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História A Hunter - Capítulo 2


Escrita por: MatheusMessias

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Capítulo 3 - Capítulo 2


Sonnen sentiu o impulso que o ajudou a subir no cavalo. Manteve o equilíbrio assim como o irmão mais velho havia explicado. Respirou fundo e firmou o pé no ferro que passava ao lado do animal.

— No três, certo? - ele assentiu, inspirando e expirando lentamente, controlando seus nervos. - Um …

Se apertou mais ainda no animal, segurando na corda improvisada que rodeava o pescoço.

— Dois … Três! - ele sentiu o arranque leve que puxou seu corpo para trás, mas não perdeu o equilíbrio.

Sonnen nunca se sentiu tão bem quanto naquele momento. A roupa não estava apertando, o cabelo não estava caindo no olho, o governante não iria lhe puxar a orelha, nem Tritão e Calleb iriam empurrá-lo. Não ousou olhar para trás, não queria perder o equilíbrio e dar de cara no chão, ainda mais quando estavam fazendo algo totalmente escondidos de seu pai. Mas queria muito ver a cara de orgulhoso de seu irmão lá atrás.

Puxou bem de leve a corda, fazendo o cavalo fazer o caminho contrário. Sentiu uma pequena vontade de bater os pés para fazê-lo ir mais rápido, como vira muitas vezes seu irmão fazer, mas nem tentou. Quando chegou próximo de Perseu, ele estendeu a mão até a crina do cavalo e acariciou, fazendo-o parar. Ele tinha esse dom com animais, principalmente com Blackjack, seu companheiro desde pequeno.

— Vem, vou te ajudar a descer. - ele estendeu as mãos e agarrou o menino, puxando-o de cima do dorso de Blackjack. - Você foi bem!

— Sério? - os olhos verde-claros dele atingiu uma tonalidade enquanto retomava o equilíbrio no chão. Sentou-se no banquinho, observando o irmão retirar a sela.

—Vou te dizer algo, com 5 anos você já monta melhor do que qualquer um de nossos irmãos.

— Meio-irmãos, bastardo. - anunciou Tritão com um ar de superioridade, aproximando-se do irmão mais novo – Desde quando papai deu autorização para Sonnen andar a cavalo?

Perseu fez menção de responder algo, mas se conteve e negou com a cabeça. A pouco mais de uma semana do seu dia de homem, Tritão estava ainda mais arisco que normalmente. Preferia não irritá-lo, principalmente na frente de Sonnen.

— Ei, Sonnen. Já está na hora da sua aula de Latim. - ele agachou ficando da altura do garoto – Não queremos que o governante venha te buscar a chutes.

— Certo, Percy. - e se aproximando do ouvido do meio-irmão, falou baixinho – Pode deixar, não vou falar para ele que você estava me ensinando.

O garoto saiu correndo pela grama até alcançar o pátio central, onde sumiu entre a pequena multidão. O clima pareceu pesar depois que o menor se foi. Tritão ainda o encarava, esperando para lançar outra pergunta que inflasse ainda mais o seu enorme ego.

— Jackson, por algum acaso você se esqueceu quem é? - ele se aproximou do cavalo negro, passando a mão no dorso – Enfim, isso já é obvio. Só vim avisar que, caso não saiba, daqui a nove luas, comemorarei meu dia de homem.

Como se fosse possível não notar, pensou Perseu, você faz questão de soltar indiretas sempre que pode. Assentiu esperando que ele dissesse logo o que viera falar.

— Serei apresentado à minha prometida, e pedi a meu pai apenas uma coisa. - fez questão de usar a primeira pessoa do singular – Eu quero você bem longe daqui. Não ouse pisar naquele salão durante meu dia. Não chegue perto de ninguém que não seja da sua ralé, e se eu souber, ou ao menos pensar que te vi, você se arrependerá do dia em que aquela prostituta que você chama de mãe te cuspiu ao mundo.

Saiu a passos pesados e sonoros, rumo à torre central. Perseu selou novamente o cavalo e subiu. Já estava acostumado e já previa aquela cena, não era nenhuma novidade, a não ser por uma parte. Não sabia da existência de uma prometida. Como que por instinto, Blackjack pôs-se a trotear, guiado para o portão principal.

— Vem já o mensageiro. Corre como se visse o diabo! – disse um dos guardas a um oficial – Manda abaixarem a ponte que a enviamos um grupo para ter com ele.

Avistou de longe uma cabeleira ruiva conhecida. Deixou o cavalo no estábulo, saindo pisando no chão lamacento. Richard estava ao lado do pai. Estranhou toda aquela movimentação naquele horário, algo de incomum, provavelmente.

— Chegue aqui, Percy. - o chamou pelo apelido – Meu pai ouviu que há uma comitiva por chegar hoje. Sabe de algo que os mortais não saibam?

— Claro, - ele empurrou o amigo – que não! Estou eu com cara de filho legítimo para achar que eu sei das coisas? Deixe-me bagunçar o cabelo, deve ser isso.

O amigo riu da brincadeira. Apesar de sua situação, ele fazia piada de tudo que era possível. Viu-o bagunçar a cabeleira negra até não ter uma mexa no lugar certo, como deveria estar: rebeldes. O mensageiro, vermelho da corrida, alcançou a entrada junto com um grupo de homens de seu pai.

— Deem-no um odre, e disperse a multidão. - disse o mesmo oficial que dera a ordem de abaixar a ponte – Não quero que o assunto saia daqui.

Richard e Perseu trocaram um olhar. Indo contra a correnteza de pessoas, alcançaram o oficial assim que o mensageiro terminava de secar e saciar a sede. Ignorando a presença do filho bastardo de Lorde Poseidon, pôs-se a falar.

— A comitiva de frente se aproxima. Chegarão dentro de um dia, ao mais tardar. - pediu com a mão que enchessem novamente o odre – Trago uma notícia nem um pouco agradável ao Senhor Ollimpus. A quem posso passar essa informação?

— A mim. - em um ato de impulso, Perseu deu um passo à frente

— E quem seria você? - perguntou o mensageiro ao jovem com pouco mais de 18 primaveras que se aproximou.

— Perseu Jackson, filho de Lorde Poseidon – não fora o garoto que dissera, mas sim o oficial que estava ao lado deles.

— Um Jackson? Que direito tem um bastardo de participar dos assuntos da família? - retrucou o mensageiro assim que ouviu o sobrenome designados a filhos ilegítimos de grandes senhores.

— Se o senhor tem algum problema com bastardos, talvez o queira resolver comigo, Senhor Elliew. - o oficial se precipitou, deixando demonstrar uma dor sentida por ele também - Diga logo ao rapaz para que possa comunicar o mais rápido possível, ou não é este o seu trabalho?

O homem sentiu o rosto enrubescer. Trocou o pé de apoio e encarou o homem de meia-idade.

— Certo, sir Brunner. - voltou a atenção a contragosto para o jovem – O senhor Chase e sua família foram obrigados a retornar à fortaleza e esperar alguns dias. Seus oficiais disseram que foram atacados na saída do território e não acharam seguro prosseguir o trajeto.

— E que tipo de ataque seria esse, para que não pudessem prosseguir viagem? - perguntou o oficial que agora possuía nome, sir Brunner.

— Ainda não sabem. Há os que dizem que foram humanos, e os que dizem que foram animais. Têm os que afirmam que era ambos.

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— Tritão ficará possesso. - comentou baixo Perseu ao amigo ao lado – Sua amada prometida não chegará para seu dia de homem.

— Desde quando Tritão tem uma prometida?

— Bem, eu fiquei sabendo hoje. Mas pode ser coisa antiga – eles entraram na cozinha barulhenta. - Cozinhar para uma comitiva deve ser tarefa difícil, não dona Deméter?

A escrava pulou com a faca que cortava os legumes na mão. Perseu fora criado dentro da fortaleza, mas junto com o pessoal menos nomeado. Cozinheiros, ferreiros, lenhadores, escribas, cuidadores de estábulos. Todos eram muito próximos e ligados ao pequeno Jackson que vivia correndo e perguntando, com sua inocência de criança não corrompida pelo ego.

— Ainda vai me matar de susto e eu te levo junto, pois tenho uma faca. - ela abraçou o rapaz. - Como está grande meu menino. Não apareceu por cá desde que virou homem, pode isso Richard?

— Ãhn-Ãnh – tentou falar enquanto comia a maçã roubada do cesto.

— Deméter, você sabe alguma coisa sobre um casamento arranjado por vir? - ele perguntou como se pergunta como está o tempo hoje.

— Talvez eu saiba de alguma coisa. - fez cara de ressentida – Mas não conto por que me desprezou!


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Notas Finais


Até o próximo!


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