como os momentos que passei com ele. Pensar nisso me fez xingar tanto. Eu estava para sair com outro e vou pensar logo em outro cara? Eu sou muito merda, mesmo.
Aceitar o convite de Cedrico foi justamente com o intuito de parar de pensar no outro. Pensar em Draco Malfoy doía, gostar dele dói, o que sentia por ele é dor. E é uma dor muito diferente da que sentia pela falta da minha mãe ou a dor por ter passado tantos anos longe do meu pai; continuando sem ele por perto. Malfoy me fazia sentir tudo de novo tanto na dor como no sentimento que nutria por ele. Como me odeio por tudo isso!
Volto a mencionar: eu sou uma merda.
— Tenta apenas aproveitar o dia com o Cedrico — disse Hermione já percebendo a minha situação e no que deveria estar pensando. — Sei que ainda pensa no outro, por isso que reforço para aproveitar esse dia, assim pode distrair a mente.
Como sempre ela tinha total razão e é exatamente isso que irei fazer.
Levantei-me para terminar de me arrumar, só quando guardei minha varinha na bolsa, Hermione e eu saímos. Pensamos que Harry estaria na sala, mas ele já tinha saído então o encontramos no meio do caminho carregando a capa da invisibilidade.
— Vai mesmo com a capa para Hogsmeade? — perguntei com o cenho franzido.
Harry apenas resmungo.
— E tudo isso para você não se encontrar com o Rony — falei, revirando os olhos e bufando. — Vocês são muito bobos!
Hermione não dizia nada, apenas a vi balançando a cabeça como concordância, o que acabei rindo um pouco.
— Vai mesmo se encontrar com o Diggory?
— Acho que isso é meio óbvio, não concorda, Harry? — diz Hermione ao meu lado.
Ontem de noite tinha contado ao Harry sobre meu encontro com Cedrico. Ele não disse nada, diferente do Rony, mas só pela cara que ele tinha feito vi que Harry não havia aprovado esse meu encontro.
— Hum... bom, eu posso dizer que você está muito bonita, só para se encontrar com aquele cara? — falou Harry.
— Agradeço o elogio — disse, tocando seu ombro e voltei a dizer: — Porém, discordo um pouco, não acho que eu deva ir parecendo uma mendiga para ele e se acaso eu esteja exagerada. É por culpa da Mione.
— Ei! Está dizendo que tenho mal gosto? — exclamou Hermione me olhando incrédula. — Su, vou te dizer pela milésima vez. Você está maravilhosa! Não está nenhum pouco exagerada, está linda e Harry não piora mais a situação.
Antes de descermos o último patamar de escadas, Harry colocou a capa e junto com Hermione (imagino que ele esteja junto com ela) passaram por mim, assim que vi Cedrico no hall perto da escada me esperando.
— Boa sorte — murmurou Hermione sorrindo e se afastando.
Devo ter feito mais uma careta do que um sorriso nervoso para Hermione.
Minha mão estava tremendo, eu estava tremendo de nervosismo, não conseguia olhar o Cedrico. Até que decidi me recompor. Precisava parar de parecer uma idiota, eu não posso fazer esse papel de menininha ingênua e bobinha. Não vou fazer nada de mais, apenas vou sair com Cedrico Diggory.
— Olá Susana — disse ele já na minha frente.
— Oi.
Tentei falar o mais natural possível.
Sorri. E decidi olhá-lo e devo dizer que ele estava muito bonito, usava uma calça marrom escuro e uma camiseta azul com uma jaqueta num tom mais escuro. Cedrico está muito bem vestido e muito bonito, o que não é difícil para ele.
— Uau, você está maravilhosa, Susana — falou Cedrico me analisando.
Percebi o olhar dele descendo e subindo.
— Obrigada — sorri sem graça.
Senti minhas bochechas esquentarem um pouco.
— Vamos?
— Vamos — assenti.
Foi impossível não notar alguns olhares curiosos para Cedrico e eu, principalmente de algumas garotas que soltavam umas exclamações histéricas, sem acreditar no que estavam vendo. Elas estavam com muita sorte, pois eu estava mais preocupada com esse meu encontro do que com elas.
Hogsmeade continuava a mesma coisa, movimentada como sempre por causa dos alunos, as lojas cheias e o dia até estava ameno. Cedrico e eu conversávamos sobre alguns assuntos diferentes, mas que logo acabava como se o assunto não nos prendesse tanto para continuar. Passamos reto por Três Vassouras, Dedosdemel, Zonko’s — mesmo sabendo que não seria um lugar muito apropriado para um encontro — e por fim paramos em frente a uma loja que nunca tinha visto.
A loja é praticamente rosa, as portas e janelas, tudo na cor rosa pink. Acima se tinha uma placa escrito: Madame Puddifoot em rosa com várias florzinhas em volta. Será que seria muita maldade eu fazer um gesto de ânsia?
Cedrico abriu a porta, me dando a passagem, eu agradeci e entrei.
Não aguentei e fiz uma cara de desgosto, sorte que estava de costa para Cedrico e ele não viu nada. O lugar era nojento de tanto rosa, tantas coisas fofinhas que eu não curto nenhum pouco.
Contra minha vontade me sentei na cadeira almofadada. Cedrico se sentou logo na minha frente, era notável a felicidade estampada na cara dele, o que me deixava mal.
— Vão querer alguma coisa queridos? — perguntou uma senhora muito corpulenta que aparentava ter uns 45 anos, não tinha menos e nem mais que 40 anos, e se tinha um coque negro e brilhante.
— Susana, vai querer algo para beber?
— Eu? É... hum... — Eu não fazia a mínima ideia do que eu ia querer.
Percebendo a minha dúvida, Cedrico pediu para Madame Puddifoot um tempo.
— Tudo bem com você? — perguntou Cedrico um tanto preocupado.
— Tudo — respondi logo com um sorriso amarelo.
— Certeza?
Assenti.
Cedrico deu uma olhada no local e voltou a me olhar um tanto sem graça.
— É o lugar não é mesmo? — ele disse rindo. — Não precisa dizer nada. Sua cara diz tudo.
— Desculpa. — Foi a única coisa que consegui dizer. — É que esse tipo de lugar não é exatamente o meu tipo.
Fiquei com medo dele ficar mal por eu ter dito aquilo. Inclusive tentei dizer com as melhores palavras e da melhor maneira, no melhor tom para não ferrar com tudo.
— Você não me deve desculpas — disse Cedrico, sorrindo e balançando a cabeça. — Eu que devo pedir desculpas por te trazer aqui. Já deveria imaginar que você é diferente das outras garotas. Falo isso porque muitas garotas gostam de vim aqui, então por um momento pensei em te trazer aqui, mas vejo que errei.
— É, meus gostos são um tanto diferentes — digo.
— A ponto de preferir ter um encontro nos Três Vassouras?
— Tomando uma cerveja amanteigada.
Tanto ele como eu acabamos rindo.
— Então você topa ir tomar uma cerveja amanteigada além de café? — ele perguntou ainda rindo.
— Com certeza.
De fato, ir para o Três Vassouras era a melhor coisa a ser feita.
Eu preferia até mesmo o Cabeça de Javali do que aquela Madame Puddifoot.
Não culpo o Cedrico por ter me levado lá, ele não tem culpa que nesse mundo existem tantas garotas bobas, ele não iria adivinhar que eu era uma exceção.
Como o esperado fomos para o Três Vassouras, que estava superlotada como sempre, inclusive encontrei com Hagrid e o Prof. Moody no caminho, que precisei dar respostas rápidas para Hagrid e dizer que depois o explicaria melhor sobre o fato de estar com Cedrico.
— Melhor? — perguntou Cedrico assim nos sentamos em uma mesa bem afastada.
— Sim, bem melhor — respondi feliz.
Por um momento me senti bem feliz. Acho que pelo fato de Cedrico ter sido tão atencioso comigo pelo que ocorreu minutos atrás, me deixou bem tranquila e também o ver feliz.
— Bem, agora você vai querer alguma coisa?
— Cerveja Amanteigada — disse, o fazendo assentir.
Ele se levantou e foi buscar nossas bebidas.
Durante essa saída dele dei uma olhada no bar, havia vários alunos de Hogwarts como sempre, mas não consegui encontrar nenhum rosto familiar, nem mesmo alguém específico. Balancei a cabeça no mesmo momento. Como posso pensar naquele imbecil nesse momento? Eu estou aqui em um encontro com Cedrico Diggory, justamente, para esquecer Draco Malfoy. Só que não vai adiantar de nada eu tentar esquecê-lo se fico procurando.
Maldito!
Maldito, Draco Malfoy!
Maldita, doninha!
Maldita, Madame!
Maldito seja eu e meu coração de merda!
Maldição!
— Susana?
A voz do Cedrico me despertou por completa, porém, me faz parecer uma idiota quando disse:
— Oi?
Bufei.
— Affe, foi mal, eu estava viajando — falei emburrada.
— Deveria estar pensando em algo bem importante — dizia ele, enquanto se sentava ao meu lado, colocando as canecas na mesa. — Já que estava bem dispersa.
Revirei os olhos ao ouvir uma palavra importante.
— Importante? Que nada, só estava pensando em baboseira e nada mais.
Ele apenas sorriu.
— Cedrico, me desculpa se as coisas não estão andando como você queria — falei um tanto cabisbaixa. — Desculpe se estou parecendo uma idiota. É que eu não sei como me comportar em um… er….
— Encontro? — Cedrico completa me olhando bem atendo.
Respondi em um murmuro.
— Acredito que isso seja um encontro, correto?
Cedrico se ajeitou melhor na cadeira dele, ficando mais de frente comigo, pegou minha mão e se aproximou.
— Susana é tanta coisa que gostaria de falar, mas não sei por onde começar.
— Do início, talvez?
Tentei descontrair aquela tensão toda que estava sentindo. Só que não deu muito certo já que minha voz saiu trêmula e minha mão estava ficando gelada. Mesmo achando que não deu certo, aquilo de alguma forma pegou Cedrico que riu.
— Ah, claro, óbvio que precisa ser do início — falou ele ainda rindo.
Ele segurou mais firmemente a minha mão, deixando entre a suas e continuando a me olhar bem atento.
— Pode parecer que não, mas naquela vez em que te vi em Bournemouth, foi a primeira vez que reparei melhor em você — disse Cedrico, rindo e balançando a cabeça parecia estar bem atento para dizer melhor as palavras. — Sempre ouvi falar muito sobre Susana Black, o que me deixava mais curioso para lhe conhecer. Sem querer o destino me colocou ao seu lado. Imagino que diferente de mim, você quis me esganar por tocar em um assunto tão pessoal que é sua família paterna.
Engoli em seco.
Sabia que ele mencionava sobre a família de meu pai, os Black.
— Fiquei com medo de não ter te agradado — ouvia Cedrico sem o interromper. — Porém, fiquei muito feliz quando vi que estava errado… aos poucos, eu comecei a enxergar uma amiga em você. Com o passar dos dias, percebi que realmente éramos amigos (ou pelo menos era o que eu achava), e aos poucos, comecei a me sentir diferente quanto a você. Só passei a anotar tais mudanças quando te vi passando pela entrada do Salão Principal, sorrindo, de uma forma encantadora. Você foi o sol que surgiu naquele dia gelado e me aqueceu. A forma que via com seus amigos, como os defendia, percebia o quanto era diferente da imagem que muitos dizem sobre você: arrogante. Você tem dignidade e honra caladas em seu ser, você jamais abandonaria quem precisa. E se algum dia você se encontrar em situação semelhante, eu serei o primeiro a ajudá-la.”
“O tempo passava e as inúmeras perguntas e afirmações cresciam. Eu percebia que o amor que nutria por você era maior do que imaginava. E no dia que você deu a entender que mesmo se tivesse medo, iria viver a vida, não desistiria, continuaria em frente; eu perdi o fôlego. Depois disso eu me convenci. “Se um dia ela precisa-se de consolo, como os que ela sempre dá, aos amigos, o que faria!? — A abraçarei quantas vezes for preciso.”, ou então, “Ela faz tudo da melhor forma que pode, sempre tentando beirar a perfeição, e geralmente é feito para nós, seus amigos e colegas. E o que eu faço por ela!? — Posso não ser perfeito, mas faço o meu melhor.” Eu pensava e penso quase que inconscientemente: “Embora eu sangre, abrirei meu coração para ela. Estarei sempre ao lado dela, e, espero que ela esteja sempre ao meu lado.” Foram tantas coisas que eu perdi, e tantas as coisas que amei… desde o dia em que a conheci, minha vida mudou. Então antes que tudo acabe, antes que nossas vidas acabem, eu quero te dizer uma coisa…”
Algo dentro de mim queria que ele não dissesse o que pretendia dizer. Eu não queria ouvir aquilo, sentia que não tinha esse direito de ouvir as palavras, que eu não mereço.
Os olhos Cedrico brilhavam; seu tom era calmo e cheio de amor.
— Desde o dia em que a conheci, eu acabei me apaixonando por você — dizia ele com tanta firmeza. — Eu amo você. Desde o dia em que a conheci, a minha vida não mudou, ela se transformou e se afogou em música, uma sinfonia muito estranha tocando no meu coração. Eu quero que saiba que este coração, te pertence.
— Ced… Cedrico… por favor…eu não. — Minha voz saiu trêmula, tentei desviar o meu olhar dele, mas ele me fez olhar novamente para seus olhos acinzentados.
— Eu te amo.
Como pode três palavras me acertaram com tanta força.
— Não diga isso… — murmurei.
Eu não mereço ouvir isso.
— Digo e repito quantas vezes for preciso — falou Cedrico, bem próximo do meu rosto. — Eu estou perdidamente apaixonado por você. Eu te amo, Susana.
Sem conseguir esboçar ou fazer algo, senti os lábios de Cedrico tocar nos meus com tanto carinho, que não sabia se retribuía. Só sei que fiquei com meus olhos fechados e depois os abri, quando os lábios dele se desencostaram dos meus.
Cedrico logo soltou minha mão e se afastou, fitando a caneca com a Cerveja Amanteigada.
— Me perdoe por isso — disse ele um tanto sem graça. — Eu não tive a intenção de abusar ou algo do gênero.
— Tudo bem — foi a única coisa que consegui dizer naquele momento. — Só acho que não merecia tudo isso.
Ele me olhou.
— Eu não mereço ouvir essas palavras.
— Por quê?
— Acredite, eu não sou a pessoa que você imagina que sou, não sou perfeita. Sou uma pessoa cheia de defeitos. Onde inclui minha arrogância.
— Ninguém é perfeito — disse Cedrico, voltando a me olhar atento. — Eu mesmo não sou perfeito como todos dizem. Arrogância? Isso pode ser até um defeito, mas às vezes eu vejo isso como uma forma de proteção. E é o que vejo em você. Sua arrogância é seu escudo, mas isso não significa que seja uma pessoa má.
— Também não significa que eu seja boa.
Eu tenho noção dos meus atos. Muitas vezes eu tenho a noção do quanto sou arrogante em certos momentos, mesmo sabendo que não é o certo, eu acabo cometendo esse ato. Nunca gostei de demonstrar fraqueza na frente dos outros. Talvez ele tenha razão que a minha arrogância seja o meu escudo. Já que esse é o meu modo de me manter firme e não ser humilhada — de novo.
Má? Posso até não ser uma pessoa cem por cento má. Só que isso não significa que seja boa por completo. A prova disso são minhas atitudes em Beauxbatons. Mesmo eu tendo a noção dos meus atos, eu continuava com eles, sem me importar com o resultado. Às vezes penso que não mereço as pessoas que estão ao meu redor. É isso que eu acho sobre o amor de Cedrico. Ele é tão bom. Eu não mereço nada disso. Sem contar que não posso retribuir o mesmo que ele sente por mim.
Odeio pensar nisso, porém, o único que consigo pensar e sentir algo é pelo Malfoy.
Eu me odeio tanto!
— Cedrico me desculpe — falei pegando minha bolsa —, mas eu não me vejo digna do seu amor. Me perdoe. De verdade, eu lamento por isso.
Não ia conseguir ficar mais um minuto com ele.
Eu não tinha ideia do que fazer.
Não sabia de mais nada.
Esqueci que era uma Grifinória e fugi dele.
O que precisava naquele momento era ficar sozinha para pensar. Agradeci muito o Cedrico por me entender, e me deixar ir.
— Desculpe.
Essa era a única palavra que conseguia dizer a ele.
Tem momentos que gostaria de não existir.
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