Alguns meses atrás...
Pego as duas xícaras fumegantes em cima do balcão da cozinha, e caminho até a sala com estas em minha mão.
Dou uma para Taehyung que estava sentado no sofá de cor escura do cômodo e me sento ao seu lado, o aguardando começar.
— Bom – ele começa logo após beber um gole do liquido doce – Eu não me recordo muito bem do ocorrido e muito menos posso dizer com detalhes, mas eu vou tentar passar tudo o que eu lembrar.
— Tae, quer sair com a mamãe hoje? – omma pergunta assim que vê que me acordou.
— Para onde? – pergunto já sentado na pequena cama de solteiro, já ansioso para o passeio.
— Isso é surpresa. Quer vir? – pergunta sugestiva e já saio da cama, animado.
— Sim!
Eu gostava bastante de sair com a minha mãe, mesmo que fosse apenas para ir ao mercado, eu me divertia muito. A razão é que omma raramente ficava em casa, e eu ficava praticamente o dia inteiro sozinho em casa.
— Pronto Tae, pode descer. – ela diz assim que chegamos ao estabelecimento bem conhecido por nós. O café do Sr. Jin era bastante frequentado por nós – mais por mim – e também éramos muito queridos por ele.
— Tae, eu preciso ir ao banheiro. – omma diz quando nós sentamos em uma das mesas vazias do lugar. – Pode me esperar aqui? Prometo não demorar. – termina sorrindo.
— Claro omma, não demore a voltar.
E então, ela não voltou. Ela não retornou mais a cafeteria. Ela disse que voltaria logo.
Ela mentiu pra mim.
— Ela te largou lá? – perguntou Jungkook com a sua xícara vazia em mãos e perplexo.
— Sim. – respondo por fim e uma lágrima cai involuntariamente.
— E isso foi quando?
— Há quase dois anos atrás, eu devia ter uns quinze anos ainda. – respondo ainda meio cabisbaixo.
— Dois anos? E você ficou na rua todo esse tempo?
— Na verdade não, uma senhora me criou por uns meses, mas logo ela se foi também.
— Desculpa ter te pressionado a lembrar disso. – diz ele entrelaçando nossas mãos, ato que eu pensei em recuar, mas não o fiz.
— Não, tá tudo bem. – suspiro – uma hora ou outra eu deveria te contar.
— Obrigado por confiar em mim. – ele responde por fim e me abraça, e eu sem jeito tento corresponder, o que foi meio hilário.
— Não precisa ter vergonha. – ele ri e me aperta mais contra seus braços e começando a acariciar meu cabelo.
E esse foi meu primeiro contato íntimo com ele, esse que não durou muito tempo, pois logo Jimin chegou e atrapalhou tudo.
Como sempre.
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