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História A Herdeira dos Black II - A mais bela de Hogwarts


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 41 - A mais bela de Hogwarts


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - A mais bela de Hogwarts

— Obrigada por ter aceitado — disse a Gina no caminho para a torre.

Neville tinha feito o pedido para Gina ir com ele ao baile, e ela sem graça, aceitou.

Como ela tinha acabado de voltar da aula de Herbologia, antes de jantar, ela foi guardar o cachecol, luvas e capa por causa do frio e eu decidi acompanhá-la.

— Que isso — ela sorriu. — Acho que não fiz mal em aceitar.

— Claro que não.

— Você não vai mesmo? — Assenti.

Enquanto ela foi guardar suas coisas no seu dormitório fiquei sentado em uma cadeira esperando-a. Nesse meio tempo, ouvi a passagem da Mulher-Gorda se abrir e de lá saiu um Rony pálido, que quase chorou quando me viu.

— Rony, o que ouve? — perguntei preocupada indo rápido até ele.

Rony andava devagar, parecia ter perdido a noção de tudo e o fiz sentar na mesma cadeira que estava.

— Su... me ajuda.

— Claro que eu te ajudo — digo. — Nem precisa pedir.

Para não ficar alta que ele me agachei em sua frente.

— Eu juro que não sei o que me obrigou a fazer — disse ele enlouquecido. — Por que eu fiz?

— O que você fez?

— Eu convidei a Fleur!

Meu queixo caiu naquele instante.

— Você o que?

— O que aconteceu? — Era Gina que veio também socorre o irmão. — Rony...

— Ele convidou a Delacour para o baile — digo.

Vendo que a situação do irmão não era das melhores, Gina começou a dar umas palmadinhas no braço dele, demonstrando sua solidariedade.

— Não sei o que me obrigou a fazer aquilo! — exclamou Rony outra vez. — Quem é que eu estava fingindo que era? Havia gente, a toda volta, fiquei maluco, todo mundo olhando! Eu estava passando por ela no saguão de entrada, Fleur estava parada conversando com Diggory, e uma coisa parece que se apoderou de mim, e convidei.

Rony gemeu e enterrou o rosto nas mãos. Ele não parava de falar, embora fosse difícil distinguir o que dizia.

— A garota olhou para mim como se eu fosse um verme ou coisa parecida. Nem me respondeu. E então... Não sei... Parece que recuperei o juízo e me mandei dali.

Juro que naquele momento queria torcer o pescoço da Fleur.

— Rony, não fica assim — consolei, abraçando o mesmo. — A culpa é dela por ficar usando o maldito "dom" das Veelas.

— Ela é ridícula — murmurou Gina.

Harry acabou também aparecendo.

Olhei para ele, vendo se tinha algum sinal se foi bom com a Chang, mas acho que não.

— Ela é parte Veela — disse Harry depois que Rony fez a mesma narração sobre o seu ocorrido com Fleur no saguão. — Susana tinha razão sobre ela. Não foi sua culpa, aposto como você passou na hora que ela estava jogando charme para Diggory e você foi atingido, mas ela está perdendo tempo. Ele vai levar Cho.

Agora era eu que olhava Harry como se tivesse visto Você-Sabe-Quem na minha frente.

Como assim o Cedrico ia com aquela oriental?

— Foi o que ela me disse quando a convidei — disse Harry sem emoção.

Bufei.

— Isso é uma piração — disse Rony —, somos os únicos que não tem ninguém, bem, tirando o Neville. Ele disse que ia convidar a Susana.

— Quê! — exclamou Harry. — Foi para isso que ele parou?

— Sim — respondi. — Só que eu neguei o convite.

— Claro que você ia negar — falou Rony rindo, a cor de seu rosto já voltava ao normal. — Quem iria ir com ele...

— Sua irmã — rebati fuzilando o ruivo pelo comentário idiota.

Antes dele dizer algo, Hermione apareceu e disse:

— Por que vocês não foram jantar?

— Por que... Ah, parem de rir, vocês dois... — disse Gina.

— Porque as garotas que eles convidaram acabaram de recusar o convite! — disse em tom alto.

Isso fez os dois calarem a boca.

— Obrigado, Susana — disse Rony azedo.

— Todas as garotas bonitas já estão ocupadas, Rony? — perguntou Hermione com um ar superior. — A Heloise Midgen está começando a parecer bem bonita; agora, não está não? Bem, tenho certeza de que vocês vão encontrar em algum lugar alguém que queira vocês.

Mas quem disse que Rony estava prestando atenção, ele olhava Hermione como se fosse algo divino, e depois me olhou.

— Vocês duas são garotas.

— Bem observado — respondeu Hermione com azedume.

— Uau, Rony, parabéns — ironizei. — Por acaso já viu uma de nós duas coçando o saco?

— Ah, Susana, não enche — resmungou ele. — Vocês poderiam ir com a gente.

— Não, não poderíamos — retorquiu Hermione.

— Ah, vai — disse ele impaciente —, precisamos de pares, vamos fazer um papel realmente idiota se não tivermos nenhum, todos os outros têm.

— Não posso ir com vocês — disse ela, agora corando —, porque já estou indo com uma pessoa.

— Não, não está! — disse Rony. — Você só está dizendo isso para não ir comigo.

— Ah, é? — Os olhos de Hermione faiscaram perigosamente. — Só porque você levou três anos para reparar, Rony, não significa que mais ninguém tenha percebido que eu sou uma garota!

Rony arregalou os olhos para ela. Depois tornou a sorrir.

— OK, OK, sabemos que você é uma garota. Satisfeita? Você vai com a gente agora?

— Ela já disse que tem um par — disse zangada. — E outra, eu não vou com nenhum de vocês, por tanto não venha dizer a gente.

Furiosa, Hermione, subiu para o dormitório das meninas.

— Isso é mentira?

— Que ela vai com alguém? Não, não é.

— Quem é a pessoa, então?

— Não é da sua conta.

— Certo — disse ele, que parecia ofendido —, essa história está ficando idiota. Gina você pode ir com o Harry e eu vou com a Susana.

— Eu não vou com você e nem com ninguém, Rony! — exclamei irritada.

— Mas você não tem par e não é legal uma garota ir sozinha.

— Foda-se! E a Gina também não vai.

— Por quê?

— Estou indo com... Com Neville. Ele me convidou depois que convidou a Susana e eu achei... Bem... De outro jeito eu não poderia ir, não estou no quarto ano. — Ela parecia infelicíssima. — Acho que vou descer para jantar. Você também vem?

— Vamos — falei, mandando um último olhar de censura para o Rony. E assim saímos pelo buraco do retrato, reparando que Gina estava cabisbaixa.

Quando estávamos longe da entrada para a comunal, disse:

— Gina, tudo bem?

— Ah, sim, tudo ótimo — respondeu ela, mas senti que não tinha sido uma resposta sincera.

— Tem certeza? Por que não parece — digo.

Ela chacoalhou o ombro como se não se importasse.

Fiquei tentando lembrar de que poderia tê-la deixado tão amuadinha. Criei várias alternativas do que poderia ter sido como as atitudes idiotas de Rony, se tinha feito algo errado como sempre e... caraio.

— É por causa do Harry que você está assim, não é?

Gina me olhou com os olhos arregalados.

— Por que estaria?

— Por que ele chamou outra — respondi — e você queria que ele te convidasse.

Mas fiquei mais puta comigo ao lembrar que eu estraguei tudo.

— Droga, eu estraguei tudo — bati o pé furiosa no chão. — Não era para eu ter puxado você ao Neville e nem aconselhado o Harry para convidar a Chang. Me perdoa, Gina.

— Quê! Não, Su... Claro que a culpa não é sua — Gina tocou meu ombro. — Você não fez nada errado. Eu é que sou a idiota da história por ainda achar que ele irá me notar algum dia.

— Está aí — falei irritada. — Deveria ter dito ao Harry para desistir da Chang e convidar você.

Gina sorriu sem graça.

Uma das características que sempre admirei nela é o fato de não chorar com facilidade. Nunca tinha visto ela chorar, mas confesso que já a vi triste, com o rosto bem cabisbaixo e sabia que o motivo daquilo tudo era chamado Harry Potter. Gina realmente gostava dele e infelizmente, às vezes, achava que ela se iludia muito com ele.

Chegando ao saguão de entrada, encontrei o grupinho nojento de Beauxbatons e vi que a imbecil da Delacour estava junto. Não ia aguentar. Precisaria muito tirar uma com a cara dela depois do que fez com o Rony.

— Você se acha uma gracinha, não é mesmo? — perguntei em voz alta, chamando atenção de quem queria e me aproximando da própria. — Ou deve ser tão insuportável que só consegue fazer algum garoto gostar de você quando joga os seus encantos meia-boca neles?

— Que voulez-vous, Black? (O que você quer, Black?) — perguntou ela com a maior acidez.

— Vim só avisar que se na próxima que você fizer o fez com o meu amigo, Rony — lhe lancei um olhar ameaçador. — Serei eu que irá te humilhar na frente da escola toda — disse em frances. E assim tirei minha varinha do bolso e fiquei brincando com ela entre meus dedos.

— Como se soubesse quem é Rony — ela debochou. — Por acaso é seu mais novo namorado.

Furiosa, apontei a varinha para o pescoço dela que soltou um grito abafado.

— Susana, não! — Gina gritou me segurando pelo braço. — Não faça nada com ela. Só vai complicar mais ainda sua situação.

Grunhi de raiva, abaixando contra gosto e fuzilava mais ainda aquela loira falsificada. Como queria quebrar toda a cara dela. Deixá-la completamente sem dentes e esfregar essa cara nojenta na parede mais áspera desse castelo.

— Você tem sorte — exclamei furiosa. — Se nao eu iria acabar com você.

— Acredito — ela murmurou ironicamente.

— Melhor acreditar, pois na próxima eu vou te fazer perder todos esses cabelos e deixar todo esse seu rostinho lotado de acnes.

No mesmo instante, Fleur colocou a mão no rosto me olhando apavorada e depois colocou outra mão no cabelo.

— Está avisada! Se ficar sabendo que humilhou um dos meus amigos e se vier com palhacinha para cima de mim, eu não vou me responsabilizar pelos meus atos — lhe lancei um ultimo olhar ameaçador que a fez ficar quieta como suas amiguinhas que me olhavam como se fosse uma louca; fico mesmo quando se trata dos meus amigos. — Vamos, Gina. — disse puxando a ruiva pelo braço.

...

Havia desistido em dizer a professora McGonagall que iria passar o Natal em casa, depois que recebi uma carta de Andrômeda comunicando que eles iriam para Austrália visitar um parente de Ted. Já o meu padrinho não havia me mandado nada até o momento me dando bronca como meu pai sobre a matéria da Skeeter. Então não sei se seria uma boa dizer a ele na última hora que iria passar o Natal com ele.

Hermione perguntava o que iria fazer no dia e a resposta era muito simples: iria ficar na comunal sozinha com Taran e os gatinhos.

Para me distrair ao máximo, fiquei junto de Fred e Jorge distribuindo os Cremes de Canários nos dois primeiros dias de férias, era explosões de penas por tudo quanto é lado. O que era bem divertido. Isso acabou se tornando um alerta entre os alunos que recebiam comidas de outros. Durante esse percurso os gêmeos haviam me informado que já estavam preparando uma nova invenção — que não me explicaram o que é, pois seria uma surpresa.

Isso foi o suficiente para ficar mais esperta com o que eles me dariam daqui em diante.

— Um kit mata aula — sugeri aos gêmeos depois de embalar alguns caramelos incha-língua.

Fred e Jorge sorriram e logo anotaram minha sugestão que não era tão ruim.

Caía muita neve sobre o castelo e seus terrenos agora. A carruagem azul clara da Beauxbatons parecia uma enorme abóbora coberta de gelo ao lado da casinha de bolo glaceado que era a cabana de Hagrid, enquanto as escotilhas do navio de Durmstrang estavam fosca e o cordame branco de gelo. Os elfos domésticos na cozinha se desdobravam para preparar pratos nutritivos, ensopados que aqueciam e sobremesas deliciosas, e somente Fleur Delacour parecia ser capaz de encontrar de que reclamar (como sempre).

— É pesada demais, essa comida de Hogwarts — ouvi-a reclamar mal-humorada, quando, certa noite, deixamos o Salão Principal atrás dela. (Rony escondendo-se atrás de Harry, cuidando para não ser visto pela Delacour). — Não vou caberr nas minhas vestes de baile!

— Aaah, mas que tragédia — comentei em voz alta. Propositalmente para que ela ouvisse e ouviu, pois me lançou um olhar fuzilante, que devolvi com um sorriso cínico.

— Ela realmente se acha muito importante, essa aí, não é? — diz Hermione revirando os olhos quando a outra chegou ao saguão de entrada.

— Hermione, com quem você vai ao baile? — perguntou Rony.

Ele não parava de assediar Hermione com essa pergunta, acho que na esperança de fazê-la responder sem querer ao ser perguntada quando menos esperasse. No entanto, Hermione meramente franzia a testa e dizia:

— Não vou lhe contar porque você iria caçoar de mim.

— Você está brincando, Weasley? — disse Malfoy às nossas costas. — Você está dizendo que alguém convidou isso para ir ao baile? Não foi o sangue-ruim de molares compridos, foi?

Ele só podia estar fazendo isso para me irritar?

Olhei para ele o fuzilando que desviou no mesmo instante.

— Olá, Professor Moody! — disse Hermione em voz alta, acenando por cima do ombro de Malfoy.

Isso fez com que Malfoy ficasse pálido e pulou para trás, procurando Moody com um olhar alucinando, mas o professor ainda estava à mesa, terminando seu ensopado.

— Que doninha nervosinha você é, hein? — comentou Hermione demonstrando desprezo, e assim subimos a escadaria de mármore dando boas risadas.

— Hermione — disse Rony, olhando para ela de esguelha e, de repente, franzindo a testa —, os seus dentes...

— Que têm eles?

— Bem, estão diferentes... Acabei de notar...

— Claro que estão, você esperava que eu ficasse com aquelas presas que Malfoy me deu?

— Não, quero dizer, eles estão diferentes do que eram antes de ele lançar o feitiço em você... Estão... Retos e... Do tamanho normal.

Hermione de repente sorriu muito travessamente, diferente dos meninos, eu já havia reparado a diferença.

— Bem... Quando fui procurar Madame Pomfrey para consertar os dentes, ela segurou um espelho e me disse para mandar ela parar quando os dentes voltassem ao tamanho normal. E eu deixei ela demorar um pouco mais. — Hermione deu um sorriso ainda maior.

— Acho que você está andando muito comigo — disse rindo, o que fez a mesma rir.

— Papai e mamãe não vão ficar muito satisfeitos. Estou tentando convencer os dois a me deixar reduzir os dentes há séculos, mas eles queriam que eu continuasse com o aparelho. Sabe, eles são dentistas, daí acharem que dentes e magia não devem... Olhem lá! Pichitinho voltou!

Era tanta coisa acontecendo que finalmente meu pai respondeu a carta de Harry. Acho que ele estava passando por tanta complicação comigo, que acabou esquecendo de responder o afilhado e mandar o Pichitinho de volta.

Depois de tirar a carta de um Pichitinho muito contente, e Rony mandá-lo de volta para o corujal, fomos correndo até a Torre da Grifinória para ler. Felizmente todos estavam demasiado ocupados extravasando a agitação das férias para observar que alguém entrou na Comunale e foram correndo até um canto perto da janela, ficando bem afastado de todos.

"Caro Harry,

Parabéns por conseguir passar pelo Rabo-Córneo, quem pôs o seu nome naquele cálice não deve estar se sentindo muito feliz no momento! Eu ia sugerir um Feitiço Conjuctivitus, porque os olhos do dragão são o seu ponto mais fraco...

— Foi o que Krum usou! — murmurou Hermione.

Mas do seu jeito foi melhor, estou impressionado.

Porém, não fique se sentindo muito satisfeito consigo mesmo, Harry. Você só deu conta de uma tarefa, quem o inscreveu no torneio vai ter muitas outras oportunidades se quer realmente lhe fazer mal.

Mantenha os olhos abertos — particularmente quando a pessoa de quem já falamos estiver por perto — e se concentre em não se meter em confusões.

Mande notícias, continuo querendo saber de qualquer coisa anormal.

Sirius."

— Ele está falando exatamente a mesma coisa que Moody — disse Harry em voz baixa, guardando a carta dentro das vestes. — "Vigilância constante!" Parece até que eu ando por aí com os olhos fechados, ricocheteando nas paredes...

— Mas ele tem razão, Harry — disse Hermione —, você ainda tem duas tarefas a cumprir. Devia realmente dar uma olhada naquele ovo, sabe, e começar a estudar o que significa...

— Hermione, ainda faltam séculos! — disse Rony com rispidez. — Quer jogar uma partida de xadrez, Harry?

— OK — disse Harry. Depois, vendo a expressão de Hermione. — Vamos, como é que vou me concentrar nessa barulheira? Não vou conseguir nem ouvir o ovo com essa turma berrando.

— Ah, imagino que não — suspirou ela, se sentando para assistir à partida. — Susana, tudo bem? Você vem assistir?

— Meu pai deve estar tão puto comigo que nem me mandou nada pela carta — digo de caramba amarrada me sentando ao lado de Hermione. — Só grifo o confusões na carta que imaginei ser uma indireta para mim.

— Ah, ele ainda só deve estar se recuperando com a matéria da Skeeter — comentou Rony, fazendo sua jogada. — Sirius não é como minha mãe. Se fosse como a mamãe já teria lhe ameaçado de morte.

É, acho que a Sra. Weasley era bem perigosa quando estava nervosa.

Point of View: DRACO MALFOY

Maldita sangue-ruim! Ela realmente tem muita sorte em ser a melhor amiga da Susana, mesmo não aguentando. Eu a xingo muito no automático, só quando olho para Susana que reparo no que havia dito, mas depois do que ela fez comigo no salão principal me deu uma vontade imensa de dizer todas as palavras que define aquela nojenta de sangue podre.

Meu humor nesses dias estava entre os piores. Felizmente a Pansy não dirigiu uma única palavra comigo e o Theodore quase lhe quebrei a cara quando o vi no dormitório naquele mesmo dia que levei o fora da Susana. Só não fiz nada, pois Blásio me impediu dizendo que Theodore não havia feito nada dessa vez, nem ao menos chegou perto da Susana para convidá-la ao baile: tudo indica que aquele idiota desistiu dela, agora estava focado só na Daphne que parecia uma cadela perto de Nott.

Até agora estava sem par nenhum, me sentia um idiota, não poderia ficar sem par só que não fazia ideia em quem convidar já que a única que tinha em mente era justamente a grifana, Susana Black.

— Oi — disse uma voz tranquila ao meu lado, olhei para o lado e era Tracy. — Posso me sentar aqui?

Então ela indicou o lugar vazio no sofá de couro perto da lareira.

— Claro — digo.

Por um momento Tracy me pareceu uma luz milagrosa.

— Animado com o baile? — ela perguntou de repente, se encostando no braço do sofá e colocando o pé no sofá.

— Nem tanto — respondi. — Estou começando a achar esse baile ridículo.

— Pois é, deve estar sendo bom só para quem tem par.

— Porque diz isso?

— Ah, sei lá, é só ver a animação da Jessica por ir com o Blásio e da Daphne com o... Theo.

— Não tem par?

Ela negou.

— Acho que estava pedindo muito para que algum milagre aconteceria e fizesse o Theodore me desse bola — ela disse cabisbaixa. — Mas claro que ele convidaria a Daphne.

— Theodore é um idiota — falei. — Você já deveria saber disso, Tracy.

— As vezes acho que deveria ter ido para Lufa-Lufa por ser idiota — ela murmurou em tom de choro. — Por gostar tanto dele. Só que eu não tenho culpa que o Theodore me agrada desde o primeiro ano.

— Tracy, você está ótima onde está — digo. — Você não é panaca como aqueles Lufanos. Casa nojenta. Já pensou você em volta de vários sangues-ruim?

Ela riu e balançou a cabeça em concordância.

— Acho que preferia ficar ao lado da lula gigante nesse caso — disse Tracy rindo.

— É uma escolha mais sábia — digo também rindo.

Fiquei olhando-a por um tempo e decidi fazer algo.

— Tracy — ela me olhou —, quer ir ao baile comigo?

— Eu? — ela indagou surpresa. — É... hum... não sei.

— Como assim não sabe?

— É que a Pansy iria ficar nervosa comigo — revirei os olhos.

— Foda-se a Parkinson — disse. — Para de ficar se importando com ela. Eu não vou com ela... Então, você quer ser minha parceira?

Tracy mordeu o lábio inferior e assentiu.

— Tudo bem, eu vou com você.

Point of View: SUSANA BLACK

Sabe aquela sensação estranha de que tem alguém te observando enquanto está dormindo, mas não tem certeza? Pois bem, isso era o que estava sentindo agora enquanto estava no meio do sono. Aos poucos fui abrindo os olhos para ver do que se tratava e o que vi foi uma coisa de olhos muito grandes, verdes e redondos que me encarando, tão, mais tão perto que nossos nariz estavam grudados. Isso foi suficiente para soltar um berro.

Por causa do susto empurrei o ser para fora da minha cama.

— Dobby! — exclamei ao ver que fora o elfo que empurrei. — Ai meu Merlin, me perdoa. — Sai da cama para socorre-lo. — Dobby me desculpe, se machucou?

— Dobby que sente muito, senhorita Susana Black — esganiçou Dobby quando o levantei e coloquei de volta na cama. — Dobby só está querendo desejar a Susana Black "Feliz Natal" e lhe trazer um presente, senhorita!

— Tudo bem — disse me sentando na cama e tentando controlar a respiração. — Mas da próxima vez é só me cutucar ou outra coisa assim, não se debruça sobre mim desse jeito.

— Susana, está tudo bem? — perguntou Hermione preocupada.

Afastei a cortina do lado que fica a cama dela e respondi:

— É só o Dobby.

Falei que elas poderiam voltar a dormir, mas quem disse que as meninas me escutaram. Ao verem os presentes em suas respectivas camas, decidiram se focar neles. Na minha também tinha uma pilha de presentes.

— Senhorita Black, será que Dobby pode lhe entregar o presente? — perguntou Dobby hesitante de pé ao lado da minha cama.

— Claro que pode.

Então o mesmo me entregou um pacotinho que peguei de muito bom grado. Abri e dentro tinha um par de luvas de cores diferentes. Um era vermelho-berrante com a imagem que imaginei ser um leão em amarelo, mas um pouco torto e a outra peça era na cor verde com o próprio Dobby na luva, só que também bem tortinho em branco.

— Eu amei essas luvas — digo sorrindo para o elfo. E eu realmente havia amado elas. — Obrigada, Dobby — e o abracei bem forte.

— Dobby fez elas com as próprias mãos, senhorita! — disse ele alegremente. — Comprou a lã com o ordenado dele, senhorita Black.

— Ficaram ótimas — disse já as colocando o que deixou Dobby muito feliz. — Hoje mesmo já irei usá-las. Ah, e eu também tenho um presentinho para você.

Tirei as luvas para ter as mãos mais livres e abri a gaveta da minha cômoda para tirar um embrulho bem chamativo.

— Espero que goste — disse a Dobby lhe entregando o presente.

Não demorou muito para o presente ser aberto e de lá ser retirado o cachecol, meias, luvas e touca coloridas.

— Kit completo para o frio — falei rindo ao ver Dobby pulando de alegria.

— Minha senhorita é muito presente — dizia ele vestindo cada peça. — Dobby ficou feliz em recebê-los.

— Vou ficar mais feliz se você parar de me chamar de senhorita Black, ou senhorita Susana Black — digo. — Já disse para chamar apenas de Susana, até porque somos amigos, certo?

Ele assentiu.

— Agora Dobby precisa se retirar para arrumar a comida para o Baile de Inverno — diz Dobby. — Até mais senhorita, Dobby quis dizer, até mais Susana Black.

— Até e feliz natal — digo. E assim o mesmo desapareceu.

Assim que Dobby desapareceu, fui abrir meus presentes o primeira era de Hermione que havia me dando uma coleção de um livro trouxa chamado Desventura em Série, de Harry ganhei uma camisa linda das As Esquisitonas; Rony uma caixa grande de feijõezinhos de todos sabores; Fred e Jorge me mandaram um mini kit de logros e fiquei bem surpresa ao ver um embrulho em nomes da Família Weasley que era o famoso suéter feito pela Sra. Weasley na cor vermelha com um S em dourado e vários doces caseiros.

Também recebi presentes de minha família como da minha prima Tonks que me mandou um par de meias brancas com várias bolinhas pretas que piscavam; família Tonks me mandou uma caixa enorme com vários doces sortidos e um livro de terror e claro que não poderia faltar do meu padrinho que me deu uma camisa linda lotada de gatinhos e meu pai segundo que ele me disse no bilhete era um acessório anti-imbecis traduzindo anti-garotos, junto também enviou um colar com um pingente de cachorro. E agora sobraram três embrulhos, um deles era uma caixa enorme e junto tinha um bilhete, outros eram embalagens pequenas.

— Qual eu abro primeiro?

— As pequenas — respondeu Hermione pegando uma com um saquinho de veludo verde musgo —, essa daqui.

Abri e meu queixo caiu quando tirei uma pulseira com diamantes.

— Isso é diamantes? — Hermione tinha a mesma expressão que eu. — Que lindo! Quem te mandou?

— Sei lá — respondi ainda olhando cada pedacinho da pulseira e ela é realmente linda.

— Tem esse cartãozinho — falou Hermione pegando um cartãozinho. — E diz apenas: "Feliz Natal." Pela letra é um garoto.

— Mas quem... agora tem esse que pelo menos tem cartão.

"Para a garota mais bela de Hogwarts.

Que tenha um ótimo Natal.

Cedrico Diggory."

E do embrulho vermelho saiu uma pulseira banhado em prata com vários pingentes e dois com pedrinhas azuis.

Hermione não perdeu tempo para ficar paquerando a pulseira.

Me senti bem sem jeito por ganhar duas pulseiras, diferentes, mas era nítido a grande diferença de valores. Só queria saber quem havia me dado o com diamantes. Será que Theodore decidiu voltar a me infernizar como o admirador secreto?

— Agora vamos para esse maior — digo puxando a caixa maior para mais perto e tirei o bilhete que vinha junto. — Outro presente do meu padrinho?

"Cara Susana.

Não, isso não é o seu presente de Natal exatamente, mas acho que pode ser considerado um presente. Andrômeda estava fazendo-o, por isso a demora e também é esse o motivo de não ter ido antes com você no início das aulas. Teve uns contratempos durante o caminho, por isso que ele está sendo entregue bem em cima da hora, mas mesmo assim deve dar tempo de usá-lo e aproveitar a noite.

Se divirta! Depois conversamos melhor sobre como foi e sobre outros assuntos que não quero tratar aqui na carta, pois não quero estragar o Natal de ninguém. E sim, é exatamente disso que a senhorita está pensando... depois conversamos.

Com carinho,

Remus."

Ignorando a pequena ameaça do meu padrinho, abri a caixa e dentro tinha algo mais surpreendente.

— Agora você vai poder ir ao baile, Su — diz Hermione sorridente olhando junto comigo o conteúdo da caixa.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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