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História A Herdeira dos Black II - Uma recompensa pela verdade


Escrita por: AkannyReedus

Capítulo 61 - Uma recompensa pela verdade


Fanfic / Fanfiction A Herdeira dos Black II - Uma recompensa pela verdade

Filha

Imagino que esteja se perguntando o porquê dessa carta repentina e principalmente desse tamanho. Já que normalmente minhas cartas andam saindo mais curto do que se pode imaginar. Nem me surpreendo com isso, pois dificilmente escrevo cartas longas só as escrevia para sua mãe e isso porque ela me obrigava. 

“É melhor parar de ser monótono, Sirius Black, se não eu juro que você nunca vai ganhar cafuné.” 

Fiquei com medo, e por isso achei melhor escrever mais, não estava a fim de perder os carinhos dela, o James dizia que ficava com cara de cachorro sem dono. Eu sempre rebatia para que ele calasse a boca. Contudo sabia que ele tinha razão e que eu não queria admitir. Digo isso porque nunca fui o melhor cara para relacionamentos sérios, sempre dizia que nunca iria deixar alguém me colocar na coleira, nunca iria deixar uma mulher me segurar. Só que aconteceu o oposto e eu aprendi que aquele maldito ditado “Nunca diga Nunca” realmente funciona. 

Acho que nem preciso dizer muito porque você mais do que todos sabe disso. Você é a única que sabe a resposta para tudo isso. Harry nunca saberia. Entende? 

Harry nunca saberia a resposta para isso. 

Sabe por que? 

Porque a minha filha é você.

Sinto muito se em algum momento eu acabei te deixando de lado sem saber. Se machuquei seus sentimentos. Perdão se te fiz achar isso,  mas saiba que eu NUNCA,  jamais farei isso, entre todas as pessoas, você é meu bem maior. Você é a minha menina. A princesinha que me fez sentir o homem mais feliz e completo quando veio ao mundo.

  Talvez não se lembre, pois era muito pequena, mas uma vez te disse que esteja aonde eu estiver vou te proteger. Sou seu guardião. 

Sou seu escudo.

Quando estiver com medo diga duas palavras — que você conhece muito bem — e irei aparecer.

 

— Expecto Patronum! —E um cão grande prateado que surgiu da varinha..

 

ps: Papai te ama.

 

O cão prateado se aproximou e encostou o focinho em mim, foi até onde ficava meu coração e em seguida desapareceu. Ao mesmo tempo que enchia meu peito de conforto e felicidade. Não pensei em nada, apenas abracei a carta escrita pelo meu pai. E assim me dando conta o quanto idiota fui em pensar por um momento que meu pai nao se importava comigo. 

 

...

 

O tempo que havia pedido a Draco poderia parecer besteira, mas foi mais benéfico do que o imaginado.  Não nos falamos desde aquela vez. O que mantemos foi apenas os olhares lotados de significados. Hermione havia reparado e misteriosamente começou a me dizer para ir falar com ele. 

— É estranho e difícil admitir, mas acho que esse sentimento que você nutre por ele é receptivo. 

Gina também mantinha a mesma opinião, só era diferente no “vai falar com ele”. Segundo minha amiga ruiva, o fato de Draco já ter tido ações sexuais com a idade que tem não era confiável. Isso se ele teve mesmo porque em um momento o acabei cortando nas palavras e nem o deixei continuar falando.

— Digo o mesmo sobre o Miguel, Gina — disse depois que ela me falou isso. — Mas não discordo em você querer continuar sua vida sem esperar o Harry.

— Então? 

— Só digo o que disse da vez que me pediu conselho, não faça a mesma merda que fiz com o Cedrico.

Falando em Cedrico. 

Não sei se me esqueceu, mas acho que ele decidiu seguir a vida com outra para infelicidade de Harry foi com a garota que ele gostava, a Chang. 

Confesso que não gostei muito e não é porque Harry sente algo pela mesma, mas justamente porque eu não acho que Cho Chang mereça o carinho o Cedrico e muito menos o Harry que é um irmão. Algo naquela garota não me agradava e por isso ficava um pouco ressentida quando via Harry a olhando, junto via em seus olhos que queria estar com ela. 

No entanto, achei melhor guardar essa opinião só para mim já que fofoca está longe de ser um assunto que me agrada; uma coisa tenho certeza sobre mim é que não sou fofoqueira. Não gosto de ficar dizendo sobre o que ainda não sei sobre tal pessoa. E também não quero dizer e de alguma forma machucar o Harry. 

Não sei se Cedrico está mesmo se relacionando com Chang, mas tinha minhas suspeitas já que via muito eles dois andando juntos e conversando.

Voltei a receber os olhares dele e a última vez que passou ao meu lado, me olhou e sorriu. Só que eu senti que aquele sorriso não era cem por cento sincero de “eu estou bem”. Acho que não me importaria de ter ao menos a amizade só que isso parecia ser tão difícil. 

Hermione dizia que é só questão de tempo pra ferida do término se cicatrizar completamente. 

As férias de relacionamentos não só me ajudaram a organizar meus pensamentos sobre Draco como me deu espaço para me dedicar mais a mim e pensar em como ajudar Harry com a última tarefa. Passamos a maior parte do tempo na biblioteca nas horas vagas procurando livros de feitiços e azarações (além dos que eu tinha). Depois tudo foi questão de praticar nas salas vagas. Primeiro praticamos os feitiços de desarmamento e estuporante — o que acaba sendo o pior já que Rony, Hermione e eu servimos de cobaia para o Harry treinar.

— Esses não são difíceis… Expelliarmus!

— Susana!

— Ops! Desculpe, Rony.

— Diz isso por você que pega fácil os feitiços — resmungou Harry que teve dificuldades com o desarmamento.

— Nada disso, Harry — dizia enquanto me agachava entre as almofadas e mergulhava a mão entre elas para pegar a varinha de Rony. — É tudo questão de prática e concentração.

— Hm…

— Vê se na próxima avisa — falou Rony risonho quando lhe devolvi a varinha.

— Tudo bem, mas não acho que irá fazer diferença — mostrei a língua.

— Susana tem razão, Harry — disse Hermione, se aproximando ofegante já que o sol do verão já dava seus primeiros “oi” nessa semana então a sala está bem quente mesmo com a janela aberta. — Você precisa se concentrar mais assim como você fez com o feitiço convocatório quando praticamos.

— Isso que dessa vez não é dragões — comentei.

— É pior.

Compreendia perfeitamente o estresse que Harry passa por causa do torneio, mas ele sabia que isso não ajudaria muito. 

— Acho que hoje a noite poderíamos iniciar as azarações — sugeriu minha amiga.

— Ótimo, podemos começar pela Azaração de Impedimento é uma das mais úteis. — Azarações era comigo mesma e meu conhecimento por elas não são poucas. 

A sineta tocou. Apressamos para guardar as almofadas no armário de Flitwick e saímos com cautela da sala de aula. Esse é um detalhe que não contei, mas estamos fazendo isso às escondidas. Nos despedimos de Hermione que ia para aula de Aritmancia e fomos para aula da Trelawney.

— Só eu acho que a sala dela vai estar uma sauna? — fiz a pergunta mais idiota quando começamos a subir as escadas até a sala da louca. 

— Não acho, tenho certeza disso — diz Rony. 

Dito e feito, a sala estava incomodamente quente. A fumaça da lareira perfumada estava mais densa que nunca. Nos dirigimos até uma das janelas de cortinas corridas. Harry foi quem logo abriu uns dois dedinhos da janela quando Trelawney foi tentar soltar o xale de um abajur. Assim se sentando ao meu lado e o Rony se sentou do meu outro lado. Só aquela pequena brisa me fez sentir no paraíso. 

A aula como sempre foi insuportável, enquanto a professora falava, Rony e eu ficamos jogando em um pergaminho já o Harry… Soltei um grito quando o vi escorregando no puf, contorcendo o rosto e tampando o mesmo.

— Harry! Harry!

O mesmo tinha cochilado, mas agora parecia estar tendo um pesadelo ou algo do tipo. 

Batia a mão no rosto dele para acordar enquanto o chamava. 

Harry abriu os olhos. Ele me olhou com uma expressão de dor junto e depois Rony ajoelhado ao meu lado, com uma expressão de terror no rosto. 

— Você está bem? — perguntei preocupada. 

— É claro que não está! — disse a professora, parecendo alvoroçadíssima. Seus olhos miraram Harry, ameaçadores. — Que foi, Potter? Uma premonição? Uma aparição? Que foi que você viu?

— Nada. — Sabia que era mentira, pois ele me olhou de forma significativa principalmente porque ele estava apertando a cicatriz.

— Você estava apertando sua cicatriz! — disse a professora. — Você estava rolando no chão, apertando sua cicatriz! Ora vamos, Potter, eu tenho experiência nesses assuntos!

Harry levantou a cabeça para olhá-la.

— Preciso ir à ala hospitalar, acho. Dor de cabeça muito forte. 

— Meu querido, sem dúvida você foi estimulado pelas extraordinárias vibrações premonitórias da minha sala! Se você sair agora, poderá perder a oportunidade de ver mais longe do que jamais…

— Ele já disse que não foi nada! — rebati estupidamente para a professora. — Ele está com dor de cabeça e o que ele quer ver é uma poção para aliviar a dor.

Trelawney me olhou furiosa.

— Obrigado — sibilou Harry se levantando e ignorando toda a sala que se afastava dele. — Vejo vocês mais tarde. 

— Vá até Dumbledore… — murmurei apenas que ele e Rony ouvissem, e o mesmo assentiu se retirando da sala ignorando o rosto de uma grande frustração. 

Também não liguei as falas de poucos amigos que recebia de Trelawney depois da forma que a tinha respondido. Pouco me importei porque sabia o quanto Harry odiava aquilo e também sabia, assim como Rony, que nosso amigo teve alguma coisa relacionado a cicatriz.

Será que teve outro sonho que ele teve nas férias?

Rony e eu saímos correndo da sala para se encontrar com Hermione e ver se Harry tinha chegado no salão, mas não. Ele só apareceu na comunal depois e contando uma tonelada de novidades. Segundo a narração dele tinha ido para sala do diretor como tinha sugerido. E quando chegou encontrou Fudge e Moody conversando com Dumbledore. Tinha ficado sozinho por uns minutos e acabou ficando curioso com uma bacia rasa que dentro tinha uma luz prateada em uma substância líquida ou gasosa. Quando aproximou o rosto da bacia foi levado para um tribunal e é aí que veio o assunto que nos fizeram ficar acordado até tarde.

Era realmente um tribunal e nele tinha o Sr. Crouch realizou a audição com Karkaroff entregando alguns nomes de Comensais da Morte, inclusive mencionando Snape como um que me deixou bem surpresa. Depois mudou para audição de Ludo Bagman que também descobrimos ser um ex-comensal e por fim o que me deixou até que satisfeita foi o julgamento de Belatriz Lestrange junto com o marido e o filho de Crouch. 

— Ela estava respondendo pelo assassinato de sua mãe, Susana — informou Harry.

Isso tudo ainda tinha mais como Dumbledore acha que Voldemort está reunindo forças; Fudge acusando Madame Maxime de ter atacado Crouch, o que achei ridículo. Posso não me dar bem com ela por não ter sido a melhor pessoa dentro da escola dela, mas isso não quer dizer que seja má pessoa. Fudge colocou o preconceito falar mais alto só porque ela é meia gigante assim como Hagrid — ela nega — contudo sabemos que é a verdade.

 

...

 

Rony, Hermione e eu deveríamos estar revisando as matérias para os exames, que terminariam no dia da terceira tarefa, em lugar disso, estamos devorando todas as energias para ajudar Harry a se preparar. 

— No momento os exames são o de menos, Harry — disse ao mesmo que tinha comentado sobre isso com a gente, e disse que não se importava de continuar a praticar sozinho. — Importante é você terminar essa tarefa sã e salvo.

— A Susana tem razão — disse Hermione, breve — no momento a coisas mais importantes e você é o mais importante agora. Pelo menos vamos tirar notas máximas em Defesa contra as Artes das Trevas, nem mesmo com a Susana teríamos descoberto tantas azarações em aula. 

— Bom treinamento para quando formos aurores — comentou Rony excitado, experimentando uma Azaração de Impedimento em uma vespa que entrará zumbindo na sala, e fazendo-a estacar no ar. 

Quando entrou o mês de junho, a atmosfera do castelo se tornou mais uma vez elétrica e tensa. Todos aguardavam com ansiedade a terceira tarefa, que se realizaria uma semana antes do fim do trimestre. Harry praticava azarações em todos os momentos de folga. Me sentia muito mais tranquila por ele, já que parecia muito mais confiante com relação a esta tarefa do que a qualquer das anteriores. 

Não me surpreenderia se ele estivesse se sentindo assim até porque essa tarefa só é mais um teste do tanto de criaturas monstruosas e barreiras mágicas que ele já passou antes. 

Sei muito bem o que ele e meus amigos fizeram no primeiro ano para salvar a Pedra Filosofal do gago professor Quirrell; além da luta de Rony e Harry contra um trasgo montanhês para salvar Hermione. Também soube o que aconteceu no segundo ano com a aranha de estimação de Hagrid, o Aragogue. E o ataque do basilisco nos nascidos-trouxas sob as ordens de uma lembrança de Tom Riddle, mais conhecido como Voldemort e junto do resgate de Gina, papel feito por Harry e Rony, mas esse primeiro foi quem acabou lutando contra o basilisco e contra a memória do Diário de Tom Riddle. 

Então essa terceira tarefa não poderia ser tão difícil depois de tantas experiências.

Cansada de nos surpreender por toda a escola, a Profª Minerva deu a Harry permissão para usar a sala de Transfiguração vazia na hora do almoço. Felizmente, Harry conseguiu dominar uma boa parte das azarações e feitiços, alguns ele teve mais dificuldade, mas os que eram mais úteis ele se deu bem e isso era o que importava. 

Admito que até eu acabei aumentando meu estoque já que conseguia pegar com facilidade os feitiços.

— Você sem dúvida se sairia melhor na tarefa, Susana — comentou Harry quando defendi um feitiço das pernas bambas lançado por ele. 

— Ah, você também vai se sair bem, só o tanto que você aprendeu e conseguiu é uma mão na roda. 

— Venham só dar uma espiada nisso — disse Rony de repente que estava parado junto à janela. — Que será que o Malfoy está aprontando?

— Oi? — Sem entender fui o mais rápido até a janela e vi Draco e sua dupla de trasgos parado à sombra de uma árvore lá embaixo. Crabbe e Goyle pareciam estar vigiando alguma coisa; os dois abafavam risinhos. Draco tampava a boca com a mão e falava para dentro dela.

— Parece até que ele está usando um walkie-talkie — disse Harry curioso.

— Não pode estar — lembrou Hermione. — Já disse a vocês dois que esse tipo de coisa não funciona em Hogwarts. Vamos, Harry — acrescentou ela energicamente, dando as costas à janela e voltando ao meio da sala —, vamos experimentar outra vez o Feitiço Escudo. 

Continuei olhando pela janela me perguntando o que Draco estava aprontando.

 

...

 

O contato do meu pai se tornou mais frequente para minha felicidade. Todo dia recebia cartas deles e sempre dizendo o que Hermione e eu dizíamos para ele, se concentrar em concluir a última tarefa. Ignorando outros assuntos que ficavam fora do castelo já que isso não era prioridade e também que enquanto estivesse sob a proteção de Dumbledore, Voldemort não tentaria fazer nada.

Vinte e quatro de junho chegou mais rápido do que o esperado.

Confesso que me sentia nervosa pelo Harry e triste, pois não iria poder dar o apoio que queria dar. Infelizmente não poderia assistir a última tarefa já que essa era uma das proibições do meu castigo no início do ano.

Também não tive o melhor dos sonhos já que havia tido um sonho que me fez acordar assustada no meio da noite. Parecia aqueles sonhos que tinha no ano passado, só que nessa o cenário mudou, parecia ser um cemitério, era de noite e via silhueta de pessoas só que não via direito. Acordei com gritos, uma luz verde sem contar a respiração acelerada e o suor frio. Não havia contado para ninguém e nem para Hermione quando acordei, pois não queria desviar a atenção do Harry hoje.

Harry havia recebido um cartão de boa sorte do meu pai que achei engraçado por ser um pedaço de pergaminho, dobrado com a impressão de uma pata enlameada. E eu também havia recebido uma.

"Quando começar a tarefa vá até a plantação de abóboras perto da cabana de Hagrid."

— Por que você teria que ir para plantação de abóboras? — perguntou Rony ao meu lado que também leu o bilhete.

— Não sei… Será que? 

Não terminei meu raciocínio porque a cuspida de Hermione com a boca cheia de suco de abóbora no jornal chamou mais atenção.

— Que foi? — exclamei junto com os garotos, olhando para ela.

— Nada — disse Hermione depressa, tentando esconder o jornal, mas Rony agarrou-o.

Arregalei os olhos junto com o ruivo ao olhar para a manchete.

— Nem pensar. Hoje não — disse Rony.

— Vadia... — grunhi nervosa.

— Que foi? — perguntou Harry. — Rita Skeeter de novo?

Tentamos esconder de Harry, pois não queríamos que isso atrapalhasse ele na tarefa. Porém sempre tem alguém para atrapalhar e esse alguém foi Parkinson do outro lado do salão da mesa da Sonserina que teve que tirar sarro do Harry por causa da matéria. Harry pediu, e infelizmente, precisamos mostrar para ele.

— Como foi que ela soube que a sua cicatriz doeu na aula de Adivinhação? — perguntou Rony. — Não havia como ela ter estado presente, não tinha como poder ter ouvido…

— A janela estava aberta — disse Harry. — Eu a abri para respirar.

— Impossível — rebati um tanto irritada — a gente estava no alto da Torre Norte.

— E sua voz não podia ter sido ouvida lá embaixo nos jardins! — diz Hermione.

— Sem contar que a entrada dela em Hogwarts foi proibida — acrescentei. — A não ser que ela criou asas e… Merda!

— O que foi? — Harry e Rony me olhavam curiosos. 

Se falasse o que pensei eles iam me chamar de louca, não iam acreditar e droga… Não acredito que não pensei nisso.

— Só a um jeito de descobrir e sei como — crispei. 

  Olhei por trás do ombro para olhar a mesa da Sonserina. Dei uma levantada na mesa para olhar melhor e nada. Ele ainda não chegou? 

— Para onde você vai? — indagou Rony perplexo depois que me levantei. — Susana…

— Vejo vocês daqui a pouco.

— Daqui a pouco temos prova…! 

Jessica naquele momento entrava no salão e apressei os passos até a mesma.

— Jessica! — chamei.

— Oi Susana.

— Cadê o seu primo?

— Draco? Bom ele está se arrumando… perdeu a hora… porque?

— A senha continua a mesma?

— É, hm… sim?

— Obrigada.

— Susana! O que aconteceu?!

Depois iria explicar o que estava acontecendo e o que queria, mas agora meu intuito era falar muito seriamente com o priminho dela.

— Sangue-puro.

A porta que era uma pedra se mexeu e entrei, pouco me importando se teria alunos e visse uma grifana entrando na sala comunal da Sonserina. Só o que queria era falar com o Malfoy. Como já fui no dormitório dele uma vez sabia onde era. Parei em frente a porta, respirei fundo e abri a porta com tudo o que assustou quem estava dentro se assustar.

— Susana! — exclamou Malfoy depois de ter dado um pulo de susto.

— Oi — disse no maior cinismo, sorrindo e senti minhas bochechas corarem quando o vi arrumar a toalha. Ele deveria ter acabado de sair do banho. — Tomou banho?

— O que você está fazendo aqui? — perguntou ignorando minha pergunta. — Quer me ver pelado?

— Não! Nem se atreva tirar essa toalha — ele riu quando fez menção de tirar. — Não vim aqui pra ver seu amiguinho ou outra coisa.

— Mas você está me vendo semi-nu.

Ele voltou a rir, rolou os olhos e perguntou:

— Vai falar o que você quer?

— Rita Skeeter é uma animago?

Agora o sorriso dele se desfez, mas me olhou espantado.

— Do que você está falando…

— Não venha me fazer de idiota porque eu sei que você tem a resposta.

— Sobre?

— Sobre como aquela vaca ouve as conversas dos outros sem estar por perto?

— Eu não…

— Draco! 

— É que eu não… Ei! — gritou a doninha quando por vingança arranquei a toalha dele, mas não desci o olhar. — Isso que não queria tirar minha toalha.

— Você que me obrigou e… ah! Coloca uma calça — briguei quando comprovei que ele estava de cueca — e vai me responder o que quero saber.

— Ok! Mas o que eu ganho te dizendo a verdade?

— Nada.

— Então não respondo.

— Esqueci que Sonserinos eram chantagistas — murmurei irritada, virando a cara enquanto ouvia o som dele vestindo a calça. — Tudo bem. Uma recompensa pela verdade.

O olhei já ignorando que ele está se vestindo na minha frente.

— Besouro — respondeu ele enquanto subia o zíper da calça. — Sim, a Skeeter é uma animago.

— Sabia — digo vitoriosa — e ilegal, não é?

— Provavelmente nunca olhei a lista dos animagos registrados.

Sorria por ter a melhor arma que poderia usar contra aquela imunda.

Virei para sair, mas fui segurada pelo pulso, olhei por trás do ombro e claro que era Malfoy que me segurou.

— O que foi agora?

— Você teve o que queria — ele respondeu naturalmente. — Agora eu quero a minha recompensa, você prometeu.

— Acho que não tenho escolha, não é?

Ele sorriu como se eu tivesse razão.

Rolei os olhos e disse:

— Diga, o que você quer?

Draco me puxou dele, me olhou atentamente nos olhos e não sei se é impressão, mas do nada o quarto ficou muito quente. Deve ser porque estamos entrando no verão?

— Namora comigo — Draco fala do nada, me pegando obviamente de surpresa. Não lhe respondi. — Eu sei que deve achar que é uma brincadeira, mas não é até porque não é a primeira vez que penso sobre. 

Meu coração acelerava, não sabia o que pensar, só sentia muitas coisas ao mesmo tempo. Draco tocou meu rosto e me puxou pela nuca me beijando, eu retribui. Foi só um selinho demorado, mas que significou tanto e matou uma saudade enorme.

— Então, o que você diz? Se quiser pensar sobre isso fica a vontade, mas não quero ficar boiando esperando a resposta.

Ele tinha me dado o tempo que pedi, não falou comigo, e nem tentou me beijar como fazia antes de fazer o pedido. Para alguns o que pedi podia ser besteira só que para mim significou muito. Eu pude pensar e colocar meus sentimentos em ordens, ajudei Harry com o torneio e diminui o peso na minha consciência em relação ao Cedrico. 

Sabia da minha resposta então não iria precisar de tempo para responder.

Toquei seu tórax nu e sentia sua respiração ofegante, seu coração batia forte. O meu não estava diferente sem contar o calor que passava por todo meu corpo. Isso que estava só com a camisa do uniforme, a gravata solta e alguns botões abertos já que o dia amanheceu muito quente. Levantei a cabeça para que pudesse aproximar meus lábios nos dele e assim foi feito, eu o beijei.

Senti sendo abraçada pela cintura e uma outra na minha nuca, acariciando meu rosto com os dedos. Deixei minha mão pousada no tórax dele, sentindo a sensação de tocar dessa forma na pele dele. Incrível como Draco tinha um corpo gelado, mesmo depois do banho, e não deve ser nada estranho já que ele deve ter tomado banho com água fria. 

Separamos por falta de ar e sorrimos.

— Essa seria a resposta? — Draco disse em tom de brincadeira.

— O que você acha? — disse lhe dando um selinho. — Mas eu preciso ir agora, pois eu tenho prova do Bins.

— Também tenho só que da Sprout — comentou. — Vou colocar a camisa e a gente sai junto, tudo bem?

Assenti. Ele se afastou para pegar a camisa branca do uniforme e depois a gravata verde da Sonserina, me virei para não parecer estranha em ficar olhando. E sorri feito uma boba, pois naquele momento senti meu peito se encher de alegria. 

— Vamos? — Draco perguntou um tempo depois tocando meu ombro.

— Vamos, o Binns vai me matar de qualquer forma por chegar atrasada.

— Ao menos não é a única que vai se ferrar por causa disso. Eu me ferrei mais porque alguém me fez perder o café da manhã.

— Desculpa… 


Notas Finais


E ai, o que acharam?


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