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História A lot of beauty to offer - Your love is bright as ever, even in the shadows


Escrita por: SnowFrost

Notas do Autor


Primeiramente: A capa não é minha, eu encontrei na web e espero que a pessoa não se importe.

Snowbarry sempre será número um no meu <3 , mas SnowJay conquistou seu espacinho. Segue o cânon e essa se encaixa em algum momento antes deles irem para a Earth-2, mas quando já tinham a ideia de fechar os portais.

Espero que gostem :)

Capítulo 1 - Your love is bright as ever, even in the shadows


O relógio sobre a mesa de cabeceira marcava 4:13 em grandes vermelhos e brilhantes números e o dono dos olhos que encaravam o objeto se surpreendeu ao perceber que dormira por quatro horas seguidas.

                Por incrível que pareça, ou bizarro dependendo do ponto de vista, essa era a primeira vez em meses que Hunter Zolomon tinha dormido por tantas horas desde que cruzara o portal entre sua terra e a nova que habitava, normalmente ele funcionava com apenas duas horas por noite. Ás vezes tinha sorte de conseguir tirar um cochilo ou outro durante o dia, mas era o máximo de sono que conseguia.

Não porque não havia tempo, isso Hunter tinha de sobra. Enquanto Barry continuasse a treinar para ficar cada vez mais rápido e Wells constantemente chegava a becos sem saída à procura de sua filha, não havia qualquer preocupação que lhe tirasse o sono.

                Não... dormir era o problema. Todos os momentos que ele passava com seus olhos fechados era um momento de fraqueza que preferia evitar. Com o tanto de inimigos que acumulara nos últimos anos, meta-humanos que tentavam tomar seu lugar. Fraquezas era algo que ele evitava ao máximo.

                Hunter tinha o sono leve e com sua velocidade no momento que sentisse algum sinal de perigo, não haviam duvidas que conseguiria correr para um lugar seguro ou melhor ainda, surpreender seu atacante e enfiar sua mão pelo coração dele antes que percebesse alguma coisa. O idiota teria uma morte rápida e dolorosa, pela ousadia e burrice.

                Mas havia também algo que desprezava mais do que o temor de um ataque surpresa. Estar sozinho no escuro. Era um medo irracional considerando que darkness muitas vezes fora sua única companhia, um medo que acreditava ter criado durante seu tempo no orfanato e se expandiu durante sua “estádia” no hospital psiquiátrico.

                Algumas vezes enquanto dormia, ele sonhava. Com os carinhosos abraços de Ashley Zolomon, os bons e raros momentos que tiveram juntos quando seu pai não estava por perto, as brincadeiras no parque próximo da casa que moravam, histórias contadas, sonhos que lhe deixavam um vazio ao acordar e a realidade lhe recobrar os sentidos. Também haviam os pesadelos, na maioria das vezes envolvendo James Zolomon ou o asilo onde rotineiramente fora torturado sobre a desculpa de “terapia”. Hunter conhecia a verdade, seus tratamentos, a maioria envolvendo choque não demonstravam qualquer melhora em sua “condição”, mesmo assim os médicos insistiam, mesmo com técnicas mais avançadas disponíveis, simplesmente porque eram tão sádicos quanto o acusavam.

                De qualquer forma, tais imagens que seu subconsciente projetava não eram a causa de seu medo, Hunter sabia que não eram reais, e apesar de atormenta-lo provavelmente por toda sua vida, o que não era real não poderia machucá-lo. O que causava seu medo era a escuridão que um dia se afeiçoara por e não lhe agradava mais, o vazio que sentia era sufocante e Hunter evitava o máximo que conseguisse. 

                E a maior causa dormia tranquilamente ao seu lado sem preocupação alguma com o mundo.

                Quando atravessara o portal entre os dois mundos pela primeira vez por curiosidade, sua mente estava focada em encontrar uma cura para sua doença, independente do que iria custar. Seu plano começou a se forçar ao descobrir o velocista escarlate da terra 1 e seu foco se transformou em roubar a velocidade do Flash. Seria o homem mais rápido do mundo e seu corpo estaria curado, era a solução perfeita.

                Mas Barry pouco sabia de seus poderes e precisava ficar muito mais rápido para seu plano estar completo e ele iria garantir que isso acontecesse. Adotou então o nome de Jay Garrick, o velocista que se encontra em sua prisão, e passou a fingir que a SpeedForce fora roubada por Zoom que estaria vindo para a terra e era uma ameaça a segurança de todos.

                Um brilhante plano que precisava de calma e cautela.

                Por isso ficou meses na surdina, estudando e analisando tudo que podia sobre o Team Flash, aprendeu suas fraquezas e necessidades, para então vir Jay, a peça que completaria perfeitamente o quebra-cabeça. Barry Allen precisava de um tutor, outro velocista que lhe ensinasse sobre a SpeedForce e reconstruísse a confiança que fora quebrada por Eobard Thawne ao se revelar o Flash Reverso. Cisco Ramon ou Vibe, irônico considerando que seu doppelganger se chama Reverb, precisava de um guia, um rival que lhe desse desafiasse mentalmente e o empurrasse ao seu potencial e Harrison Wells, o verdadeiro! Cumprira esse papel sem nem notar deixando o caminho livre para o terceiro e último alvo: Caitlin Snow.

                Caitlin era a mais simples, mas provavelmente a mais trabalhosa. Seu coração estava partido ao perder seu marido pela segunda... ou seria terceira(?!) vez, a traição de um mentor a quem confiara sua vida e carreira, e o que descobrira mais tarde, um passado confuso e doloroso, com uma mãe fria e distante e a morte lenta e dolorosa do pai. Tanta escuridão em sua vida que era surpreendente ela não ter trocado de lado, se tornado... fria.

                Parecia o alvo mais fácil de se manipular. E foi. Um flirt inocente, a “perda” de seus poderes, não poder voltar a sua terra, arriscar-se para tentar ajudar Barry e o trabalho estava completo. Quando o portal entre as duas terras estava estabilizado, de forma adorável ela pediu que ele ficasse naquela terra. “Até que a gente derrote Zoom.” E pouco tempo depois estavam em um relacionamento.

                Tudo ia de acordo com o plano.

                Hunter só não levara em conta que Caitlin era brilhante, uma amostra de seu DNA e ela estava sabendo sobre sua doença, pensou que aquele seria o fim de sua manipulação com ela, considerou se Zoom teria que fazer uma visita mortal a morena naquela noite e então teve uma grande surpresa, Caitlin não só o perdoara por sua mentira como passara a se empenhar em encontrar uma cura.

                Caitlin brilhantemente conseguira o que ele falhara por um bom tempo, encontrara uma cura, temporária, mas já era algo. Mais importante do que isso, ela deixara claro que estava ali por ele, abrira seu coração mesmo sabendo que poderia ser quebrado outra vez. Conhecia os riscos e os aceitou de bom grado, por ele. Hunter não se lembrava de como era ter a afeição de alguém, ser cuidado e arriscava até dizer amado, não até ela entrar em sua vida.

                Mais importante, não sabia que era capaz de retornar tais sentimentos.

                Caitlin fora um erro, um perigo, uma fraqueza. Ela era um risco que já cruzara a linha de eliminação, mas infelizmente Zoom não ousava. O pensamento de ter de matá-la, mesmo que fosse a coisa correta a se fazer lhe causava inimaginável dor. E por aquela razão ela poderia ser facilmente usada contra ele.

            Um suave grunhido o tirou de seus pensamentos enquanto Caitlin se remexeu ao seu lado. A luz da lua invadia pelas aberturas da cortina e iluminava a suava pele nua de suas costas, o fino lençol cobrindo da cintura para baixo. Hunter pela primeira vez sentia-se abençoado pelo privilégio de presenciar tal momento. Caitlin Snow era como seu sobrenome, linda e pura para alguém como ele. Ela era luz, ele era as trevas. Mas como o bastardo egoísta que é, iria mantê-la pelo tempo que fosse.

“Hey.” Ela sussurrou, lutando contra o sono e abrindo um preguiçoso, mas sincero sorriso.

“Hey gorgeous.” Hunter sussurrou de volta, não conseguindo esconder a afeição em seus olhos que não desgrudaram um segundo dos delas. Castanhos profundos que expressavam calor e carinho, tão diferentes dos azuis frios e calculistas que ele conhecia em sua Central City.

                Hunter não podia evitar de comparar, teria sido beneficial ter se apaixonado por Killer Frost? Talvez sim. Ela apreciava seu “trabalho” e estava sempre disposta a ajudar, também seria mais fácil eliminar sua existência caso saísse da linha. Mesmo assim, sua mente e coração insistiam em ir contra o senso comum e Hunter se via apaixonado por Caitlin Snow.

“Perdeu o sono?” Ela perguntou suavemente, abrindo e fechando a boca em claro sinal de que ainda estava cansada, mas não perdendo o olhar de preocupação ao notar as horas e que Hunter não aparentava ter acabado de acordar.

                Ele negou com a cabeça. “Apenas não quero.”

                Não era uma mentira, com Caitlin segura em seus braços até poderia ter uma noite de sono tranquila e agradável, uma das raras em sua vida, mas ao pensar em como seu amor a colocava em perigo a cada segundo, sua vontade de ficar acordado vigiando-a era maior que qualquer descanso que seu corpo precisasse.

                A calma e relaxada feição logo se transformou em preocupação e Hunter viu os argumentos se formando em sua mente, sem dúvidas seu lado médico começando a tomar conta, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, o velocista fechou o espaço entre os dois e tomou seus lábios em um apaixonado beijo.

                “Por que iria perder meu tempo com algo simplório como sono se posso gastá-lo com a mais pura beleza em meus braços?” Ele murmurou contra os lábios carnudos e foi trilhando beijos da boca para o pescoço onde deu algumas mordidinhas de leve e riu com os gritinhos surpresos que ela deu. A pele branquinha logo começava a ter tons avermelhados para combinar com as marcas que deixara horas atrás em seu momento possessivo, marcas essas que tinha certeza que ela iria reclamar mais tarde, mas ele iria apenas sorrir e prometer que não faria novamente.

                Uma clara mentira, afinal ele adorava marcar o que era seu.

                “Jay...” Ela o encarou com olhar de reprovação, mas que logo se suavizou. Sua mão direita se envolveu nos cabelos curtos dele e a outra no pescoço guiando a boca dele de volta a sua. O segundo beijo foi uma explosão de sensações, o fino lençol empurrado para longe em um canto qualquer e solitário e a deliciosa exploração de corpos retornou.

                Hunter Zolomon tinha apenas uma certeza na vida. Havia apenas uma coisa que desejava mais do que poder e velocidade, e era Caitlin Snow.

                Seu tempo como Jay Garrick estava chegando ao fim e precisava se certificar que quando isso acontecesse, Caitlin iria perdoa-lo e ama-lo como Hunter... como Zoom. Juntos iriam dominar sua Central City, o casal mais poderoso da terra 2.

                Era uma decisão. Não iria perde-la.

                Hunter nunca mais se sentia sozinho novamente.


Notas Finais


Tentei manter os dois, mas principalmente o Hunter como na série, espero que tenha feito um bom trabalho.


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