História A Irmã de Kurama - Capítulo 03

Pov. Kyara

Oi, povo! Meu nome é Miyako Wakatsu. Mas, normalmente, atendo pelo nome de Kyara Youko, que é o nome da irmã mais nova de Kurama Youko. Não contei à ninguém, mas, eu aceitei Kyara como se fosse minha alma e ela conversa comigo. Só que na minha cabeça. Kyara confia plenamente em mim, e já me contou várias coisas sobre ela e seu irmão. E tenho 15 anos. 

Enfim, eu tenho cabelos azuis claros, que vão até a nuca. Quando fico animada, eles ficam castanhos. Tenho olhos azuis escuros. De longe, eles parecem ser claros, mas, quando se aproxima, eles são beeem escuros. Algumas pessoas dizem que sou totalmente fria, começando pelo olhar. Tenho um certo dom de saber se a pessoa mente ou não. Alguns dizem que quando olho pra alguém, meu oljar é tão intenso que faz com que pareça que estou lendo a alma deles. Há quem diga, que quando sorrio, pareço uma assassina. Apenas não se meta no meu caminho que eu deixo tudo quieto como está. 

Quando transformada em Kyara, tenho cabelos completamente negros,com um par de orelhas de raposa no topo da cabeça. e olhos ainda mais azuis. Não consigo controlar Kyara. Quando ela fica nervosa, acaba aparecendo as orelhas de raposa na minha cabeça e meu cabelo fica oscilando entre azul e preto. 

Adoro jogar bola e ouvir música. Embora a maioria das garotas não gostem disso, eu A-M-O um briga! Principalmente se for daquelas de garotos da escola. Não gosto de receber ordens. Por isso sempre acabo ficando de suspensão na escola. Já cabulei aula, mas, não fico com garotos. Só pra constar, ainda sou BV! E não consigo  dormir à noite. Pelo fato de dormir bastante quando mais nova, fiquei hiperativa. Só durmo, mais ou menos, entre as 7:00 às 8:00. Estourado, não passa disso. 

Enfim... Ontem estive procurando pelo Kurama mais uma vez. Ou a Kyara não me deixaria em paz. Porém, acabei vendo uma velha de cabelo rosa, acompanhada de uma adolescente de cabelos verde claro. Kyara me pede pra ir atrás dela. Ou melhor, manda. Só que, de início, eu não vou. Após aquele demônio começar a berrar dentro de mim e minha cabeça estar prestes a explodir, resolvo seguir a velha. 

Deu que ela foi para um casamento. E lá vai eu, esperar aquela cerimônia acabar. Que, de quebra, era a velhota que estava discursando. Até que não foi tão chato, com o noivo fazendo palhaçadas de vez em quando. Quando a cerimônia acaba, a velhota se despede de todos e vai embora. Sigo a mesma e a gente acaba conversando. Só que no final, ela me joga dentro de um lago e me afoga! Essa velhota me paga!

Aceito a proposta de treinar com ela.Só não esperava que teria de ir à escola! 

Kyara: MAS TU TÁ LOUCA, VELHA?! 

Genkai: Tá pensando o que? Rapadura é doce mas não é mole não! 

Kyara: Claro! Porque, se fosse mole, seria Rapamole e não rapadura. 

Genkai: Você irá à escola. Nem que eu te leve. 

Kyara:Então, me leva, velhota! 

????: Mas que barulheira logo cedo! — entra um rapaz de cabelos castanho, olhos puxadinhos e da mesma cor, com um Jr na testa. 

Genkai: Olá, Koenma. 

Kyara: Koenma? Mundo espiritual? Cara tu é fooood****!!!!!! Deixou todo mundo lá encima assim, ó! — falo, voando e ficando de ponta cabeça — Todo mundo está de pernas pro ar! Você tem uma outra forma, né? Pode me mostrar? 

Koenma: Como ela conhece tanta coisa assim? 

Kyara: Tenho meus meios! Rapaz, gostei dos seus olhos! São lindos! Olha só, muleke! Parecem ser frios, mas você tá querendo rir! 

Koenma: Err... 

????: Alguém me explica que barulheira é essa? 

Genkai: Pode ficar calma, Yukina.É apenas uma garota. 

Me aproximo da tal Yukina. Olhos vermelhos, cabelo verde claro e pele branca morena. 

Kyara: Olhos vermelhos... Cabelos verdes... Posso te chamar de coelhinha mutante? 

Yukino: Como? 

Kyara: Isso mesmo, coelhinha mutante! Gostei de você! Genkai, tô indo pra escola! Se eu receber alguma suspensão ou algo do tipo, você assina pra mim? Minha mãe tá cansada disso tudo, gihehehe... 

Genkai: Essa menina vai dar trabalho. Não se atrase, pirralha! Quero você aqui às 12:00 para iniciar o seu treinamento! Espero que esteja pronta! 

Kyara: EU VOU MORRER! ATÉ MAIS, GENKAI, KOENMA E COELHINHA MUTANTE! TÔ INDO POR INFER... ops... ESCOLA! 

Saio daquela mansão que Genkai ousa dizer ser apenas sua casa. Na verdade, ali é um santuário, mas, fazer o que? 

Corro para a escola.Genkai disse que posso ter uma vaga agora, já que estamos no início do ano. 

Chuto algumas pedrinhas enquanto ando. Tô com uma fome do cão! Credo, minha barriga tá quente (aut.: isso sempre acontece comigo! Quando tou com fome, minha barriga ronca e fica quente por dentro)! 

Olho pros lados e vejo que estou na cidade. Procuro alguma padaria ou algo do tipo. Meto a mão no bolso e arranjo cinco moedas de 10 centavos. Vamos, lá, Kyara! 

Ando mais um pouco e vejo um supermercado aberto. Corro pra lá e peço 5 reais de pão de queijo. Apareço no caixa, que é uma mulher. Olha a sorte de ter poucas curvas e cabelo curto. Provavelmente, meu cabelo está castanho. Sim, eu fico animada em fazer os outros de trouxa.

Bagunço meu cabelo e abro um sorriso lindo no rosto. Me aproximo da caixa. Sim, vou me passar de homem e sair ilesa. 

Caixa: CPF na nota? 

Kyara: Não. Sabe eu perdi meu número. Será que podia ter o seu? — falo, sorrindo. 

Caixa: Ah, claro! Tome! — fala e anota um número. Não creio que ela caiu nessa! 

Kyara: Bem, tome aqui o dinheiro. Qualquer dia, quem sabe, eu te ligo? 

Caixa: Esperarei ansiosa por isso! 

Dou o dinheiro pra ela e saio do mercado.Já do lado de fora, não consigo segurar e me explodo nas gargalhadas. 

Kyara: Ai, ai, ai... Cada coisa que me acontece... Ainda me pergunto como não me lasquei... — falo, arrumando o cabelo. 

Avisto uma escola e a maioria indo até lá. Os homens usam uniformes rosa com listras amarelas. As meninas usam uma camisa branca com detalhes em azul e saia, abaixo do joelho, azul. 

Entro na mesma e, por estar sem material e sem uniforme, todos me encaram. Ando até alguma sala e vejo que é a diretoria. Entro sem bater e me jogo no sofá à minha frente. Olho pra frente e vejo uma diretora distraída. 

Kyara: Aqui é muito confortável, não acha, venhota? — falo e a velhota toma um susto. Começo a comer meus pãozinhos de queijo. 

Diretora: Por onde entrou? 

Kyara: Pela porta. E você? — falo, sendo sarcástica. 

Diretora: O que você quer? 

Kyara: UAU! Direto ao ponto! Essa velha tá na garra, heim? Mas, enfim... Eu quero um uniforme daqui e... Uma vaga. Não conheço nada daqui e nem sei se aqui tem algum ano pra minha idade. Mas, enfim... Você me entendeu. 

Diretora: Hoje você terá uma prova. Se você acertar, no mínimo, 20 questões nas duas matérias, a vaga é sua. Caso contrário, bye, bye... 

Kyara:Tá, eu topo. Quando vai começar essa prova?

Diretora: Agora. 

Ela simplesmente me leva pra uma sala e me deixa lá. Porr*! Tô morrendo de sede. Os outros concorrentes entram e eu fico lá, olhando a morte da bezerra. 

Aplicador:Última concorrente! Até quando irá pensar na morte da bezerra? 

Kyara:Até sua mãe cansar de dar o rabo na esquina. — solto a primeira coisa que me vem à cabeça e vejo alguns alunos rirem. 

Aplicador: Como é que é? 

Kyara: Nada.Já começou a prova? 

Aplicador: Sim. 

Kyara: E ninguém me avisa?! Como assim?! Vou botar o nome de vocês no meu Death Note! — coloco as mãos no peito, como se estivesse ofendida. 

Ouço risadas sendo contidas. Mas, por pouco tempo, porque todos começam a rir. 

Respiro fundo e vou ver a prova. Temos que saber o grau de dificuldade, né? Enquanto vejo, tudo “desconhecido” /conhecido pra mim. Mas isso não é matéria de primeiro grau! É de terceiro! 

Kyara: Cão! Por que implicar tanto comigo? Vamulá, num tem mais volta mesmo... — e começo a responder a prova. 

DEPOIS DE TERMINAR A PROVA... 

Aplicador: Bem... Tempo limite esgotado. Deixem as provas encima da mesa e vão comer. 

Kyara: Caramba! Corre, jaureg! — começo a responder o gabarito depois que termino, a ficha cai — Peraí, comer?GENKAI VAI ME MATAR!!! 

Berro e todos começam a rir de verdade. Saio de lá, calmamente, mas me remoendo por dentro. Já vejo que tem umas orelhinhas surgindo na minha cabeça. Ótimo. Cadê meu boné? 

Começo a procurar esse bendito boné. Será que nada dá certo quando venho pra escola? 

????: Está procurando algo? — sigo a voz e me deparo com um garoto de cabelos vermelhos-roseos e olhos verdes, simpáticos. 

Kyara: Na verdade... Tou procurando, sim. Uma coisa e meu irmão. 

????: Seu irmão estuda aqui? 

Kyara: Não sei. E, por favor, eu sei que é difícil ser assim, então pode agir naturalmente comigo. 

????: Como assim? 

Kyara: Você tem cara de ser frio. Muuuito frio. E não mede consequências. Estou errada? 

????: Não. Enfim, qual é o nome do seu irmão? 

Kyara: Não quero responder. É muito familiar. Qual é o seu nome? 

Suichí: Pode me chamar de Suichí! 

Kyara: Se pode te chamar de Suichí, você tem um outro nome. O meu é Miyako. Mas eu gosto de atender por outro nome. Apenas pros mais íntimos, Kyara. — ouço o sinal da prova. — Olha, vou te contar uma coisa: o nome de quem procuro é Kurama. Bem, eu vou indo. Tenho que concluir uma prova. 

Saio de lá como se fosse uma The Flash da vida. Louco, né. Pois bem. Chego na prova e me sento na última carteira sem o aplicador ver. Mas, tudo vai por ralo abaixo, ao ver qie são dois. 

Aplicador 1: O que está fazendo em pé, mocinha? 

Kyara: Eu ainda não sou mocinha, jaureg! Então me chama de qualquer coisa! E não é da sua conta! 

Sento na carteira e vejo a prova. Assim qie dão início à prova, começo a responder tudo, o mais rápido possível. Qué qui há, heim? Aquela maldita velhota vai me irritar o tempo todo! 

Kyara: TERMINEEEEEIIII!!! Só que terei que esperar o expediente acabar... 

Deito a minha cabeça sobre a prova, esperando, inutilmente, meu tempo correr. Depois de uma longa hora, eu devolvo a prova e bou embora, deixando a promessa de voltar no dia seguinte. 

Corro até o santuário de Genkai. Provavelmente eu vou apanhar. E, infelizmente, não achei meu boné. Devo ter perdido. 

Chego ao santuário e tento, inutilmente, entrar sem fazer barulho. Porém, é uma tentativa inútil. 

Genkai: Onde esteve, fedelha? 

Kyara: Velha, tu é um monstro, só pode! Vai, me diz, vamos começar por onde? 

Genkai: Tire seus sapatos e se sente na minha frente. 

Hoje o dia promete... 

******HORAS MAIS TARDE*****

Kyara: Ai, ai, ai, ai, ai... Essa velhota me paga! Noussa! Que dor do cão! — falo, massageando minha costa. 

Agora está de noite e estou toda remoída! Meu corpo da doendo todinho! Até meu dedinho do pé! Essa velha é do cão, mesmo! 

Genkai: Por hoje é só. Vá tomar um banho que eu irei preparar algo pra comer. 

Kyara: Ai, ai... Tô indo! 

Depois de tomar um belo banho, vestir algum quimono e lavar minhas roupas, vou de encontro à Genkai. 

Genkai: Aqui está, pirralha. Amanhã cedo começaremos mais uma parte, até o horário de você ir pra escola. Depois, quero você aqui às 12:00. Se você se atrasar, eu vou aumentar tudo em 15X mais! 

Kyara: VELHA MALDITA! — falo e recebo um soco na barriga, me fazendo curvar e cair de cara no chão. — AAAAAAHHH, PORR*!!! 

Genkai: Boa noite, Kyara. 

Essa velha me odei. Só pode. Como o chão tá geladinho, fico detada no mesmo e resolvo dormir. Só que cadê do sono aparecer?! 

Fico pensando no meu dia, até lembrar do Suichí. Ele tem um olhar alegre e animado. Mas, percebi que ele me é conhecido. Só não sei de onde. Nota mental: quando encontrar o Suichí, perguntar se conheço ele de algum lugar. E passar na minha casa pra pegar dinheiro. Senão, terei de roubar de novo... 

Com minha nova lista na cabeça, acabo dormindo.