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História A Herdeira dos Black II - Moody: verdeiro ou falso?


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 59 - Moody: verdeiro ou falso?


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Moody: verdeiro ou falso?

Muitos devem andar se perguntando sobre o que aconteceu com as minhas detenções que ganhei de brinde no início do ano. Só porque queimei a cara de uma tal lufana que me deu um tapa na cara porque me viu beijando um garoto que ela gostava. Caso não se lembre, vou recordar o nome: Amanda Bisbal. Sim, minha adorável — ou nem tanto — vizinha nascida-trouxa. 

Segundo ela, era super apaixonada por Draco Malfoy. Não sei se ela ainda gosta dele, enfim, ela ficou furiosa quando me viu beijando Malfoy em um corredor deserto. Ele supostamente já sabia que era ela no corredor então pediu para fingir que estávamos se beijando, só que o fingimento ganhou outro rumo, e confesso que até hoje me lembro daquele beijo. Tinha sido tão bom! 

Amanda tinha presenciado o beijo e nervosinha foi tirar satisfação minha em pleno salão principal.

A imunda me deu um tapa na cara como se estivesse na festa de aniversário de alguma das amigas ridículas dela. Furiosa, peguei a primeira coisa que tinha na mesa e joguei nela. Só que naquele momento não me dei conta do que fiz, não pensei que iria fazer algo tão trágico que é esquecer o suco de abóbora a partir do momento que toquei o cálice e joguei nela… confesso que senti um enorme peso naquele momento. Foi um ato impulsivo de raiva, realmente, foi de raiva porque eu não suporto que me toquem da forma que aquela idiota fez. 

Tinha conversado com meu padrinho uma vez por cartas — depois da visita dele para me dar bronca pelo que fiz — e o mesmo disse que foi estranho o que fiz, mas que deveria ter isso um dos meus tantos atos impulsivos junto com a magia expandindo. 

“Eu vejo isso tudo como parte de sua personalidade, Susana.

Você é impulsiva junto com o explosivo, então eu acredito que isso acaba se juntando com seus dons mágicos e eles acabam se expandindo. É o mesmo com crianças. Você fazia muito disso quando era pequena. Já perdi a noção do tanto de vezes que consertei copos, vidros de janela, porque você simplesmente se irritava facilmente.

Outro detalhe é que por mais errado seja pensar assim, mas sempre soube que você emanava uma quantidade grande de magia. 

Você é uma bruxa muito poderosa, Susana. 

Então não ficarei surpreso se futuramente você simplesmente não precisar de varinha para fazer magia.”

Era isso que meu padrinho disse na última carta sobre esse temas, pois as outras eram de outros assuntos aleatórios como a mais atual explicando minha situação em Hogwarts por culpa da Rita Skeeter. Tentei deixá-lo o mais tranquilo que podia e ainda terminei dizendo que o amava muito, e estava morrendo de saudades dele. Não menti. Eu realmente o amava muito e a saudade era enorme. Até acrescentei na carta que não via a hora de abraçá-lo e lotar de beijos. Meu padrinho era um dos meus maiores bens. 

Enfim, voltando ao assunto das minhas detenções que fora um dos meus castigos pelo que fiz, só que o prazo dela é o ano todo fazendo limpeza, organizando algo… enfim, eu fazia muitas coisas e agora mesmo estava limpando um dos banheiros que me foi ordenado. Só não entendi porque me mandaram limpar o banheiro feminino do terceiro andar. Ninguém entra aqui justamente por causa da Murta-Que-Geme que é insuportável. 

— Então quer dizer que você está aqui por ter queimado a cara de alguém? — repetiu Murta pela milésima vez em um tom falso de espanto. — Como você é cruel…

— Se você não calar a boca juro que vou arrumar o jeito de te fazer ficar quieta… — murmurei irritado. — Porcaria! Esse banheiro está uma porquisse o que é você anda fazendo aqui para isso estar dessa forma? 

— Pergunta para os casais sextanistas que vivem aqui — ela rebateu maliciosamente rindo. 

Na hora mergulhei minha mão na água com desinfetante ao pensar no que casais iriam fazer em um banheiro deserto.

— E eu achando que isso era proibido em Hogwarts…

— Isso o que? — perguntou Murta curiosa aparecendo com a cara na minha frente, o que fez levar um susto. 

— Que merda, você me assustou — digo depois que por conta do susto, levantei o pontinho com sabão e desinfetante nela, claro que ultrapassou ela. 

— Ai! Também não precisava jogar isso em mim — ela reclamou chorosa.

— Não sei do que está reclamando se nada passa por você.

— Claro, vamos jogar as coisas na coitada da Murta, pois ela não vai sentir nada. — Revirei os olhos enquanto ouvia aquele melodrama dela. 

Bufei ao ver o “estrago” que fiz por causa desse fantasma irritante. 

— O que você ia falar mesmo? — perguntou ela depois de sua cena dramática. — Ah, ela estava falando sobre os casais. Amiga, você acha mesmo que os casaizinhos se importa que é proibido ter relações sexuais entre essas paredes?

A olhei incrédula por dizer naquela maior cara de pau algo sobre isso. 

Claro que não ia responder isso. É óbvio que em algum canto desse castelo deva ter alguém se pegando. O que não deixa de ser engraçado já que é proibido.

— Acredite o que rola mais nessas paredes desse castelo é sexo — Murta voltou a dizer enquanto me observava levantar. — Inclusive seu papai é o melhor exemplo de sempre ter quebrado essa regra...

— Ok! Já entendi, não precisa dizer mais nada…

— Posso dizer com absoluta certeza que Sirius Black passou o rodo nesse castelo… as garotas caiam aos seus pés e todo dia, toda noite, era uma garota diferente se deliciando nos braços dele… era sempre uma diferente e era sempre uma diferente vindo aqui chorar por ter sido iludida por ele.

Tentei ignorar Murta com esses comentários nenhum pouco adoráveis sobre meu pai. 

— Murta! Já entendi — disse em voz alta, irritando e praticamente implorando — que meu pai era muito "homem"! Entendi o que ele fazia… não precisa me contar… não quero saber!

— Também não precisa ficar nervosinha, pois caso você tenha se esquecido seu papai e sua mamãe também tiveram que…

— Quieta! Eu sei perfeitamente que sou o espermatozoide do meu pai, mas não precisa ficar me falando… 

Estremeci ao imaginar meus pais tendo esse momento tão íntimo. E é mais desconfortável imaginar o momento em que eu estava sendo feita. Susana, para de pensar nessas coisas, não tem nada de errado nisso é natural na vida de um ser humano se reproduzindo. 

Murta, obviamente, não ficou quieta, continuou a falar o que pedi para ela ficar quieta, agora dizendo já viu meu pai tomando banho no banheiro dos monitores… Essa fantasma é uma tarada. Pervertida do caramba. Será que ela não se toca que está falando isso para filha do cara que segundo ela tem a bunda mais bonita? Pois é exatamente isso que ela está comentando.

Agachei-me para pegar o potinho, só contando até dez mentalmente, antes de falar o tanto de xingamentos que quero dizer para essa pervertida.

No momento que virei o pote, que caiu bem em cima do ralo, veio junto um pouco de cabelo, mas o que me chamou atenção era o que tinha junto. É nojento, porém, era também curioso porque parecia ser resto de poção.

— Está olhando o que? — Mais uma vez naquela noite me assustei com ela, soltei um grito e levantei em um salto. — Sério mesmo que se assustou de novo?

— Ninguém manda você aparecer assim do nada — rebato irritada. 

Murta chacoalhou os ombros como se não se importasse. Ela tem mesmo é muita sorte de ser uma fantasma se não quem iria chacoalhar ela seria eu. 

— Tava falando disso? — ela perguntou apontando para o que estava vendo perto do ralo antes dela me assustar. 

— É, sabe quem fez isso? 

— Eu nunca o vi por aqui — respondeu Murta com seu tom de voz choroso.

— Então realmente veio alguém aqui? 

— Sim, é um homem, mas não o conheço. Nunca o vi e ele sempre me manda embora, me ameaça.

Senti como se uma luz se acendesse no meu cérebro, olhei melhor para o resto da poção e percebi alguns fios de cabelo.

— Você está me dizendo que isso aqui é resto de poção polissuco?

— Até que você não é burrinha — ela riu, praticamente me respondendo que sim é resto de poção polissuco. — Acharia estranho você ser devagar já que seu papai não era nada burro.

— Como era o homem que veio aqui? Você o via se transformando em outra pessoa? — mudei o mais rápido de assunto.

— Das vezes que ele vinha aqui ele entrava de uma forma e saia de outra. 

— E você diz isso naturalmente? — indaguei espantada.

— E porque não deveria?

— Hm… vamos pensar — ironizei. — Por que tem um impostor em Hogwarts?

— Impostor?! — repetiu ela espantada. 

— Amigo que não é… — revirei com os olhos. — Agora a pergunta é saber quem está mudando de aparência. Quem?

A ideia de que poderia se ter alguém disfarçado andando entre esses corredores me consumiu por vários dias. Até comentei com meus amigos sobre o que tinha visto, e assim como eu, se assustaram e também começaram a ligar isso com a inscrição de Harry no torneio. Escrevi ao meu pai sobre o que tinha visto, precisei desabafar com alguém que sem dúvida teria respostas plausíveis. Sem contar que ele talvez não me chame de louca por suspeitar que é algum dos professores novos ou alunos, nesse caso Beauxbatons, Durmstrang e quase levei uma ovada dos meus próprios amigos quando coloquei o Professor Moody na lista de suspeitos. Isso foi um dos maiores motivos que me fez desabafar com meu pai. Ele iria me entender. Sei que iria. 

Conforme esses dias ia se passando junto ia se juntando os deveres e mais deveres, além disso com a poção, tinha também que pensar sobre como a Skeeter ouvia. Harry sugeriu que era por um tal de “grampos” o que me fez mexer no meu cabelo. Será que ela tinha colocado um prendedor de cabelo em mim? Mas aí ele explicou que o grampo que ele se referia eram minis microfones que dá pra escondê-los na roupa, e assim gravar o que a pessoa diz. Faz parte daqueles equipamentos estranhos de gravação que são usados pelos trouxas. Mesmo achando aquilo até que interessante, assim como Hermione, sabia que isso estava fora de cogitação até porque todo equipamento trouxa assim que entra no castelo é danificado pela quantidade enorme de magia no ar.

— Skeeter está usando magia para escutar conversas — disse Hermione me olhando que concordei em seguida.

— É algo ilegal, aah, se for eu pegar ela… 

Outro detalhe que não aconteceu durante esses dias foi a resposta de Percy pela carta que Rony lhe enviou. 

Edwiges só voltou no fim das férias da Páscoa. A carta de Percy veio acompanhada de um pacote de ovos de Páscoa enviados pela Sra. Weasley. Também recebi o meu mandado por Andrômeda que como sempre caprichou no ovo. Assim como os de Harry e Rony, o meu também era do tamanho de ovo de dragão, só que os deles eram cheios de caramelos caseiros já o meu eram bombons com crocantes também caseiros. Meu padrinho também me mandou um só que menor, mas ao quebrar o ovo saia uma quantidade grande de chocolate cremoso. Ele me mandou o meu favorito. O de Hermione, porém, era menor do que um ovo de galinha. Me senti mal pela minha amiga, então para animá-la, dei uma boa parte dos meus bombons para ela, dando a desculpa que não ia aguentar tudo, pois a Andrômeda exagerou dessa vez. O que de alguma forma não era mentira.

— Por acaso sua mãe lê o Semanário das Bruxas, Rony? — perguntou Hermione de repente. 

— Lê — disse Rony, que tinha a boca cheia de caramelos. — Tem assinatura por causa das receitas de comida.

— Por que não lemos a carta do Percy? — sugeri enquanto quebrava alguns pedaços do ovo que ganhei do meu padrinho. — Não se que isso seja a melhor forma de se animar.

Sorri ao ver Hermione rindo.

Harry foi quem leu a carta que era curta e irritada.

"Conforme canso de dizer ao Profeta Diário, o Sr. Crouch está tirando um merecido descanso. Ele me manda, regularmente, corujas trazendo instruções. Não, na realidade não o tenho visto, mas acho que podem acreditar que conheço a caligrafia do meu superior. Tenho muito que fazer no momento, sem precisar estar desmentindo esses boatos ridículos. Por favor, não me incomodem mais a não ser que seja para alguma coisa importante. Feliz Páscoa."

 

...

 

Finalmente se inicia o trimestre do verão, ou nem tanto, digo isso pelo Harry que voltava a se preocupar pela terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo que era para ele estar se preparando, mas ele ainda não sabia qual ia ser. Só foi na última semana de maio, a Profª McGonagall o reteve depois da aula de Transfiguração. Informando que hoje às oito horas ele irá se reunir com campeões perto do campo de quadribol.

Quando deu a hora informada pela professora, Harry abandonou Rony, Hermione e eu na sala comunal. Como era final de noite e não fazia ideia do que fazer a não ser dentro dessas paredes da torre. Aceitei jogar xadrez com Rony; Hermione escolheu ler algum livro dizendo que não gostava do jogo por achar muito bárbaro.

— Mentira. Você não gosta porque sabe que vai perder — debochou Rony. 

Eu comecei a rir quando as bochechas da minha amiga começaram a ficar vermelhas.  

— Mione e Harry são péssimos jogando — falou o ruivo balançando a cabeça fingindo indignação.  - Su é a única que está perto das minhas habilidades. 

— Será que não é porque você e ela foram criados por bruxos? — disse Hermione sarcástica. 

— E outra, Rony, não vai me subestimar — dizia com um sorriso confiante. — Já te dei um xeque, agora falta o xeque-mate.

Rony riu como se tivesse aceitado a “luta” e assim ficamos até o final da noite.

No meio tempo Taran, Bichenta e os Bo-Li-Nha’s apareceram para ficarem brincando na sala, e eu ri porque na segunda vez que Rony ia me ganhar apareceu os gatinhos já bem grandinhos e passaram por cima do tabuleiro — já que jogamos no chão —, bagunçando todas as peças.

— Xeque-Mate — falei rindo quando um dos gatinhos pegaram a rainha do Rony e saíram correndo com ele pela sala com meu amigo atrás.

— Não valeu! — gritou o ruivo irritado ainda correndo atrás dos gatinhos que davam um verdadeiro show.

Hermione e eu só riamos.

Harry voltou quando menos esperamos com novidades bombásticas.

— A coisa se resume no seguinte — disse Hermione esfregando a testa —, ou o Sr. Crouch atacou Vítor ou outra pessoa atacou os dois, quando Vítor não estava olhando.

— Deve ter sido o Crouch — disse Rony na mesma hora. — É por isso que ele já tinha desaparecido quando Harry e Dumbledore chegaram lá. Deu no pé. 

— Acho que não — disse Harry balançando a cabeça. — Ele parecia realmente fraco, acho que não tinha forças para desaparatar nem nada. 

— Ninguém pode desaparatar nas terras de Hogwarts, vocês sabem muito bem disso — digo. 

— OK… então que tal esta outra teoria — propõe Rony excitado: — Krum atacou Crouch, não, peraí, então se estuporou!

— E o Sr. Crouch se evaporou, não é mesmo? — disse Hermione com frieza.

— Ah, é…

O dia estava amanhecendo. Harry, Rony, Hermione e eu decidimos ir bem cedo ao corujal para despachar um bilhete ao meu pai. Narrando o que Harry presenciou com o Crouch aparecendo. Enquanto eles ficavam na janela observando as corujas desaparecerem, eu encostei as costas em uma das paredes livres para isso e soltei um longo bocejo. Minha cara deveria estar péssima, sentia meus olhos pesarem, querendo se fechar por conta do sono e sem contar a cara amassada e mais pálida do que já sou. Isso tudo porque ficamos até tarde conversando sobre o Sr. Crouch que deu uma de louco.

Assim como Harry, eu também estava cansada de falar sobre o Crouch, mas Hermione quis voltar com o assunto e mais uma vez Harry teve que narrar o que aconteceu com ele, Crouch e o Krum que foi atacado. O que realmente aconteceu? Simples, Krum tinha chamado Harry para conversar sobre a Hermione, perguntou se era verdade aqueles boatos deles dois namorando. Nesse momento já ria, pois o Krum fazendo essa pergunta significava que ele realmente tinha interesse na minha amiga. Voltando. Eles foram conversar perto da floresta proibida o que achei burrada da parte de Harry, não que não confie em Krum, mas ir aquela hora para a floresta é muita burrice, não? 

Crouch apareceu em seguida, dizendo algumas coisas sem sentido ao Harry, e como o mesmo disse estava desequilibrado dizia coisas sem sentido. Falava sobre Voldemort, sobre Berta Jorkins (não falo de cara, mas Harry imaginou que tenha sido dela) e pedia toda hora para falar com Dumbledore, que precisava falar com o diretor. Então Harry fez o que foi pedido, deixou Krum com Crouch para ir procurar o diretor. Só que não adiantou muito porque Snape apareceu no caminho e atrapalhou tudo. Quando finalmente Harry voltou com Dumbledore, encontraram Krum inconsciente, só que nada de Crouch. E mais uma vez Moody apareceu. 

Fechei meus olhos por um momento para tentar me concentrar, mas era impossível. Meus olhos pesados por causa do sono, rosto amassado e inchado, estava caindo de sono. Tudo isso porque ficamos conversando até mais tarde sobre o Senhor Crouch. Tudo bem que era para mandar a carta o mais rápido ao meu pai, mas precisava mesmo acordar tão cedo assim para despachar a carta?

— Se ao menos ele tivesse levado o mapa — falou Harry do nada — daria pra gente saber quem foi.

— Não adiantaria de nada ele levar o mapa — respondi.

— Por quê?

— Porque o mapa só mostra o que tem dentro dos arredores de Hogwarts e não o que tem fora.

Senti os olhares de todos e revirei os olhos.

— Meu padrinho me explicou tudo sobre o mapa do maroto nas férias — expliquei. — Disse o que o mapa faz e o que não faz, o que mostra e o que não mostra com mais detalhes do que aqueles que ouvimos na casa dos gritos. — Soltei um suspiro e olhei Harry. — Então não adiantaria nada ele levar o mapa.

Só que naquele momento me surgiu uma outra coisa que o mapa poderia mostrar.

— Entretanto o mapa poderia mostrar muito bem quem estava voltando com vocês assim que entrasse nos arredores de Hogwarts. 

— Su, você, está denovo com essa ideia do Moody ser um impostor? — indagou Rony.

— O que acha? Assim eu poderia esfregar na cara de vocês que tenho razão.

— Moody não pode ser um impostor, Susana — diz Hermione.

— Por quê?

— Porque se fosse Dumbledore saberia, não? 

— Ou não....

— Talvez o impostor seja justamente o Crouch… Não era ele que vocês viram nas masmorras?

— Sim, Hermione, mas então se é o Crouch ele está se passando por alguém e justamente, nessas três vezes quem apareceu logo em seguida foi o Moody — rebati irritada, infelizmente, acabei sendo estúpida no tom de voz com eles. — E ele apareceu de novo nesse problema que atacaram o Krum. Crouch some e quem aparece? Moody.

Eles não estavam me levando a sério e isso me irritava muito.

— Tudo bem — desencostei da parede e cocei os olhos por conta do sono. — Não vou discutir de novo com vocês por causa disso. Mas saibam que quando descobrirmos que o nosso professor de Defesa contra as Artes das Trevas pode ser tanto o sr. Crouch como um seguidor de Voldemort. Vou esfregar isso na cara de vocês que tinha razão.

Realmente, não queria discutir com eles. Só que é muito chato quando os seus três melhores amigos não te levam a sério. Essa não é primeira vez que eles fazem isso, quando disse sobre o Crouch nas masmorras acharam que estava viajando, e viram que tinha razão quando o Harry disse que viu o mesmo. Agora que estou falando sobre minhas suspeitas com o Moody estão de novo achando que estou levitando por aí. Odeio quando duvidam de mim. Odeio!

— Susana, não é que te levamos a sério — disse Hermione tentando me consolar —, mas é que não faz sentido suspeitar tanto do professor Moody. Pode sim ter alguém aqui usando a poção polissuco, mas você mesma disse que essa pessoa pode ser o Crouch, que talvez esteja infiltrado em Hogwarts. Porém, isso não significa que seja o Moody. Pode ser até mesmo um aluno, pode ser qualquer um.

— Snuffles também disse que pode ser qualquer um de Hogwarts — falou Harry.

— É, mas ele também não tirou o Moody da lista — disse ao me lembrar da resposta do meu pai. Dói pensar nisso, mas consegui ver pela carta que nem mesmo o meu proprio pai me levou tanto a sério que o Moody é o impostor. — Vou embora…

Não queria mais falar sobre aquilo e fui sair do corujal sem olhar para frente, só que bem naquele momento trombei com alguém bem na descida. 

— Opa! 

A pessoa me segurou antes de eu cair.

— Fred?!

— Hei, Susana! 

— Jorge… — O outro gêmeo apenas me acenou já que não foi ele que trombou comigo. — Fred, desculpe, não tinha te visto. 

— Ah, tranquilo, também não te vi — ele sorriu depois que se ajustou nas escadas já que quase fiz ele escorregar. 

— O que estão… — ia perguntar o motivo deles estarem aqui, mas aí vi a carta na mão de Fred e logo saquei do que era. — Vão mandar de novo para ele?

— Mais ou menos — respondeu Jorge olhando de relance o irmão —, segundo o Fred vamos ter que jogar de outra forma.

— Tentamos ser gentis — rebateu Fred, rolando os olhos —, está na hora de jogar sujo com o cara. Susana, deve concordar, não? 

— Mas o que vocês colocaram?

Fred me mostrou e li o mais rápido.

— Isso não é chantagem?

— Viu, eu falei — Jorge olhou Fred aborrecido depois do que disse. — Se for mesmo colocar isto por escrito, será chantagem!

— É, mas você não ia reclamar se conseguíssemos um bom pagamento por isso, ia? 

— Se não tem outro jeito — disse devolvendo a carta para Fred. — Jorge, se ele quer jogar sujo, então… Até porque foi ele que começou e vocês precisam da grana.

— Quem é que vocês estão chantageando? — perguntou uma voz conhecida atrás de mim.

Olhamos para trás e era Rony que colocou a cabeça para fora do corujal.

Fred e Jorge me olharam como se: eles estavam aqui?

— Viemos despachar uma carta também — expliquei aos dois.

Entramos no corujal; Hermione e Harry olharam surpresos para os gêmeos. 

— Então quem vocês estão chantageando? — insistiu Rony.

— Não seja idiota, eu só estava brincando — disse Jorge à vontade.

— Não parecia — insistiu Rony. — Su?

Merda! Sobrou para mim. 

Só que antes de ficar pior Fred disse abruptamente:

— Já lhe avisamos antes, Rony, não meta o nariz se gosta do feitio que ele tem. Não vejo por que você iria se meter, mas…

— Mas é da minha conta se vocês estiverem chantageando alguém. Jorge tem razão, vocês poderiam acabar numa baita enrascada. Você também, Susana já que deve saber do que se trata.

— Já lhe disse, eu estava brincando — disse Jorge. Ele foi até Fred, tirou a carta das mãos do irmão e começou a prendê-la à perna da coruja mais próxima. — E a Susana não tem nada haver com isso. Ela sabe que é brincadeira, não é?

— Claro — respondi sem enrolar e de forma natural, mas isso não significou que fiquei com a consciência limpa por mentir para os meus amigos. — É uma brincadeira, Rony. Só foram suposições e nada de mais. 

— Você está começando a falar como o nosso querido irmão mais velho, sabe, Rony. Continue assim e vai acabar como monitor-chefe.

— Não, não vou, não! — protestou Rony indignado para Jorge.

Jorge levou a coruja até a janela e deixou-a levantar voo.

Ele se virou e sorriu para Rony.

— Bem, então pare de dizer às pessoas o que fazer. Até mais tarde.

— Falamos com você depois — me disse Fred antes de acompanhar o irmão.

— OK. Até… 

— Susana… pode falando… — murmurou Rony. 

— Não. É assunto deles, Rony — respondi. — Desculpe, mas assim como não conto nada que é respeito a vocês. Também não vou contar o que diz respeito a eles dois… Desculpe.

Virei para sair do corujal já que minha barriga começou a dar sinal de fome e lembrei que ainda não tomei café da manhã. 

— Mais uma vez desculpe e espero que me entendam. Vou tomar café… vocês não?

Achei que eles iam me seguir, mas não aconteceu isso, o que me magoou bastante. 

O nível de desinteresse comigo é tanto assim?

Eles sabem o quanto sou fiel a eles três e aos meus amigos, a todos que são importantes. Fred e Jorge são um dos meus melhores amigos, e por mais que confie em Rony, Harry e Hermione, e que infelizmente esteja mentindo para eles, é por causa dos gêmeos que botaram a confiança deles em mim sobre a carta que iam mandar. Assim como guardo os segredos dos três e não conto para ninguém, vou fazer o mesmo com Fred e Jorge. 

— Não sou traíra…


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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