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História A Herdeira dos Black II - Na Dedosdemel


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 47 - Na Dedosdemel


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Na Dedosdemel

Point of View: SUSANA BLACK

Ao sair do castelo e receber o vento gelado no meu rosto, puxei melhor meu cachecol para cobrir melhor meu pescoço e deixei melhor ajustado a touca. Tinha conseguido me encapotar bem antes de sair, coloquei uma meia super quentinha para proteger minha perna e abaixo da blusa branca do uniforme coloquei uma outra blusinha para me aquecer bem. Estávamos ainda no meio do inverno e parece que esse inverno quis vir com tudo dessa vez.

— Não sei porque topei de vir para cá com você — digo para Harry ao meu lado, minha voz saiu abafada por causa do cachecol que agora cobria minha boca. 

— Você topou ir comigo ver o Hagrid, esqueceu?

— Acho que o correto é “tentar ver Hagrid”, não é mesmo? — disse mau-humorada. — Essa é milésima vez que vamos tentar ver ele e somos ignorados. 

Dito e feito, chegando na cabana do nosso amigo, fomos apenas recebidos com os latidos de Canino.

— Ótimo, Hagrid! Se você quer ficar choramingando feito um covarde por causa de uma porcaria de uma reportagem, e ignorando pessoas que se importam com você? Ótimo! Por que eu desisto de tentar falar com você — gritei nervosa depois de dar um soco naquela porta. — Adeus!

Ignorei a cara de tacho de Harry e sai pisando duro.

— Também não precisa falar assim — diz Harry depois que me alcançou. — Ele… Não vamos desistir dele. Não podemos desistir de Hagrid…

— Mas ele desistiu da gente, Harry — digo. 

Continuei andando, passamos pela passarela e parei para arrumar minha capa. 

— Precisamos pensar em algo para ele voltar a dar aulas.

Lancei um olhar impaciente para Harry que rolou os olhos e bufou.

— Se Hagrid quer assim, então que assim seja, oras — balancei os ombros. — Eu não vou ficar correndo atrás de ninguém. Não mais.

Harry não disse nada, se apoiou no parapeito da passarela e ficou olhando para um nada nas árvores da floresta proibida. Fiquei meio receosa se ele acabou ficando calado por minha culpa. Será que acabei sendo “estúpida demais” com ele?

— Tudo bem com você, Harry? 

Fui ao lado dele e o olhava meio em dúvida.

— Hã? 

— Se disse algo que não deveria, desculpa.

— Quê? Não! Você não disse nada de errado, eu só estava pensando — e assim ele voltou a olhar o nada. 

Suspirei aliviada. Odiava saber que fui idiota demais com meus amigos e os deixei magoados de alguma forma. 

Acabei fazendo o mesmo que Harry e fiquei olhando o nada, tinha uma camada grossa de neblina entre as árvores da floresta o que a deixa mais assombrosa do que já.

— Estava pensando na segunda tarefa — Harry disse do nada.

— Quem é você e o que fez com Harry Potter? — falei olhando meu amigo surpresa. Como assim ele está pensando na segunda tarefa? Como ele está se importando com algo desse gênero? 

Harry acabou rindo comigo.

— Falando da segunda tarefa. Você por acaso já descobriu o segredo do ovo?

— Vai da uma de Hermione agora?

— Vou, se você decidir decifrar tudo na última semana.

— Ainda tenho tempo…

— Menos de um mês, você quer dizer, não é mesmo? — Revirei os olhos. — Harry, se quiser ajuda, eu ajudo e tento ver se acho algum meio para abrir aquele ovo sem ter a chance de estourar o tímpanos. 

Não sei se foi bom eu dizer o “eu ajudo” porque Harry me olhou e deu um sorriso maroto, e entendi muito bem que sobrou para minha pessoa. 

— Imagino que o seu namorado — Harry disse com um certo tom de sarcasmo o “namorado” — já sabe sobre o ovo.

Arquei uma das sobrancelhas.

— A verdade é que eu não sei — digo. Sabia o que Harry queria com isso, achava que eu já sabia e não ia contar, ou ia contar para ele se caso soubesse. — Cedrico e eu não conversamos sobre o torneio. Nunca falamos sobre isso para falar a verdade.

— Mesmo?

Assenti.

— A gente conversa mais o que se passa no nosso dia a dia e sobre nós, mas nunca perguntei nada sobre o torneio e nem ele nunca perguntou nada sobre como você vai. 

Harry desviou o olhar para o lado oposto.

— Sei o que você deve imaginar, mas saiba que eu estou do seu lado, Harry — falei, tocando o seu ombro. — Você é o meu amigo, estou com você desde sempre, e mesmo que esteja namorando o Cedrico isso não significa que vou te trair ou te deixar de lado.

— Eu sei que não… pelo menos eu espero.

Agora fui para o lado que ele estava olhando para também me olhar.

— Você está parecendo o Rony — reclamei. — Acha mesmo que eu iria te trair?

Ele apenas negou com a cabeça.

— Já te disse que você é meu amigo, e vou estar te apoiando. Ajudando com o que for preciso para você ganhar a taça tribruxo. Nem para que isso eu tenha que ficar com o ovo e eu mesma vou atrás de uma solução para ele. Vou te ajudar de qualquer forma, Harry. 

— Valeu — Harry agradeceu dando um leve sorriso.

— Meu contato com o Cedrico é algo mais físico — comentei um pouco sem graça, e sorrindo pelo mesmo motivo. Harry acabou também rindo por causa disso. Era um pouco estranho falar sobre esse tipo de assunto com ele, normalmente falo mais sobre com a Hermione e não com o Harry. — Mesmo que eu ultimamente tenha preferência pelo não-físico. 

— Como assim? Você não está gostando de ficar com ele?

Fiz uma careta que estava indecisa. Não sabia o que responder, mas tentei responder algo ao Harry.

— Eu gosto de ficar com o Cedrico, mas sei lá… às vezes, me sinto estranha com ele tão perto de mim e acabo preferindo ficar sem ele por perto.

Tive quase certeza que Harry estava brisando com o que disse.

— Se não gosta de ficar com ele — dizia Harry fazendo careta de que ainda estava processando o que tinha dito —, então porque continua?

— Ótima pergunta…

— Potter! — Senti um frio na barriga quando ouvi a voz conhecida.

Harry virou o rosto para o lado contrário e fiz o mesmo, Cedrico vinha em nossa direção.

— Ah, Susana, oi — diz ele me olhando. — Não sabia que estava aqui também.

— Oi… — dei um sorriso amarelo para ele.

— Acho que é melhor eu indo — Harry sugeriu, mas eu o segurei pela mão sem que Cedrico visse, não queria que Harry saísse de perto. 

— É com você mesmo que eu queria conversar — diz Cedrico olhando para Harry. 

Obrigada! Obrigada! 

Era só isso que pensava. 

— Comigo?

— Sim. Claro que a Susana pode ficar e ouvir — ele acrescentou quando fiz menção em deixá-los sozinhos. — É sobre a segunda tarefa. Você já conseguiu decifrar o ovo?

— É, eu… ainda… quase… estou quase. — Parece que o orgulho de Harry está fazendo efeito agora. 

— O seu solta um grito agourento quando você o abre?

— Solta.

— Então… toma um banho, OK?

— Quê?

Harry e eu falamos ao mesmo tempo. 

— Toma um banho e… hum, leva o ovo junto e… hum, rumina um pouco as coisas debaixo da água quente. Vai ajudar você a pensar… acredite em mim. 

Harry ficou olhando para ele. Eu também fiquei olhando, pois não estava entendo nada de nada.

— Vou lhe dizer uma coisa — disse Cedrico —, usa o banheiro dos monitores. Quarta porta à esquerda daquela estátua de Boris, o Pasmo, no quinto andar. A senha é Frescor de Pinho. 

De Cedrico olhei para Harry que olhava o outro sem entender.

— Por que está me dizendo isso? — perguntou Harry o olhando de forma suspeita.

— Bem, é um favor pelos dragões — Cedrico também parecia não saber o que dizer. — Você me avisou. E acho nada mais que justo fazer o mesmo.

Posso estar tendo meus problemas amorosos com o Cedrico, mas não nego que fico sempre admirada com as atitudes dele. Ele é realmente uma pessoa maravilhosa e eu sou uma anta por estar ainda com ele. Fazendo o que estou fazendo com Cedrico. Eu poderia fazer exatamente o que Harry me disse: terminar tudo, não ficar com ele se não estou gostando.

Acho que eu realmente vou ter que chegar nesse ponto, só não sei como.

Harry acabou tendo a brilhante ideia de me deixar sozinha com Cedrico, porém, eu não queria ficar sozinha. Ia dar uma desculpa para ir com Harry, mas depois que vi Cedrico agradecendo meu adorável amigo desisti e pedindo para que ficasse mais um pouco, desisti.

— Prefere entrar? — Cedrico perguntou, acho que percebendo que eu olhava muito para direção do castelo. — Aqui está mesmo frio.

— Não, não é nada… Até que agora ficou mais agradável se é que é possível.

Ele riu.

Fechei os olhos quando Cedrico tocou o canto do meu rosto, estava quente e volumoso por causa da luva que ele usava. Até que foi bom porque amenizou meu rosto gelado. Eu acabei sendo pega de surpresa quando ele me beijo. Tentei retribuir só que acabou saindo um beijo falso de minha parte. E não sei se Cedrico percebeu que não estava a fim de beijar porque ele parou e ficou me olhando de forma curiosa.

— É melhor a gente ir entrando — Cedrico sugeriu. — Daqui a pouco vai dar a hora do jantar. E está começando a ficar mais frio aqui fora. 

Concordei com um aceno.

— Foi muito legal de sua parte ter dito aquilo ao Harry — disse, quebrando um breve silêncio que instalou entre a gente.

— É o mínimo que poderia fazer por ele — diz Cedrico. — Ele me ajudou com os dragões, me disse sobre, e isso foi uma ajuda e tanto. 

Por gratidão, apenas segurei a mão dele. Claro que Cedrico adoro e fez questão de entrelaçar nossos dedos, mais uma vez me senti desconfortável já que esse não era meu ideal. Só havia apertado a mão de Cedrico e depois iria querer soltar, mas ele foi mais rápido.

— Você e o Potter se dão muito bem — comentou Cedrico, arquei uma sobrancelha para ele. — Não é mesmo?

— Sim, Harry e eu somos muito amigos — respondi ainda estranhando o que ele havia dito. — Ele e Rony são meus melhores amigos.

— Claro, também tem o Weasley e a Hermione, não é mesmo? — assenti. — Imagino que esteja torcendo para o Potter no torneio.

— É… hum… Sim? Não que eu também não esteja torcendo para você — acrescentei depressa. — Mas é que o Harry… hum… estou presente há muito mais tempo… mas isso não quer dizer que eu te menospreze.

Cedrico começou a rir pela minha enrolação com as palavras.

— Fique tranquila. — Foi o que ele me disse. — Eu não vou te cobrar e nem te obrigar a nada disso. Você faz a suas escolhas, e fico feliz que não esteja torcendo pela minha derrota; que eu acabe morrendo no torneio.

— Que horror! — exclamei rindo do comentário sarcástico de Cedrico. — Nunca que ia querer um fim desses para você. Também não sou tão má quanto pareço.

Cedrico e eu rimos. Foi uma risada gostosa e reconfortante, ele apertou com mais força minha mão e me fez parar no saguão antes da gente seguir caminho para o salão.

— Amanhã vai ter Hogsmeade. Então queria saber se você não quer ir comigo?

Puts. É mesmo. Amanhã teria Hogsmeade, mas estava tão desligada com Hogsmeade que nem lembrei e também não achei necessário já que estou proibida de ir.

— Minhas idas para Hogsmeade foram canceladas — respondi. — Faz parte do meu castigo pelo que fiz com a Bisbal.

Ele fez uma cara que tinha se esquecido desse detalhe. 

Não o culpo por isso, pois acredito que nem o avisei sobre isso. 

— Até isso tiraram de você? Que chato — ele suspirou e me lançou um sorriso cabisbaixo. — Então, vamos mudar o convite: quer passar o dia comigo amanhã em Hogwarts?

— Ai, Cedrico, por favor, não deixe de ir para Hogsmeade por minha causa… Não me veja como seu impedimento.

— E quem disse que penso assim? Se eu for ou não para Hogsmeade, não importa. Eu só me importo com você e também não quero lhe deixar sozinha aqui.

— Por acaso não gosta de ir para Hogsmeade?

— Gosto, mas você é o que importa agora.

Isso não é bom. O que responder? Eu não quero ser o pilar que vai impedir o Cedrico de ir para Hogsmeade, sair um pouco desse castelo e ir se divertir antes da segunda tarefa. Tentar desviar um pouco desse torneio de sua cabeça. 

Confesso que não iria me importar de ficar sozinha no castelo, enquanto Harry, Rony e Hermione vão para vila vizinha, mas também não consigo fazer esse desagrado com Cedrico. 

— Tudo bem — falei, e ele sorriu.

— Ok! Então amanhã fico em Hogwarts e...

— Vá para Hogsmeade — o cortei e ele me olhou com o cenho franzido. Olhei para os lados e me aproximei dele, dizendo em voz baixa: — Me encontre na Dedosdemel. Pode ser dentro da loja, ou fora, você quem sabe.

— Na Dedosdemel? — ele repetiu. — Susana, não entendo. Você não disse que não poderia ir para Hogsmeade… Então porque vou te esperar na Dedosdemel?

— Só confia em mim — digo. — Já sabe? Me espere na Dedosdemel. Ok?

Ainda um pouco receoso, ele assentiu.

— Vamos entrar? Estou com fome.

E assim fizemos.

Meus amigos já estavam na mesa da Grifinória, me sentei ao lado de Harry e disse:

— Preciso que me empreste a capa de invisibilidade.

— Tá. Por quê?

— Vou amanhã para Hogsmeade.

 

...

 

Na manhã seguinte tentei ser o mais natural possível, vesti uma roupa que talvez não era a mais recomendada para um encontro, segundo Hermione. Mas ela concordou que seria um tanto suspeito eu me produzir tanto só para “ficar” em Hogwarts. Vesti uma calça cinza, uma blusa de regata como de costume, junto com uma blusa de manga comprida e uma blusa mais grossa na cor preta. Separei meu casaco também preto, junto deixei meu cachecol, touca e minha luva. Calcei uma botinha de cano baixo e só penteie o cabelo para ficar organizado, só passei um lápis nos olhos para não parecer um morto-vivo já que estava mais branca que o normal.

Felizmente, as outras garotas não estranharam nada. 

Só Lilá que acabou brincando quando viu um pedaço de pergaminho na minha cama.

— Coitada — falei para Hermione quando a outra saiu do quarto com Parvati. — Nem imagina que esse pedaço de pergaminho velho é uma divindade.

— Eu ainda acho que é loucura o que vai fazer — Hermione repetiu o que tinha me dito ontem até a hora da gente ir dormir. — Se te pegarem, você pode acabar sendo expulsa. 

— Como se isso fosse motivo para me impedir de ir — disse, enquanto guardava o Mapa do Maroto no bolso do meu casaco. 

— Deveria. Expulsão não é algo muito agradável, não é?

Depois que vesti o casaco e guardei a varinha no bolso de minha calça, sai com Hermione do dormitório.

— Não é porque você vai estar com a capa de invisibilidade e com o Mapa do Maroto que você não vai ser pega.

— Aí é que está, Mione. Tanto a capa como o mapa só vão me ajudar mais e eu não sou nenhuma tonta.

Hermione bufou.

— Para mim o mapa é apenas um chamariz para fazer o que não deve — ela murmurou.

— Malfeito feito — brinquei.

Como tinha dito fiz tudo na maior naturalidade, tomei café da manhã com meus amigos e fui puxando conversas sobre que queria ir para Hogsmeade, até mesmo eles entraram no papo para não deixar nenhuma suspeita. Quando eles foram esperar Filch achar seus nomes na grande lista, fiquei sentada no chão de mármore da escada vendo eles e acenei quando os três foram liberados pelo zelador.

Fiquei lá até todos os alunos saírem e Cedrico sair, o mesmo me lançou mais olhar curioso e apenas fiz um breve assentimento com a cabeça para ele ir.

— Perdeu alguma coisa, Filch? — rebati quando o mesmo olhava de forma suspeita junto com a gata feia dele.

— É melhor não fazer nada, srta. Black — ele disse. — Volta para a sua comunal.

— Vou fazer isso mesmo, mas não porque você está pedindo — lhe mandei um sorriso cínico.

 Entrando no corredor vazio e sem vestígio do zelador, ou alguma alma viva ou morta (nesse caso é os fantasmas). Tirei o mapa do meu bolso, junto com a capa que Harry me entregou antes da gente descer para tomar café. 

— Juro solenemente não fazer nada de bom.

Sorri ao comprovar que o caminho até a estátua da bruxa de um olho só estava livre.

Consegui passar tranquilamente pela passagem e só quando cheguei perto da saída para o sótão da Dedosdemel que decidi me cobrir com a capa. Empurrei a tampa, por sorte não se tinha ninguém e subi as escadas até o andar que estava à loja. Não me surpreendi nenhum pouco ao ver que a loja estava super lotada de alunos. Ia ser impossível passar por eles sem trombar, então mandei um foda-se para tudo e fui tentando passar pelos alunos, empurrando para que me dessem passagem. Teve até um grupinho de meninos que começaram a discutir por achar que um empurrou o outro, só que pouco me importei, o importante agora era achar Cedrico. 

Na loja ele não estava, levantei o pé para ficar na pontinha pra tentar ver se encontrava um rosto conhecido, mas logo abaixei ao ver no canto que se tinha os chocolates, Malfoy e Davis. Ambos riam, e um estava bem próximo do outro. Malfoy tinha dito algo no ouvida da outra que a fez rir sem graça. O que me deixou desconfortável. Acho que eu não era única que decidir iniciar algo, e no caso do Malfoy ele deve ter escolhido ficar com Tracy Davis.

Acordei para vida quando senti uma garota trombando comigo, e esse alguém era justamente a Buldogue e a Greengrass que estava ao lado dela. Não consegui me conter, então, simplesmente empurrei a Buldogue com tudo para cima da outra que caíram com tudo em uma bacia com caramelos derretidos. Isso me deixou feliz, principalmente, quando uma sextanista ficou discutindo com ela por derrubar seus doces. 

Nesse meio tempo consegui encontrar Cedrico, entrando na Dedosdemel, e parando na entrada. Olhava em torno da loja, provavelmente tentando me encontrar. Tentei ir o mais rápido até ele. Toquei seu braço e o chamei:

— Cedrico.

Ele deu um pulo e ficou olhando para os lados, tentando procurar quem o chamou e lhe tocou. 

Novamente o toquei, só que agora no ombro e mais um vez disse em voz baixa:

— Sou eu Susana!

— Su-susana?! 

— Vem! — e o segurei na mão, em um dos dedos e o puxei para fora da loja.

Levei-o para ao lado da loja que tinha uma breve passagem e assim, tirei a capa.

— C-Como quê?! Você tem uma capa de invisibilidade? — indagou Cedrico me olhando de olhos arregalados.

— Não, essa capa não é minha e sim é uma capa de invisibilidade.

— Como?

— Não importa, o mais importante é que estou aqui.

Cedrico começou a rir.

— Por que está rindo? — perguntei olhando sem entender o motivo da risada.

— De você — ele respondeu. Confesso que me senti ofendida com essa resposta. — Não no sentindo ruim, é claro. Mas de seus truques que você tem na manga — explicou Cedrico. — Você é uma caixinha de surpresa. Sempre tem alguma novidade. E isso me faz ficar mais admirado por você.

Dessa vez fui eu que sorri, mas de vergonha. 

Ajeitei a touca e o cachecol para me proteger melhor do frio.

— É melhor a gente indo, não acha? Para aproveitar o passeio.

— Vai ficar andando com a capa? — ele perguntou. — Confesso que vai meio estranho ter um encontro “individual”.

— Não, eu vou andar agora sem a capa — digo.

— Certeza?

Assenti.

— E se alguém reconhecer e…

— Não tenho medo. Até porque, o que é a vida sem um pouco de risco? Esse é o meu dilema.

— Se você diz — ele levantou as mãos —, não sou eu para negar. 

Isso me fez rir junto com ele.

O riso se desfez quando Cedrico me deu um selinho e em seguida disse:

— Vamos?

— Vamos.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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