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História A Herdeira dos Black II - A Copa Mundial de Quadribol - part.I


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 6 - A Copa Mundial de Quadribol - part.I


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - A Copa Mundial de Quadribol - part.I

Tive uma leve impressão de que mal me deitei e já fui acordado pela Sra. Weasley.

— Hora de levantar-se, Susana, querida — sussurrou ela, se afastando, acho que para acordar Hermione e Gina.

Não conseguia abrir direito os olhos, a imagem que vi da Sra. Weasley, foi uma imagem borrada, mas logo voltei a fechar e colocar a colcha na cara. Ouvi o resmungo de Gina vindo da cama dela.

— Meninas, não demorem! — disse a Sra. Weasley e em seguida ouvi a porta bater.

Enrolei bastante na cama, mas foi impossível ficar mais do que queria, pois Hermione ficou me chamando para se arrumar e me arrumei de mal agrado. Por mais que queira ir assistir a Copa, eu não entendo por que temos que acordar tão cedo assim. E pelo que parece, lá fora ainda é bem de manhãzinha. Céu escuro e nublado.

Ao fazer minha higiene matinal, coloquei minha roupa: calça jeans, uma regata branca e calcei meu tênis. Tirei da minha mala minha blusa que é bem quentinha e confortável. Nem fiz maquiagem nenhuma, além de que eu não iria conseguir, já que não consigo deixar meus olhos abertos e por causa da Sra. Weasley apareceu apressando a gente para ir tomar café. Por sorte ontem mesmo já tinha deixado minha mochila pronta com algumas coisas, então só coloquei no ombro e desci as escadas com muito cuidado. Hermione e Gina iam à frente.

A cada segundo eu bocejava, meu intervalo era bem curto, eu estava morta de sono.

Chegando na cozinha ouvia apenas as vozes vindo de lá. Sem dizer uma só palavra me sentei em uma cadeira.

— Por que temos que levantar tão cedo? — perguntou Gina, esfregando os olhos e se sentando a mesa.

— Temos que andar um bom pedaço — respondeu o Sr. Weasley.

— Andar? — espantou-se Harry. — O quê, vamos a pé para a Copa Mundial?

— Não, não, a Copa vai ser a quilômetros daqui — disse o Sr. Weasley, sorrindo. — Só precisamos andar um pedacinho. É que é muito difícil um grande número de bruxos se reunirem sem chamar a atenção dos trouxas. Temos que tomar muito cuidado com o modo de viajar até em tempos normais e numa ocasião grandiosa como a Copa Mundial de Quadribol...

— Jorge! — chamou a Sra. Weasley rispidamente e todos, inclusive eu, se assustaram.

Quase tinha me engasgado com o mingau de aveia.

— Quê? — perguntou Jorge, num tom de inocência que não enganou ninguém.

— Que é isso no seu bolso?

— Nada!

— Não minta para mim!

A Sra. Weasley apontou a varinha para o bolso de Jorge e disse:

Accio!

Vários objetos pequenos e vivamente coloridos dispararam para fora do bolso de Jorge; ele tentou segurá-los, mas não conseguiu e eles foram parar direto na mão estendida da Sra. Weasley.

— Mandamos vocês destruírem isso! — disse ela, furiosa, mostrando indiscutíveis Caramelos Incha-Língua. — Mandamos vocês se desfazerem de todos. Esvaziem os bolsos, vamos, os dois!

Nem fiquei surpresa quando vi uma quantidade grande de caramelos saindo dos bolsos. Eu imaginava que eles queriam tentar contrabandear o maior número possível de caramelos do lado de casa. Só que parece que não deu muito certo, já que a Sra. Weasley com um Feitiço Convocatório pode encontrar todos.

— Gastamos seis meses para inventar esses caramelos — gritou Fred para a mãe, quando ela os jogou no lixo.

— Que bela maneira de gastar seis meses! — guinchou a mãe. — Não admira que não tivesse obtido mais N.O.M’s!

Confesso que fiquei com pena dos gêmeos, não aprovei essa atitude da Sra. Weasley com os caramelos, ela jogou todos no lixo. Não é preciso fazer isso.

No todo, o clima não estava muito simpático quando decidimos partir. A Sra. Weasley parecia estar ainda enfurecida, mas acho que não tanto quanto os gêmeos, que tinham posto as mochilas às costas e saído sem dizer uma palavra à mãe.

— Bom, divirtam-se — desejou a Sra. Weasley — e se comportem — gritou para os gêmeos que se afastavam, mas eles não se viraram e nem responderam. — Vou mandar Gui, Carlinhos e Percy por volta do meio-dia — avisou a Sra. Weasley ao Sr. Weasley quando começamos a atravessar o gramado escuro atrás de Fred e Jorge.

Fazia frio e a lua ainda estava no céu. Apenas um esverdeado-claro no horizonte, à direita deles, denunciava que em breve amanheceria. Caminhava devagar ao lado de Hermione e Gina, olhando apenas para frente e sem falar nada, nem conseguia andar mais rápido para tentar falar com os gêmeos. No momento eu estava muito cansada, mal conseguia andar direito. Diferente de Harry que ficou conversando com o Sr. Weasley.

Caminhamos por um bom tempo. Estava ofegante e com frio, meu rosto estava gelado e andava bem encolhida. Sorte que essa minha blusa é bem quente.

O pior dessa caminhada foi subir o morro Stoatshead, sempre tropeçava ocasionalmente em tocas de coelhos escondidas, escorregava em grossos tufos de grama escura. Isso estava sendo um pesadelo, mas graças a Merlin a subida tinha acabado.

Hermione e eu fomos as últimas a aparecer na crista do morro, apertando uma cãibra do lado do corpo.

— Agora só precisamos da Chave do Portal — disse o Sr. Weasley repondo os óculos e apurando a vista para esquadrinhar o terreno.

Olhei em volta para achar a Chave do Portal, mas não encontrei nada parecido, ainda estava tudo um tanto que nublado e não dava para ver muita coisa.

Ficamos procurando a chave por poucos minutos, quando um cortou o ar parado.

— Aqui, Arthur! Aqui, filho, achamos!

Dois vultos altos surgiram recortados contra o céu estrelado, do outro lado o cume do morro.

— Amos! — exclamou o Sr. Weasley, encaminhando-se sorridente para o homem que gritara. Nós o acompanhamos.

O Sr. Weasley apertou a mão de um bruxo de rosto corado, com uma barba castanha e curta, que segurava em uma das mãos uma bota velha de aparência mofada.

Só que o que me chamou atenção foi a pessoa que estava ao lado desse senhor. Quando nos encontramos, ele sorriu e eu retribui um pouco sem jeito. Pela primeira vez consegui ficar sem graça na frente de alguém.

— Este é Amos Diggory, pessoal — apresentou-o o Sr. Weasley. — Trabalha no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. E acho que vocês conhecem o filho dele, Cedrico?

Só quando o Sr. Weasley mencionou o dele, que desviamos os nossos olharem e Cedrico apertou a mão do Sr. Weasley que estava esticada.

— Vai me contar tudo depois — ouvi alguém sussurrar no meu ouvido, olhei assustada para o lado e esse alguém era Hermione com um sorriso danado.

— Vou claro, não tenho nada para contar mesmo — digo.

— Aha, sei... — E nós olhamos por uns minutos e rimos em seguida.

— Depois eu conto — murmurei no ouvido dela que apenas assentiu.

— Uma longa caminhada, Arthur? — perguntou o pai de Cedrico.

— Não foi tão ruim assim — respondeu o Sr. Weasley. — Moramos logo ali do outro lado do povoado. E você?

— Tivemos que nos levantar as duas, não foi, Ced? Confesso que vou ficar satisfeito quando ele passar no exame de aparatação. Mas... Não estou me queixando... A Copa Mundial de Quadribol, eu não a perderia nem por um saco de galeões, e é mais ou menos quanto custam as entradas. Mas, pelo visto, parece que me saiu barato... — Amos Diggory mirou bem-humorado para os Weasley, Harry, Hermione e eu. — São todos seus, Arthur?

— Ah, não, só os ruivos — esclareceu o Sr. Weasley apontando os filhos. — Está são Hermione e Susana, amigas do Rony, e Harry, outro amigo...

— Pelas barbas de Merlin! — exclamou Amos Diggory arregalando os olhos. — Harry? Harry Potter?

— Hum... É — respondeu Harry.

Harry já deveria estar habituado às pessoas o olharem curiosas quando o conheciam, além de olhar diretamente na cicatriz em forma de raio na testa.

— Ced nos falou de você, naturalmente — disse Amos Diggory. — Nos contou tudo sobre a partida que jogaram com vocês no ano passado... Eu disse a ele: Ced, isso vai ser uma história para contar aos seus netos, ah, vai... Você derrotou Harry Potter!

Na mesma hora fechei a cara para o Sr. Diggory. Não gostei nenhum pouco do que ele disse, aquilo que aconteceu no jogo foi um acidente por culpa dos Dementadores.

— Harry caiu da vassoura, papai! — murmurou Cedrico. — Contei a você... Foi um acidente...

— É, mas você não caiu, não é mesmo? — rugiu o pai de Cedrico jovialmente, dando uma palmada nas costas do filho. — Sempre modesto, o nosso Ced, sempre cavalheiro... Mas venceu o melhor, tenho certeza de que Harry diria o mesmo, não é? Um cai da vassoura, um continua montado, não é preciso ser gênio para saber quem voa melhor!
            — Deve estar quase na hora! — disse o Sr. Weasley depressa, puxando o relógio do bolso. — Você sabe se temos que esperar mais alguém?

— Não, os Lovegood já estão lá há uma semana e os Fawcett não conseguiram entradas — disse o Sr. Digorry. — Não tem mais gente nossa na área?

— Não que eu saiba. Só falta um minuto... É melhor nos prepararmos...

Fomos até em volta da bota velha e disse ao Harry e Hermione, que não sabiam o que fazer.

— Vocês só precisam tocar na Chave do Portal, só isso, basta um dedo.

Eles assentiram e tocaram a bota com um dedo. Fiz o mesmo que eles, ficou um pouco apertado, por causa das volumosas mochilas, mesmo assim conseguimos dar um jeito.

Cedrico estava bem de frente comigo, eu conseguia desviar, mas ele não desviou uma vez se quer o olhar de mim.

Minha atenção foi para a voz de Sr. Weasley, contando os segundos e quando chegou no um, meus pés deixaram o chão e ficamos rodopiando por um tempo. Meus pés conseguiram bater no chão, mas acabei dando um encontrão no Harry, fazendo nós dois cair; a Chave do Portal despencou no chão do lado da minha cabeça como um baque forte.

Ergui os olhos. O Sr. Weasley, o Sr. Diggory e Cedrico continuavam parados.

— O sete e cinco chegando do morro Stoatshead — anunciou uma voz.

Me aprontei para levantar-se, mas antes disso vi uma mão esticada e logo o dono da mão disse:

— Quer uma ajuda? — Olhei para o dono e vi que se tratava de Cedrico, sorrindo e ainda com a mão esticada.

— Claro — digo aceitando a ajuda.

— Coincidência — diz Cedrico me vendo tirar o pó da minha calça —, não acha?

— Muita — concordei. — Achava que ia ver você de novo só em Hogwarts.

— Eu quem diga, mas confesso que adorei te ver antes das aulas começarem — ele deu um sorriso de lado e não tirou uma vez os olhos de mim.

Vi-o levando a mão dele até meu rosto e com o polegar, encostou na minha bochecha e fez um gesto parecendo tirar algo.

— Tinha um pedacinho de grama molhada no seu rosto — disse ele afastando a mão.

— Obrigada...

— Susana! — chamou o Sr. Weasley do nada. — Venha, vamos entrar.

Assenti rapidamente e me virei para Cedrico.

— A gente se vê depois?

— Claro.

Afastei-me dele, indo de encontro com o meu pessoal; Hermione continuava com aquele sorriso danadinho e Gina me olhava curioso. O que me fez chacoalhar os ombros. E isso foi também para Rony que me olhar de cara fechada.

Passando por um cara usando roupas estranhas de trouxas, fomos caminhar por uns vinte minutos até onde iríamos ficar. No caminho já conseguia avistar casinhas de pedra ao lado de um portão. Mais além, pôde ver centenas de barracas, montadas na ondulação suave de um grande campo, no rumo de uma floresta escura no horizonte. Nós despedimos dos Diggory e nos aproximamos da casa.

Havia um homem parado à porta, contemplando as barracas. Soube na hora que era trouxa.

O trouxa virou a cabeça quando o Sr. Weasley disse animado:

— Bom dia!

— Bom dia! — disse o trouxa.

            — O senhor seria o Sr. Roberts?

— É, séria — respondeu o Sr. Roberts. — E quem é o senhor?

— Weasley, duas barracas reservadas há uns dois dias?

— Certo — confirmou o trouxa, consultando uma lista pregada à porta. — O lugar é lá perto da floresta. Só uma noite?

— Isso — respondeu o Sr. Weasley.

Depois de alguns minutos, o Sr. Weasley pagou o trouxa, que teve que ter a memória apagada, conseguimos ir até a nossa barraca.

Avançamos lentamente pelo campo entre longas fileiras de barracas.

Alcançando a orla da floresta no alto do campo, havia uma área livre com um pequeno letreiro enfiado no chão em que se lia “Weezly”.

— Não podíamos ter ganhado um lugar melhor — exclamou o Sr. Weasley feliz. — O campo preparado para as partidas é logo do outro lado da floresta, estamos o mais perto que poderíamos estar. — Ele descarregou a mochila dos ombros. — Certo — disse excitado — rigorosamente falando, nada de mágicas, não quando estamos no mundo dos trouxas em tão grande número. Vamos armar as barracas à mão! Não deve ser muito difícil... Os trouxas fazem isso o tempo todo... Tome, Harry, por onde você acha que devo começar?

Harry e Hermione foram os que mais ajudaram, eu não fazia a mínima ideia do que fazer e sempre perguntava como é que os trouxas vivem sem magia. Tudo parece ser tão complicado. E o Sr. Weasley parecia estar super animado para montar a barraca. Quando finalmente conseguiram erguer duas barracas, o Sr. Weasley foi primeiro a entrar e depois Fred, Jorge, Gina, Rony, Hermione e por fim foi Harry, comigo indo logo atrás. Mas eu logo parei na entrada por causa do Harry olhando a barraca de boca aberta.

— Eu adoro magia — diz ele com um sorriso no rosto.

— E quem não gosta? — digo rindo.

A barraca era bem grande e tinha bastante espaço, claro que iria realmente ficar um pouco apertado quando Gui, Carlinhos e Percy chegassem.

— Vamos precisar de água... — falou o Sr. Weasley após espiar dentro da chaleira.

— Tem uma torneira assinalada no mapa que o trouxa nos deu — disse Rony. — Fica do outro lado do campo.

— Bom, então por que você, Harry, Susana e Hermione não vão apanhar um pouco de água... — e entregou para gente a chaleira e três caçarolas —... E nós vamos apanhar lenha para fazer uma fogueira.

— Mas temos um forno — lembrou Rony — por que não podemos...?

— Rony, esqueceu, segurança anti trouxas! — digo ao deixar minha mochila em uma poltrona vazia.

— Exato — disse o Sr. Weasley, e pude ver o rosto brilhando de expectativa. — Quando os trouxas de verdade acampam, eles cozinham em fogueiras ao ar livre, já os vi fazendo isso!

Depois de uma rápida visita à barraca que Hermione, Gina e eu iríamos ficar, que era ligeiramente menor do que a dos homens, fomos andando pelo acampamento até a tal torneira.

Agora, com o sol de fora e a névoa se dissipando, pude ver a cidade de lona que se estendia para todas as direções. Caminhamos lentamente entre as fileiras de barracas, espiando tudo. Mesmo ainda estando cedo, havia vários bruxos e bruxas do lado de fora das barracas, além de crianças voando com suas vassouras de brinquedos. Tudo estava ótimo, até a gente entrar em um lugar bem chamativo.

— Hum... São os meus olhos ou tudo ficou verde? — perguntou Rony.

— Não, não são seus olhos, tudo está verde mesmo — digo ao ruivo que estava ao meu lado.

Entramos em uma área que as barracas estavam todas cobertas por uma camada de trevos, dando a impressão de que morros de formas estranhas haviam brotado da terra. Via-se rostos sorridentes nas barracas com a aba da entrada erguida. Então, às costas, ouvimos alguém gritar nossos nomes.

— Harry! Rony! Susana! Hermione!

Ao olhar para onde vinha a voz, encontrei Simas e Dino, ambos sentados diante de uma barraca coberta de trevos, em companhia de uma mulher de cabelos louro-claros que imaginei ser a mãe de Simas.

— Gostaram da decoração? — perguntou Simas, sorrindo, quando nos aproximamos para cumprimentá-los. — O Ministério não está nada feliz.

— E por que não deveríamos mostrar nossas cores? — perguntou a Sra. Finnigan. — Vocês deviam ver o que os búlgaros penduraram nas barracas deles.

— Vocês vão torcer pela Irlanda, naturalmente? — acrescentou ela fixando a Harry, Rony, Hermione e eu com insistência.

Depois de conseguirmos tranquilizar a mãe de Simas, decidimos seguir caminho, embora Rony tivesse comentado:

— Como se a gente fosse dizer que não ia, com aquela turma em volta.

— Que será que os búlgaros penduraram nas barracas? — indagou Hermione.

— Que tal a gente dar uma olhada? — sugeri.

Eles toparam e fomos para uma grande área de barracas, onde a bandeira de Bulgária, vermelha, verde e branca, tremulava a brisa.

As barracas não estavam enfeitadas com plantas, mas cada uma exibia o mesmo pôster, um pôster com um rosto muito carrancudo com grossas sobrancelhas pretas. O que não me pareceu desconhecido.

— Krum — disse Rony em voz baixa.

— Quê? — perguntou Hermione.

— Vítor Krum? — perguntei olhando Rony.

— Sim é ele — respondeu Rony. — Vítor Krum, o apanhador búlgaro!

— Ele parece bem rabugento — comentou Hermione, olhando os muitos Krum que piscavam e franziu a testa para a gente.

— Você não é a única que acha isso — digo.

— Bem rabugento? — Rony olhou para o céu. — Quem se importa com a cara dele? Ele é incrível! E é bem moço, também. Tem uns dezoito anos, por aí. É um gênio, espere até ver hoje à noite.

Havia uma pequena fila à torneira no canto do acampamento. Harry e Rony entraram logo atrás de dois homens que discutiam acaloradamente. Um bruxo muito velho que usava uma longa camisola florida, ou pelo menos era o que eu achava. O outro era visivelmente um bruxo do Ministério, este segurava calças listradas e quase chorava de exasperação.

— Vista as calças, Arquibaldo, seja bonzinho, você não pode andar por aí vestido assim, o trouxa no portão já está ficando desconfiado...

— Comprei isso numa loja de trouxas — defendeu-se o velho bruxo, teimando. — Os trouxas usam isso.

— Mulheres trouxas usam isso, Arqui, não os homens, eles usam isto aqui — disse o bruxo do Ministério mostrando as calças listradas.

— Não vou vestir isso — retrucou o velho indignado. — Gosto de sentir uma brisa saudável nas minhas partes, obrigado.

Hermione e eu fomos tomadas por um acesso de risos, nessa hora, que precisamos sair da fila.

Caminhando mais devagar agora, por causa do peso da água, tornamos a atravessar o acampamento. Aqui e ali, via alguns rostos mais familiares; outros alunos de Hogwarts com as famílias.

Olívio Wood, o ex-capitão de Quadribol do time da Grifinória, arrastou Harry até a barraca dos pais para apresentá-lo, e lhe contou cheio de excitação que acabara de entrar para o time de reserva do Puddlemere United. Depois fomos saudados por um tal de Ernesto Macmillan, segundo Hermione, ele é um quartanista da Lufa-Lufa, e, mais adiante, vimos a tal de Cho Chang, a irritante que ficou atrás do Harry no último jogo que teve com a Corvinal. Vi ela acenando e sorrindo ao Harry, que derramou um bocado de água na roupa ao retribuir o aceno. Eu apenas ri, balançando a cabeça, já o Rony queria caçoar de Harry. Só que o ele foi mais rápido que Rony, apontou depressa para um enorme grupo de adolescentes que eu nunca vira antes.

— De onde você acha que eles são? — perguntou Harry. — Eles não frequentam Hogwarts, frequentam?

Olhando melhor esses adolescentes. Eles não tinham cara que frequentam a mesma escola que a gente.

— Devem frequentar alguma escola estrangeira — sugeriu Rony.

— Provavelmente, pois Hogwarts não é a única escola de magia que existe.

— Verdade, Su, você veio de uma escola estrangeira não é mesmo?

— Sim — respondeu Rony. — Vim de uma escola da França, Beauxbatons. — Fiz cara de nojo ao lembrar daquela escola nojentinha.

— Você é a única que conheço que estudou em outra escola — diz Rony. — Teve uma vez que Gui recebeu uma correspondência em uma escola no Brasil... Isto foi há anos... E ele quis ir para lá numa viagem de intercâmbio, mas mamãe e papai não tiveram dinheiro para bancar a viagem. A moça ficou toda ofendida quando ele disse que não ia e mandou para ele um chapéu enfeitiçado. As orelhas dele murcharam.

Harry e eu rimos.

— Acho melhor a gente continuar andando — disse Hermione. — Devem estar nos esperando a muito tempo.

Concordamos e voltamos ao nosso caminho.


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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