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História A Marca Negra - A nova auror


Escrita por: miGusto

Notas do Autor


PRIMEIRAMENTE #FORA TEMER!
Oi!
Enfim, chegamos ao fim. Não sabem o quão feliz estou por terminar a minha primeira fanfic, a minha primeira história... Obrigado a todos que me ajudaram até aqui!
Vou explicar o que quer que tenha de ser explicado nas notas finais!
Isso é tão lindo, sério, estou mais leve!
Obrigado por tudo!
Não tenho uma trlha especial para durante o capítulo, mas sim no final.
TRLIHA: Nicholas Hooper, "The Friends", HP6...
No final, poderiam ouvir qualquer coisa...
Quem sabe "Hedwig's theme" (John Williams), ou "Obliviate" (Alexandre Desplat)
Boa leitura!

Capítulo 20 - A nova auror


Fanfic / Fanfiction A Marca Negra - A nova auror

-CAPÍTULO VINTE-

A nova auror

A diretora viu as chamas de Vana Vickery se desfazerem num formato estranho no chão, pareciam um tipo de losango, mas não deu importância.

Sua mente estava a mil enquanto ela observava a cena com temor. O que ela acabara de presenciar, talvez fosse o início de uma nova era de horror no mundo bruxo. Uma nova era de terror.

O mesmo pensamento se refletia nos rostos de todos que estavam presentes, que aos poucos foram se atravessando o lugar onde a muralha de fogo se levantara.

A um canto, Augustus Silver, o garoto do terceiro ano e sua irmã estavam sentados; do outro, quase encostada na árvore estava Sophie Smith, órfã, e Rita, sua amiga. A professora se aproximou das duas, Sophie Smith estava desmaiada.

“Levem ela para a ala hospitalar!” Falou para um dos aurores que tentavam ultrapassar o buraco entre as raízes por onde Vana havia fugido.

O homem conjurou uma maca e colocou a garota sobre ela.

“Você! Onde estão os outros?”

Gus respondeu lentamente.

“N... na Sala Precisa.”

Os olhos da professora faiscaram ao encarar o garoto.

“Neville,” ela chamou o professor que estava logo às suas costas. “Por favor, leve este garoto para libertar os outros na Sala Precisa, depois, envie uma coruja para a mãe dele, Anne Silver.” Falou olhando para Gus.

“Sei quem é.”

A diretora retornou a passos largos para a escola. Quando passou pelas portas de carvalho e deu de cara com uma multidão de alunos com roupas de dormir que insistiam em querer informações, Flitwick, que já havia retornado ao castelo, era quem tentava convencê-los de voltar.

Rita, que fora uma das responsáveis pelo alarde, corria com os professores e aurores em direção ao sétimo andar, Julie acompanhava seu irmão que ia um pouco atrás, com o Prof. Longbotton.

Todos sob os olhares curiosos dos alunos.

A diretora, que seguia a corte, se separou no momento exato indo em direão ao seu escritório, onde esperaria por Augustus e Harry Potter. Subi as escadas até chegar no corredor onde a gárgula a esperava.

Sua sala estava escura, e era bem audível os famosos ruídos de cochilos e dos objetos de prata que haviam sido deixados por Dumbledore. O quadro deste se encontrava logo trás de sua mesa. O diretor cochilava serenamente dentro daquela moldura, mas teve que acordar quando Minerva o chamou atenção.

“Alvo, poderia chamar Potter para mim, ele deve estar no escritório dele, explique tudo a ele.”

O antigo diretor a olhou com aqueles olhos azuis penetrantes, e se virando sumiu da moldura, deixando o lugar vazio.

A professora aguardou, enquanto analisava a bacia encrustada com runas em sua mesa, a penseira. Este era um dos objetos mais curiosos ali, servia para limpar memórias e rever pensamentos. A substancia em seu interior, refletia uma luz prateada no teto e no rosto da diretora. Com a ponta de sua varinha na própria têmpora, ela retirou um fio prateado e brilhoso, semelhante a um fio de teia de aranha, e depositou na substância nem líquida, nem gasosa.

“Guardar pensamentos...” Falou para si.

Um montão de chamas se formou como um espelho dentro da bacia, ela olhou as chamas se dissolverem lentamente. Assistia novamente o que vira a poucos minutos.

“Harry está vindo, Minerva.” Dumbledore havia voltado para o quadro.

“Alvo.”

“Sim?”

“A árvore, você falou. Voldemort... foi...”

“Morto,” a diretora o observou com atenção. “Mas isso não significa que um de seus ramos que caíram não possam, agora, germinar...”

A diretora ia responder, mas naquele momento, alguém bateu à porta.

Neville Longbotton entrava pela sala com Gus, calmamente ele levou o garoto até uma cadeira que havia fronte a mesa da diretora.

“Os garotos já foram retirados da Sala Precisa, e a mãe dele já deve estar vindo.”

“Obrigada, Neville.” A diretora falou calmamente.

Professor Longbotton não se demorou muito, lançando um último olhar a Gus, ele se retirou pela mesma porta que havia entrado.

Mas eles não ficaram sozinhos por mais tempo.

“Profa. McGonagall.” Harry Potter, um homem magro e de cabelos extremamente pretos e um pouco despenteados falou quando explodiu em chamas verdes na lareira do escritório da diretora.

A sala, que era circular, e estava apinhada de quadros e objetos estranhos se encheu do característico cheiro de cinzas. Os antigos diretores da escola que cochilavam em seus quadros abriram os olhos para ver quem havia chegado.

Gus, que estava sobre uma cadeira de frente à escrivania da velha bruxa, apenas girava os polegares. Ele tinha estranha sensação de que o quadro de um homem de cabelos extremamente brancos e oclinhos de meia-lua o observava, embora parecesse dormindo.

Gus deveria saber que aquele era Alvo Dumbledore.

“Agradeço...” Minerva falou.

“Os aurores estão procurando qualquer rastro daquela comensal. Ela será encontrada brevemente, assim espero. Agora sabemos porque ninguém viu se quer rastro dela, foi sorte, havia uma grande comitiva aqui perto para tratar do caso dos ataques a trouxas. Na verdade, a propagação deles... Desloquei todos.” O homem de óculos redondos falou. À luz dos candelabros, um corte que atravessava a parte superior de uma de suas bochechas ficou visível.

A professora assentiu, sentou-se em sua mesa e olhou para Augustus que continuava encolhido na cadeira. Harry Potter ficou de pé, ao lado da professora.

“Acredito que este garoto esteve ajudando a comensal durante todo o ano que ela esteve em Hogwarts.”

“Obrigado por me chamar.” Harry falou olhando, desta vez, para o menino.

“O interrogatório dele será útil para as investigações.”

Potter assentiu.

 “Por que fez tudo isso? Por que participou de tudo isso?” A Professora foi direta, seus olhos faiscaram a luz das velas.

Gus que estava confuso, exibia além das tradicionais olheiras, uma cara de extremo cansaço e de fraqueza. Seus olhos estavam fundos.

“Eu não queria, fui... eu não sei. Eu não queria fazer.” Gus começou. Seus olhos fitaram o estranho pequeno objeto que estava na mesa da diretora, a penseira. “Foi tudo estranho. Eu realmente não queria fazer o que ela mandava. Mas...”

Minerva assentiu com a cabeça, olhou para o chefe dos aurores que retribuiu o aceno.

“Nós sabemos que você não fez isso porque quis.... Mas então, nos responda. Durante todo esse tempo, ela se escondeu, na Sala Precisa?”

Gus a olha com certo medo. Era visível o pânico no tom de sua voz.

“Sim, ela sabia. Se fingiu de aluno da Grifinória e entrou na sala ainda no primeiro dia em Hogwarts.”

Então Harry Potter perguntou:

“Como ela entrou no castelo?”

Gus olhou para o bruxo.

“Foi no Expresso de Hogwarts, ela estava no corredor e eu havia ido ver o que havia feito o trem parar, ela parecia uma aluna. Depois disso, lembro que ela se escondeu no meu malão, e só saiu para entrar na Sala Precisa.”

“E os ataques?”

“Não posso dizer com clareza, pois, não lembro muito. Mas lembro que ela... ela amaldiçoava as garotas com a Maldição Cruciatus e mordia seu pulso, queria achar a marca negra dela?”

“A marca negra dela?” Harry Potter perguntou.

“Sim.” Gus falou fiando os polegares. “Dois vês entrelaçados nas pontas... Os dois vês de ‘Vana’ e ‘Vickery’. Ela... eu lembro que ela falou que essa marca seria mais temida que a própria marca do antigo senhor dela. Você-Sabe-Quem.”

“E você lembra se ela falou mais sobre isso?”

“Não muito. Só que a menina que escondia o segredo dela, havia sido marcada no antebraço,” Ele apontou para o próprio pulso esquerdo. “Aqui.”

“E por que ela mordia o braço delas?”

“Por que ela achava que a marca estaria invisível, mordendo, o tipo de magia que ela havia colocado nela fazia com que ficasse novamente visível. Ela achou que pelo tempo que fazia...”

“Pelo tempo... de quê?” Potter se aproximou do garoto.

“Eu não sei. Não lembro. Só sei disso.”

“Como é essa marca?” Harry Potter perguntou e entregou um papel e uma pena para o garoto, ele desenhou assim descrevera, os dois vês entrelaçados.

A Prof. McGonagall se alarmou.

“A comensal criou uma muralha de fogo, não percebi que forma tomou até tudo se extinguir. Smith tem uma no braço, igual.” Falou.

“Uma marca semelhante tem aparecido em todas as casas de trouxas que foram atacadas. Tudo parece estar relacionado. Mas por que ela queria achar essa marca?”

“Todas as garotas,” Gus recomeçou. “que ela atacou eram vindas de orfanatos em Londres. Como eu disse, ela queria encontrar a guardiã de um segredo. Isso era muito importante para os planos dela.”

“Que planos?”

“Não sei dizer.”

“Segredo?” McGonagall perguntou.

“Não sei muito sobre isso também, ela não falava e eu estava sob efeito do feitiço dela. Eu não entendia muito bem nada do que acontecia. Ela me mandava procurar as órfãs pela escola, ficou frustrada na última, pois pensou que todas haviam acabado. Ela não conseguia entender.” Ele terminou de falar, suspirou forte.

Minerva olhava com atenção a penseira, sem olhar para o garoto, pediu para que prosseguisse.

“Até eu ouvir minha irmã falar que Indy era órfã, naquele momento eu corri para falar para ela, e ela formou um plano. Mas a garota simplesmente apareceu no corredor do sétimo andar hoje, tudo foi facilitado. Ela estupefez nós dois, depois só lembro que ela explicou, ia fazer isso com todo mundo, mas correram antes que conseguisse. Queria fazer tudo na Sala Precisa, mas naquele momento, o Prof. Longbotton chegou. No barulho e na pressa, ela não percebeu que a porta se fechou, teve que fugir dali o quanto antes.”

“E depois que ela chegou ao Salgueiro Lutador?” Minnerva perguntou ainda olhando para a penseira.

“Se repetiu exatamente tudo o que aconteceu com as outras meninas. Mas acho que desta vez, foi pior.” O garoto baixou a cabeça quando terminou de falar.

“Só isso?” Perguntou Potter.

“Sim, é... Acho que sim. Eu não estou muito bem. Eu estou muito cnsado...” Gus parecia ainda mais confuso e atordoado.

“Acredito que sim!” Minerva olhou para as visíveis olheiras do garoto. Ele não dormia bem a muitos dias. “Tudo acabou.”

Alguém bateu a porta.

Anne Silver, a mãe do garoto passou por ela junto a Julie quando McGonagall autorizou a entrada. A mulher estava aparentemente chorando, assim como Julie, que agarrou o pescoço do garoto.

A mulher também abraçou os dois assim que chegou perto dos filhos.

“O que aconteceu?” Perguntou a mulher, aflita.

“Anne, seu filho passou por uma grande provação, por favor, leve-o para a Ala Hospitalar, explicarei tudo em alguns minutos.”

“Mas, o Prof. Neville...”

“Sim, mas seu filho está bem. Isso é o que importa. Agora, acompanhe-o até o hospital. Ele precisará de descanso.”

Anne assentiu.

 

Durante o mês e meio que Indy passou desacordada, bastante coisa aconteceu em Hogwarts.

Pra começar, logo no dia seguinte ao ocorrido, as meninas e os envolvidos começaram a ser assediados por todos na escola que buscavam insaciavelmente explicações para tudo o que havia ocorrido na noite anterior.

A agonia foi tanta que metade das aulas tiveram que ser canceladas para Gus, Mathew, Barbara, Chris (mesmo que não estivesse presente no ocorrido, ela era tão assediada quanto as outras, principalmente depois que descobriram que Indy havia passado o natal em sua casa), Lívia, Julie e Rita. Esta última, não tinha muita paciência para perguntas, e saia xingando todos que ousassem entrar em seu caminho.

No final, a diretora teve que fazer uma ‘explicação geral’ sobre tudo durante o jantar, três dias depois de tudo ter acontecido. Ela também aproveitou para avisar que Vana Vickery havia sido encontrada, e naquele momento estava hospedando em Azkaban, a prisão dos bruxos.

“Espero que façam ela sentir tudo o que a Indy sentiu, espero que batam na cara dela... eu mesma faria isso!” Rita falou enquanto voltavam para os dormitórios.

Durante esse tempo, as meninas também insistiram que Rita deveria pedir desculpas a Mathew. O que não aconteceu nem sob forte pressão de Lívia que a ameaçou contar até segredos de quando elas tinham quatro anos.

Isso não ocorreu, é claro. Rita se negou desde o início dizendo que: “Apenas suspeitava dele, jamais o acusou!” Mesmo que todas as meninas dissessem o contrário.

Quanto a Gus, o menino ruiu em adversidade.

Depois do incidido, ele não ousou sair do dormitório muitas vezes. Quando saía, era para ir às aulas (algumas) ou a biblioteca, onde se entupia de leituras e não falava com ninguém.

A situação piorou quando ele começou a perder muitas aulas por isso, e quase ganhou detenção.

 “É claro, elas não souberam dispensar as perguntas. Pelo menos a Chris não soube. Uma garota da Corvinal saiu correndo atrás dela na hora do almoço. Só parou quando ela falou que não estava junto com a gente, naquela noite.” Rita falou depois que a Madame Pomfrey, após muita insistência, deixou que as garotas visitassem Indy.

Um dia antes, Minerva McGonagall havia conversado com a menina, sobre tudo o que acontecera, basicamente, o que Gus havia dito, embora tenha deixado detalhes de fora para que fossem discutidos quando ela se recuperasse completamente.

Detalhes como por exemplo, o segredo que Vana Vickery procurava.

“Rita, a gente só não queria dispensar do jeito que você está fazendo.”

“Como?” Indy perguntou.

“Mandando todos irem...”

“Vocês bem que poderiam ir embora agora, a menina precisa descansar.” Madame Pomfrey interrompeu.

“Mas ela já não descansou durante um mês e meio, pra que mais?”

“Só mais cinco minutos, Madame Pomfrey.” Pediu Julie.

Madame Pomfrey assentiu dando meia-volta.

“Não foi somente nós que ficamos famosas. A tal de Vana Vickery também, foi uma desgraça ter envolvido o meu irmão e você.” Julie falou.

“A Prof. McGonagall veio aqui me explicar, mas, disse que depois faria isso. Quando eu me recuperar, ela quer que eu vá primeiro na sala dela.”

“Mas enfim, tudo o que o Gus falou... É verdade?” Foi Julie que quis saber.

Indy assentiu, já sabia da história pelo que a própria McGonagall havia explicado.

Julie então soluçou baixinho. Lívia a abraçou.

“Seu irmão foi usado, não precisa ficar assim. Sabemos que ele não teve culpa alguma.”

Indy não havia entendido bem essa parte, mas não conseguia imaginar o irmão de sua amiga como uma pessoa que possivelmente a entregaria para tortura.

Todas suspiraram no mesmo momento, um silêncio incômodo se formou até  ser quebrado por Rita.

“Eu sei que ele não teve culpa,” Falou. “Mas afinal, quem é Vana Vickery?”

“Uma antiga aluna de Hogwarts que pertenceu a Corvinal.” Julie respondeu olhando para a janela. “Se aliou à Você-Sabe-Quem na segunda ascensão ao poder dele...”

“Ela fugiu para o Brasil antes que ele assumisse o ministério, onde passou uns três anos. Ela não era muita porcaria, por isso ninguém deu importância.”

Julie olhou feio para Rita, por ter a interrompido.

“De qualquer modo, ela foi presa em 2002, aqui na Inglaterra. Fugiu ano passado, em setembro.”

“O resto da história você já sabe.” Lívia falou pela primeira vez.

“Indy, a marca... Que eles falaram...”

Indy não queria falar sobre aquilo, mas achou que devia. Ninguém poderia julgá-la. Não naquele momento.

Assim ela esperava.

“É uma marca que está comigo desde que eu entrei no orfanato.” Sua respiração falhou, esse detalhe nela não lhe trazia boas lembranças. Principalmente agora. Ela descreveu para as amigas, o que elas queriam saber.

Quando terminou, elas apenas assentiram.

“Eu tentava esconder sempre que podia.”

“Por isso sempre os casacos cobrindo o punho, sempre que eu te via com roupas que ão eram as de Hogwarts eram sempre do mesmo jeito?”

Ela concordou e levantando as roupas e mostrando o que agora parecia mais uma tatuagem do que as marcas vermelhas de antes. Ao redor, um círculo, onde as dentes de Vickery cravaram sua agonia.

“Minerva falou uma coisa... na verdade não me explicou, disse que era assunto para depois. Porque a Alice foi atacada, se ela não era órfã?” Indy perguntou, embora isso soasse mais para si do que para as amigas.

“Rita perguntou isso, mas ela não explicou. Disse que era assunto para outra hora.”

“Onde está Chris?” Indy queria perguntar isso desde que Rita, Julie e Lívia apareceram a porta.

“Ela ia vir com a gente, mas recebeu uma carta no café da manhã, e desistiu. Falou que viria depois. Aliás, você sabia que a Sonserina ganhou...”

A Madame Pomfrey apareceu às costas das meninas.

“Já deu tempo suficiente de vocês falarem com ela. Agora, XÔ!”

 

Indy recebeu sua alta três dias depois a conversa com as meninas, todos eles sem sinal de vida de Chris, que não havia aparecido na Ala hospitalar para visitá-la. Ela já estava se sentindo preocupada, de várias formas, quando se encaminhou para a sala da Profa. McGonagall.

Era uma tarde de primavera extremamente bonita.

Indy andava pelo corredor em direção ao sétimo andar acompanhada pela Madame Pomfrey, que deixou ela num lugar onde uma gárgula de pedra fechava uma passagem na parede.

Ela murmurou alguma coisa, e a gárgula ganhou vida indo para o lado.

Indy pode então passar, sozinha, por uma espécie de escada rolante de pedra até uma porta com aldrava que ficava no alto.

A porta se abriu, então.

A professora estava numa mesinha no centro da sala que era circular e repleta de quadros nas paredes que retratavam velhos bruxos e bruxas que dormiam em sonos profundos. Indy caminhou lentamente até mesa da bruxa onde ela a olhava com astúcia.

“Sente-se.” Foi o que falou.

Os olhos de Indy se mantinham nos quadros, em um especial, ele era de um homem de meia idade que, diferentemente dos outros, a olhava com uma expressão curiosa. O homem de cabelos e olhos negros, era bem mais novo que a maioria dos outros ali presentes.

“São de todos os diretores de Hogwarts até hoje.” McGonagall falou calmamente.

“E quem é aquele?” Perguntou olhando para o homem.

“Este é do último diretor antes de mim. Severo Snape.”

“Pensei que o último fosse Alvo Dumbledore.”

“É uma longa história.” Ela olhou para um outro quadro, o de um senhor idoso de cabelos prateados e que estava logo atrás dela.

“Então, o que a senhora queria me contar?”

“Venha até aqui.”

Indy se aproximou da mesinha da professora com as mãos juntas de frente ao corpo. Madame Pomfrey havia feito um curativo no lugar onde havia sido mordido. Segundo ela, era apenas para afastar os curiosos.

Ele a agradecera muito por isso.

“Para que você possa se recuperar totalmente, é necessário aceitar o que aconteceu, além de saber exatamente, o que aconteceu. Smith, devo pedir para que essa conversa que vamos ter deva ser mantida em absoluto segredo.”

“Sim, senhora!”

A bruxa a fitou com os olhos semicerrados e então se levantou, dando as costas a Indy.

“Smith,” Ela falou. “Desde que se encontrou com Vana Vickery, você talvez esteja se perguntando o que você tem que ela tanto queria? Qual era o segredo que ela falava? Creio que não tem a resposta para nenhuma delas. Eu pensei muito a respeito, e embora não chegue a uma resposta conclusiva certa, creio que isso talvez seja o suficiente para que você possa ter uma ideia do que lhe aguarda. Smith, existe um feitiço chamado Fidelius, que é muito conhecido por nosso povo. Ele é complicadíssimo e consiste em guardar uma informação com alguém a fim de protege-la. O jeito que Vana descreveu em seu depoimento dar a entender que seja isso.”

Indy prestava o máximo de atenção, estava agora sentada numa cadeira que a poucos não estava ali.

“Ela a comensal, já foi presa?”

A Profa. McGonagall agora trazia um uma bacia redonda à mesa.

“Digamos que sim, embora, os aurores tenham dito que ela praticamente se entregou.”

Indy percebeu que havia inscrições em suas bordas. Prestou mais atenção, e viu que um líquido se mexia dentro dela e aos poucos formavam imagens distintas. Quase se esqueceu do que estavam a falar.

 “Mas Smith, os anos de magia me permitiram saber que nem sempre aquilo que conhecemos é suficiente para o que está por vir a seguir; estamos sempre aprendendo, e sempre tendo mais a aprender. Neste caso,” Ela sentou-se na mesa, com a ponta da varinha na têmpora retirou um fiozinho prata, parecido com uma teia de aranha e a jogou dentro da bacia. “O que aconteceu com você, é na verdade algo que poucas pessoas conhecem. Não somos iguais para usarmos tortura para arrancar alguma coisa dela, e isso também não ajudaria, já que nem ela mesmo sabe exatamente o que procura.

“Como assim?”

“Exatamente isto. Mas tendo em vista que ela usava tortura para extrair esse segredo, devo acreditar que algo parecido cm o fidelius foi usado em você. Algo muito próximo, mas diferente. Só que neste caso, deveria se ter consciência de que você era a fiel do segredo de alguém... no caso, você deveria saber disto. Do segredo. O que não é verdade, você está tão confusa quanto a gente. Diante disto, tudo que dissermos e especularmos não passarão disto, especulações. Afinal, tudo ainda está indefinido. Tudo o que eu disser, não é absoluto, entendeu?”

Indy balançou a cabeça em confirmação.

“O que quer que tenha acontecido com você, tem uma ligação irrefutável com o seu passado. Smith, o quer que Vickery queria com você. Não acabou.

“O jeito que você falou que ela se dirigia a você também me deu a entender que... existe mais alguém envolvido nisto tudo. Smith, tudo isto é apenas o começo.”

 

 

Indy já estava quase a aporta do grande salão quando Chris apareceu.

Ela não se continha de felicidade quando agarrou a garoto pelo pescoço e a abraçou como nunca.

“Você está bem!” Ela falou.

Indy sorriu em resposta sacudindo a cabeça em confirmação.

“Por que não foi me visitar?”

“Minha mãe me proibiu.”

Quê?”

“Relaxa, minha mãe me mandou uma carta pedindo para que eu esperasse até ela chegar. Ela queria ver você também. Neste caso, ela demorou um pouco, três dias.”

Um grupo de alunas que saiam do salão apontavam para ela e cochichavam entre si. Indy se sentiu desconfortável com aquilo.

“Será que a gente poderia...”

“Minha mãe está nos esperando. Mas é lá no sétimo andar...”

“A Sra. Lane tá aqui?”

“Durante todo o tempo que você estava desacordada, ele veio pelo menos umas três vezes aqui, ver como você estava. Minha mãe gostou bastante de você.”

Indy deixava o sorriso transparecer em seu rosto. Ela gostava da Sra. Lane, de um jeito que nem ela entendia. Só sabia que gostava.

Um calor começou a subir em seu interior.

“Vamos!”

 

Marie Lane estava de costas olhando o pôr-do-sol através de uma das janelas daquele corredor.

Seus olhos focavam a imensidão laranja que se formava no céu, era lindo de se ver, principalmente em um lugar como Hogwarts, onde o lago refletia toda aquela pintura célica.

Quando ouviu os passos vindos apressados do lado esquerdo daquele corredor, ela se virou e viu sua filha e a amiga, a quem considerava tanto, vindo a sorrisos em sua diração.

Foi um alívio abraçar a garota que havia passado tanto tempo desacordada e por tantas provações. Seus olhos brilhavam com o carinho.

“Obrigado!” Indy falou ainda sorrindo.

“Pelo quê?”

“A senhora...”

“Não fiz nada do que a minha obrigação. Afinal, você já é parte dela...”

Chris interpelou.

“Por que a senhora queria tanto ver nós duas juntas?”

“Queria dar uma notícia” E se virando novamente para a janela. “Agora, eu sou uma auror!”

“QUÊ?” Chris perguntou.

“Isso é incrível!” Falaram as duas.

Ela se virou novamente para as garotas, seus sorrisos eram de orelha a orelha.

“Eu sei, começo meus serviços em dedicação ao ministério mês que vem. Na verdade, eu queria dar esta e mais outra notícia. Eu visitei uma certa senhora nos últimos meses em Londres.”

“Quem?”

“Carent.”

Indy sentiu seu estômago rimbombar.

Um calor indefinido começou a subir novamente seu coprpo.

“Para quê?”

“Sophie, você gostaria de passar estas férias na minha casa?” Ela perguntou calmamente.

Indy não respondeu, apenas sorriu e quase chorou. É claro que sua resposta era sim, e parecia que a Sra. Lane entendia isso.

Ela abraçou a garota e puxou Chris também para o abraço triplo.

“Você nos traz alegria, querida! Só terá que passar a primeira semana lá, depois, irá para Bristol.”

Indy assentiu ainda abraçada pela amiga e pela mãe de sua amiga.

As três ali, terminaram de ver o crepúsculo juntas, e juntas, passariam pelo que tivesse de vir contra qualquer uma delas.


Notas Finais


Gostaria de agradecer a algumas pessoas especiais que me ajudaram com esta.
~A Deus, que me concedeu criatividade!
~Barbara Cerutti, minha ajudadora.
~Júlia, Cris, Rita, Lívia e Ingrid. Que me inspiraram com os personagens desta história.
~Matheus, Ryan, Victor, Alana, Alice, entre tantos outros.
~A J.K. Rowling, que criou este mundo fantástico e lindo ao qual eu gostaria muito de viver.
~A todos que favoritaram, comentaram e acompanharam esta história até o fim.
Desde já, agradeço!

Como sabem, em Novembro vem o terrível ENEM, que para muitos simboliza uma porta para a a faculdade... Não é diferente para mim.
Preciso dar uma pausa com as histórias, por isso estou tanto uma pausa nesta. Ela vai continuar, afinal, eu deixei vários ganchos para uma continuação, mas não sei ao certo quando virá!
Agradeço novamente a todos...
Marca Negra vai continuar!

Até!
Desde já, agradeço!

***
*Sim, aquele era o último "Até o próximo capítulo!" de Marca. Não, não será definitivo.
<3


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