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História A Herdeira dos Black II - Maldita, Rita Skeeter!


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 38 - Maldita, Rita Skeeter!


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Maldita, Rita Skeeter!

Primeira vez talvez não seja, mas que é difícil não saber o que dizer isso é de fato algo raro e naquele momento não fazia ideia do que falar. Parece até que Rony havia me lançado uma azaração muito bem conjurada em mim.

Então Hermione decidiu perguntar no meu lugar:

— De onde vocês tiraram essa ideia maluca?

— Não adianta vir com esse papo, Mione — falou  Harry com uma certa raiva no tom.

— Como pode nos trair? — indagou Rony com as orelhas vermelhas.

— Trair? Rony, eu nunca trairia vocês — digo com a voz firme.

Como eles podem achar isso de mim?

— Ah é, então vai dizer que isso é pura mentira? — E mais uma vez ele balançou aquela porcaria na minha cara. — Vai! Diz que é mentira.

Arranquei o jornal com força da mão dele quase rasgando.

Abri na página que Rony disse e Hermione leu primeiro o título muito bem chamativo:

A Herdeira dos Black.

— Eu não acredito — murmurei irritada ao ver uma foto minha com o Malfoy ontem no corredor e uma outra do Cedrico me beijando no Três Vassouras. — Aquela imunda… o que ela escreveu!?

Respirei fundo para tomar fôlego, então comecei a ler a matéria para Hermione também escutar.

 

“O amor é uma florzinha roxa que nasce no coração dos trouxas!

E não são os trouxas que estão pensando, são os trouxas de... idiota mesmo. Hoho...

Digo isso a meus queridos leitores pelo simples fato de que cobras são sempre cobras. Não desejo ofender nenhum leitor Sonserina, porém, seu símbolo nunca foi o mais bonito ou confiável, diga-se de passagem.

Não é desconhecido de ninguém que a família Black sempre foi um ninho de cobras, todos os seus membros passaram pela ilustre Hogwarts e sua casa de répteis, a Sonserina. Por mais que as últimas gerações tenham enveredado para casas diferentes, lobos jamais serão cordeiros.

Todas as mulheres Black sempre foram lindas e cheias de pretendentes, com Susana Black não seria diferente.

A senhorita Black faz jus ao sangue da família. Linda sem escrúpulos e venenosa como toda víbora, que encanta suas presas antes de findá-las. Ou vão dizer que nunca ouviram a história do Ratinho que se apaixonou pela Serpente?

Primeiro tivemos o apaixonante e tórrido romance com o Campeão Cedrico Diggory, um rapaz belo e atlético de coração inocente. Dois jovens apaixonados com encontros sugestivos no famoso Três Vassouras, tão cativantes e inspirados, personagens reais de um conto de fadas trouxas. Eu admito que me senti inspirada pelos dois, eles se tornaram meus favoritos e cheguei ao ponto de delirar com um casamento não muito distante.

No entanto, meus sonhos foram completamente destruídos quando descobri a existência de um terceiro. Draco Malfoy.

O casamento consanguíneo sempre fez parte de nossa cultura, ainda mais na hora de preservar nossa pureza. E entendo perfeitamente que os Malfoy e os Black queiram estabelecer uma nova união, porém, foi muito sujo fazerem isso enquanto um dos lados estava tendo um relacionamento tão ardente. Na verdade, a sujeira não é da família, a culpa é da senhorita Black e seus hábitos de víbora traiçoeira. Quantos amantes será que ela tem? Suspeito que Cedrico Diggory e Draco Malfoy não sejam os únicos que caíram em suas graças. Acredito até que Susana Black e Hermione Granger estejam disputando a atenção do senhor Harry Potter. Hoho...

Devo dizer que a herdeira dos Black realmente faz jus à sua respeitável família. Só anda com sangue-puros poderosos, é tão venenosa e jocosa quanto uma cobra, sedutoramente dedicada como uma rameira e invencível em seu jogo como um falaz em seu diálogo. Apenas lhe falta uma condenação, não é mesmo?

Rita Skeeter”

 

Um minuto de silêncio.

Meus batidos cardíacos começaram a aumentar, meu sangue fervia e antes que queimasse todo o jornal, Hermione tirou na mão com delicadeza e olhou meu bolso, tirando minha varinha. Comprovando que não havia mais nada de risco, ela disse:

— Pronto, agora pode surtar.

— Surta? Imagina que vou surtar ou explodir — dizia com um sorriso amarelo estampado na minha cara. — Eu apenas quero quebrar o pescoço dela, mutilar cada parte do corpo dela em pedacinhos pequeninos da forma mais dolorosa e depois esmagar dando de comida para os trasgos. É só isso que eu quero. Assim vou acabar me tornando a prisioneira mais jovem de Azkaban.

— Essa mulher não presta — comentou Hermione irritada. — Como ela pode dizer esse tanto de mentiras?

— Então o que ela disse é mentira? — perguntou Rony. — E por acaso as fotos também são? Principalmente essa sua com o Malfoy, Susana.

Fechei os olhos para contar até dez para tentar me acalmar.

Abri os olhos e não só Rony como Harry me olharam esperançosos.

Hermione me olhou de uma forma que não se tinha jeito, eu teria que contar a verdade para esses dois sobre o que rolou entre Malfoy e eu, até mesmo do que aconteceu com o Theodore. Não podia mais prolongar isso. Skeeter já fez o favor de complicar a situação, então não seria bom a situação piorar mais, caso eu fale alguma mentira. E outra, eles dois são meus melhores amigos.

— Tudo bem — disse com a voz controlada. — Vou dizer a verdade sobre tudo, a verdadeira história do que foi dito nessa matéria, e não as mentiras que a Skeeter disse.

— Então é verdade o que diz aqui?

— Em partes, Rony, em partes são verdadeiras, mas descrita de uma forma mentirosa. Só me prometam uma coisa?

— O que?

— Vocês não vão surtar como agora pouco — eles dois se olharam e depois voltaram a me encarar dizendo:

— Prometemos.

E assim passei a tarde toda narrando os meus acontecimentos amorosos por Hogwarts desde o Theodore até minha breve ficada com o Malfoy, depois expliquei melhor sobre meu encontro com Cedrico sobre a declaração dele e o beijo que ele me deu.

— Vocês prometeram que não iam surtar — adverti assim que Rony abriu a boca.

— Eu não ia surtar — diz o ruivo, fechando os olhos e respirando fundo. — Eu só quero saber o que deu em você para ficar justamente com dois sonserinos? Por que eles, Susana? Até o Zé Bonitinho do Diggory é desculpável.

— Diz isso, Rony, só porque ele é Lufano — retrucou Hermione.

Rony ainda teve a cara de pau de responder que era.

Reparei que Harry era o único quieto, mas me olhou um tanto nervoso e revirou os olhos.

— Por que escondeu isso da gente? — perguntou Harry.

— Por que sabia que vocês iam surtar? — Suspirando cansada. — Vocês não iam aceitar na boa o que ia dizer. Então não contei nada, Hermione era a única que sabia de tudo e... a Gina se tornou a segunda.

— Achávamos éramos seus melhores amigos — comentou Rony emburrado.

— E vocês são — digo. — Mas não contei justamente por causa da histeria que vocês fizeram minutos atrás.

— Vocês dois estão se comportando feito idiotas — diz Hermione ríspida. — Estão sendo muito injusto, ela sempre foi sincera conosco e com vocês. Mas acontece que dessa vez era um assunto diferente: um assunto que apenas garotas entendem. Ou por acaso iam gostar de ouvir as aventuras de garotos da Susana?

Os dois rapazes que considerava abaixaram a cabeça, pareciam arrependidos ou algo do gênero, e Hermione me lançou um sorrisinho confortante. Sorri agradecida por me defender contra esses dois. Mas também me senti culpada por ter escondido isso deles, então, milagrosamente pedi desculpas.

— Desculpa — eles me olharam surpresos até. — Eu sei que errei por não contar nada, e lamento por isso, juro que queria ser sincera em relação a isso: principalmente em relação ao Nott e sobre o Malfoy. Porém, não achava o momento certo e acabou ficando. Infelizmente acabaram sabendo disso tudo da pior forma e pela pior história. Vocês me perdoam?

Ambos se olharam, deram um sorriso amarelo e voltaram a me olhar balançando a cabeça.

— Tudo bem — falou Harry. — Está perdoada, Su.

— Só não faça mais isso — resmungou Rony. — E não tenha mais nenhum contato desse tipo com o Malfoy, pois ele é nosso inimigo e não amigo.

Isso foi o suficiente para rir das orelhas vermelhas do ruivo.

— Prometo se vocês me prometerem nunca mais fazerem o papel de cavalo ruivo com sardas e cavalo míope.

Hermione começou a gargalhar, o que me fez acompanhá-la e os meninos só ficaram boiando por um tempo, mas logo se juntaram à risada — provavelmente tinha caído a ficha dos cavalos.

 

...

 

Se o objetivo de Rita Skeeter era me ter como alvo de chacota? Então devo parabenizá-la, pois ela conseguiu perfeitamente o que queria e em dobro.

— Não piora mais a sua situação — comentou Hermione no meu ouvido enquanto jantávamos.

— Piorar mais? — retruquei nervosa. — Caso você não tenha reparado Hermione, minha situação já está muito bem cagada e ainda por cima fedida.

Se todos leem as porcarias que a Skeeter posta eu não sei, mas parece que dessa vez a escola toda leu, se bobear até a lula gigante está sabendo da novidade. Para acabar matando alguém fiquei focando apenas no meu ensopado e o frango foi quem sofreu minha raiva, eu com a colher em pé fiquei batendo no pedaço de frango com força.

— Se continuar fazendo isso no coitado do frango — ouvi a voz de Fred não muito distante —, ele vai de fato criar vida e sair correndo do seu prato.

Antes de olhá-lo, dei uma batida forte com a colher no prato que surgiu um barulho alto e disse:

— Fred, não provoca, que se não o frango morto aqui vai ser você.

— Sempre soube que era um frangote, Fred — caçou Lino o que fez o ruivo emburrar a cara e Jorge, Rony e Harry riram.

— E você um pinto — retrucou o ruivo.

— E o Jorge? — É, eu de fato sirvo para colocar lenha na fogueira, como diz o ditado trouxa.

— Eu gostaria de não ter sido incluso... — murmurou Jorge.

— Jorge é frango 2.0 — diz Lino.

Ri.

— Já a Susana é a galinha — diz Fred.

O que fez a gente rir feito idiotas, Harry e Rony acabaram acompanhando, já Hermione foi como sempre Hermione.

— Essa conversa de vocês está muito saudável — ela disse apenas isso.

Graças a esse momento de diversão, consegui esquecer o problema que fui posto e nem se quer me importei com os olhares de alguns seres só porque estava me divertindo com meus amigos. Fred, Jorge e Lino só se mostraram ser mais verdadeiros quando não me criticaram pela matéria, só fizeram umas perguntas sobre Malfoy e eu. Claro que contei a verdade para eles, mas não tão detalhada como havia dito a Harry e Rony.

Gina também não disse nada — até porque ela já sabia de tudo —, e assim como Hermione e eu ficou com ódio da Skeeter.

— Eu só não entendo como ela descobriu tudo com tanto detalhe — dizia Gina no caminho para a Torre da Grifinória. — Sabe, sobre isso de você com o Malfoy. Ninguém mais sabia que vocês tinham ficado juntos.

Essa última parte ela disse em voz baixa.

Eu estava com tanto ódio daquela vaca da Skeeter que até esqueci de me perguntar como ela soube do Draco e eu.

— Só pode ter sido a Bisbal — digo.

— Amanda Bisbal? Mas, ela também não sabia de nada sobre vocês ou...?

— Eu não contei nada para ela, Gina — respondi. — Porém, tudo indica ela.

— Acha que ela quis se vingar? — perguntou Hermione. — Se for, ela foi muito boa em criar essa história para Skeeter.

Suspirei cansada.

Só podia ter sido a Bisbal a fofocar minha ficada com Malfoy no corredor — nesse caso no dia em que nós beijamos. Não havia contado essa história para as meninas. E o motivo era óbvio: ocorrido com a bobona da Bisbal. Desde aquele dia eu não a vi mais pelo castelo; segundo a Profª Minerva ela foi para St. Mingus teve um tratamento mais delicado já que seu rosto ainda estava queimado.

Chegando na comunal, Gina, Hermione e eu seguimos caminho para os nossos dormitórios e os garotos para os deles. Convidamos a pequena Weasley para entrar no dormitório, porém, ela negou dizendo que estava com sono e iria já se deitar.

— Boa noite, Gina — digo.

Foi um grande erro meu achar que no quarto eu estaria livre dos olhares e cochichos.

— Ai, Susana, você precisa contar direito essa história com o Malfoy...

— E o Diggory... aaah!

— Qual deles é o melhor?

— Cedrico beija bem?

Eu estava quase soltando fogos pelas narinas com essas perguntas irritantes de Lilá e Parvati.

— Será que vocês duas podem calar a boca? — gritei nervosa, puxando a colcha da minha cama com força e deixando o espaço para entrar maior do que queria.

— Para que tanto mau-humor? — reclamou Parvati.

— Estamos apenas conversando com você — disse Lilá em seguida.

Revirei os olhos.

— E eu não quero conversar com vocês — retruquei.

— Você deve se achar a última bolacha do pacote, não é mesmo?

Ao me senta na minha cama, olhei para Lilá com uma cara do tipo: se você não calar a boca eu te azaro.

— Ficou com dois garotos lindos — Lilá voltou a falar.

— Quem me dera eu beijasse Cedrico Diggory — diz Parvati levianamente.

— Eu já gostaria de beijar Draco Malfoy — falou Lilá soltando um risinho.

Havia ignorado quando a Parvati disse que queria ficar com o Cedrico, mas quando ouvi Lilá falar do Malfoy. Senti meu sangue fervendo de alguma forma. Me senti desconfortável, e a vontade de lançar uma azaração das piores em Lilá era muito grande.

— Mesmo ele sendo um Sonserino e sendo super arrogante, ele não deixa de ser um gatinho — continuou Brown.

Hermione me olhou preocupada já reparando no meu possível ataque.

Ela então se levantou até Lilá, tampando a boca dela e dizendo:

— Fica quietinha.

— Por quê?

— Porque não quero ficar te ouvindo sobre o Malfoy.

Lilá fez uma cara de indignação.

— E outra, Su e eu queremos dormir e não dá para dormir com vocês falando.

Bendita seja Hermione Granger em minha vida. Deitei-me ainda nervosa, mas agradecida pela minha amiga ter impedido um assassinato no dormitório. Eu não tinha nada com Malfoy, nem estávamos mais juntos ou algo do tipo, só que mesmo assim fiquei com ódio dessa declaração da Lilá sobre ele. Sei muito bem que ele é lindo e tudo mais. E que ele beija muito mais muito bem, mas ela não precisa ficar repetindo isso; muito menos me fazer lembrar dos meus sentimentos por Draco Malfoy.

 

...

 

— Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom — murmurei, apontando a varinha para o pedaço de pergaminho velho e não demorou muito para aparecer as palavras de boas-vindas dos Marotos.

Infelizmente não consegui pregar os olhos, e para não ficar sem fazer nada, decidi dar uma olhada por Hogwarts — pelo Mapa do Maroto.

Com a ponta da varinha com luz, iluminava o mapa, vendo se tinha algo de diferente e como imaginado não se tinha ninguém vivo andando por Hogwarts. Nem mesmo o nome do Pirraça aparecia. Também o que mais poderia esperar se são duas horas da madrugada. Claro que nesse horário todo mundo estaria dormindo, eu mesma deveria estar dormindo a essa hora. Até que ia dar tchau ao mapa quando um nome me chamou atenção: Bartolomeu Crouch. Precisei quase colar os olhos no mapa para ver se lia o nome certo.

— O que ele está fazendo aqui a essa hora? — olhei para a área que ele se encontrava. — E ainda por cima nas masmorras.

Acho que não faria mal eu ir dar uma olhadinha.

Coloquei apenas minha pantufa, vesti uma blusa de moletom e sai do quarto devagar. Fiz o mesmo até sair da comunal, e sem a capa da invisibilidade. Não ia perder tempo para procurar nas coisas do Harry, precisava ver logo se era mesmo o Sr. Crouch.

No caminho só fiquei de olho no mapa, vendo se não havia nenhum vestígio de algum professor, e felizmente não apareceu nenhum. Ao chegar nas masmorras, reparei que o nome do Sr. Crouch agora estava dentro da sala de Snape. Fui descendo as escadas com cuidado, olhando sempre para cima e para baixo. Mantendo a luz acesa na varinha, até que cheguei na parte desejada, mas antes de me aproximar mais vi que o nome de Crouch vinha na minha direção.

— Merda — murmurei nervosa.

Olhei para os lados, não ia dar tempo para me esconder então encontrei um espaço entre uma das pilastras. Sorte que era magra, pois consegui me colocar entre ela e a parede, me agachei. Apaguei a luz da varinha antes de dizer:

— Malfeito feito.

Aquilo se tornou um verdadeiro breu.

Não conseguia ver absolutamente nada, tudo estava engolido pela escuridão, apenas o que ouvia era passos subindo as escadas.

Naquele momento só pensei que eu poderia ficar mais fodida do que já estou.

Os passos agora estavam mais audíveis, encostei a testa nas pilastras, fechei os olhos (não sei para que se já estava escuro) e comecei a pedir mentalmente que ele passasse reto. Que não decidi vim também para pilastra ou ficar parado para pensar na vida. Suspirei aliviada ao ouvir os passos subirem. Ele havia passado reto.

“Obrigada, Merlin”, pensei.

Acho que agora poderia subir sem problema, acender a luz da varinha e olhar o mapa. No entanto, enquanto estava me levantando e me preparando para sair daquele buraco apertado, ouvi uma voz que fez meu corpo todo tremer.

— O que a senhorita está fazendo fora da cama?

Isso foi o suficiente para levantar-se com tudo, bater as costas na pilastra que me segurei, antes de sair rolando pelas escadas e olhei para trás.

— Professor Moody — exclamei com a voz falha ao ver a cara dele dois degraus acima.

O local era iluminado por sua varinha.

— Olá professor, bela noite não é mesmo...? — digo com um sorriso amarelo.

— Srta. Black, correto? — assenti. — Então, srta. Black, você não respondeu minha pergunta. O que faz aqui nas masmorras a essa hora da noite?

— Bem, eu... hum... é...

Caramba, Susana, pensa em algo bom, você é boa para desculpas.

— Eu estava só passeando — respondi. — Perdi o sono e decidi andar pelo castelo.

— Até mesmo nas masmorras?

— Sim, a masmorra também estava inclusa na minha passeata.

Ele me olhava bem atento.

O que me deixou nervosa, mas tentei parecer calma, até tentei disfarçar nas costas para esconder o mapa no cós da minha calça do pijama.

— É melhor voltar para o seu dormitório, Srta. Black — diz ele. — Se não pode acabar complicando mais a sua situação que não é das melhores, atualmente.

Engoli em seco.

— Vou fingir que não vi a senhorita por aqui — declarou o mesmo com a voz calma, mas que ainda sim era assustadora.

— Obrigada — disse, suspirando aliviada.

Subi as escadas, passando pelo mesmo sem olhá-lo e desejei boa noite.

— Posso saber o que a senhorita estava guardando minutos atrás? — perguntou ele do nada.

Me fazendo gelar mais uma vez.

— Nada, eu só estava arrumando minha blusa — respondi.

— Eu acho que não — o professor disse sério, fez uma pausa torturante e eu já estava me preparando mentalmente para mostrar o mapa e pensar em uma desculpa sobre ele. — De qualquer forma, volte para seu dormitório, pois já está muito tarde.

Suspirei mais aliviada ainda.

— Boa noite, professor — digo.

Fui praticamente correndo de volta para o dormitório com medo de me encontrar de novo com o Moody e talvez o Sr. Crouch, que eu nem sequer fazia ideia se continuava no castelo, pois nem olhei de novo para o mapa. Apenas entrei no quarto, guardei o mapa na gaveta da minha cômoda e fechei os olhos.

 

...

 

Logo na manhã do mesmo dia, quando acordei e me reuni com os meninos, junto com Hermione, contei a eles o que tinha visto no Mapa do Maroto.

— Mas o que o Sr. Crouch estaria fazendo a essa hora da noite aqui em Hogwarts? — perguntou Harry enquanto seguíamos caminho para a aula do Prof. Binns.

— E na sala do Snape — completou Rony.

— Talvez o mapa só tenha se enganado.

— Hermione, o mapa não mente e muito menos se engana — digo.

— Diz isso porque foi seu pai que disse.

— Claro, quem melhor do que meu pai e o meu padrinho para comprovar algo sobre o mapa? — revirei os olhos. — Caso você não se lembre, eles dois são um dos fundadores do mapa.

Entramos na sala de Bins e fomos nos sentar nas últimas carteiras.

— Isso do Crouch não me entra na cabeça de você ter visto ele, mesmo que tenha mostrado no Mapa do Maroto — comentou Hermione, sentada ao meu lado.

— De uma coisa sabemos pelo menos — os três me olharam e disse: — é que o mapa de fato não se engana. Porque da última vez ele mostrou que o Pettigrew não estava morto e sim, muito bem vivo.

Foi impossível continuar a nossa conversa, pois o chato do Binns pediu silêncio que a aula chata dele iria começar.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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