1. Spirit Fanfics >
  2. A loucura da alma - HIATOS >
  3. Piloto

História A loucura da alma - HIATOS - Piloto


Escrita por: TheRotten

Notas do Autor


Olá MadLovers (inventei isso agora, vai que pega né?) Primeiro capitulo e já... BANG, um textão. Queria avisar que vai ser assim mesmo haha, não sei escrever pouco.
Bom, esse é a primeira história que escrevo sobre esse tema.

Todas as histórias aparentemente tem o começo parecido, afinal é baseada em quadrinhos e no filme. Mas garanto pra vocês que logo vocês vão ver minha ideia para esse casal ♥ Depois que passar os primeiros capitulos de introdução. Até lá, eu espero que gostem da minha versão.

Sem mais enrolação, boa leitura.

Capítulo 1 - Piloto


Fanfic / Fanfiction A loucura da alma - HIATOS - Piloto

Os corredores eram cinza e sombrios, as batidas do salto contra o piso produziam ecos que perturbava o silêncio aterrorizante da sala de recepção do manicômio. A doutora Harleen Quinzel estava a duas semanas estagiando em Arkham, e estava quase se habituando ao clima tenso e perturbador do lugar.
Passou pela secretária e disse um “bom dia” com um sorriso eufórico, mas a morena sentada atrás dos monitores apenas assentiu com a cabeça, demonstrando certo desconforto. Quinzel deixou passar despercebida essa reação, pensou que talvez o fato de estar diariamente num ambiente com pessoas insanas estivesse afetando a cabeça da jovem. Ela, sendo psiquiatra, por vezes tinha que chegar em sua casa e respirar fundo; como se sentisse sufocada no trabalho.

Foi até sua sala com passos largos, fechou a porta e sentou-se atrás de sua mesa repleta de papeis, um notebook e algumas fotografias da família. Gostava de ser psiquiatra, a mente humana sempre a fascinou, e querer entender o porquê pessoas normais se tornavam psicologicamente insanas era sua paixão.
Apanhou uma pasta amarela nas mãos e começou a folhear, lendo as ultimas anotações sobre um de seus pacientes, que atenderia dentro de alguns minutos. Era uma mulher, de vinte dois anos de idade. Tinha esquizofrenia grave e transtornos de personalidade. Matou os dois filhos afogados e depois os decapitou, colocando as cabeças em jarros de flores para enfeitar a mesa. Quando confrontada sobre a atitude, ela jurava que o marido – falecido – disse que os filhos eram demônios encarnados.

A doutora ouviu uma batida fraca na porta, mas antes de responder, o homem gordo de terno marrom já estava dentro. Era seu chefe, Gordon, segurando uma xicara de café numa das mãos.
– Bom dia doutora Quinzel – Disse ele, de forma automática.
– Bom dia Sr. Gordon, com foi o final de semana? – Ela disse, com o bom humor natural. Ele se encostou à parede ao lado da porta e tomou um gole do café.
– Bem... As mesmas coisas de sempre – Disse um tanto quanto constrangido, não mencionou a tragédia que aconteceu com sua filha.
– Ótimo... Se me der licença, tenho uma sessão agora – Respondeu Harleen já se levantando, mas Gordon fez um gesto com as mãos para que ela voltasse a se sentar.
– Não será necessária, doutora Quinzel. – Começou – A paciente 140 se suicidou na hora do banho, usando a toalha.
Harleen Quinzel abriu a boca num o, completamente chocada com a noticia e também com a naturalidade com que o diretor anunciou. Ela estava convencida que as sessões estavam dando resultados, e na sexta feira durante a sessão sua paciente parecia até mais controlada; não precisou de sedativos e nem mesmo negou o assassinato, assumindo a culpa totalmente.
– Eu não entendo... – Começou a doutora, voltando a se sentar.
– Essas coisas são comuns por aqui, doutora Quinzel. – Se desculpou Gordon de uma maneira sentimental – Te aconselhei a não se apegar aos pacientes, lembra?
Ela balançou a cabeça em afirmação, arrumando os óculos que escorregavam pelo nariz.
– Tudo bem... Eu me acostumo. De qualquer forma, tenho outras sessões por hoje. – Ela se recompôs, e começou a escrever “arquivo morto” na pasta da sua ultima paciente.
Gordon concordou, e ia saindo da sala quando Harleen o interrompeu:
– Não tem ninguém pra preencher esse horário? – Questionou de maneira profissional.
Gordon ponderou para responder, e a doutora percebeu que estava sofrendo de ansiedade; mas não iria analisar o seu chefe. Por fim, respondeu de maneira superficial:
– Não, não há ninguém – Suspirou – Se aparecer algo te aviso – E saiu sem esperar pela resposta.

Ela achou a atitude dele estranha, assim como a atitude da recepcionista. “Existe algo que eu não sei?” pensou consigo mesmo, mas abandonou a ideia e decidiu visitar seu segundo paciente mais cedo.
Joanna era uma garota de apenas quinze anos, e estava a oitos meses em tratamento intensivo por conta de bipolaridade. Também era uma sociopata, matou seus pais e o irmão mais novo a machadada. Quando confrontada sobre a atitude, dizia apenas que eles não a deixavam viver em paz.
A doutora Quinzel entrou na cela na garota, que estava usando algemas, mas não era mais necessária a camisa de força; já que ela deixou de ser agressiva depois das sessões com Harleen.
– Bom dia Jona – Disse Harleen ao entrar. Era um apelido carinhoso dado a paciente. Gordon reprovava essa ideia, dizia que fazia sentir apego. Mas Harleen discordava, ela dizia que isso fazia com que a pessoa se sentisse a vontade.
– Eae doutora – Cumprimentou Joanna, do típico jeito adolescente.
Harleen se sentou na frente da ruiva de olhos azuis, apoiando suas mãos na mesa de metal que estava entre as duas. Tirou seu bloco de anotações.
– Quer começar por onde hoje? – Perguntou gentilmente a adolescente. Ela dava essa autonomia aos seus pacientes, forçava apenas quando necessário.
Joanna olhou para os lados, procurando alguém que estivesse escutando. Tinha apenas dois guardas na porta da cela, mas eles nunca prestavam atenção nas sessões.
– Você viu quem chegou sexta a noite? – Sussurrou para a doutora, de maneira divertida. Parecia até que estava com uma amiga numa festa do pijama, contando a ultima novidade da novela.
– Joanna, estamos aqui para falar de você – Anunciou Harleen, mas estava curiosa.
– Ele é estranho, passou por aqui – Joanna ignorou completamente as palavras da doutora – Senti um arrepio até na alma.
– Quem? – Questionou Harleen de forma automática. Não deveria estar dando trela para esse tipo de conversa.
– O homem de cabelos verdes... – Ainda sussurrava – Foi para a segurança máxima.
– Como você sabe disso tudo? – Questionou a doutora, atônita.
– O Benny me disse – Ela respondeu sorrindo. Sabia que o segurança poderia se dar ferrar por dar informações sobre outros pacientes para os internos. Mas ela disse mesmo assim, não se importava com os outros.
Era por isso que estava ali.
– Ouça bem... Não quero mais você comentando sobre outros pacientes – Disse a doutora com um ar severo. Mas no fundo estava desapontada por não ser informada sobre a chegada de um novo paciente. Todos que chegavam e saiam, passavam pelo conselho dos psiquiatras, pra designar quem assumiria a responsabilidade.
Joanna concordou, e a sessão ocorreu normalmente.
Mas com seu segundo paciente, doutora Quinzel ficou extremamente irritada.  Assim que entrou na sala de Matt, que era obcecado por pele humana, foi recebida com mais noticias sobre o novo inquilino:
– Fiquei sabendo que nenhum psicólogo quis atender ele – Soltou Matt, no meio da sessão.
– Ele quem? – A doutora franziu as sobrancelhas.
– O homem de cabelos verdes. – Respondeu Matt.
Ela não respondeu. Estava irritada demais pra continuar a sessão e disse que continuariam no dia seguinte. Estava com raiva por dois motivos: o primeiro era que aparentemente todos sabiam desse homem menos ela, o segundo por que Gordon mentiu sobre não ter ninguém para preencher o horário vago.

Foi determinada até a sala de Gordon, e entrou sem bater se debruçando sobre a mesa, assustando o diretor:
– Por que mentiu para mim? – Não gritava, mas sua voz estava alterada.
– Menti para você? – Ele se mostrou confuso.
– Disse que não tinha ninguém para preencher o meu horário – Soltou sem cerimonias.
– E não tem.
– O tal homem de cabelos verdes, que chegou na sexta a noite, não é ninguém pra você? – Ela respirava com dificuldade.
Ele se calou, mas fez menção para ela se sentar. Harleen continuou em pé.
– O George esta atendendo ele – Respondeu, mas a doutora percebeu a mentira.
– Disseram que ninguém quis pegar o caso.
– Disseram? Quem disse? Seus pacientes? – Gordon alterou a voz – Eles são loucos, se você não percebeu.
Ela se sentiu ofendida.
– Senhor Gordon, isso é uma ofensa para minha inteligência. Eu sei que são loucos, e sei que isso não faz parte dos sintomas. Eles apenas me disseram o que aparentemente ninguém quis me dizer. – Ponderou, mas continuou – Só não sei por que.
– Ele é um psicopata caramba! – Gritou Gordon, e se lembrou de sua filha – Não quero ninguém perto daquele monstro.
– É um ser humano! – Gritou também, e bateu na mesa – E o meu trabalho é entendê-los.
Gordon ficou em silêncio. Ela não parou:
– Eu quero uma sessão com ele, e isso não é um pedido. Ou vou mandar uma carta para o secretário da saúde, contando que na sua instituição nega atendimento adequado.
O homem gordo a encarou perplexo, mas não respondeu nada. Ela saiu da sala sem se despedir rumo ao restaurante que tinha na frente da instituição.

Estava sem fome, mais pediu um pudim e suco de morango. Doces a deixavam mais calma, e pudim era o seu favorito, pois se lembrava das festas em família, antes do acidente que tirou a vida da sua mãe. Comeu em silêncio, pensando que talvez Gordon não atendesse seu pedido e além de tudo a demitisse. Não sabia que se tinha sido convincente ao dizer sobre a carta.
Depois do almoço ela voltou para o manicômio, e assim que entrou na sua sala percebeu uma pasta diferente em cima de sua mesa.
Sentou-se e a observou, havia um bilhete:
 “Você só tem uma chance, espero que desista antes de começar”.
Ela revirou os olhos, o que há de tão importante nesse paciente?
Abriu a pasta e começou a folhear, e percebeu que sua pressão começou a cair e a cor do seu rosto sumiu.
“Paciente 167 – Nome desconhecido.
Idade – Desconhecida
Afiliação – Desconhecida
Atende pelo pseudônimo de Coringa.”

A ficha dele era incompleta, muitas informações faltavam e outras se mostravam confusas. Seus crimes renderam duas páginas, e o diagnostico era maior que duas linhas.
– Maníaco compulsivo, traços de egocentrismo e narcisismo agudo... – A doutora lia em voz baixa, fascinada – Esquizofrenia, mudanças súbitas de humor e personalidade, traços de sociopatia e psicopatia. Incapaz de possuir sentimentos...
Os olhos dela brilhavam, nunca havia pegado algo assim. Essa poderia ser sua chance de subir na carreira, ficar famosa por curar o vilão mais procurado de Gotham.
Ao fim da página estavam anotações de outros psiquiatras;
 “Dissimulado e histérico. Aproveitamento da sessão: Zero”
 “Usa da persuasão para conseguir o que quer. Aproveitamento da sessão: Zero”
 “Confusão de ideias, contradição de pensamentos. Aproveitamento da sessão: Zero”.

A ultima nota fez um frio percorrer sua espinha.
 

“Ele é o demônio. Não tem qualquer traço de humanidade nas atitudes. E a aquela risada infernal... Deveria estar no inferno e não aqui”.


Notas Finais


Deixem seus cometários, gostaria de saber suas opiniões.
Favorite e acompanhe a história pra acompanhar o próximo capitulo.
Obrigado. Beijinhos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...