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História A Herdeira dos Black II - Ninguém manda no coração, Draco


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 60 - Ninguém manda no coração, Draco


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Ninguém manda no coração, Draco

— Demoraram — digo para Hermione e os garotos assim que se juntaram comigo na mesa da Grifinória. — Achei que esqueceram mesmo de mim.

— Nunca esqueceremos de você — falou Hermione se servindo de torradas e geleias. — É que você foi embora rápido demais.

— Paramos uns minutinhos para falar sobre o Fred e Jorge, aí quando olhamos você já tinha desaparecido — explicou Rony já com boca cheia.

— Combinamos de ir falar com o professor Moody depois da aula do Bins, você vem? — perguntou Harry.

Eu olhei os três por um momento e suspirei, talvez, tenha me precipitado muito em achar que tinha sido abandonada por eles. 

— Sim, eu vou com vocês — respondi.

Coloquei mais café na minha caneca para me manter bem acordada na aula de História da Magia. 

— Su, olha… hm… desculpe se fizemos você achar que não ligamos para você ou algo do tipo…

— Mione — fiz sinal para ela parar —, está tudo bem.

— Mas…

— Eu me precipitei muito e pensei o que não deveria, acho que é a TPM, sabe?

Ela riu e assentiu. Também ri quando vi Harry e Rony ficarem sem graça com o que disse.

— Meninos, não sei por que essas caras, já deveriam saber que as mulheres passam por problemas hormonais uma vez ao mês. 

— Sabemos disso.

— É, sabemos… não precisa falar disso abertamente.

História da Magia é um caso tão complicado que nem mesmo os cafés adiantaram de algo. Eu estava tão cansada que quando menos imaginei tirei uma boa soneca na aula do professor Binns, e o nível de sono era tanto entre nós quatro que Hermione não se importou quando apoiei minha cabeça nela e fechei os olhos, ela também apoiou a cabeça em mim só que ela manteve os olhos abertos. Hermione só me chamou quando a aula finalmente terminou. 

Saímos o mais rápido em direção à sala de Defesa contra as Artes das Trevas e encontramos o Prof. Moody de saída. Ele parecia tão cansado como nós. A pálpebra do seu olho normal estava caída, dando ao seu rosto uma aparência ainda mais torta do que a habitual.

— Prof. Moody? — chamou Harry, enquanto atravessamos o ajuntamento de alunos até o professor

— Olá, Potter — rosnou Moody. Seu olho mágico acompanhou uns alunos de primeiro ano que iam passando e que aceleraram o passo demonstrando nervosismo; depois o olho girou para a nuca dele e observou-os virar o canto, só então voltou a falar: — Entrem. 

Afastou-se, então, para nos deixar entrar em sua sala de aula vazia, entrou em seguida mancando, e fechou a porta. 

— O senhor o encontrou? — perguntou Harry sem preâmbulos. — O Sr. Crouch?

— Não — respondeu Moody. Ele foi até a escrivaninha, sentou-se, esticou a perna de pau com breve gemido e puxou um frasco de bolso. 

— O senhor usou o mapa?

— Naturalmente — disse o professor tomando um gole do frasco. — Fiz igualzinho a você, Potter. Convoquei o mapa do meu escritório para a Floresta. O homem não estava em lugar algum. 

Me apoiei em uma das carteiras, mas sem tirar um minuto os olhos do nosso professor, nesse caso sem tirar o olhos do frasco dele. 

— Então ele desaparatou? — perguntou Rony.

— Não se pode desaparatar nos terrenos da escola, Rony! — disse Hermione. — Não existem outras maneiras que ele poderia ter usado para desaparecer, existem, professor?

O olho mágico de Moody estremeceu ao pousar em Hermione.

— Você é outra que poderia pensar numa carreira de auror — disse ele à garota. — Sua cabeça funciona na direção certa, Granger.

Hermione corou.

— Bem, ele não estava invisível — falou Harry —, o mapa mostra pessoas invisíveis. Então ele deve ter deixado Hogwarts.

— Mas com as próprias pernas? — perguntou Hermione ansiosa. — Ou alguém o fez deixar?

— É, alguém poderia ter feito isso, montar o Crouch numa vassoura e levar ele embora, não poderia? — perguntou Rony depressa, olhando esperançoso para Moody, como se também quisesse ouvir que tinha talento para auror. 

— Não podemos excluir um sequestro — rosnou Moody.

— Também não podemos excluir que ele esteja se passando por outra pessoa — digo. 

Moody me olhou com o olho normal e o olho mágico que deu uma sensação pesada, mas não baixei o ombro e nada, mantive meu olhar firme no meu suposto professor falso. 

— Outra pessoa? — repetiu ele me olhando curioso. — O que exatamente está passando por sua cabeça, Black?

— Poção polissuco está aí para quem quiser se passar por outra pessoa.

Ele não me respondeu, mas senti sendo analisada por ele com o olho mágico.

— Ótima observação, Black — disse Moody. — A professora McGonagall tem razão quando diz que você é muito perspicaz.

Não disse nada.

— Acho que você também deveria pensar em se tornar uma auror futuramente. 

— Quem sabe — sorri brevemente —, talvez, eu siga o mesmo caminho que minha prima que se tornou auror esse ano.

Naquele momento foi como uma luz se acendendo na cabeça ao lembrar da minha prima.

— Inclusive, eu acho que o senhor deve conhecê-la, você foi o orientador dela. 

— Tive muitos pupilos, Black, mas acho que sei de quem está falando.

Ponto para mim! Ele deveria saber o nome da aluna favorita dele, mas o Alastor Moody que está na minha frente, não faz a mínima ideia quem seja. Isso é o mínimo para ter a certeza que o usuário da poção polissuco seja ele. 

— Entendo — disse mais uma vez com um sorriso forçado. 

O professor não me perguntou mais nada, apenas deu um grande bocejo, suas cicatrizes se esticaram e sua boca torta deixou entrever que lhe faltavam vários dentes.

Então disse:

— Agora, Dumbledore me contou que vocês quatro se imaginam investigadores, mas não há nada que possa fazer por Crouch. O Ministério vai procurá-lo agora, Dumbledore já mandou uma notificação. Potter, e você se concentre na terceira tarefa. 

Claro que ele ia mudar de assunto.

— Quê? — disse Harry. — Ah, sim…

— Deve ser bem a sua praia, essa — disse o professor, erguendo os olhos para Harry e coçando o queixo barbado e cheio de cicatrizes. — Pelo que Dumbledore me contou, você já conseguiu fazer coisas parecidas muitas vezes. Venceu uma série de obstáculos que guardavam a Pedra Filosofal no primeiro ano, não foi?

— Nós ajudamos — disse Rony depressa. — Mione e eu ajudamos. A Susana não ajudou porque ela só chegou ano passado, mas sei que ela também iria ajudar se estivesse com a gente desde o início. Não é?

— Claro, sempre irei ajudar.

Moody riu. 

— Bem, já que não pode ajudar com a Pedra Filosofal, Black, então ajude-o a treinar para esse e ficarei surpreso se ele não vencer. Nesse meio-tempo… vigilância constante, Potter. Vigilância constante. — Ele tomou mais um longo gole do frasco de bolso e seu olho mágico girou para a janela. Por ali via-se a vela principal de Durmstrang. — Vocês três — seu olho normal estava posto em Rony, Hermione e eu — fiquem colados no Potter, sim? Eu estou de olho nas coisas, mas assim mesmo… nunca há olhos demais para se vigiar. 

 

...

 

Meu pai devolveu a coruja que enviamos na manhã seguinte. Ela esvoaçou ao lado de Harry no mesmo instante em que uma outra coruja pousou diante de Hermione, trazendo um exemplar do Profeta Diário no bico. Ela apanhou o jornal, deu uma olhada nas primeiras páginas e disse:

— Ela não ouviu falar do Crouch! — comentou antes de se juntar aos garotos e eu para ler o que meu pai respondeu sobre os misteriosos acontecimentos da antevéspera.

 

"Harry — que brincadeira é essa de sair para a Floresta Proibida com Vítor Krum? 

Quero que você jure, na volta deste correio, que não vai sair andando com mais ninguém à noite. Há alguém perigoso em Hogwarts. Um impostor — como a Susana mesma disse sobre achar vestígios da Poção Polissuco. Para mim está muito claro que esse alguém queria impedir Crouch de ver Dumbledore e você provavelmente esteve a poucos passos dele no escuro. Poderia ter sido morto.

O seu nome não foi parar no Cálice de Fogo por acaso. Se alguém está tentando atacá-lo, essa é a última chance. Fique perto de Rony, Hermione e Susana, não saia da Grifinória tarde da noite e se prepare para a terceira tarefa. Pratique estuporamento e desarmamento. Algumas azarações viriam a calhar. Não há nada que você possa fazer por Crouch. Não se exponha e se cuide. Estarei esperando a carta em que me dará sua palavra de que não vai mais ultrapassar os limites da escola. 

Sirius."

 

— Quem é ele para me fazer sermão por ultrapassar os limites da escola? — disse Harry ligeiramente indignado enquanto dobrava a carta de meu pai e a guardava no bolso interno das vestes. — Depois de tudo que ele aprontou na escola!

— Ele está preocupado com você! — digo ríspida. 

Não me agradou nenhum pouco aquela carta, minha respiração era ofegante… Ele só está preocupado com Harry? Meu pai só está se preocupando com Harry? Sempre diz para ele se cuidar, mas nunca fala para que eu me cuide ou pergunte se eu estou bem.

— E o mesmo se aplica a Moody e Hagrid! — lembrou Hermione. — Por isso escute o que eles estão lhe dizendo!

— Ninguém nem tentou me atacar este ano — disse Harry. — Ninguém nem me fez absolutamente nada…

— Exceto colocarem o seu nome no Cálice de Fogo — rebati crispitamente. Bufei. — Por que não para de reclamar dos outros se preocuparem com você. 

— Susana, o que foi? — indagou Harry surpreso.

— Perdi a fome! — levantei bruscamente da mesa, soltei o talher que bateu com força no prato. — Agora você pode aproveitar melhor as preocupações do Snuffles.

Rony me olhava estupefato. 

Rolei os olhos e saí do salão principal ignorando alguns olhares em minha direção. 

É Harry aqui. 

É Harry não sei o que.

É só Harry que meu pai fala nas cartas.

Só existe o Harry na cabeça dele?

Todas as cartas são sempre ligadas só ao Harry. Em todas ele fala apenas para o Harry se cuidar, ou não sei o que, e nunca pergunta sobre mim. Eu… Droga! Droga, o que está acontecendo comigo? Não acredito que fiquei irritada por causa de uma simples carta. Não deveria ficar assim e nem deveria ter saído. Deveria ficar ao lado do Harry dando o apoio necessário.

— Merda! — exclamei batendo o pé com força no chão. — Aaah!

Sentei no banco de mármore que tinha no jardim.

— Qual é o seu problema, Susana? — disse para mim mesma. — Você está parecendo uma retardada por ficar com raiva de uma carta para o Harry. 

É o Harry.

Decidi me deitar no banco mesmo para olhar o céu nublado já que ainda era bem cedo. Por um momento até estava esquecendo que daqui a pouco teria aula, mas não estava me importando em matá-la. Fechei os para tentar controlar meus batimentos cardíacos. Admito que estava muito estressada esses dias mais do que o normal. Ontem já havia ficar nervosa com meus amigos, descontei o meu mau-humor neles, colocando os três como vilões da história e hoje acontecia o mesmo só que joguei tudo no meu melhor amigo, no meu irmão de coração, por causa de uma carta do meu pai que é o segundo pai de Harry, padrinho.

Suspirei. E antes de pensar em abrir os olhos algo tocou meus lábios.

Como um ato automático levantei o braço para afastar, mas não o fiz, apenas pousei a mão na nuca e me deixei aproveitar naquela boca conhecida. Eu sabia quem era e é por isso que me deixei levar, e quando toquei o cabelo tive mais certeza de quem se tratava. 

— Sabia que era você — sussurrei assim que abri os olhos e fiquei bem cara a cara com os olhos acinzentados de Draco Malfoy. Nossos lábios estavam roçando e ele apenas riu, e voltou a me beijar. 

— E se fosse outro? — ele pergunta depois que nos separamos de novo. — Se fosse o Longbottom?

Meu riso foi abafado por mais um beijo dele.

— Coitado do Neville — digo risonha, olhando nos olhos dele e acariciando as pontas do cabelo dele na nuca que eram tão sedoso —, e ele também não deve beijar dessa forma.

— É, pensando melhor, foi idiotice pensar no Longbottom que nem deve saber para que serve a boca além de falar — ele debochou. 

Me senti a pior pessoa naquele momento por ter rido do Draco disse, afinal, Neville era um dos meus amigos. Diferente de Simas e Dino, Neville estava na lista daqueles que considero amigo ou amiga.

Draco voltou a me beijar, mas dessa vez quis aprofundar mais e soltou um pouco do peso dele em mim, o que me arrepiou. É impossível desconhecer o beijo dele. Claro que eu sei bem quando é Draco Malfoy que está me beijando, pois é diferente e tão único. Todo aquele nervosismo que estava sentindo se foi. Meu coração continuava a bater forte, mas dessa vez não era por raiva, e sim pelo que sentia pelo Sonserino que me beijava agora.

Fomos nos separar quando o ar fez falta, e também quando minhas costas começaram a doer por estar a tanto tempo deitada naquele banco duro e desconfortável. Draco se sentou ao meu lado ele encostou a testa dele com a minha. Fechei os olhos para aproveitar um pouco aquilo, depois fui para curva de seu pescoço, escondi meu rosto lá e só fiquei aproveitando o momento ao mesmo tempo que inalava o perfume do mesmo. 

— Tudo bem com você? — perguntou Malfoy em voz baixa bem próxima do meu ouvido. — Percebi que saiu irritada do salão.

— Nem eu sei se estou bem — respondi, voltando a olhar ele e suspirando cansada. — É tanta coisa acontecendo na minha cabeça que nem sei mais. 

— Quais? Por exemplo.

Será que eu deveria lhe dizer sobre minhas suspeitas sobre Moody?

Se eu contasse ele ia acreditar em mim?

E deveria também dizer que sai irritada do salão porque o Harry recebeu uma carta do pai e eu supostamente fiquei com raiva?

Será que poderia confiar em Draco Malfoy a ponto de dizer tudo o que penso. Dizer todos os meus problemas, até mesmo os mais íntimos assim como faço com Hermione?

— Não é nada grave — disse após desistir em dizer algo sobre para ele. — Só estou com o humor mais afiado.

— Certeza? — ele levantou a sobrancelha deixando claro que não acreditou. — Parecia outra coisa no salão.

— É que eu acabei discutindo por uma besteira com o Harry, mas como disse nada grave. Deve ser a tpm… sabe?

Ele rolou os olhos.

— Vou fingir que acredito e quando você achar que devo saber do que trata, então, vou estar aqui para ouvir. 

O olhei apaixonada quando ele sorriu. 

— E você? — rebati tentando mudar de assunto. — Por que saiu? Daqui a pouco tem aula.

— Problemas e irritação também — ele respondeu, agora desviando o olhar de mim e olhando para um ponto qualquer. — Acho que eu estraguei uma amizade por besteira minha.

— Como assim?

— Tracy.

Meu peito se apertou e automaticamente afastei a minha mão que estava apoiada no braço de Draco, e também fazendo menção de me levantar e sair de lá. 

— O que tem ela? — indague nervosa. — Que tem a Davis?

Draco não me respondeu, suspirou e me olhou de forma pensativa o que me machucou, pois sabia que iria vir merda. 

— O que você fez?

— Lembra quando eu te disse que entre Tracy e eu não havia nada? 

Assenti.

— Tecnicamente não tinha nada, mas a minha intenção de ficar tão próximo dela era para ter algo com ela. Essa era minha intenção no início — ele voltou a se explicar — só que eu acabei desistindo, pois não queria iludi-la.

— No entanto, você a iludiu? — digo ríspida. Ele me olhou silenciosamente e só pelo olhar entendi a resposta, me fazendo ficar ereta no banco sem olhá-lo. — Ficou com ela? Você disse que não ficou com ela.

— Não sei se dá para nomear isso “ficar”, mas a gente se beijou… Uma vez… Você e eu não estávamos ficando, e você ainda estava com o Diggory — disse ele apressado depois que viu a minha cara que não deveria ser das melhores.

— Você disse que não…

— E eu disse que foi quando você estava com o Diggory. — Malfoy me olhou impaciente. — Eu fiquei louco de raiva quando vi você e o Diggory se beijando no saguão. Não sabia o que pensar direito e aí…

— Você pensou com a cabeça de baixo? — Tinha dito aquilo meio brincando, mas quando Draco fez careta senti uma enorme dor ao pensar que ele realmente fez o que pensei. — Deu uma de cachorro? Passou o rodo.

— Já te disse que foi um momento de raiva! Ato impossível e talvez não tenha pensado com a cabeça certa, mas depois eu consegui pensar…  Susana! Espera, não vá?

Tentei levantar e me afastar dele, mas antes Draco me segurou.

— Não faça isso de novo, não faz a gente passar novamente por isso — ele pediu.

— Olha — engoli seco — sei que não tenho nenhum direito de reclamar se você transou com outras..

— Quê?! Mas eu não fiz…

— Se você ficou com outras, pois eu estava com Cedrico nesse tempo. Mas tenta entender o meu lado. Ao menos me entenda uma vez, por favor?

Naquele momento já estava iniciando um acesso de choro, tentei segurar as lágrimas que estavam fazendo presença, não queria chorar!

— Precisamos de um tempo antes de tentar iniciar algo sério.

— Tempo? Mais do que tivemos? 

— Um tempo entre nossos últimos relacionamentos — tentei me explicar melhor. — Não é certo o que estou fazendo com o Cedrico, eu nem falo mais com ele, me sinto péssima da forma que tudo acabou entre a gente. E agora tem isso de você com a Davis.

— Ainda não entendo...

— Você de alguma forma se relacionou com ela e bem, pelo jeito ela acabou nutrindo um sentimento a mais de amizade — mordi o lábio inferior por nervosismo. — Já parou para pensar que ela pode ter se apaixonado por você?

— Quê? Não… ela está confusa, Tracy é apaixonada pelo Theodore, sempre gostou dele!

— Ninguém manda no coração, Draco — falei. Eu sei que ele pensou nisso e sei que tenho razão, era só ver a forma que Davis sempre o olhava. — Vamos dar um tempo, ok? Chega de beijinhos por aqui e ali como se nada tivesse acontecido. E eu quero pensar um pouco, colocar meus pensamentos em ordem e quem sabe deixar os problemas que estão surgindo passar. Deixar esse torneio acabar e tentar deixar minha consciência o mais leve possível.

— Susana… — Draco tentou se aproximar, mas me afastei e pedi distância. 

Sai de lá como um verdadeiro covarde. É admito que fui um covarde, uma merda por ter dado as costas para alguém que até certo momento estava me ouvindo e principalmente me beijando. Mas não sei o que me deu, só sei que ao ouvir dizer sobre a Davis que eles ficaram e qual a situação dela, senti uma enorme dor e lembrei da promessa que havia cumprido a mim mesma de dar um tempo antes de me relacionar de novo. Pouco me importei com o que Cedrico estava passando depois do nosso término e uma semana depois já estava aos beijos com Malfoy.

Sempre que olhava o meu ex o mesmo estava quieto. Ele se afastou muito de mim, e nunca mais me olhou. Nem quando passamos a primeira vez ao lado um do outro recebi um “oi” ou outra coisa que representasse um cumprimento. 

E agora é que me dou conta de tudo isso.

Minha cabeça doía tanto mais tanto que por um momento perdi a noção do equilíbrio, bati na parede do corredor e me deixei desabar em lágrimas.

Lembrei do que tinha feito com o Harry por causa do meu pai. 

Lembrei dos problemas que meu amigo estava enfrentando, os perigos, e mesmo assim briguei com ele.

Lembrei do meu pai.

Lembrei até mesmo do meu padrinho.

Tudo me veio com tiros, todos os problemas criados por pessoas inconvenientes e dos problemas criados por mim mesmo que inclui meus sentimentos por Draco Malfoy.

Naquele só fui assistir as aulas da tarde com Hermione ao meu lado, deixando um tempo só para nós duas, sem Harry e Rony que infelizmente não iriam compreender o que sinto pelo Malfoy. Por mais que sejam meus amigos e não duvidam que gostam de mim, sei também que nunca me apoiaram em um relacionamento sério com o Draco. 

Às vezes, tenho vontade de matar a pessoa que escreveu meu destino e colocou o Malfoy no meu caminho para ficar pregado no meu coração. Não poderia ser outro homem?


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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