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História A loucura da alma - HIATOS - Obsessão - Part II


Escrita por: TheRotten

Notas do Autor


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOI PUDDINZINHOS

Eu to até com vergonha de aparecer aqui, sério :s
Mil desculpas por ter sumido todo esse tempo, de verdade. Eu estava até sem dormir algumas noites pensando nessa história que eu não conclui :c
Mas o que importa é que eu voltei, e voltei com tudo.

Ps: Eu vou entender se vocês tiverem me abanonado </3

Boa leitura.

Capítulo 15 - Obsessão - Part II


Fanfic / Fanfiction A loucura da alma - HIATOS - Obsessão - Part II

Era uma tarde comum no Central Bank. Pessoas de terno trabalhando por trás dos computadores, com uma expressão cansada e olheiras de sono. O segurança praticamente dormia encostado no vidro lateral da porta-giratória. O silêncio era algo absurdo, macabramente pessoal e conveniente. O único barulho que se ouvia era a campainha que anunciava o número do próximo na fila.

Primeiro foi o estrondo. Todos pararam o que estavam fazendo para prestar atenção no barulho feito, em um ou dois andares acima. Isso não durou mais que alguns segundos, porque logo depois a atenção se voltou para a porta de entrada, onde uma mulher segurando um taco de baseball atirou perfeitamente no meio da testa do segurança.

O Pânico foi instalado. Todos começaram a gritar e a correr para debaixo de mesas e cadeiras a procura de um lugar seguro. Harley estourou o vidro da porta-giratória, socando uma bomba no meio dela e a girando.

A risada era o que deixavam as pessoas aterrorizadas.
— Eu não acredito que vocês se assustaram com esse barulhinho! — Harley passou por cima dos cacos de vidro, chegando ao centro da sala interior, onde todos já tinham ido ao chão.
— Por favor, leve o que quiser… — Um homem de terno e cabelos grisalhos colocou-se em pé, com as mãos a cima da cabeça.  O gerente, talvez.
— Mas eu não quero levar nada. — Harley respondeu com um sorriso. — Eu só quero brincar.
E ao dizer essas palavras a palhacinha começou a quebrar tudo o que via pela frente com o taco de baseball: Computadores, impressoras, ar-condicionados… Tudo o que ela encontrava pela frente, batia sem dó nem piedade. Incluindo pessoas, que vez ou outra ao tentar sair correndo, eram acertadas até perderem a consciência e desmaiarem no chão gelado. Os que conseguiam sair pela porta quebrada eram surpreendidos pelos capangas do lado de fora, armados até os dentes, atiravam sem dó em quem tentasse sair.
“O Batsy ta demorando, não acha?”
— Eu percebi! — Harley respondeu para si mesma.
 “Acho que você tem que chamar mais atenção… Bater nas coisas não tá com nada”
— E o que eu faço então? O Senhor C. me disse apenas pra fazer isso.
“Mas ele também vai ficar bravo se o Batman não aparecer”
— É… Você tem razão — Harley parou de súbito, e todos ficaram observando a loira atentamente tentando prever seus próximos movimentos.
— Escutem… Eu preciso do morceguinho! — Harley anunciou — E vocês vão me ajudar a chamar ele... — Ela sorriu no fim da frase. Um sorriso arrepiar a alma.  
Harley Quinn passou rapidamente os olhos ao redor do cômodo, havia rostos apavorados, lágrimas escorrendo, crianças chorando…
— Certo… Vamos jogar um jogo de azar. — Ela praticamente desfilou, sem muita pressa, pelo meio daqueles pobres azarados. — Sentem em círculo... — Ela parou no centro e sorriu animada.

Ninguém se moveu.
— Eu disse pra sentar numa porra de um círculo! — Ela berrou. Todos rapidamente fizeram o que lhes foi mandado.
A rainha de Gotham caminhou até o centro do círculo. Abaixou de uma maneira provocante colocando seu taco de baseball no chão.
— Certo… A parte de baixo é o ponteiro. — Ela disse animada — E eu vou rodar… Quem ficar na ponta de cima, esta fora. Ela se abaixou de novo para rodar o taco, mas alguém a interrompeu:
— E quem ficar na mira do ponteiro? — Um homem de meia idade perguntou com a voz trêmula. Harley olhou na direção dele e sorriu, tirou sua arma do coldre e a engatilhou.
— Ora, seu bobinho — Mirou no rosto do homem — Morre! — Apertou o gatilho.

Todos em uníssono deram um grito com o estrondo que a arma fez; Alguns fecharam os olhos e outros começaram a chorar de novo. Mas o homem não estava morto, embora suasse frio e estivesse branco como um fantasma. O que saiu da arma de Harley foi uma bandeirinha escrito BANG.
A palhacinha começou a rir histericamente, caindo até no chão com as mãos na barriga e ficando sem ar por conta da própria gargalhada.
— Desculpem… Arma errada. — Ela sentou-se apoiando os braços no chão. Com uma das mãos alcançou a arma que estava presa no seu cinto. Tirou o pente e conferiu: Eram balas verdadeiras. — Ok… Agora podemos começar.

 

***

Do lado de fora Johnny estava com os outros capangas, com as habituais máscaras animadas e terno parecendo executivos. Não demorou para que carros de polícia chegassem de todos os lados, e pararam em frente ao homens;
Mas isso não intimidou os capangas de Coringa, que não demonstraram nenhuma reação ao ver policiais parados frente a frente apontando as armas em direção a eles.
— Quem está aí dentro? — Um dos policiais perguntou.
Ninguém respondeu. Não precisou: O barulho do disparo de uma arma vindo de dentro deixou claro que não estavam ali para roubar nada.
— Chamem ele… Acho que pode ser O… — O policial Steve  se deteve em terminar a frase, ninguém gostava de enfrentar um inimigo daqueles.

***
 

Do outro lado da cidade Floyd Lawton estava comendo um delicioso hambúrguer com queijo, em um dos milhares Mcdonald's espalhados pela cidade. Sua filha brincava com os brindes que ganhou no lanche infantil. Na Tv passava algum clipe musical de sucesso, e o homem negro estava completamente relaxado e a vontade.
Mas não ficou assim por muito tempo. No mesmo instante em que uma noticia de ultima hora cortou o programa o celular de Floyd tocou.
— Interrompemos essa programação para… — Começou a TV.
— Floyd, precisamos de você aqui no centro… — Disse a voz do outro lado da linha.
— Desculpe Steve — Floyd começou, ainda prestando atenção na Tv — Não estou interessado em trabalhar para o governo… Além do mais, não tenho mais divida alguma com nenhum de vocês…
Uma estática preencheu o outro lado da linha. Steve estava pensando em palavras para convencer o homem com a mira mais certeira do mundo. Mas não precisou.
Pois enquanto o policial falava do outro lado, Floyd prestava atenção no noticiário:

“Há reféns lá dentro, e parece que os bandidos não tem intenção de negociar nada… Espere, está saindo alguém ali…” A repórter correu em direção a uma mulher, já idosa, que saia do banco com uma das mãos sob a cabeça, onde havia um possível machucado que escorria sangue: “Senhora… senhora… O que está havendo lá dentro?”.
“É o demônio… É o demônio… Minha filha… Ela matou minha filha… —  Era só o que a velha repetia”   
“Olhe lá… —  A repórter apontou para as portas de vidro da agência bancária, e a câmera focou o rosto sorridente de Harley. A palhaça olhou para a câmera, deu um tchauzinho, e disparou contra a equipe de filmagens.”

A programação foi interrompida.

Floyd ficou algum tempo estático com o que acabou de ver. Steve falava sem parar do outro lado da linha, mas o homem negro não estava com paciência de ouvi-lo.
— Estarei aí em cinco minutos — Foi o que respondeu antes de desligar o telefone.
— Papai… Por que você tem que ir lá? — Zoe segurou a mão do pai, que a encarou com ternura.
— Minha querida… Papai está tentando ser um homem bom agora. — Ele tirou uma mecha de cabelo que caia sob o rosto da garota — E o que os homens bons fazem?
— Eles colocam bandidos na cadeia — Ela respondeu, com a vozinha triste. — Eu te amo.
— Eu também te amo meu amor… Cinema as seis? — Ele fechou a mão em punho e esperou que sua filha fizesse o mesmo, e ela fez, cumprimentando-o.
— Combinado — E com um meio sorriso ela viu Floyd sair em alta velocidade com a motocicleta.

***

No segundo andar do prédio de cinco andares estava o rei de Gotham, sentado na poltrona que pertencia ao falecido homem de cabelos grisalhos caído ao seu lado. As hienas devoravam o corpo, enquanto o palhaço observava a janela de parede inteira, sorrindo, lustrando sua metralhadora. Escutava entusiasmado a sua palhacinha no andar de baixo, gritando e atirando vez ou outra. Mas a gargalhada dela que era o verdadeiro som para seus ouvidos.

Com o passar dos minutos o homem de cabelos verdes começou a ficar impaciente, o Batman não dava as caras e, provavelmente, sua rainha mataria todas as pessoas antes do morcego aparecer. Rosnando, ele pegou o celular e discou o numero de Harley.
— Estou um pouquinho ocupada, puddinzinho. — Ela respondeu depois de três toques.
— Harley, minha querida, vai com calma ai em baixo... — A voz calma e rouca do homem sempre foi a preferida dela. —... Ou vai acabar com a diversão antes mesmo de começar.
— Prometo que vou mais devag... — Antes de ela completar a frase um disparo ecoou pelo andar de baixo, que claramente não veio da arma de Quinn, pois em seguida ele pode ouvir sua palhacinha gemendo de dor.
— Harley? HARLEY? — O Coringa se levantou.
— Ai puddinzinho... Atiraram em mim! — A voz abafada do outro lado da linha denunciou que ela estava com dor.
Ele não respondeu.  Apenas correu em direção a janela, tentando ver se os policiais furaram o bloqueio de seus homens. Colocou a cabeça para fora da janela: Estava tudo normal. Aparentemente ninguém, exceto Harley, havia sido atingido.
Ao voltar com a cabeça para dentro, outro disparo foi ouvido, só que dessa vez a bala passou a poucos milímetros de sua cabeça, causando um machucado superficial.
O Coringa cambaleou para trás com as mãos na testa e olhos vidrados no horizonte. Ficou paralisado por alguns segundos e sorriu. Havia achado o desertor.

Correu em direção a porta, ainda com o celular posicionado sobre o ouvido. Suas Hienas automaticamente o alcançaram.
— Harley Quinn vem aqui agora! — Gritou ele, parando na ponta da escada.
— Eu não consigo... — Ela resmungou. Ele rosnou de raiva.
— Agora! — A chamada foi encerrada, e a todo o momento ele olhava para o horizonte; O homem ainda estava lá.
— HÁ Pistoleiro... Já foi melhor — Gargalhou para si mesmo.
Escutou passos na escada e apontou sua metralhadora para a origem do barulho, mas quem apareceu foi Harley, mancando enquanto usava o corrimão para se manter em pé. Ele revirou os olhos com impaciência e colocou o braço dela em volta de seu ombro.
— Tá doendo, puddinzinho... — Ela choramingou.
— Cale a boca. — Ele prosseguiu, subindo as escadas, puxando sua rainha o mais rápido que podia. Um rastro de sangue era deixado nos degraus, mas o sofrimento de Harley não o fazia parar. As Hienas iam atrás, ajudando como podiam, quando Quinn escorregava por não ter forças para ficar em pé.

Chegando ao ultimo andar ele a colocou no chão e pegou seu celular.
— Johnny suba com os homens. Vamos precisar do plano C — Ele anunciou.
— Certo Chefe, aniquilamos todos? — Perguntou prontamente o moreno.
— Faça o que quiser desde que esteja pronto em quinze minutos — Após dizer isso, Coringa deligou.
Olhou ao redor, seu plano estava começando a entrar em ação. Não demoraria para o Morcego chegar, tinha certeza. O Pistoleiro foi apenas uma distração. Olhou pela janela e não viu mais o homem com a sniper do outro lado. Sorriu. Ele já devia estar no prédio.
Encarou sua mulher encolhida no chão, pressionando o ferimento na perna com as mãos pequenas, o que não fazia o sangue parar de escorrer.
Ele rosnou e se ajoelhou ao lado dela.
— Me deixa ver essa droga... — Tirou as mãos dela, e viu pelo buraco algo metálico brilhando entre a carne dilacerada.  — Preciso tirar dai... Toma, morda isto. — Com autoridade, rasgou um pedaço da jaqueta de couro da palhacinha e colocou entre os dentes dela.
As lagrimas escorriam no rosto pálido de Harley Quinn, que mordeu sem questionar o pedaço de pano. Fechou os olhos e esperou a dor latejante.
Coringa usou uma faca para extrair a bala, depois amarrou o pedaço de couro que estava na boca de sua amada envolta do ferimento, para estancar o sangue.
— Cuidamos disso mais tarde... — Ele disse, de maneira carinhosa, dando um beijo, em seguida, nos lábios de Harley. — Agora eu quero que você fique aqui e não o deixe me encontrar.
— O Batman? — Ela perguntou, ainda com a voz falha por conta da dor.
— Não, bobinha... O homem mau que atirou em você. — Ele sorriu como se fosse obvio.

Deixando Harley com Bud no ultimo andar, Coringa desceu para o andar de baixo acompanhado de Lou. Estava tudo esquematizado, e a gargalhada podia ser ouvida a distancia. Johnny e os homens chegaram em segundos, e quando tudo estava combinado, o prédio ficou em silêncio.
Do lado de fora, os policiais cogitaram a ideia de que o Palhaço do crime havia evacuado pelos fundos, mesmo sendo praticamente impossível, já que o prédio estava todo cercado.
 

Floyd estava na cobertura do Prédio, e não sabia exatamente o que estava acontecendo, pois o silencio pegou todos de surpresa.
— Steve... Ultimo andar? — O homem negro perguntou pelo radio, enquanto preparava a corda para descer pelo lado de fora.
— Acho que sim. Não há movimentação no prédio inteiro. — Respondeu o oficial.
 — Certo... Estou descendo. Mantenha-me informado.
Pistoleiro começou a descer pela corda até a janela do primeiro andar. Steve olhava do lado de baixo, torcendo para que tudo acabasse logo. Sentiu um frio na espinha, e viu um vulto pelo canto do olho.
Batman estava parado ao lado dele.
— Informe. — Disse a voz grave do homem de preto.
— Acho que ele esta no ultimo andar. Esta tudo quieto. — Steve cochichou.
— Não. É óbvio demais para ele. — O Morcego respondeu, e no mesmo segundo, desapareceu tão rápido quanto apareceu.

Floyd entrou pela janela, o sol estava quase se pondo, e o brilho laranja invadiu o ambiente. Não havia ninguém a vista. Observou detalhes, o sangue no chão denunciava que ali não estava vazio. Engatilhou a pistola e começou a andar lentamente. Havia algumas mesas espalhadas, papeis pelo chão e as luzes estavam quebradas.
— Steve... Que droga que... — Mal pode terminar de falar quando sentiu uma dor forte na nuca. Caiu no chão com o impacto. Olhou para cima no reflexo e a viu... A mulher em quem atirou mais cedo, segurando um taco de baseball pronta para acertar sua cabeça mais uma vez.
Ele desviou, e o taco bateu com força no chão, fazendo com que saísse algumas lascas de madeira.
Ainda no chão passou uma rasteira na mulher, que caiu de costas. Se levantou com rapidez e apontou a arma em direção a ela. Mal teve tempo de tomar alguma atitude, pois sentiu uma mordida no seu tornozelo. Olhou para trás e se deparou com uma hiena com os dentes enfincados em sua pele.
Caiu no chão novamente, e dessa vez sua arma escorregou e saiu derrapando pelo chão liso do escritório.

Harley levantou  e  novamente como taco aplicou um golpe na barriga do homem, que urrou de dor, mas no segundo golpe Pistoleiro conseguiu segurar o taco e puxa-lo com força, desarmando a palhaça. Usando seu reflexo impecável, ele acertou com o taco um golpe na barriga dela, que soltou um gemido e cambaleou para trás.
Mas depois ele ouviu uma gargalhada.
— Você é bonitinho — Harley disse em meio a risada.
— Você é louca? — Disse ainda deitado.
— Culpada. — Ela mordeu a ponta da língua e correu em direção a arma dele que estava no chão.
Floyd percebeu e se levantou o mais rápido que pode, correndo também na mesma direção. Mas estava longe, e sabia que não conseguiria alcançar primeiro que ela. Então, num movimento desesperado, agarrou o corpo frágil da palhaça do crime num abraço e se atirou com ela pela janela.

 


Notas Finais


Espero que gostem do capitulo. Amanha, sem falta, haverá outro.

Beijinhos


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