1. Spirit Fanfics >
  2. A Hunter >
  3. Capítulo 6

História A Hunter - Capítulo 6


Escrita por: MatheusMessias

Notas do Autor


Olá! Me atrasei um pouco no cronograma, mas foi pouca coisa, espero que não se importem. O capítulo não foi bem revisado, então, se houverem erros, não hesitem em falar. Novidades nas notas finais!

Capítulo 7 - Capítulo 6


Soltou os livros que estavam em sua mão em cima da mesa de madeira. A poeira que levantou fez com que tossisse e esperasse um pouco antes de começar a mexer nos papéis antigos. Se tinha algo que Perseu evitava, era ler. Toda aquela caligrafia trabalhava se misturava, e o que demoraria poucos segundos para entender, se tornavam minutos.

O velho Peter havia pego para ele, relutante, os poucos três livros que possuíam informações sobre os pagãos. Qualquer um estranharia, dado o fato de que Perseu era o pior dos filhos de Poseidon para ler, até Sonnen era melhor. Por isso, só ia à biblioteca quando era de extrema importância, isso quando não podia passar o trabalho adiante.

Levantou a mão para ajeitar o cabelo, mas travou no meio do caminho. A noite anterior ainda cutucava em sua mente. Aquela pequena mexa que estava em sua cabeça, com certeza, significava algo, mas estava tão agitado que não conseguiria formular nada. Ele sempre fora o garoto lerdo, agora ele precisava de alguém para ajudar a descifrar seus problemas. Finalmente se jogou na cadeira almofadada ao seu lado e escolheu o primeiro livro, vendo que nenhuma ajuda cairia dos céus.

— Você é a primeira pessoa que conheço que faz caretas enquanto lê. - uma voz o tirou da concentração algum tempo depois.

Perseu fechou o livro rapidamente e olhou para cima. Annabeth Chase o observava com uma cara divertida. Lançou um sorriso rápido, enquanto um trovão encheu o local silencioso. Ela leu a capa enquanto ele se distraiu em suas feições serenas.

— “Os segredos da floresta ao Leste, por Van Joe Keppler”. Leitura pesada – ele tentou impedir colocando o braço casualmente sobre o título em letras douradas e garrafais, mas falhou.

— É só, curiosidade mesmo, gosto de … ler … sobre, sabe, florestas.

Ela arrastou silenciosamente uma cadeira até o lado do moreno, depositando o livro dela sobre a mesa de mogno. Não fez questão de pedir licença, apenas abriu as folhas amareladas do livro e começou sua leitura.

— Onde está Tritão? - ele chamou a atenção dela, se remoendo de curiosidade.

— Retirou o dia para a caça, junto com os outros. Lorde Ollimpus, meu irmão e meu pai também foram. - ela olhou janela afora, com a chuva que se formava – Talvez voltem antes do planejado.

Perseu assentiu, também olhando o tempo. Voltou sua atenção mínima para o livro, que percebera só ter lido 10 páginas desde que começara. Pelo ritmo, terminaria apenas no próximo ano, com muita sorte. Coçou os olhos, para afastar o sono, balançou a cabeça e começou novamente a ler. Enquanto Annabeth virava duas folhas, Perseu lia um parágrafo.

— Se importa de ler essa palavra para mim? - ele levantou o livro cuidadosamente, apontando para a palavra que borrara em sua mente com a mão livre.

Annabeth ergueu os olhos relutante de sua leitura. “Os pagãos migrados do além-norte carregavam lendas similares aos desta região, com pequenas alterações provindas de crenças pessoais”.

— Provindas. Significa que veio...

— Eu sei o que significa. - falou ríspido, mas logo corrigiu – Eu só... tenho um pouco de dificuldade de ver... o que está escrito.

— Você está só a duas páginas de onde estava quando eu cheguei. – ela observou, fechando o próprio livro – Claramente, você precisa de ajuda. Sobre o que está pesquisando?

— Eu não preciso de ajuda, estou sem nada para fazer, só quero passar o tempo... fazendo algo que... gosto.

— Tem certeza disso? Já te ouvi praguejar umas cinco vezes durante a leitura. E você mente muito mal!- ela riu.

— Tá, tudo bem, talvez, eu precise de ajuda.

Ele ponderou sobre o que falar para ela, para não parecer suspeito, mas tudo que pensou durante esse vinte segundos, pareceu absurdo demais. Resolveu contar uma meia verdade.

— Como você sabe, eu não sou filho da Senhora Ollimpus, sou um bastardo. - Perseu começou, se virando de lado na cadeira - Nunca conheci minha mãe, e correm boatos no castelo sobre minha descendência. Acredito eu que esses livros possam me revelar mais sobre minha mãe.

Annabeth ouviu atenta. Ele acrescentou apenas que Peter havia separado os únicos três livros que continham sobre a história e a linhagem pagã da região, e que estava decidido a encontrar o máximo possível sobre. Depois disso, ela puxou o maior dos três livros e foleou rapidamente. Ela sorriu, fazendo com que Perseu sorrisse mínima e involuntariamente também.

— Tudo bem, Sr. Jackson, – ela puxou o livro que estava lendo para debaixo do novo – por ora essa desculpa vale.

Uma moça, vestida com vestes simples e cruas entrou na biblioteca, com ares de que havia corrido. Ela tomou o fôlego e falou calmamente.

— Srta, Chase. Com licença! – ela ignorou completamente a presença de outra pessoa no local – Sr. Tritão está em volta para o castelo. Aguardam que você o acompanhe em sua chegada, logo após para o almoço.

Annabeth Chase se levantou graciosamente, agora com dois livros sob o braço. Com um leve movimento com a cabeça, se despediu do rapaz. Perseu acompanhou, se levantando também. Depois que ela saiu, ele voltou a sua tentativa de ler algo, mas se tornada duas vezes mais impossível acompanhar as letras cursivas de Van Joe Keppler. Daria tudo para adiar essa tarefa. Como que ouvindo seus pensamentos, Richard apareceu na janela da sala, com uma cara nada legal, o chamando para fora.

— Percy, por favor, arrume logo a espada de Kirah! - ele disse assim que Perseu saiu do local para conversarem – Ela está mais mal humorada do que nunca!

— Relaxa! - eles caminharam até o arsenal, com Perseu falando do pouco que havia lido, enquanto uma fina garoa começava a cair – Nada de importante, até agora, apenas histórias que já ouvi na vila, nada sobre seres sanguinários. A única coisa útil que pode ter aparecido é um símbolo, muito usado durante o primeiro avanço pela família que estava no castelo na época.

— Assim que cair a noite, leve os livros lá para casa. - eles abriram a porta barulhenta.

— Toma, essa é de Calleb, mas ele não a usa desde que ganhou a nova. Ele não se importará. - ele pegou uma espada empoeirada – Está suja, mas dá para aproveitar a empunhadura.

— Qualquer coisa para acalmar aquela menina! - ele guardou a espada em uma bainha de couro velha – Meu almoço já está no fim! Até mais tarde!

Com isso, ele saiu, e Perseu continuou no local, procurando qualquer artefato de madeira que pudesse ser útil.

 


Notas Finais


Então, foi meio parado, mas são aproximações e cenas que precisam acontecer para o desenrolar da trama. E sobre a novidade, estou escrevendo duas novas fics, vou postar as sinopses nos próximos capítulos, se, claro, vocês quiserem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...